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I'm a Fake

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Mensagem por Leonardo Ter Ago 06, 2013 6:08 pm

O Gus é uma fofura! Mas aja energia para lidar com ele. Eu não aguentaria, não tenho muita paciência com crianças.
É até engraçado imaginar um homem como o Gee agindo assim, fico rindo imaginando a reação das pessoas no mercado. Smile
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Mensagem por Nancy Boy Seg Ago 12, 2013 8:31 pm

Capítulo 16


breezy: Casar com uma criança não é uma boa ideia -qq Né, mas depois de ver umas fotos do Gee em que ele parece ter 8 anos, nada é impossível. E eu ainda não ouvi, não me bata ._. E QUE INVEJA EU NÃO FUI por motivos de falta de dinheiro. Merda. Enfim, valeu <3

Nymeria: Quando escolhi o nome dele pensei nesse demoniozinho mesmo ¬¬ E Gabriella não vai demorar muito mais pra aparecer. ;)Pode adotar não, o Frank não deixa xD

Leonardo: Sim, e eu não te culpo xD Eu me dou bem com crianças, e com isso quero dizer que elas não me deixam em paz por um segundo. Cansa mas é legal, no fim do dia. Haha, é meio estranho de imaginar mesmo.

Esse capítulo tá curto porque era um só e eu cortei, ia ficar muito grande. Alguém me lembre de postar o próximo em no máximo três dias -q
Gerard voltou no dia seguinte. Frank acabara dormindo no sofá, com a TV ligada e tudo. Não achava que o dia “infantil” o tinha deixado tão cansado. Piscou algumas vezes ao sentir uma mão em seu braço e sorriu ao ver Gerard. De alguma forma, sabia que era ele; o toque era distinto.

— Hey – Gerard falou baixinho, sentando-se ao lado dele. — A julgar pelo video-game fora da caixa, foi o Gus ontem?

— Mmhmm – Frank bocejou e se ajeitou, com um sorriso fácil. — Gostei dele. Cansou pra caramba, mas gostei.

— Imaginei que fosse. Você parece ter jeito com criança.

— Ainda mais com uma dessas... — Frank passou os olhos pelo corpo de Gerard e ambos riram, trocando logo um beijo de bom dia.

Frank falou animadamente sobre o dia anterior, e Gerard pareceu ficar feliz em ver como ele e Gus se deram bem. Em certo momento, porém, eles falaram sobre como isso na verdade não era bom. Frank abaixou o olhar, mas ficou firme na decisão de curar Gerard. Ele não se sentia bem com o pensamento de matar Gus, mas havia ponderado muito e teve que aceitar que o menino não era uma pessoa... não de verdade. E se havia uma chance de Gerard ficar saudável, eles iriam atrás.

Com isso em mente, eles decidiram finalmente começar a planejar.

— Quais pistas você tem? — Frank perguntou, ambos novamente no sofá, um ao lado do outro. — Pedaços de memórias, detalhes que outras pessoas falaram, qualquer coisa.

— Eu sei que tem algo a ver com a minha mãe. Isso é meio óbvio, e eu já tentei perguntar ao meu pai, mas ele também não sabe. O que eu me lembro é que, um dia, ela não estava mais lá. O que meu pai se lembra é que, um dia, eu e ela não voltamos para casa, e passou-se umas duas semanas, segundo eles, antes que eu fosse encontrado. Meu pai nunca me contou como eu estava ou onde, para aproveitar minha amnésia. Minha mãe nunca mais foi vista.

Frank mordeu o lábio inferior. Aquilo não soava bem. Nada bem. Ele realmente não queria trazer um trauma muito forte à tona se isso fosse deixar Gerard louco – louco de verdade. Estava começando a duvidar se deviam continuar com aquilo, mas agora Gerard estava empenhado; prova disso é o fato de ter falado da mãe. Como Jimmy prevenira, ele geralmente não falava dela. Frank aproveitou a brecha.

— Quantos anos você tinha?

— Nove.

— Você... você amava sua mãe, né?

Gerard deu um sorriso triste, pequeno.

— De todo o coração – ele parou por alguns momentos, pesando as palavras. — O que dói mais é não saber. Quer dizer, não tenho certeza, mas é muito desconcertante. A última lembrança que eu tenho dela é a de um dia normal, eu voltando da escola e nós dois conversando no almoço, e depois meu pai chegando em casa, e uma noite também normal, desenhos passando na TV até a hora de eu dormir. Depois disso, só lembro um pouco de ter ido para a escola no dia seguinte e então, mais nada. Nunca mais a vi. Eu não entendo.

Frank achou que era o momento certo para abraçá-lo, e foi retribuido. Beijou Gerard na testa antes de se afastar.

— Você tem certeza que quer fazer isso, Gee?

— Quero. Frank, eu... — o mais velho hesitou, mais uma vez pensando antes de falar. — Você é uma novidade. Você é diferente. Nunca estive com alguém tão mais jovem. Nunca estive com alguém tão rapidamente. Nunca tive praticamente nada do que tenho com você. Não posso acreditar que seja só coincidência que você, justamente você, tenha me pressionado para descobrir o que aconteceu.

— Não quero pressionar...

— Não, não... usei a palavra errada. Convencer. Você me convenceu de algo que estava dentro de mim o tempo todo. E assim como eu soube que poderia te amar na primeira semana em que nos conhecemos, de alguma forma eu sei que vai ser com você que eu vou sair dessa vida que venho levando.

Frank não soube o que dizer. Ficou olhando para Gerard, perguntando-se desde quando se tornara tão importante para ele, e, assustado internamente, também se perguntou desde quando o próprio Gerard se tornara tão importante.

— Você é quem vai me salvar da minha autodestruição – Gerard concluiu, roubando um beijo em seguida.

Frank aceitou a decisão como final e prometeu a si mesmo não questionar mais nada. Eles passaram aos pontos práticos do plano em alguns segundos.

— Sua casa antiga, ainda dá pra visitá-la?

— Se eu não me engano, um dos meus primos foi morar lá depois que meu pai morreu – Gerard respondeu, pensativo. — Não gosto dele, mas ele não vai me impedir de entrar.

— Quer ir agora?

— Claro! Eu estou com saudade daquele lugar, pra ser sincero.

Eles foram no carro de Gerard, e demoraram quase duas horas, mas pareceu muito menos. Estavam ficando nervosos.

Pararam o carro na frente da casa e Gerard a analisou, com um suspiro.

— Não é um grande passo, ok? — ele comunicou. — Eu visitei esse lugar muitas vezes depois de sair, já que meu pai continuou morando aqui. Talvez não adiante nada.

— É um começo, começos nos dizem para onde iremos. Vamos só aceitar o que ele disser.

Gerard sorriu para Frank, parecendo um pouco orgulhoso, até. Então suspirou de novo e saiu do carro.
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Mensagem por breezy Qua Ago 14, 2013 9:00 pm

NXKQLDKWDO é mesmo.... Não é uma boa ideia xD
COMO ASSIM? AFF ~bate~ VAI OUVIR AQUELAS PORRAS LOGO MEU ~bate ate desmaiar~
VIESH NXMAKDMKSLQMSL como assim eles tão voltando pra antiga casa dele *o* é agora que eu morro -qqqqq
Nha, eu tmb não quero q o Gus vá embora u.u -q
Enfim, tchauzinho o/
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Mensagem por Nymeria Black Qua Ago 14, 2013 10:16 pm

Boy Division!! *---*
Diversas teorias mirabolantes surgiram na minha cabeça, sobre o desaparecimento da mãe do Gerard. Mas são todas... "estranhas".
P.s.: O Joffrey comparado com o demônio, faz o dito cujo [demon] parecer um cara MUITO legal!
Até o próximo!
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Mensagem por Nancy Boy Seg Ago 19, 2013 5:36 pm

Capítulo 17


breezy: NÃO É COM PRESSÃO QUE EU OUÇO MÚSICA desculpa ;-; E eu também não quero, não sei mais se vou deixar eles continuarem com o plano -qq
Nymeria: Pera, que que tem Boy Division? Eu sou lerdo, não liga xD E acho criação de teorias totalmente válido! Haha, é verdade, o demônio não merece isso. Por falar, ainda preciso ler o segundo livro das Crônicas, oh Deus.

Ninguém me lembrou de postar em três dias, aí, a culpa é sua -qq
Caminharam até a porta da frente. Segundo Gerard, a casa estava tão bem-cuidada quanto costumava estar em sua infância, só que as flores do jardim eram outras. A cor das paredes, porta e janelas era a mesma, mas dava para ver que passara por uma nova pintura nos últimos anos.

Depois de tocar a campainha, Gerard e Frank foram recebidos por uma garotinha que não devia ter mais que seis anos.

— Quem é? — ela perguntou, seus cachinhos loiros caindo na frente dos olhos, o que fez Frank rir só de fofura.

— Gerard, eu sou primo do seu pai.

A menina se virou e gritou para a casa:

— Paaaai, é seu primo Gerard!

Ela sorriu para ele e Frank e parecia que iria falar alguma coisa, mas antes disso o pai já estava lá. Ele claramente viera no passo mais próximo da corrida que era possível sem realmente correr.

— Gerard! — ele sorriu, sem jeito, e empurrou a filha para trás. — Você não avisou que viria.

— É, eu sei, desculpa. Foi meio de última hora – ele viu a reação meio assustada do primo e emendou: — Mas sou eu mesmo. Juro.

O homem não pareceu inteiramente convencido. Virou-se para a menina e a mandou para o quarto, antes de deixar seus olhos caírem em Frank.

— Ah, sim – Gerard exclamou. — Frank, esse é Martin. Martin, meu namorado, Frank.

Frank sorriu de leve e acenou com a cabeça, mas Martin piscou algumas vezes, olhando de um para outro.

— Mas... e a Lindsey?

— Ela faleceu há algumas semanas.

Semanas? — Martin parou, controlando a voz e fazendo força para não olhar para Frank. — Por que não fui convidado para o funeral?

— Foi de última hora, e eu sei que você gosta de passar os domingos com sua família. Não achei que você gostaria de trazer sua esposa e, principalmente, sua filha para o primeiro funeral dela.

Martin assentiu, deixando a questão de lado. Analisou Frank de novo. O julgamento era mais claro que água, mas ninguém disse nada.

— Bem, a que devo a honra da sua visita, primo?

— Eu gostaria de dar olhada na casa, se não for atrapalhar. Eu e Frank decidimos que vou tentar descobrir o Início.

Frank olhou confuso para Gerard, mas achou prudente esperar a hora certa para perguntar.

— O Início? — Martin agora soou mesmo assustado. — Gerard, você tem certeza?

— Tenho. Só quero dar uma olhada. Vou embora em alguns minutos. Pode deixar sua filha afastada. Qual é mesmo o nome dela?

— Renny...

— Então, não vou ficar perto da Renny.

Martin ainda estava hesitante, mas Gerard manteve o olhar firme nele, de uma forma que Frank achou que qualquer um teria cedido. E Martin realmente cedeu, dando passagem aos dois.

Assim que estavam um pouco mais à frente no corredor, Frank se aproximou de Gerard.

— O que quer dizer “início”?

— É como chamamos o trauma. O Início. Coisa de família.

Frank assentiu e seguiu o namorado enquanto ele visitava os diversos cômodos da casa. Gerard sorria e comentava as coisas que estavam diferentes e as que estavam iguais. Martin observava de longe; Frank supôs que eles se encontravam algumas vezes, possivelmente em eventos de família, mas que nunca o convidara para sua casa. Frank já não gostava muito dele também.

Quando chegaram na sala de estar, enquanto Gerard examinava a lareira, Frank viu de relance uma mulher – que devia ser esposa de Martin – puxá-lo para conversar. Ele andou casualmente até um lugar perto da passagem para o corredor, para poder ouvir o que conversavam.

— O que ele tá fazendo aqui? — a mulher questionava.

— Eu não sei, ele apareceu... ele disse que quer descobrir o Iní- o trauma que causou a condição dele.

— E ele vai fazer isso na nossa casa?

— Eu não soube como dizer não, Yara, e se ele ficasse perigoso?

— Eu não sei, mas eu não gosto disso. A Renny tá lá em cima? Ótimo. E quem é o cara que tá com ele?

Frank ouviu um som parecido com “uhh”, de repúdio.

Namorado dele. Pelo jeito a mulher morreu e a primeira coisa que ele fez foi dar pra alguém. Eu sempre soube... como se ser retardado já não fosse o bastante.

Frank se afastou, apertando os punhos com força e temendo que os enfiaria na cara daquele homem se ficasse ouvindo por mais tempo. Gerard o lançou um olhar, entendendo o que ele fez, mas não parecia incomodado. Frank não falou nada, não agora. Simplesmente deixou que Gerard continuasse, e então o seguiu para outro cômodo, sem que Martin e a esposa os seguissem. Frank pensou com amargura que ainda estavam entretidos em sussurros no corredor.

Ao chegarem lá, viram que alguém estava onde não devia estar. A menina olhou para eles inocentemente, e Gerard sorriu para ela.

— Renny, né?

Ela balançou a cabeça.

— Gerard, né?

— Isso mesmo.

— O que você tá fazendo?

— Estou procurando coisas do meu passado. Eu já morei aqui, sabia?

— Sério? — Renny sorriu, genuinamente entusiasmada. — Que legal! Você dormiu aonde? Posso te mostrar meu quarto, quer ver? Tenho um monte de coisas legais que eu achei em vários lugares por aqui...

— Não, acho que seu pai não gostaria di- espera, coisas que você achou pela casa?

Renny sorriu abertamente e confirmou.

— Mmm. Acho que vou querer ver isso. Pode trazer aqui?

A menina assentiu e disparou da sala de jantar, mas Gerard notou que não fez barulho nas escadas, e decidiu ir um pouco atrás dela. Frank foi junto, gostando de Renny muito mais do que de seus pais. Ela voltou logo com uma caixa, descendo os degraus lentamente, e Gerard se aproximou para ajudá-la, colocando a caixa ali mesmo e se sentando na escada para analisar o que havia lá dentro.

Estavam bem ao contrário do corredor onde os pais de Renny conversavam – ou, discutiam agora. Não dava para entender o que falavam, mas as vozes estavam ligeiramente mais altas. Frank sorriu, um tanto maldosamente.

Gerard começou a remexer no conteúdo da caixa de papelão, e tinha muita coisa que ele nunca viu antes. Mas não demorou muito para algo chamar sua atenção.

— Onde você achou isso? — perguntou, sem desgrudar os olhos do objeto.

— Lá atrás, no jardim. Estava em um lugar que o jardineiro não alcançava, mas eu alcanço porque sou pequena!

Frank olhou também. Era uma coleira canina, o vermelho tão desbotado que nem dava para ter certeza se era mesmo vermelho. Estava suja e antiga, mas Gerard parecia encantado com ela.

— Bat...

— Uh? — Frank franziu o cenho.

— Bat. Meu antigo cachorro. Por causa de Batman, sabe?

Frank riu alto.

— Você deu o apelido do Batman pro seu cachorro?

— Hey, eu sempre gostei de gibis!

Eles riram mais uma vez juntos, e Renny também, só para acompanhar. Não perceberam, porém, que isso atraiu a atenção do casal da casa.

Martin passou pela porta que dava direto nas escadas como se um incêndio estivesse acontecendo, sua mulher logo atrás. Todos os três na escada os olharam surpresos, e Yara fechou a cara.

— Renny, vai pra cima.

— Mas mãe...

— Eu disse pra cima!

A garota suspirou e se levantou, pegando a caixa. Gerard tentou devolver a coleira mas ela disse para ficar com ele.

— Vem visitar a gente de novo, Gerard!

— Se for possível, com certeza.

Assim que ela subiu, Yara virou o olhar para Gerard.

— Não vai ser possível. Pode por favor se retirar?

— Ele não estava fazendo nada! — Frank se pegou dizendo. Sabia que não conseguiria ficar sem defender Gerard por muito tempo.

— Você disse que não ficaria perto dela, Gerard – Martin falou, irritado. — O que você queria?

— Ela quis me mostrar algumas coisas que achou pela casa. Isso aqui era do meu cachorro. – ele levantou a coleira.

— Tá, ótimo, então você pode ir embora.

— Ele... — Frank tentou começar, mas Gerard colocou uma mão em sua perna e balançou a cabeça.

— Estamos indo. Obrigado pela hospitalidade.

Levantaram-se e foram na frente, com o casal os escoltando.

— Imagine se eles se beijaram na frente da Renny... — ouviram Martin sussurrar, exasperado, e Yara compartilhou do sentimento, sem se importar muito em ser discreta.

— Um débil mental e um delinquente se agarrando na frente da minha filha? Eu chamaria a polícia.

Sairam pela porta, e já a teriam fechado, mas Frank a segurou com a mão para fazer uma última coisa.

— O que foi? — Martin perguntou.

Frank não respondeu; não verbalmente. Virou-se e beijou Gerard de surpresa, o que o fez rir entre o ato. Martin fechou a cara.

— O que você tá tentando provar?

Frank voltou o olhar para ele.

— Que você poderia estar fazendo isso com a mulher que tem em casa ao invés de se preocupar com o homem que eu tenho na minha.

Martin bufou, Yara também, mais atrás, e a porta foi fechada. Ficaram em silêncio por alguns segundos. E então riram.

— Acho que não vou mais voltar aqui tão cedo – Gerard comentou enquanto voltavam para o carro. Lá dentro, puxou Frank gentilmente e o deu um selinho. — Obrigado por me defender. Não precisava. Eu já sei como ele é.

— Ele te julgou por causa do que você tem! Como se você fosse um monstro qualquer!

— Olha, em defesa dele, não que eu goste de defendê-lo, mas ele tem razão, de certa forma. Imagine se Geoffrey aparece e eu estou do lado da Renny. Não é algo que um pai gostaria que acontecesse.

— Mas eles não aparecem espontaneamente...

— Não mais, mas antes sim. E ele já viu acontecendo comigo, há muitos anos. Acho que nunca superou.

Frank suspirou.

— Tá, tudo bem, mas transformar apreensão em ódio continua fazendo dele um babaca.

— Isso é verdade. Um babaca que vai dormir com a imagem de um débil mental e um delinquente se beijando na porta de casa.

Frank riu baixinho e eles fizeram todo o caminho de volta. Gerard colocou a coleira sobre o painel do carro, e a observava de tempos em tempos. Frank finalmente perguntou porque ela mexeu com ele.

— Ele foi meu primeiro cachorro – Gerard explicou. — Antes de tudo acontecer. Minhas lembranças dele são confusas, mas é porque eu era novo mesmo. Ele ainda estava com a gente quando...

Ele franziu as sobrancelhas, e Frank não insistiu, aguardando-o.

— Eu acho que eu posso lembrar de alguma coisa com isso. Não sei, talvez não, mas... sabe quando você sente que algo está na ponta da língua? Eu sei que Bat tinha alguma relação...

Frank passou a mão carinhosamente sobre a perna do outro, e falou que tinham muito tempo para que ele lembrasse. O que era ótimo, pois isso não aconteceu durante o caminho para casa, nem durante os próximos quatro dias.

Então Frank teve que, outra vez, ficar sem Gerard por um dia. Mas não era Gus quem o fez companhia enquanto o namorado dormia. Não era nem um pouco como Gus.

Ganha um bolinho de brigadeiro imaginário quem adivinhar o próximo alter o/
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Mensagem por breezy Seg Ago 19, 2013 8:07 pm

TA MAS ASSIM VC NAO VAI OUVIR NUNCA VEI
Gente que menininha fofa *-* MAS QUE PRIMO FILHA DA PUTA EM E A MULHER DELE TMB QUE RAIVA UI
Eu ia te lembrar de postar -qq mas meu, vc é o dono da fic, então anota na agenda ai -qqq
E.... Eu não faço a mínima ideia de quem seja o próximo kskwodmwodmow
Enfim, tchaaaaau
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Mensagem por Nymeria Black Ter Ago 20, 2013 1:03 pm

"Você é quem vai me salvar da minha autodestruição" - esse parte me lembrou Boy Division.

Essa 'Yara' ofendeu todas as Iara/Yara's do mundo (mesmo que o Iara/Yara seja só o segundo nome...).
I think it's or the "Little Angel" or the Gabriella...
Até o próximo!
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Mensagem por Nancy Boy Seg Ago 26, 2013 10:23 pm

Capítulo 18


breezy: Cara, honestamente? Eu não vou mesmo porque eu tentei baixar Incubus já que é o que eu mais quero ouvir e não conseguir achar nenhum link que prestasse, socorro ;-; Se você achar pra mim eu ouçoooo -q Filhos legais e pais imbecis, é a vida. E eu sou o dono da fic mas minha cabeça não serve nem pra anotar em agenda -q
Nymeria: Ahhh sim, tá vendo, é o que estou falando da minha cabeça. Sim, eu coloquei isso lá exatamente por causa de Boy Division, que legal que você notou! Ah, seu segundo nome é Iara? Haha, desculpa, não se ofenda.

E vamos ver agora quem adivinhou certo. Vai ter alguns links, três para ser específico, para vocês visualizarem melhor. Ok? ^^

— Quem é você?

A voz era firme e os olhos também. Frank acordou lentamente e viu Gerard na ponta da cama, os lençóis o cobrindo até o peito. Ele o estava esperando, mas não parecia muito amigável.

— Quem é você? — Frank rebateu.

— Vejo que você já está sabendo bastante. Mas eu perguntei primeiro, e acho que tenho mais direitos do que você.

Frank levantou as sobrancelhas e se ajeitou na cama.

— Meu nome é Frank Iero. Sou namorado do Gerard.

— … O que aconteceu com a Lindsey?

— Ela... não sei como dizer isso, mas ela morreu.

Frank soube que isso foi forte para... essa pessoa. Gerard engoliu em seco e sua voz mudou de tom absolutamente.

— O-o que? Ela.... como?

Frank contou o mesmo que contara para o Gerard verdadeiro, omitindo exatamente a mesma coisa, e já não se sentindo tão mal com isso quanto deveria. Ele estava começando a esquecer da própria mentira e acreditar que ela não era tão importante, afinal.

— Posso saber seu nome? — ele perguntou o mais suavemente que pôde.

— Gabriella. Eu... desculpa, é que ela... — ela começou a chorar, e Frank deveria ter previsto. Ele foi para a frente e a abraçou, deixando que ela se afundasse em seu ombro, quase da mesma forma que Gerard havia feito no primeiro dia, mas de algum jeito mais sutil e mais feminino.

Ela se recuperou mais rápido que Gerard, também, mesmo que continuasse com a expressão desolada. Frank se levantou, pegou suas roupas e disse que a deixaria se vestir em paz. Gabriella sorriu um pouco para ele, o que Frank entendeu como uma aprovação inicial.

Frank se arrumou, ainda um tanto preocupado com Gabriella e com como os dois passariam o dia. Enquanto preparava o café, perguntando-se se os gostos entre os alters também diferiam uns dos outros, ele viu com o canto dos olhos que Gabriella saíra.

Ela não havia passado maquiagem ou algo do tipo, por enquanto, só colocado uma roupa diferente das que Frank estava acostumado a ver em Gerard. Usava shorts jeans, uma camiseta preta e desbotada do Black Flag e por cima uma camisa xadrez um pouco larga que lhe deu um ar grunge. Nos pés, um par de sandálias simples que Frank nunca tinha visto, e o cabelo estava mais jogado para frente, o que também ajudava a dar um ar mais feminino. Ele a encarou por alguns segundos, esquecendo-se da sanduicheira ligada, e absorveu a visão. A primeira coisa que ele conseguiu pensar foi que Gerard estava parecendo uma roqueira lésbica. E bonita.

Ele balançou a cabeça e voltou a atenção para a cozinha, recusando a ajuda que Gabriella lhe ofereceu e dizendo que ela podia esperá-lo na mesa.

— Eu sei que é estranho – ela comentou pouco depois de começarem a comer. — Ver Gerard assim.

Frank deu um sorriso tímido.

— É, mas você está bonita.

— Obrigada.

Ficaram em silêncio novamente, ambos desconfortáveis com a falta do que falar.

— Mas, então... — Gabriella quebrou o gelo. — Quando exatamente vocês dois ficaram juntos?

Frank engoliu o último pedaço do sanduíche e bebeu um longo gole de suco antes de responder. Por que as pessoas se importavam tanto com o tempo? Foda-se o tempo!

— Foi, ahn... mais ou menos uma semana depois que nos conhecemos.

Gabriella parou de se mover por alguns momentos, antes de voltar ao normal.

— Uma semana depois que Lindsey morreu?

— Olha, não o julgue, ok? — Frank sentiu sua posição defensiva emergir rapidamente. — Não sabemos bem como ou porquê aconteceu, mas aconteceu.

Gabriella só assentiu, sem dizer nada. Depois que terminou de comer e se ofereceu para lavar os pratos, voltou para a sala e se sentou ao lado de Frank no sofá.

— Vou tentar não julgar ninguém, mas eu gostaria de conhecer você melhor. Já que é você quem eu vou encontrar agora.

— Ah... claro. O que você quer saber?

Gabriella deu de ombros, mas acabou puxando o assunto ao perguntar o que Frank fazia. Assim que ele falou da banda, a conversa se desenvolveu e progrediu até pouco antes do almoço, quando Frank disse que precisava ir para a faculdade e que voltaria de noite.

Frank contou sobre Gabriella para Shaun, que escutou tudo com clara dificuldade em entender como o amigo conseguia encarar aquilo com tanta naturalidade, mas não fez nenhum comentário, além de uma piada aqui e ali. O dia passou lento, como sempre, e Frank estava ansioso em encontrar Gabriella de novo e continuar a conversa de onde pararam. Ela também estava se mostrando ser alguém interessante e de quem Frank podia se aproximar.

Quando ele chegou em casa, ouviu uma voz dizer para ele não entrar no quarto porque ela estava se arrumando. Frank ficou curioso sobre o porquê, mas decidiu ir pegar algo para comer enquanto esperava.

Pela segunda vez no dia, ele viu Gabriella com o canto do olho, na cozinha, e pela segunda vez, ficou bestificado com o que viu – só que agora três vezes mais.

Ele a escaneou de cima para baixo. O cabelo estava novamente jogado para a frente, e ela usava maquiagem dessa vez, leve mas escura, o que incluia lápis de olho preto, um pouco de sombra e brilho labial. Mais embaixo, ela usava uma jaqueta de couro por cima de um corset preto e vermelho – mais tarde Frank se perguntaria como ela colocou aquilo sozinha – que tinha uma extensão de algodão para cobrir o peito, e luvas sem dedo, uma das quais tinha tachinhas pratas. As calças eram jeans justas, de um azul claro com alguns rasgos propositais e com um cinto-corrente no quadril. Nos pés, botas imponentes e de salto, pretas com alguns detalhes vermelhos.

Frank piscou repetidamente e não disse nada. Gabriella riu.

— Então, o que achou?

A voz masculina era discrepante, mas Frank mal notou isso.

— Tá ótimo...

Ela riu de novo.

— Eu esqueci de avisar, mas eu e Lindsey sempre saíamos quando eu acordava. Posso ir sozinha se você quiser...

— Não, não, eu vou junto. Onde você quer ir?

— Tem um bar que eu gosto muito. Posso te mostrar aonde é.

Frank só foi trocar de roupa antes de saírem. Não achava nada mal que fossem passar um tempo juntos, e pela roupa que ele vira, era um lugar que ele gostaria de ir. Também usou jeans rasgados e uma camiseta que deixasse suas tatuagens à vista. Depois de considerar por algum tempo, decidiu também usar um pouco de lápis de olho.

Gabriella o aprovou e foi indicando o caminho do bar conforme Frank dirigia. Ela estava falando bastante, sobre como era o lugar, as pessoas, ou contando histórias de quando ela e Lindsey iam para lá. Frank achou que isso se devia mais pelo fato de que ela teria que ficar quieta pelo resto da noite do que porque realmente queria falar.

Realmente, ela se calou quase totalmente quando chegaram, mas tentou sorrir. Era óbvio que a falta de Lindsey ali doía, mas ela estava determinada em aproveitar o máximo que pudesse. Pudera; ela só tinha algumas ocaisões para viver. Frank sorriu verdadeiramente e decidiu fazer da noite dela a melhor que ela pudesse se lembrar. Uma parte de sua mente o disse que ele estava fazendo isso só para não se sentir tão culpado quando chegasse a hora de “matá-la”, mas ele disse a si mesmo que estava sendo um amigo legal.

Eles entraram no bar, por enquanto quase vazio, sem grandes dificuldades, e o bartender logo acenou para eles.

— Gabriella, quanto tempo! Quem é o garoto?

Frank não ficou muito satisfeito em ser chamado de garoto, mas se preocupou mais pelo fato de que o homem havia falado diretamente com Gabriella.

— Frank, é ele quem vai vir comigo agora. Frank, esse é o Ian.

— Prazer, Frank, vê se cuida dela! Ou talvez eu devesse dizer o contrário.

Ele e Gabriella riram, e Frank ficou sem entender nada por alguns segundos, até Gabrielle o puxar para outro lado do bar.

— Algumas pessoas já me conhecem – ela explicou. — Eu não podia ficar em silêncio 100% do tempo todas as vezes. O Ian sabe da situação, e tem outra pessoa, Alicia, que não sabe, mas acha que eu sou transgênero. Os seguranças já estão acostumados comigo e nem perguntam nada.

— Ah. Ok. Mas eu não sou garoto, sabe.

Ela rolou os olhos.

— Que bom, se não seria proibido te comprar bebida. O que você quer?

Começando com cerveja, os dois ficaram sentados e conversaram distraidamente enquanto o lugar começava a lotar. Frank só havia ido ali umas duas vezes, no máximo, porque era caro. Sabia que iria pagar pelo o que ele mesmo estava consumindo, e também sabia que seria o motorista no fim da noite, então não bebeu muito. Gabriella, por outro lado, parecia não estar nem aí. Frank supôs que ela tinha ganhado liberdade financeira de Lindsey e Gerard. Ela não parecia o tipo que gastaria sem se importar, se já não tivesse permissão para isso.

A música estava alta, as risadas constantes e Frank e Gabriella podiam conversar sem que ninguém os ouvisse na maior parte do tempo. Quando alguém se aproximava, ela os ignorava solenemente, ou sorria caso fosse com a cara deles, mas sempre quieta, bebendo e balançando a perna no ritmo da música. Frank falou com uma ou duas mulheres que o abordaram, mas as dispensava, apontando com o olhar para Gabriella. Não era certo e também não era errado dizer que ele estava namorando aquela pessoa.

Em certo momento, Gabriella puxou Frank para falar em seu ouvido.

— Quer ver algo engraçado? Senta ali.

Antes que ele pudesse responder, ela praticamente o empurrou para ficar um banco a mais de distância, enquanto ela permanecia no lugar. Frank observou curiosamente, e não demorou muito para que um cara se sentasse no banco vago e começasse a falar com Gabriella. Frank não entendeu bem o que ele falou, mas pôde ver que ela respondera. Ela sorriu e assentiu quando ele perguntou alguma coisa. O homem se afastou, e Frank só conseguiu vê-lo de perfil, mas a expressão confusa e assustada no rosto dele já foi o suficiente para Frank entender porque aquilo era engraçado.

Ele se sentou no mesmo banco outra vez.

— Você falou que era um cara? — ele perguntou, ao que Gabriella só sorriu e assentiu, como fizera momentos antes com o estranho. Frank riu, mas logo se lembrou de uma preocupação.

— Mas e se ele fizer merda por isso? E se ele for louco e...

— O Ian não vai deixar nada acontecer – ela o acalmou. — Já tentaram me bater antes. Não foi uma boa ideia pra eles.

Frank ainda não estava inteiramente convencido de que estavam seguros, mas deixou para lá. Outra pergunta lhe veio à mente.

— Você não tem vontade de ficar com ninguém?

Ela hesitou, bebendo um gole antes de colar a boca no ouvido dele para responder.

— Tenho, mas só se alguém ficasse comigo, não com o Gerard vestido de mulher. E isso é impossível.

Frank assentiu, triste momentaneamente. Ela mudou de assunto logo, porém, para não deixar a noite ficar ruim.

Eles foram dançar pouco depois, Frank tendo de se esforçar para focar a atenção naquilo e não nas duas mulheres que subiram em uma pequena plataforma perto deles para dançar do jeito delas. Na verdade ele e Gabriella estavam mais pulando do que qualquer outra coisa, mas era o que se podia esperar em um bar de rock. Descansaram nos sofás, depois voltaram a pular, Gabrielle bebeu mais e Frank simplesmente riu de vê-la cada vez mais bêbada, até chegar a hora de irem embora. Ela precisou de ajuda, mas não tinha chegado a vomitar, o que ambos acharam significar um sucesso de alto-controle.

Chegaram em casa ainda sorridentes e barulhentos, e Gabriella tirou e jogou as botas em qualquer lugar assim que entraram. Foram ambos para o quarto e ela se jogou na cama imediatamente, soltando um suspiro.

— Você não vai dormir assim, vai? — Frank perguntou. — Isso parece meio desconfortável.

— Meio? É terrível. Uhhh, mas estou com preguiça...

— Vira, deixa que eu tiro pra você.

Gabriella se virou, ao invés de levantar, ficando de bruços na cama. Só levantou-se um pouco para tirar a jaqueta, e então ficou somente o corset, pronto para ser desamarrado. Frank sentou ao lado dela, observando-a por um momento. A roupa fazia com que ela ficasse com uma cintura mais curva, e Frank não conseguiu deixar de pensar que isso era excitante.

— O que tá esperando? — ela perguntou, o rosto virado para o outro lado, sem ver Frank.

Ele saiu do estado de apreciação e começou a desamarrar a peça. Uma parte dele quase chegava a esperar que o corpo por baixo do corset realmente fosse feminino, e por mais que ele soubesse que era estúpido, a expectativa em ver o contorno suave, a pele e os seios de uma mulher o estavam animando.

Quando terminou, porém, ele não soube o que fazer. Não, não era uma mulher ali, e mais importante, não era Gerard. Gabriella pareceu sentir a tensão no silêncio, porque se virou, segurando o corset para que não caísse.

— Você tá bem?

— S-sim, eu... já volto.

Frank se levantou e saiu do quarto, indo para o banheiro. Muitos pensamentos o assolavam: o fato de que estava pensando em trair Gerard com ele mesmo, de que Gabriella nunca teria aceitado, de que aquilo tudo era muito estranho e surreal e ele não entendia o que era certo e errado em um relacionamento desse tipo. Mas o que precisava de imediata resolução era o acúmulo de tensão sexual da noite inteira, fosse por culpa das garotas do bar ou de Gabriella. Por enquanto, só o que importava era imaginar que sua mão fosse a de uma delas.

Quando voltou para o quarto, depois de um banho rápido, Gabriella estava por baixo das cobertas, dormindo profundamente. Frank ainda sentiu a cabeça girar um pouco ao se deitar ao lado dela e ver que ela ainda estava de calcinha, mas o cansaço do dia sobrepôs qualquer desejo prestes a reacender e ele dormiu em alguns minutos.

Acertaram os Gabrielles (?) \o/ Ah, e tem gente pedindo sexo na fic, então o que acham de um lemon envolvendo esse corset no próximo? -q
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Mensagem por breezy Ter Ago 27, 2013 5:52 pm

NOSSA VEI JDNALDMQLMDOS ESSA COISA DA GABRIELLA FOI MT ZOADO E FODA AO MESMO TEMPO DKNAOXMALKXP
E aquelas fotos cara <33 -qq
Mas sla, Gerard meio q parece uma menina naturalmente, sem precisar fazer nada -qqqqqqqqq
...
Então.... Eu só tenho os links do youtube kdnaksmod ó
yashin: https://www.youtube.com/watch?v=CtRjIXGpY34
incubus: https://www.youtube.com/watch?v=K_bQ80xZNwI
two door: https://www.youtube.com/watch?v=bJDCMth8poM
three days grace: https://www.youtube.com/watch?v=d8ekz_CSBVg
you me at six: https://www.youtube.com/watch?v=KFL9wRLpgng e https://www.youtube.com/watch?v=l1CTbE3u0PQ
Ouça u.u
Enfim, o capitulo ta mt lindo dosnxona
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Mensagem por Nancy Boy Qua Set 04, 2013 10:18 pm

Capítulo 19


breezy: Obrigado? -qq E isso é verdade, hah. AH CARA SE FOSSE PRA TER LINK DE YOUTUBE EU TINHA IDO NO YOUTUBE -Q Tá, eu vou ouvir, me cobra no Ask depois -q

Então vai ter lemon aqui, yay.
Frank acordou com o despertador – ainda era sexta-feira – e ouviu o muxoxo de Gerard para que ele desligasse a maldita coisa. Frank riu e aproveitou para trazer um remédio para a dor de cabeça que ele sabia que Gerard estava sentindo. Ele tomou sem reclamar, voltando a dormir em seguida. Frank sabia que era ele, não Gabriella, e ficou ao mesmo tempo aliviado e preocupado. Ele ainda estava se sentindo estranho pela noite passada, mas já que sua nova amiga acabara deixando o corpo que usou de ressaca, ele teria que esperar para conversar com Gerard sobre isso.

Foi para a faculdade e passou no próprio apartamento rapidamente, para checar as coisas. Quando chegou na casa do namorado de novo, o encontrou como de costume, com jeans e camiseta e nenhuma maquiagem.

— Já se recuperou de ontem? — Frank perguntou com um sorriso de lado, beijando-o na testa ao cumprimentá-lo e sentando-se no sofá ao lado dele.

— Já, obrigado. Estou adivinhando que ou a Gabriella exagerou na bebida, ou o Gabe arrumou um fetiche novo.

Frank demorou alguns segundos para se lembrar de que Gerard acordara de calcinha. Quando todos os pensamentos voltaram, ele corou de leve, mas respondeu com naturalidade.

— Não foi o Gabe, foi a Gabriella mesmo. Acho que ela deve ter bebido muito pra esquecer que... você sabe.

Gerard assentiu.

— Imaginei que não seria fácil para ela. Mas você foi junto, né? Então ela gostou de você.

— Acho que sim. Gostei dela também.

Gerard sorriu, satisfeito, e voltou a atenção para a televisão. Frank mordeu o lábio inferior, ainda considerando começar a conversa que queria ter.

— Gee, uh... eu queria falar uma coisa.

O tom pegou Gerard de surpresa. Ele franziu o cenho para Frank.

— Sobre?

— Sobre a Gabriella.

Gerard levantou as sobrancelhas.

— Você e ela...

— Não, não. Não fizemos nada. Mas eu... bem, ela estava muito... atraente.

Gerard abriu a boca em um “ah”, entendendo tudo, e balançou a cabeça.

— Desculpe, Frank. Eu devia ter percebido que seria diferente para você do que foi para a Lindsey.

Frank se sentiu mais aliviado.

— Então você não se importa se eu...

— Não, espera. — Gerard sorriu fracamente. — Eu devia ter deixado isso claro. Eles, os alters, eles não são eu. Podem ser parecidos comigo em um aspecto ou outro, mas não são eu. O fato de você achar um deles atraente é normal, me sinto lisonjeado até. Eu não me importo com isso, assim como não me importo se você achar qualquer outra pessoa atraente. Mas ficar com eles, eu... não estou dizendo que você é propriedade minha ou algo assim, mas são outras personalidades, entende? Daria uma sensação de que... de que você quer meu corpo, não eu. Literalmente.

Gerard deu uma risada rápida, mas Frank permaneceu sério.

— Eu entendo. Sério, entendo mesmo. Eu gostei da Gabriella, mas como amiga. O que me deixou confuso foi que era você, e você... desculpa, mas você fica muito bem com as roupas dela.

Frank corou levemente mais uma vez. Gerard abriu a boca e fechou de novo. Então estreitou os olhos.

— Se a questão é essa, por que não falou logo?

O mais velho pulou do sofá e falou para Frank esperar. Frank concordou, meio estupefato, mas logo a expectativa começou a crescer dentro dele.

Depois do que pareceu séculos, Gerard o chamou para o quarto. Frank entrou e travou por alguns momentos. O namorado estava de pé, na frente da cama, com o mesmo corset e calcinha da noite anterior – só que, diferente de Gabriella, ele não escondeu o membro, deixando-o marcado sob o pano, por enquanto mole. Os olhos de Frank caíram logo nos pés, calçados em um par de saltos altos transparentes, que não combinavam muito com a roupa mas isso não era um problema.

— Gee... caralho...

Gerard riu, parecendo um pouco envergonhado, mas bem confiante agora que Frank parava para analisar.

— Você já usou isso antes?

— Talvez. Mas e aí, vai ficar fazendo perguntas ou vai vir aqui?

A resposta de Frank foi caminhar até ele, ainda degustando-o com os olhos. Gerard prontamente o beijou, as mãos se ocupando das roupas do mais novo enquanto ambos se colocavam sobre a cama, tudo rápido e um pouco atrapalhado, mas sem que isso diminuísse a excitação de nenhum.

Frank tinha se livrado da camiseta e a calça já estava desabotoada enquanto ele beijava Gerard furiosamente, deitado por cima dele. Os dois já estavam ficando duros, e Frank se afastou um pouco para apreciar Gerard novamente; com o membro rígido, a calcinha se tornava pequena, e era possível ver a ponta saindo pelo pano. Frank perdeu o ritmo da respiração por um segundo e voltou a atacar os lábios de Gerard.

Trocando de posição, Frank ficou deitado enquanto o outro tirava suas calças e cueca ao mesmo tempo. Gerard também se livrou da peça que o impedia e ficou sobre Frank só de corset e salto nos pés. Depois de se provocarem com algum atrito, Gerard se levantou e pegou a camisinha, voltando em seguida para colocá-la em Frank.

O mais velho então voltou para cima do namorado e, devagar, deixou-se descer sobre o membro dele. Frank fechou os olhos e gemeu, apertando as mãos para não forçar o quadril para frente. Esperou que Gerard estivesse confortável e então abriu os olhos de novo, porque não perderia aquela visão por nada.

Gerard passou a se movimentar depois de algum tempo, ainda devagar à princípio, adaptando-se a uma posição que eles não costumavam tentar. Quando achou que conseguia, aumentou a velocidade, apoiando-se no colchão e sentindo as mãos de Frank irem parar na sua cintura, sem controlá-lo. Frank apertou os dedos ali, sentindo o corpo de Gerard e o observando avidamente, o corset deixando-o mais feminino, o cabelo caindo na frente do rosto e a boca meio aberta parecendo pedir por alguma sacanagem. Frank logo trouxe um dedo para cima para realizar a ideia, colocando-o entre os lábios de Gerard e consentindo com os olhos quando este fechou a boca, chupando o dedo devagar.

Frank gemeu baixinho, sentindo que chegava mais perto do ápice, e trouxe a boca de Gerard para baixo para beijá-lo. Gerard também sentiu que ele estava perto, então se concentrou mais e foi ainda mais rápido, logo se afastando para ficar quase sentado. Frank passou a masturbá-lo, e decidiu se segurar o máximo que pudesse para Gerard terminasse primeiro. Quase não conseguiu, e demorou um pouco, mas o mais velho finalmente gozou, espirrando a ponto de sujar um pouco o rosto de Frank. Gerard sentiu o cansaço chegar de repente, mas fez força para continuar mais um pouco, e tentou deixar Frank mais excitado ao descer para lamber o próprio gozo do queixo dele. Deu certo. Frank gemeu alto e empinou o quadril uma última vez.

Os dois caíram na cama e ficaram olhando para o teto, recobrando a respiração. Então se entreolharam e riram de bobeira. Iriam dormir, mas as barrigas dos dois os fizeram lembrar que não haviam jantado. Depois de enrolar bastante, levantaram-se e foram preparar algo para comer.

Mais tarde, estavam de novo deitados, dessa vez prontos para dormir, aconchegados um no outro. Frank estava com a cabeça no ombro de Gerard, e eles conversavam sobre qualquer coisa, até chegarem em assuntos mais sérios.

— Teve algum insight sobre seu cachorro? — Frank perguntou, olhando-o de uma posição desconfortável.

— Mais ou menos. Eu lembrei mais sobre ele, mas nada que tenha tido relação com o Início – Gerard suspirou, triste. — Eu não sei se vamos conseguir chegar em algum lugar com isso...

— Hey, acabamos de começar! Não desista agora. O que você lembrou dele?

— Que nós o adotamos quando ele ainda era filhote... eu devia ter uns seis anos, o que me dá três anos com ele antes do que aconteceu. Era uma mistura de pastor alemão com alguma outra raça, muito bonito, mas não tão grande quanto um pastor seria. Eu o amava muito.

— E quais suas últimas lembranças dele?

— É aí que fica difícil. Eu só consigo lembrar de dias normais, corriqueiros, se misturando um por cima do outro. Não lembro de nenhum momento final.

Frank parou para pensar por alguns segundos.

— Nesses dias normais, o que você fazia com ele?

Gerard franziu um pouco a testa. Não tinha pensado muito nisso.

— Eu ia para a escola, quando voltava colocava mais comida para ele... não tinha muita coisa... e uma vez por semana eu e minha mãe saímos com ele pra-

Gerard parou, o corpo todo ficando rígido de repente. Frank se ajeitou, olhando para ele preocupado.

— O quê?

— Foi isso! — Gerard o fitou, parecendo quase assombrado. — Nós saíamos para passear com o Bat uma vez por semana, foi em um desses passeios que aconteceu! Essa é minha última lembrança dele, eu e minha mãe colocando a coleira para passear, foi isso...

Gerard se perdeu nos próprios pensamentos, e Frank o acariciou no braço para chamar sua atenção de novo.

— Para onde vocês iam?

— Sempre fazíamos o mesmo caminho. Se começarmos lá de casa, talvez eu consiga lembrar conforme andarmos.

— Então vamos para lá amanhã.

Gerard assentiu com força, ainda hiperativo com a nova descoberta. Frank o acariciou de novo.

— Mas agora vamos dormir, ok? Deixe para pensar sobre isso amanhã.

Gerard concordou, mesmo que sua mente ainda estivesse fervendo. Os dois se aconchegaram novamente e deixaram o sono calar as vozes em suas cabeças.
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Mensagem por breezy Dom Set 08, 2013 1:07 pm

Mas dknwodmwkdmk ja ouviu? Só poste o próximo capitulo depois de ter ouvido todas u.u
XMIANDOQMOFMQOD ESSE LEMON DKWMODMWOD MDS ACHO Q MORRI -q
Mas ta enfim, eu não sei o q comentar pq eu li esse capitulo já faz uns dias e agora já não lembro mais nada pq: memoria foda.
e.e agora lembrei q o Frank ainda não falou pro Gerard que foi ele e.e mds ~morre~
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Mensagem por Nancy Boy Sáb Set 14, 2013 3:48 pm

Capítulo 20


breezy: .... ai cara, esqueci -qqqqq JURO que vou ouvir agora, estou até abrindo as abas aqui, juro! -q E tá vendo, por isso tem que comentar quando lê u_u Mas essas coisas ruins você pode esquecer -q
Eles já estavam na rua da antiga casa de Gerard. Pararam o carro um pouco afastados do lugar, para o caso de Martin ou a mulher o verem e quererem apedrejar o veículo ou algo do tipo. Andaram rapidamente, Gerard se lembrando logo do começo do caminho que tomava para ir passear com o cachorro Bat.

— Ia até a esquina, virava à direita... — o mais velho sussurrava para si mesmo, confirmando verbalmente o que sua mente lhe dizia. — Andava até a casa azul, então esquerda...

Frank o seguia em silêncio, sem querer atrapalhar. Gerard parou mais de uma vez, perguntando-se se estava certo, e ao menos duas vezes eles deram meia-volta e entraram em outra rua. Por fim, ele chegou a um lugar que o fez parar.

— Lembrou de algo? — Frank perguntou, após se recuperar do susto de quase trombar no namorado.

Gerard olhou para ele com a testa franzida.

— Não exatamente. Mas tive algum tipo de... sensação...

Ele olhou para o outro lado e Frank também. Vislumbraram uma casa antiga, com a pintura azul gasta e uma porta velha, mas ainda assim claramente habitada. Gerard a fitou intensamente, alternando a atenção entre as paredes e o pequeno jardim mal-cuidado que ficava entre o portãozinho e a entrada da casa. Era parecida com todas as outras na região, então Frank não entendeu o que havia de especial nela. O fato de estar ligeiramente menos cuidada não devia significar muita coisa.

— Eu tenho a impressão de que já vim aqui – Gerard falou, baixinho, mais para si mesmo do que para Frank. — Será que...?

Eles se entreolharam, entendendo a pergunta não dita, e Frank deu de ombros. Gerard suspirou e se virou.

Ele abriu a entrada do portão que batia em sua cintura, encolhendo-se de leve com o barulho que fez, e caminhou com Frank para a porta. Eles se entreolharam de novo, e Frank foi quem bateu.

Demorou muito para que alguém os atendesse, e eles só não desistiram porque puderam ver um vulto passar pela janela algumas vezes. Não entenderam porque a pessoa estava andando por ali e não abria logo a porta, mas suporam que ela podia estar arrumando algo ou colocando uma roupa. Ambos desejavam não ter atrapalhado nada.

Quando a porta finalmente foi aberta, uma figura alta, com os cabelos em estilo “afro” e de um castanho claro apareceu. Ele olhou para os dois com confusão estampada no rosto. Usava uma camiseta preta e calças jeans surradas, além de um par de chinelos nos pés.

— Posso ajudar?

— Err.... meu nome é Gerard – o mais velho se apresentou, sem jeito. — E esse é Frank. Isso vai parecer meio estranho, mas nós... nós gostaríamos de dar uma olhada na sua casa.

O homem levantou uma sobrancelha e apoiou uma mão no batente da porta, como se para impedir que eles entrassem.

— Posso saber por quê?

— É uma longa his... — Gerard começou, mas foi interrompido.

— Ele tem uma condição psicológica que veio de um trauma – Frank falou rapidamente, as palavras quase se atropelando. — E nós estamos tentando descobrir a origem desse trauma para poder superá-lo e com isso superar a condição dele, e nossas pesquisas nos trouxeram aqui e gostaríamos muito que você nos ajudasse.

O homem não respondeu de imediato, mas abaixou a mão, parecendo pensativo.

— Um trauma, você diz? — ele perguntou, estreitando um pouco os olhos. — Quantos anos você tem?

— 36 – Gerard respondeu.

— Hmmm.... interessante. Muito interessante.

De repente, o homem sorriu para eles e se virou, convidando-os a entrar. Frank e Gerard se entreolharam, e Frank seguiu na frente.

— Meu nome é Raymond, aliás, mas vocês podem me chamar de Ray. Não reparem na bagunça. Podem entrar aí à direita, é a sala.

Os dois obedeceram e viram que realmente, a casa estava bagunçada. Havia algumas peças de roupa jogadas no sofá e várias latas de cerveja na mesinha de centro, mas não era nada tão terrível. Ao menos não mais do que um fim de semana na casa do próprio Frank.

— Não queremos tomar muito do seu tempo, Ray – Gerard disse, sentando-se, assim como os outros. — Eu na verdade nem sei se isso vai adiantar alguma coisa, mas muito obrigado por permitir que a gente tente.

— Sim, muito obrigado... — Frank continuou, mas sua voz estava meio fraca. — Mas, se não se importa que eu pergunte... por que você está deixando?

Gerard o olhou afiadamente, repreendendo-o, mas ele realmente precisava saber. Ray sorriu de novo.

— Dizem que essa casa tem um passado sombrio. Foi por isso que a aluguei, achei que iria me inspirar. E também porque o aluguel estava bem mais barato. De qualquer jeito, há várias histórias sobre uma tragédia aqui, nenhuma que faça muito sentido, e todas bem diferentes umas das outras... exceto por alguns fatos. Como, por exemplo, o de que a tragédia envolvia uma criança.

Frank sentiu Gerard apertar sua mão e olhou para ele, preocupado. Ele balançou a cabeça, para dizer que estava tudo bem. Quando Frank virou-se novamente, notou que Ray estava olhando para as mãos dos dois juntas, mas só por um segundo. O anfitrião continuou simpático e seguiu a conversa normalmente.

— Percebi que a sua idade batia – Ray prosseguiu. — E fiquei curioso. Aliás, qual seria essa condição que vocês falaram? Espero que não seja a de um assassino psicopata... ahn, eu devia ter perguntado isso antes.

Frank e Gerard riram rapidamente e Ray os acompanhou, apesar de parecer realmente nervoso agora que parava para pensar nas possibilidades.

— Não, nada disso. Eu tenho Transtorno Dissociativo de Identidade.

— Ahhh... então você tem vários caras morando dentro de você?

— Não só caras... — Frank sussurrou, mas Ray não o ouviu.

— É, praticamente isso – Gerard disse.

— Desde que você era criança?

Gerard assentiu. Ray franziu o cenho e o lançou um olhar de pena.

— Sinto muito. Por que você só está tentando descobrir o trauma agora?

— Porque esse aqui me convenceu – Gerard sorriu de lado e empurrou Frank com o ombro.

Ray sorriu com a visão e, do nada, se levantou.

— Então vamos começar! A casa é sua, pode olhar o que quiser. Só não minha gaveta de cuecas. Isso seria estranho.

Eles riram de novo, Gerard agradeceu mais uma vez e o processo começou. Assim como fizera em sua antiga casa, Gerard foi andando de cômodo em cômodo analisando, tentando ver se lembrava de alguma coisa. Atrás dele seguiam Frank e Ray, que conversavam animadamente.

— Você achou que essa casa te inspiraria a que? — o baixinho perguntara.

— A compor. Estou tentando a sorte como músico.

— Sério? Eu também! O que você toca?

— Guitarra! Na verdade consigo tocar praticamente tudo, mas essa é minha especialidade. E canto também.

— Eu também! Que tipo de guitarra você toca? A minha é...

E foi indo por aí. Gerard ficou feliz pelo namorado ter arrumado um novo amigo, mas estava meio desapontado por não estar encontrando nada de interessante na casa. A sala não trouxe nada, nem a cozinha, nem o quarto do Ray, nem mesmo o banheiro. Por fim, ele desistiu.

— Desculpe te atrapalhar por nada, Ray, mas parece que eu estava errado. Não lembrei de nada e já vi sua casa toda.

— Epa, toda não. Falta o porão. É onde eu passo a maior parte do tempo, na verdade.

— Por quê? — Frank quis saber, e Ray sorriu de novo.

— É onde construí meu estúdio.

— Caaaara, que demais! Vamos, Gee!

Gerard revirou os olhos com a animação do outro, mas o seguiu nas escadas.

Ao chegar lá embaixo, a situação toda mudou.

Frank estava entusiasmado com os equipamentos e com a explicação de Ray sobre cada um, falando quanto custaram, o tempo que ele levou para montar aquilo tudo e todos os detalhes técnicos. Gerard, por outro lado, se sentiu tonto assim que a luz fora acesa lá embaixo. Ele deu passos vacilantes para frente, sentindo algo no peito apertar cada vez mais.

O quarto rodou e ele piscou, o sentimento piorando. Ele continuou andando, devagar. Imagens vinham à sua mente, muito rápidas para que ele pudesse identificá-las; e a cada uma delas, sua cabeça doía.

— F-Frank... — ele murmurou.

— Gee? Que foi, você tá bem? Lembrou de algo? — Frank disse muito rápido, aproximando-se e deixando Ray falando sozinho.

— Quer água, alguma coisa? — Ray perguntou, sem saber bem o que fazer, mas também preocupado.

— Não, eu... eu... — Gerard sacudiu a cabeça, a tontura piorando. — Foi aqui...

Ele vacilou e Frank e Ray o seguraram para que ele não caísse. O dono da casa se afastou por um momento e pegou uma cadeira. Gerard se sentou, mas isso não o ajudou muito.

— Foi aqui que aconteceu? — Frank questionou, e para ficar mais perto, ajoelhou-se na frente dele e segurou suas mãos.

Gerard olhou para baixo, e a cabeça doeu mais do que nunca. Ele gemeu alto, apertando os olhos. Frank estava quase entrando em desespero, e apertou as mãos dele com mais força.

— Gerard, tá tudo bem, eu tô aqui, vai ficar tudo bem...

— Não é v-você... não é você – Gerard falou, abaixando a cabeça com a dor. — É ele...

Gerard abriu os olhos e viu Frank, mas ao mesmo tempo não o viu- quem estava ali ajoelhado era um homem que ele sabia já ter visto, que gostaria de nunca ter visto, e que havia ficado naquela posição uma vez, muitos anos antes.

“Você vai gostar” o homem dissera, e sua voz ressou nos ouvidos de Gerard agora, quase como se isso estivesse acontecendo no presente e não no passado.

— Não, não- AHHH! — Gerard soltou as mãos de Frank e as levou para a cabeça, gritando tão alto que o porão parecia prestes a desabar sobre eles.

De repente, os gritos pararam. Gerard parou de se mover, com os olhos fechados. Frank e Ray estavam com a respiração presa.

— Gee? — Frank perguntou suavemente.

Gerard abriu os olhos e demorou alguns segundos para focá-los em Ray, que estava de pé.

— Quem é você? E que porra de lugar é esse? — Gerard olhou em volta, parecendo tonto, e então seus olhos caíram em Frank e ele deu um sorriso malicioso, olhando para o mais novo de cima a baixo. — E quem é você, boneca?

Frank suspirou.

— Você deve ser Gabe.

— Minha fama chegou antes de mim? — Gabe abriu mais o sorriso. — Então você já sabe o que esperar.

Frank não tinha certeza ainda se sabia.
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Mensagem por breezy Sáb Set 14, 2013 10:27 pm

Mewmdpwmkd ta ta mas e agora? Ouviu? -q
RAAAAAAAAAAAY o/ GENTE ELE TA MT LINDO NESSA FIC SOCORRO JDOANKDNAKCPW ~morre~
Ta pera, deixa eu ver se entendi.... Ele foi estuprado? O.o
E tipo QUE SNOQNSOQMSO PQ ESSA CRIATURA FOI APARECER AGORA? NDKQNODNAOD MDS ~morre de novo~
Acho q vc devia pagar uma multa todas as vezes que os seus leitores morrem por causa de um capitulo, só acho -q
Enfim, tente postar mais rápido, okay? Ok
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Mensagem por Nancy Boy Qui Set 19, 2013 1:29 pm

Capítulo 21


breezy: OUVI! A do Three Days Grace eu conhecia porque né, quem não conhece. Meus favoritos foram Incubus e Two Door Cinema Club, mas também gostei dos outros dois. Viu, agora só preciso de link pra baixar ;-; Enfim, RAY <3 E calma, eu não disse isso -q É uma possibilidade -q AUSHAUSHA Fico feliz com esse comentário todo. E olha, eu acho que estou sendo rápido. Né? Não? .-.

Anywaaay, conheçam Gabe! O capítulo ficou grande então cortei ao meio. Quase ao meio. -q
— Ele... ele acabou de... — Ray estava pasmo com a mudança que vira diante dos olhos.

Era mais do que óbvio que aquele não era Gerard. Gabe se levantara e, sem cerimônias, começou a andar pelo porão e mexer nos equipamentos, mesmo depois que Ray o pediu suavemente para parar.

— Vamos embora, Gabe – Frank o chamou, com medo do que mais poderia acontecer se continuassem naquele lugar.

— Você por acaso manda em mim?

Frank tentou contar até dez, imaginando como o resto do dia seria. Ele fechou os olhos e se lembrou de que tinha que dançar conforme a música.

— Achei que você queria mostrar o que eu devo esperar – Frank falou, olhando novamente para Gabe e tentando soar malicioso.

Funcionou. Gabe se virou, encarou-o e sorriu de novo.

— Já que você está pedindo com tanto carinho.

Ele passou por Frank e deslizou rapidamente um dedo por seu braço, sabidamente provocando um arrepio no mais novo. Frank o observou subir as escadas e se virou para Ray.

— Desculpa, juro que isso não acontece normalmente. Eles só vêm quando ele tá dormindo, mas dessa vez acho que o lugar e as lembranças bagunçaram tudo.

— Tudo bem, eu entendo. É que é incrível de ver a mudança. Mas pode ir, cuide dele, depois voltem aqui. Aqui, meu telefone...

Ray anotou rapidamente seu número para Frank e garantiu que ainda queria ajudá-los; mais ainda depois de ver que era tudo verdade. Frank agradeceu muito e subiu, com medo de que Gabe mudasse de ideia e saísse sozinho.

Ele ainda estava lá, encostado na porta de entrada, parecendo entediado. Sorriu imediatamente quando viu Frank e abriu a porta para ele, em uma paródia de cavalheirismo. Antes de sair, notou Ray aparecendo e piscou para ele. Ray riu baixinho.

Frank o guiou até onde haviam deixado o carro, a alguns quarteirões de distância.

— O que vocês estavam fazendo pra deixar o carro tão longe?

— Não é da sua conta.

Gabe riu.

— Já percebi que temos um nervosinho aqui.

Frank não respondeu, e logo eles chegaram ao veículo. Frank foi dirigir – já sabia que nenhum dos alters tinha esse conhecimento, ao menos não plenamente – e Gabe se largou no banco do passageiro.

— O que você é dele, aliás? Ele finalmente arrumou um amante? Eu sabia que ele tava precisando de um, faltava um pau na vida dele...

— Namorado – Frank o cortou, olhando para frente.

— Woah hey, isso é mais do que amante. Mas e Lindsey?

— Ela está morta.

Gabe ficou em silêncio. Frank se arrependeu de ser tão brusco, amaldiçoando-se internamente, e virou para olhar para ele. Gabe fitava o chão, a testa franzida.

— Sinto muito – Frank tentou consertar, com uma voz mais suave.

— … como aconteceu?

Frank suspirou e se pôs a explicar a situação mais uma vez. Estava ficando cansado disso. A notícia já era ruim, mas cada um deles tinha sua própria história com Lindsey. Ele nunca tinha como saber o quanto aquilo os afetava. Obviamente subestimara a capacidade emocional de Gabe, e enquanto contava tudo, amaldiçou-se mais uma vez por isso. Alguém tinha se apaixonado por ele, lembra? Bert. É claro que Gabe era capaz de sentir. Ele só era muito irritante, mas isso não o fazia menos... humano?

Frank terminou e Gabe permaneceu em silêncio até chegarem em casa, o que foi um caminho longo. Frank chegou a colocar música para tocar, mas Gabe não se mostrou interessado.

Quando chegaram, Gabe entrou na casa, ainda quieto, e olhou ao redor. Não chorou nenhuma vez, mas era claro que estava observando o lugar sem Lindsey pela primeira vez e permitindo-se sentir isso. Por fim, virou-se para Frank com uma expressão obstinada.

— Se arruma, a gente vai sair.

Frank levantou as sobrancelhas e cruzou os braços.

— E por acaso você manda em mim?

Foi a primeira vez que Gabe sorriu de novo desde que ouviu as notícias.

— Não, gato, não mando. Só achei que você não ia querer que eu saísse sozinho com o corpo do seu namorado.

A expressão de Frank caiu e Gabe deu risada.

— É, foi o que pensei. Bar e depois balada, fique bonito – ele continuou enquanto ia para o quarto.

Frank sabia que não tinha muita escolha. Também sabia que não seria tão divertido quanto foi com Gabriella. Ele seguiu Gabe, já que todas as roupas estavam no quarto, e o encontrou já sem camiseta, abrindo o guarda-roupa para procurar alguma peça e desarrumando tudo no processo.

— Precisa ser tão destrutivo assim?

— Não tenho paciência pra organização, querido, desculpa.

— Dá pra parar com os apelidos e só me chamar de Frank?

— Tá, calma! — Gabe olhou para ele e deu uma piscadela. — Frankie.

Frank colocou as duas mãos no rosto e respirou fundo. Então se juntou a Gabe para achar algo para vestir. Não se preocupou muito, mas seguiu o estilo do outro. Gabe usava jeans de um azul vibrante, uma camiseta preta com uma estampa desenhada de gato que Gerard provavelmente nunca usava, e óculos escuros de estilo duvidoso. Frank usou suas roupas normais, meio punk, meio casual. Ele foi para o banheiro para se trocar, enquanto Gabe teria feito isso na frente dele sem nenhum problema.

Quando estava pronto, Gabe praticamente o arrastou para o carro, já que novamente ele teria que ser o motorista. Frank já estava com vontade de passar o carro de Gerard para o próprio nome.

Gabe recuperou o humor anterior e passou o caminho todo falando qualquer besteira que viesse a mente, inclusive inúmeras cantadas idiotas para as quais Frank só rolava os olhos. Ele tinha que aceitar pelo menos que Gabe não o estava assediando; ele só era legitimamente um galinha. Frank acabou deixando a voz dele se perder enquanto se lembrava do que acontecera no porão da casa de Ray... por que justamente Gabe aparecera? E justamente naquela hora, quando Frank tinha se ajoelhado na frente de Gerard? Ele arregalou um pouco os olhos ao perceber o que podia ser feito naquela posição, e olhou imediatamente para Gabe.

— E aí ela disse... você tá bem? — Gabe se interrompeu, sem entender a súbita expressão assustada no companheiro.

— E-eu... é, sim, tô. O que você estava falando?

Gabe deu de ombros e continuou.

— Eu falei que ela disse que eu parecia um frango dançando, o que obviamente é uma mentira já que eu tomo conta daquela pista, mas ela não tinha o que dizer para se livrar de mim. Aí eu fingi que estava ofendido e virei, mas então ela segurou meu braço e, juro...

Frank deixou de prestar atenção de novo, em parte porque estava distraído e em parte porque não queria imaginar Gabe fazendo nada das aventuras que ele narrava. Ele se perguntou brevemente quantas dessas situações aconteceram quando Gerard já era casado com Lindsey, mas sua mente voltou para o trauma de Gerard. A única coisa que ele conseguia pensar agora é que havia algo de sexual envolvendo a coisa toda, era o único motivo para Gabe ter aparecido... mas se bem que, Gabe não era assim tão diferente de muitos caras que Frank conhecia. Será que ele não estava pensando demais? Ele certamente esperava que sim. Gerard tinha nove anos, pelo amor de Deus.

Ele quase errou a rua quando Gabe o mandou entrar. Então sorriu.

— É o Rocky's?

— É! Você conhece? — Gabe não parecia se importar em ser cortado.

— Eu toco com minha banda lá de vez em quando.

— Hah! Eu sabia que tínhamos muito em comum, Frankie.

Gabe piscou para ele e Frank revirou os olhos pela milésima vez.

Eles entraram no bar sossegadamente, já que ambos eram conhecidos. Agora que parava para pensar, Frank se lembrava de ter visto um ou dois bartenders olhar com uma expressão estranha para Gerard quando ele foi ver o Pencey Prep tocar, tempos atrás. Provavelmente porque estavam acostumados a vê-lo como Gabe. Frank suspirou ao escolher uma mesa, perguntando-se o quão diferente Gabe seria de seu namorado.
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Mensagem por breezy Dom Set 22, 2013 10:24 pm

ALELUIA IRMÃOS o/ demorou em -q
Exato, todos conhecem.... Por isso mesmo eu passei essa ne dknsodnwkdnkw e two door sempre vem pra cá..... Então um dia eu ainda vou em algum show deles u.u dknaodmaod olha, tem um programa q eu uso q vc só lococa o link da musica (do youtube) e clica em baixar e pronto o/
Pois é.... Continuo achando q ele foi estuprado mas okay.
Sla, acho que rápido seria um capitulo por dia -qqqqqqq mentira, é eu que sou mt apressada mesmo.
NXKWMDLMQODMWO MENINO SAFADO MDS JDNWKDNKWNDONDOWMOF ele superou rápido a morte da Lyn.... NDKSMXLMWOFMWO ele é bem dicidido tmb em '-' acha que pode sair por ai mandando no Frank >.< -q
Enfim, tchaaaaau (poste o próximo correndo)
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Mensagem por Nancy Boy Qui Set 26, 2013 6:50 pm

Capítulo 22

breezy: Demoro mas um dia faço -qqq Ah, sério? Estou precisando virar fã de uma banda que sempre venha pra cá. Ou pelo menos de uma banda que nãO TENHA TERMINADO enfim. Ahh eu sei, mas não quero baixar música por música, álbum inteiro é bem melhor. -q Ah, um por dia é impossivelmente impossível xD E cada um supera de um jeito, nér. E estou postando agora, não tão correndo mas, ahn, então. -q
Até que a primeira parte da noite não foi tão ruim. Era só um “esquenta”, afinal, e o que Gabe mais fez foi conversar e flertar com algumas garotas sem grandes pretensões, já que não pretendia sair dali com ninguém mesmo. Pelo menos Frank esperava que sim. Ver aquilo estava fazendo algo se torcer em seu estômago, mas ele tinha de lembrar que não era Gerard e que impedi-lo só iria piorar as coisas. Enquanto fosse só paquera, era melhor não falar nada. Em certo momento, porém, ele não teve como impedir Gabe de trazer três amigas para a mesa. Ele as dispensou logo, mas decidiu continuar a conversa para se distrair do que Gabe fazia – ele nem queria pensar nas mãos que estavam escondidas por baixo da mesa.

A banda da noite chegou e foi embora, e Frank foi ao banheiro tantas vezes que as garotas deviam achar que ele tinha algum problema de incontinência urinária, mas por fim ambos se levantaram e deixaram as companheiras de bar para trás. Frank não viu nenhum beijo nem nada tão explícito e ficou grato por isso.

Enquanto Gabe o guiava até a balada que queria ir, Frank percebeu que ele estava bem mais quieto do que no começo do passeio.

— Que foi? — ele perguntou finalmente, ao notar Gabe o encarando.

— Nada. É que você não brigou comigo nenhuma vez.

— Deveria?

— Não, seria estúpido. Mas achei que fosse. Você não sente ciúme?

— Você não é ele.

— Menino esperto! — Gabe riu rapidamente. — Mesmo assim.

Frank suspirou.

— Estou tentando te ajudar. Se você puder me ajudar, eu agradeço.

— Se não?

— Aí vamos descobrir.

Gabe se aproximou, falando bem baixo na orelha de Frank.

— Eu quero descobrir.

Frank ignorou o arrepio que o hálito do outro causou e não respondeu. Gabe riu de novo e voltou a falar aleatoriamente até chegarem.

O gosto musical dele era diferente do de Gabriella. A balada era pop/eletrônica, nada que Frank não pudesse suportar, mas ainda assim nada que o agradasse muito. Tinha alguns sofás nos cantos e uma segundo andar com mesas lotadas. Frank havia pagado o bar, e agora via que Gabe pagava a entrada aqui – com a carteira de Gerard, claro.

Gabe se esqueceu dele assim que avistou um conhecido. Frank o viu abraçando um cara qualquer e ficou imóvel por um segundo, mas era amigável. Só amigável. O alívio não durou muito, porém, assim que duas mulheres se aproximaram e também abraçaram Gabe, só que mais demoradamente e em uma posição bem mais estratégica. Frank gemeu baixinho e foi se sentar no primeiro lugar que achou. Ele não queria ver, mas não podia tirar os olhos de Gabe. Não podia deixá-lo sair dali sem ele perceber... nem ir para outra sala, ou banheiro. Ah, droga, isso não daria certo.

Por um tempo razoável só o que Gabe fez foi dançar com pessoas diferentes, às vezes perto demais, mas Frank foi ficando mais calmo conforme os minutos passavam. Ele sorria e negava com a cabeça qualquer um que se aproximasse dele e não saía do seu lugar. Até que um grupo começou a se aglomerar a um canto mais distante e muita gente começou a ir para lá, e ele perdeu Gabe de vista. Frank se levantou imediatamente e foi procurá-lo.

Empurrando as pessoas, ele finalmente achou Gabe, junto com o motivo da comoção: uma mesa de cassino, e um jogo de pôquer que iria começar. Gabe já estava se sentando.

— Nem pensar! — Frank o puxou pelo braço antes de ele conseguir se apropriar da cadeira. Algumas pessoas olharam, mas Frank não se importou. — Você não vai apostar.

— Como assim? — Gabe puxou o braço de volta, a cara emburrada. — Eu já disse que você não man...

— Esse dinheiro não é seu, você sabe, eu sei, e você não vai apostar porra nenhuma. Pode esquecer. Eu vou te arrastar daqui se for preciso.

Gabe abriu a boca para protestar, mas não soube o que dizer. Ele olhou para a mesa, para os outros participantes e então de volta para Frank. Ainda estava com a cara fechada, mas se afastou.

— Obrigado – Frank disse, e foi ignorado. Não se incomodou.

Os dois ficaram ali, assistindo a partida, e logo Gabe pareceu se esquecer que estava com raiva. Começou a torcer para um amigo e comemorou e xingou junto com ele. Por fim, ele voltou a beber e dançar e ignorar Frank. Ou é o que Frank pensou.

Gabe decidiu ir mais a fundo e puxou a primeira garota que voltou a dançar com ele, beijando-a imediatamente. Ela retribuiu e o abraçou, e Frank queria desviar o olhar, mas não conseguia. “Não é ele, não é ele, não é ele” ele repetia para si mesmo, mas não estava adiantando. Quando o beijo acabou, Gabe virou o rosto e o olhou nos olhos, e Frank sentiu o sangue ferver. Era óbvio que foi de propósito.

Gabe ainda fez isso com mais uma mulher, e Frank só assistiu. Ele não podia bater nele, por mais que quisesse; quem sentiria a dor depois seria Gerard. Ele não sabia o que mais fazer. Mas Gabe estava determinado a arrancar alguma reação, porque a próxima pessoa da lista foi um cara da idade de Frank, mais ou menos, e bem bonito, e Gabe deve ter imaginado que um homem seria pior de ver por causa da relação. Acertou.

Frank se levantou finalmente e arrancou o garoto enquanto estavam no meio do beijo, ignorando a reclamação dele e os olhares em volta.

— O que você quer? - perguntou, quase rangendo os dentes.

Gabe sorriu de lado.

— Quero descobrir, não foi o que eu falei? Descobrir o que você vai fazer. Eu posso ir mais longe, sabe.

Frank apertou as mãos e fechou os olhos por um segundo.

— Você só quer me irritar? Mais nada?

— Bem... talvez mais alguma coisa.

— Não. Isso não.

— Então não me impeça de conseguir com outra pessoa.

Gabe o empurrou de leve e segurou a mão do garoto de novo, dessa vez se afastando com ele. Frank só o observou a princípio, até perceber que estavam indo na direção do banheiro.

Eles conseguiram alguns segundos de vantagem, então quando Frank chegou lá eles já tinham entrado em uma das cabines. Mas ele conseguiu segurar a porta antes que Gabe a fechasse, seu corpo quase espremido com o do garoto, que a esse ponto já estava ficando assustado.

Frank segurou a porta com uma mão só, sua raiva o fazendo ter mais força do que Gabe, que tentava fechá-la. Olhando para o alter, mas falando com o outro estranho, Frank sibilou:

— Sai.

O menino obedeceu prontamente. Mas quando Frank iria dar um passo para trás, Gabe o puxou para dentro e, finalmente, fechou a porta.

Frank não teve tempo de fazer muita coisa antes de Gabe o prender na parede com o corpo.

— Então você sente ciúme – Gabe provocou, falando baixo.

Frank tentou empurrá-lo, mas o espaço não estava ajudando.

— Você sabia que sim.

— Claro. É divertido, sua cara, sabe. Olhando como se fosse me matar mas não fazendo nada.

Frank tentou empurrá-lo de novo, quase conseguiu, mas Gabe o jogou de volta com mais força e aproximou o rosto do dele.

— Mas aposto que sua cara fica boa de outro jeito também.

— Eu já disse não.

— Qual é, você sabe que quer.

Gabe trouxe o quadril para frente, o que fez Frank ofegar sem querer. Gabe já estava duro.

Merda.

— Não, não quero – Frank respondeu, mas com a voz mais fraca.

— É o mesmo corpo... você já sabe o que tem aqui, e você gosta.

— Mas não é ele.

— Não, não é. Eu sou bem melhor.

Frank duvidava disso. Ou queria duvidar. Tentou sair de novo, sem sucesso.

— Eu sei o que fazer, Frankie... — ele abaixou mais a voz, trazendo os lábios para o ouvido do outro. — Onde tocar, onde beijar...

— Ele também sabe.

— Você já está acostumado com ele. É previsível. Comigo é diferente. Eu aposto que consigo te fazer gozar três vezes antes de irmos embora, e depois mais algumas em casa.

Frank fechou os olhos sem perceber quando Gabe pressionou o quadril contra ele de novo. Gabe riu baixinho com o que sentiu.

— Viu, você já está gostando.

E era verdade, a porcaria do membro dele estava se impondo sozinho na situação. Mas quando Gabe o olhou e aproximou os lábios, quando as bocas se tocaram minimamente e quando o beijo iria começar e depois disso nada iria pará-los, Frank o empurrou com mais força ainda, jogando-o no outro lado da cabine.

— Aaai! — ele reclamou, colocando uma mão na cabeça. — Porra, Frank, você tá exagerando!

Frank estava respirando com dificuldade, mas parecia quase calmo. Ele sacudiu a cabeça.

— Seus olhos. Outra pessoa completamente, nos olhos. Eu não quero outra pessoa.

Gabe ficou quieto. Pareceu que, enfim, entendeu que não conseguiria nada. Ele fez um gesto para a porta e Frank imediatamente saiu.

Frank estava se sentindo péssimo pelo quão perto haviam chegado, mas orgulhoso ao mesmo tempo. Era uma sensação estranha. Ele sabia que aquilo magoaria Gerard. Não iria contar tudo, ao menos não tudo que Gabe falara, ou Gerard iria achar que não estava sendo bom o bastante. E Frank sabia perfeitamente como isso não era verdade.

Ele esqueceu de Gabe por pelo menos cinco minutos. Quando o procurou de novo, o viu bebendo, encostado em uma parede, sem falar com ninguém. Parecia pensativo. Quando os olhares se encontraram, Gabe sorriu um pouco, dessa vez mais simpático e menos malicioso, e o chamou com um gesto de cabeça. Quando Frank chegou, Gabe se desencostou da parede e começou a andar.

— Vamos embora.

Frank não questionou nada. Foram para o carro em silêncio e assim continuaram até chegarem em casa. Ainda era cedo, consideravelmente. Meia-noite.

Eles entraram, Frank trancou a porta e jogou as chaves na mesa, arrancando os tênis, e Gabe foi arrancando as próprias roupas também.

— Pode ficar com a cama – Frank falou. — Eu fico no sofá.

Frank pôde jurar que ouviu Gabe suspirar, mas não teve certeza.

— Eu não vou fazer nada. Pode dormir na cama comigo.

— Prefiro ficar aqui. Obrigado.

Gabe o olhou de lado e assentiu. Sem falar mais nada, Frank ajeitou o sofá e se enfiou sob algumas cobertas, enquanto Gabe ia para o quarto.

Depois de mais ou menos quinze minutos, Frank sentiu alguém cutucando-o no ombro. Ele olhou para cima e viu o contorno de Gabe.

— Por favor. Não quero dormir sozinho. Eu juro que não faço nada.

— Gabe, eu não...

— Frank. Eu não sei quando vou acordar de novo. Por favor.

Frank ficou quieto. Pensou por um bom tempo, mas acabou concordando. Seguiu o outro até o quarto e deitou-se ao lado dele, virando-se imediatamente de costas.

— Boa noite, Frank.

— Boa noite.

— …. obrigado.

Ele não respondeu. Em algum momento durante a noite, Frank sentiu um braço o envolvendo. Ele iria tirá-lo, mas achou que pudesse ser Gerard. Não quis pensar muito nisso.
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Mensagem por Nancy Boy Ter Out 01, 2013 10:11 pm

Capítulo 23


NOSSA NENHUM COMENTÁRIO OK BLZ ENTÃO, VOU ALI ME MATAR.
...
Desculpa, foi o emo em mim, falou mais alto.
-q
Enjoy!
No dia seguinte, Frank acordou sozinho. Ele encontrou Gerard no sofá, com os joelhos encolhidos, aparentemente distraído. Quando o viu, Gerard sorriu fracamente.

— Oi. Dormiu bem?

— Sim, como você tá? — Frank se aproximou imediatamente, sentando-se ao lado dele.

— Bem, bem. Só estou pensando.

— No que?

Gerard riu um pouco com o ligeiro desespero de Frank.

— Calma, não vou ter outra recaída. Mas foi uma sensação muito estranha, ontem. Quem apareceu?

— Gabe.

— Ah.

Gerard mudou de postura na hora, meio incomodado.

— E como foi?

— Err... foi... ele é bem único, né?

Gerard olhou para ele de forma estranha.

— Não fizemos nada – Frank disse logo, mas mordeu o lábio antes de continuar. — Quer dizer... ele tentou.

Frank suspirou e contou o que acontecera na noite anterior, omitindo alguns detalhes. Gerard foi se encolhendo conforme ele falava, e no fim só ficou em silêncio.

— Gee? Você não tá chateado, tá?

— Você acha que não?

Ele não estava bravo, mas obviamente triste.

— É que... Gabe não entende como ele é bom em magoar as pessoas. Não é culpa sua, acho que ele tem esse efeito em qualquer um. Mas o que mais me irrita é que eu não posso estar lá pra ficar com você, como eu nunca pude ficar com Lindsey, porque é impossível. É ainda pior do que se fosse qualquer outra pessoa.

Frank o abraçou, lentamente, para ver se ele aceitava. Aceitou, mas não retribuiu. Eles ficaram assim por algum tempo, até que Gerard sacudiu a cabeça.

— Ok, isso não importa agora. Vamos conseguir nos livrar dele logo, se tudo der certo.

Frank assentiu, olhando para baixo. Não queria que Gabe desaparecesse para sempre, mas era o único jeito...

— Nós devíamos ir para a casa do Ray de novo. Ele deixou algum contato com você?

Frank se colocou ereto de novo e confirmou, logo indo pegar o papel com o telefone do músico. Ele queria mesmo ver Ray de novo, estavam tendo uma conversa muito legal. Mas ele parou subitamente e olhou para Gerard, antes de pegar o telefone.

— Tem certeza? Podemos esperar mais um pouco, eu sei que aquilo foi forte para você...

— Agora estou preparado. Acho que consigo impedir outra recaída. Ainda é meio perigoso, mas... Frank, eu quero mesmo fazer isso. Você não imagina o que é viver nessa situação a vida inteira.

Frank só o abraçou de novo e ligou para Ray.

— Hey, é o Frank. Eu estava pensando se poderíamos ir aí de novo...

— Claro! Estou livre hoje, domingos são um tédio. Podem aparecer quando quiserem.

Frank agradeceu e se virou para Gerard com um pequeno sorriso.

— Acho que encontramos mais um louco pra coleção.

Gerard riu e concordou.

Eles foram para a casa de Ray depois de almoçar e foram recebidos animadamente. Ray tinha mil perguntas a fazer para Gerard, sobre o Transtorno, mas se calou quando percebeu que ele não queria responder.

— Tudo bem, vocês vieram aqui por outro motivo. Querem voltar para o porão agora?

Frank olhou para Gerard, preocupado, mas o outro estava decidido. Ray os levou para baixo mais uma vez, e Gerard deu cada passo com cuidado, agora que sabia o que esperar.

Ele se sentiu estranho de novo, mas conseguiu controlar. Parou perto da escada e observou o cômodo. Frank apertava sua mão e Ray o encarava, apreensivo e curioso.

Gerard assentiu para Frank, afirmando que estava bem, e deu alguns passos para frente. Ele olhou para o chão, para o local onde se sentara no dia anterior e então para as paredes. Piscou uma vez e se aproximou. Passando pelos equipamentos de Ray, ele encontrou um pedaço livre da parede e a tocou.

— Esse papel de parede – Gerard falou, sem desviar o olhar. — Você que colocou?

— Sim, pedi para o locador do imóvel deixar. Por quê?

— Eu... sei que isso é pedir demais, mas eu poderia tirar uma parte? Eu pago.

Gerard se virou e estranhou ao ver Ray sorrindo.

— Na verdade, tenho uma ideia melhor. Vem, vocês dois, vou mostrar algo.

Gerard e Frank se entreolharam e seguiram Ray pelas escadas novamente.

Ele os levou para seu quarto e os pediu para esperar enquanto ele mexia em uma pasta que ficava sobre o guarda-roupa. Ele revirou papéis, aparentemente documentos, até chegar em alguns álbuns de fotos e, por fim, nos itens que queria.

— Aqui, pega – ele falou, entregando um pacote transparente de plástico para Gerard. — Tem fotos aí dentro das paredes do porão antes de eu colocar o papel de parede.

Gerard arregalou um pouco os olhos e Frank ficou ligeiramente desconfiado.

— Por que você tem isso?

— Eu disse que me mudei pra cá porque o aluguel estava barato e por causa das histórias, certo? Bem, eu não falei nada antes pra deixar vocês descobrirem em seu próprio tempo, mas o porão obviamente foi o pior lugar na casa.

Gerard já havia tirado as fotografias do pacote, e agora ele e Frank se curvavam para vê-las. Ambos prenderam a respiração imediatamente. As paredes estavam manchadas com sangue.

— Viram? — Ray prosseguiu. — Eu queria inspiração, mas em pouco tempo isso daí começou a me incomodar. Muito. Então pedi que o dono do imóvel me deixasse cobrir, e ele entendeu o pedido. Eu tirei fotos antes porque achei que isso pudesse ser importante um dia, para a polícia talvez, e não queria que tivessem que destruir minhas paredes para ver. Acho que fiz uma boa escolha.

Fran assentiu e o agradeceu, um pouco distraído, mas Gerard estava focado nas imagens completamente. Ele as espalhou pela cama de Ray e se ajoelhou, olhando de uma para a outra.

— Você fez mais pesquisas sobre o que aconteceu aqui? — perguntou, sem levantar o olhar.

— Na verdade, fiz. Deve estar aqui em algum lugar...

Ray voltou a mexer na pasta, Gerard a fitar as fotos e Frank a olhar de um para o outro sem saber o que dizer.

— Aqui! Não é muito, são só notícias que pude achar sobre isso tudo e algumas observações minhas. Nunca quis investigar de verdade, isso foi meio que um hobbie quando me mudei. Sei que isso não soa muito bem agora.

— Não, tudo bem – Frank sorriu de leve e pegou os papéis que Ray entregava. — Devolveremos para você. Isso vai ajudar muito.

Gerard ainda estava franzindo a testa para as imagens das paredes.

— O padrão do sangue está estranho... — ele murmurou, provavelmente sem esperar que Ray fosse responder.

— Sim, eu notei! O que alguns episódios de CSI fazem com a gente, né?

Gerard estava muito concentrado para dar atenção ao outro, mas Frank riu.

— Aqui – Gerard continuou, apontando para uma das fotos. — tem a maior concentração, e parece escorrer pela parede? Mas aqui do outro lado tem só alguns esguichos, não deve ser o bastante para matar alguém...

Frank e Ray começaram a murmurar entre si, deixando Gerard para tirar suas próprias conclusões.

— Por que ninguém limpou esse sangue?

— Pelo mesmo motivo que eu decidi tirar as fotos. Preservar provas. O caso não foi fechado, e todos sabemos que às vezes isso acontece décadas mais tarde.

— Cold Case – Frank comentou, lembrando de um seriado que tratava precisamente disso.

— Exato.

Eles continuaram a conversar entre si, até que Gerard sacudiu a cabeça e olhou para cima.

— Acho que vou estudar isso tudo melhor em casa.

Ele se levantou e Frank foi para seu lado, para garantir que ele estava se sentindo bem.

— De nada, de nada – Ray falou quando eles agradeceram pela milésima vez. — Mas não vão ainda! Descansem um pouco de todos esses pensamentos mórbidos. O resto do dia ainda vai ser solitário pra mim. E eu tenho um video-game.

Frank sorriu abertamente e Gerard riu, sabendo que cederia.

— Ok, vamos ficar mais um pouco.

Ray se empenhou em distraí-los da situação toda, levando-os para a sala e mostrando os jogos que tinha, desde os mais antigos até os mais recentes. Frank foi quem mais se maravilhou com eles, e Gerard preferiu assistir a maioria das partidas entre os dois, mas de vez em quando participou também. Na hora de jogar Guitar Hero, Gerard não sossegou até ganhar de Ray ao menos uma vez. Frank também conseguiu ganhar de Ray em Street Fighter e em uma partida de Uncharted, mas só uma vez. Ele era realmente melhor em todos os jogos.

Mal notaram que havia escurecido quando Ray decidiu pedir uma pizza. Conforme as horas passaram, os três pareciam amigos de infância, comendo, jogando e contando histórias engraçadas uns dos outros. Ray tinha uma boa parcela de experiências interessantes de juventude, mas ninguém ganhava de Gerard com as histórias de seus alters. Gabe era frequentemente motivo de risadas. Frank não se sentiu mal porque sabia que o próprio Gabe também contaria aquelas histórias.

Já era tarde quando Frank lembrou que teria faculdade no dia seguinte. Despediram-se, prometendo voltar sem segundas intenções envolvendo a casa e o passado de Gerard, só para passar um tempo com Ray.

— Valeu pela companhia – o anfitrião disse, sorrindo enquanto os acompanhava até o carro. — Eu não tenho realmente nenhum amigo por aqui.

— Ah, você se mudou faz pouco tempo? — Frank perguntou.

— Não, já fazem uns quatro anos, acho.

Frank e Gerard pararam de andar.

— E você não fez nenhum amigo por aqui? Mas você é tão legal!

Ray riu rapidamente.

— Obrigado por acharem isso, mas aparentemente vocês são os únicos. Bem, talvez seja culpa minha, também. Eu não saio muito. Na verdade eu não saio nunca, só para trabalhar, praticamente... e todos no meu trabalho são imbecis irritantes.

— Sei como é. Eu também funciono melhor ficando dentro de casa – Gerard falou, sorrindo. — Mas você tem amigos agora. A gente se vê depois?

— Claro!

Eles se afastaram e entraram no carro. Frank comentou que não entendia porque Ray não fez amigos em tanto tempo, mas acabou percebendo que não é tão fácil de se achar amizades verdadeiras, de qualquer jeito. Considerou que talvez fosse melhor ficar sozinho do que se cercar de pessoas com as quais você não se importa realmente.

Ele e Gerard conversaram um pouco sobre isso, e tudo o mais que descobriram durante o dia, até chegarem em casa.

Gerard foi pegar uma cerveja na geladeira e então marchou diretamente para o quarto, com o pacote que Ray lhe deu – mais as fotos – em mãos. Frank o seguiu e, justamente quando ele sentou na cama, tirou o pacote dele.

— Amanhã.

— Mas Frank...

— Sem mais. Você tem tempo para isso. Não queremos sobrecarregar sua mente, queremos? Espere até eu voltar amanhã.

Gerard inclinou a cabeça, exasperado e pedindo silenciosamente que não fosse assim. Frank não hesitou e guardou o pacote na própria mochila, no chão do seu lado da cama.

— Vou levar comigo.

— Frank!

— Não. É sério, vamos devagar com isso. Além do mais, tenho uma ideia melhor do que você pode fazer agora.

Frank sorriu de lado e pegou a lata de cerveja da mão de Gerard, dando um gole e a colocando de lado também, na mesa de cabeceira. Gerard revirou os olhos, mas se deixou levar quando Frank o empurrou e ficou por cima dele, beijando-o em seguida. Aquilo era sempre uma boa distração. Eles adormeceram bem rápido depois.

Frank acordou tarde, como era de costume, e correu para comer algo e ir para a faculdade. Manteve a promessa e levou o pacote com ele. Não mencionou que parte do motivo de ter feito isso era porque queria mostrá-lo para Shaun.

O amigo deu alguns palpites e recomendou de novo que Frank tivesse cuidado.

— Sua mãe sabe que você está fazendo isso?

— Sabe.

— E o que ela acha?

— Não importa, Shaun, isso é uma decisão minha.

— Eu sei, mas você tem pessoas que ligam pra você.

— Não precisa me lembrar. Eu vou tomar cuidado.

Frank não achou que Shaun ou sua mãe precisavam se preocupar tanto. Pelo menos não achou isso até aquela noite, quando voltou para a casa de Gerard.

Ele estava lá, terminando um desenho. Eles jantaram normalmente, mas era claro que o mais velho estava ansioso para estudar os documentos. Frank desistiu de fazê-lo esperar mais e foram os dois para o sofá, espalhando os papéis em seus colos.

Gerard encarou de novo as fotos com o sangue, mas passou logo para as outras coisas. Eram excertos de notícias antigas, pedaços que destacavam o que acontecera no que agora era a casa do Ray. Gerard se retesou quando viu a própria foto, de quando era criança.

— Meu pai escondeu isso de mim.

Frank não soube o que dizer. Somente esfregou seu braço para mostrar que estava ali.

Os textos diziam que era impossível saber exatamente o que houve dentro daquele porão, já que os únicos sobreviventes eram a criança traumatizada e um fugitivo. Gerard parou de ler nesse momento e pulou para a outra imagem da notícia: um retrato falado que um dos vizinhos fez do homem que escapou.

A respiração de Gerard se alterou. Ele não estava preparado para ver aquele rosto, de forma alguma, e Frank notou que ele estava tendo dificuldade em se manter parado. Estava ficando pálido. Ele fechou os olhos.

— Gee? Estou aqui, escuta, Gerard, eu...

Mas ele parou. Parou de se mover, até de respirar por um segundo. Então abriu os olhos e virou o rosto.

Alguma coisa fez Frank se afastar instintivamente. Não era Gerard.

— Quem é você? — a voz saiu rouca, dura, terrível.

Frank deslizou para o outro lado do sofá, reconhecendo aquele alter sem nem precisar perguntar o nome.

Era Geoffrey.
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I'm a Fake - Página 3 Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por breezy Sáb Out 05, 2013 8:53 am

MSLQNDOKQPDKS DESCULPA ç.ç
EU IA COMENTAR O ANTERIOR SERIO SÓ QUE JZKQMSPQMPD EU ESQUECI (?)
Não sei como esqueci mas enfim
Okay, sobre o Gabe: MOSMWLXMQPFLWPDMQLX -esses ataques de letras aleatórias resumem tudo -qqqqqqqqqqqqqq
Sobre o ray NXOWMOXMALDPMDPMWKC -qqqqq ele ta sendo muito simpático e querido e aww <333
mANO MDOQMDOWMDOWOX essa parte das fotos com as paredes manchadas me lembrou filmes de terror... E AHS ENTÃO VAI ASSISTIR ah e aproveita e assiste invocação do mal.... É um filme EXTREMAMENTE foda (apesar do trailer de merda).
Geoffrey? NSIODKDNWKDNK CARALHO pq agora pq
Nha, tchaaaaaau =3
breezy
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I'm a Fake - Página 3 Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nancy Boy Qua Out 09, 2013 9:22 pm

Capítulo 24

breezy: Tudo bem, tudo bem -q E eu sei bem que resumem, toda vez que vou falar do Frank eu faço HAFAFIAGFAJBI então, entendo. -q E olha EU SÓ VOU ASSISTIR AHS, NÃO ME VENHA COM MAIS. Não aguento mais ;-; ;-; ;-; Anyway, sim, Geoffrey, fodeu muito agora -q

Olha, é difícil imaginar o Gerard mal, então vejam essa foto e pensem nisso: http://animespirit.net.br/uploads/fanfics/capitulos/fanfiction-idolos-my-chemical-romance-im-a-fake-1198807,091020132207.jpg
Ok, enjoy -q
— Eu perguntei quem é você – Geoffrey repetiu, fitando Frank atentamente.

— E-eu... meu nome é Frank, eu sou... amigo do Gerard.

Geoffrey o encarou por mais alguns segundos antes de se voltar para os papéis que tinha nas mãos. Frank prendeu a respiração, mas eles não pareceram surtir nenhum efeito nele.

— O que é isso? — ele perguntou, virando o pedaço de jornal de um lado para o outro.

Frank percebeu que talvez ele não soubesse ler. Mais do que isso, tinha que pensar rápido para ele não olhar diretamente para o retrato falado que causou a mudança de alter.

— Não sei, acabei de sentar aqui...

Geoffrey bufou e, felizmente, colocou os documentos todos de lado. Então olhou ao redor.

— Cadê a Lindsey?

Frank engoliu em seco. Havia treinado isso, mas não achava que era um ator muito bom.

— Ela foi viajar. Por isso estou aqui, pra fazer companhia enquanto ela não volta.

— Pra onde ela foi?

— Para a casa dos pais dela... em outro estado.

— Quanto tempo?

— Acho que um mês.

— Acha?

— Sim... — a dureza nas questões estava fazendo Frank quase suar frio. — Talvez um pouco mais ou menos, não tenho certeza.

— Hmm.

Geoffrey não parecia triste com isso, só muito incomodado. Ele olhou ao redor de novo, como se esperasse ver algo de diferente, mas acabou voltando a atenção para Frank.

— Ela te ensinou alguma coisa antes de ir embora, ou você é um inútil?

Frank deixou que a ofensa descesse pela sua garganta sem esboçar nenhuma reação.

— Sei algumas coisas. O que você quer?

— Não tô com fome agora, então me traz uma cerveja. Depois faz mousse de chocolate com café. Espero que a Lindsey tenha te ensinado direito.

Frank havia conversado muito brevemente sobre Geoffrey com Gerard, e sabia que esse era o prato favorito dele, e que sempre pedia – ou, melhor, mandava – Lindsey fazê-lo, mas Gerard infelizmente nunca soube da receita do jeito dela, só do que havia na internet. Frank suspirou e foi pegar a bebida, trazendo-a de volta para um Geoffrey que já havia ligado a televisão e derrubado todos os documentos de Gerard no chão. Frank os abaixou para pegá-los, sabendo que ficaria na frente de Geoffrey, mas era só por um segundo. Não achou que seria problema.

— Eu tô assistindo – o mais velho rosnou, levantando o pé e empurrando Frank com ele, fazendo com que o baixinho caísse de lado no chão.

Não doeu, mas a humilhação era pior do que ele imaginava. Frank sentiu o sangue subir. Ele também não era a pessoa mais paciente do mundo. Mas não podia bater naquele corpo, e não podia deixar aquele alter com raiva. Ele fechou os olhos, contou até dez, ainda deitado, e então pegou os papéis e praticamente engatinhou para fora do alcance de Geoffrey, que já nem olhava para ele.

Frank guardou tudo o que Ray deu em uma gaveta, no quarto, esperando que Geoffrey não se importasse mais com nada daquilo. Então decidiu fazer o que Gerard recomendara na primeira vez que falaram sobre os alters: esconder objetos pontiagudos.

Teve total liberdade no quarto, e pôde colocar em cima do guarda-roupa – subindo na cama para isso – todos os lápis e canetas, bem como tesouras e alguns pincéis que Gerard usava para fazer sua arte de vez em quando. Então foi para a cozinha, onde Geoffrey ainda não podia vê-lo, e juntou todos os talheres, tentando não fazer barulho, para colocá-los também em cima do guarda-roupa. Geoffrey aparentemente não deu atenção a nada disso. Mas ainda faltava a sala e sua extensão, a sala de jantar. Haviam mais alguns lápis por ali, e Frank achava bom se livrar também de coisas como chaves. Ele respirou fundo e passou rapidamente na frente de Geoffrey, como se não quisesse nada. Pegou o bloco de notas que ficava na bancada perto do telefone e começou a rabiscar qualquer coisa ali, para parecer que estava escrevendo algo. Então arrancou a folha em que rabiscou e guardou no bolso, guardando também a caneta. Discretamente, pegou os outros lápis – por que Gerard tinha que deixar tudo para todo lado? — e os guardou também. Deu uma olhada para Geoffrey, viu que ele continuava impassível, e foi abrir a porta de entrada, que tinha a chave pendurada. Abriu-a e fitou o lado de fora.

Geoffrey virou o rosto imediatamente.

— Vai a algum lugar?

— N-não... eu só achei que tinha ouvido um barulho do outro lado. Mas não é nada.

Frank fechou a porta de novo, sem trancá-la, e guardou a chave no bolso. Geoffrey deu um gole na cerveja e voltou-se para a TV.

Frank foi para o quarto guardar aquilo tudo imediatamente. Suspirou aliviado, mas sabia que aquilo era só o começo. Ele tinha que ir começar a fazer a sobremesa que Geoffrey queria. Sabia que tinha tudo que precisava... menos a prática.

Antes de ir se aventurar na cozinha, achou que seria interessante avisar alguém da situação. Pegou o próprio celular, mas mudou de ideia e procurou pelo celular de Gerard. Fuçou nos contatos até achar Jimmy Urine.

“Oi, é o Frank. Estou com Geoffrey. Não sei bem o que fazer, mas estou vivo por enquanto. xofrnk”

Ele enviou a mensagem e pegou o laptop que Gerard raramente usava. Procurou a receita do mousse e marchou decididamente para a cozinha. Deixou o computador em uma bancada e começou a trabalhar, checando a cada dois minutos para ver se estava fazendo tudo certo.

A primeira parte foi tudo bem. Mas quando Frank teve que bater as claras em neve, sua paciência foi se esgotando bem rápido. Nunca havia feito aquilo, então não sabia quando tinha que parar. Escolheu um momento aleatório e torceu para que já estivesse bom. Então terminou de seguir a receita e colocou o mousse no congelador.

Ele checou Geoffrey rapidamente, o levou outra cerveja, e então voltou para a cozinha e decidiu passar o tempo na internet. Não tinha nenhum interesse em assistir televisão com aquele homem. Até porque, ele estava vendo um seriado de comédia e não estava rindo em momento algum. Isso acabaria com qualquer clima feliz que pudessem ter. Se é que isso era possível em primeiro lugar.

— Hey – ele ouviu Geoffrey chamar depois de algum tempo, e foi para a sala. — Tá pronto o mousse?

Frank assentiu e foi pegar a taça com a sobremesa. A aparência não estava tão bonita, mas ele esperava que o gosto estivesse melhor.

Entregou o mousse para Geoffrey e ficou em pé ao lado dele, esperando o julgamento. O mais velho nem olhou para a comida direito, só enfiou a colher e colocou na boca. Mas sua expressão então deixou bem claro o que ele estava achando.

— Mas que... — ele cuspiu o mousse de volta na taça, uma parte caindo no chão. Frank se encolheu. — … porra é essa? Tá nojento isso aqui, não tem... não tem... como é o nome? Consistência, sei lá, tá uma bosta!

Ele jogou a taça para o lado. Frank devia ter esperado isso, mas o fez pular um pouco de susto mesmo assim. O vidro se espalhou junto com o doce, e Frank deu um passo para trás quando Geoffrey olhou para ele.

— Liga pra Lindsey. Eu quero que ela te ensine direito.

A cara de “ah, merda” que Frank fez deve ter revelado alguma coisa, porque Geoffrey estreitou os olhos e começou a se levantar.

— Qual o problema? Por que não liga pra ela?

— Ela... deve estar ocupada, tá tarde, ela deve estar dormindo já...

— Eu não quero saber.

— Mas ela... ela...

Geoffrey estava ficando mais irritado. Frank não sabia mais o que dizer.

— Ela não foi viajar, foi? — o alter perguntou em uma voz ameaçadora o bastante para fazer Frank dar outro passo para trás. — Foi?

— Não...

— Onde ela tá?

— Ela... ela...

— Onde ela ESTÁ? — ele se aproximou, parecendo perceber que Frank estava ficando perto da parede.

A única saída de Frank era para o lado esquerdo, onde não havia o sofá, mas Geoffrey colocou uma mão ali na mesma hora em que Frank pensou em se mover.

— Responda. RESPONDA-

— Ela morreu!

Geoffrey parou. Frank não sabia o que era melhor fazer. Esperou alguns segundos, mas a situação o estava assustando demais e ele precisava sair dali. Então tentou se abaixar, para passar por baixo do braço de Geoffrey – má ideia.

Geoffrey foi mais rápido e pegou o braço de Frank, forçando-o a voltar para a posição inicial rapidamente. Então empurrou-o contra a parede com mais força.

— Como, quando e por que isso aconteceu?

— Ela... — Frank fechou os olhos por um segundo, tentando recuperar a coragem, e conseguiu soar mais firme. — Ela estava passando na frente de um prédio. Alguém deixou um alicate cair sem querer. O alicate a atingiu e a matou.

Geoffrey, que ainda segurava o braço de Frank, apertou a mão e franziu os lábios, a expressão ficando ainda pior.

— Quem foi?

— Não sabemos, foi um acidente, a polícia não deu mais nenhuma informação.

— Então eu quero achar essa pessoa.

Frank sentiu as pernas tremerem de leve. Sabia que agora Geoffrey estava prestando muita atenção nele, então tentou desviar um pouco o assunto.

— Você gostava tanto assim dela?

— Não. Mas ela era a única que servia pra alguma coisa. Eu vou matar o filho da puta que fez isso.

Frank tinha a impressão de estar suando frio. Ele olhou para a mão de Geoffrey apertando seu braço e a outra impedindo sua saída. Geoffrey ainda o olhava fixamente.

— Mas por que você mentiu? — ele perguntou. — Por que disse que ela viajou?

— E-eu achei que seria mais.... — Frank limpou a garganta. — Eu achei que seria mais fácil pra você.

— É? Ou ficou com medo?

Frank não respondeu, preferindo olhar para um ponto qualquer no chão.

— Eu não entendo porque você teria medo. Você é só um amigo do Ger-

Geoffrey parou de falar e Frank percebeu que ele tinha entendido. Pelo menos uma parte.

— Vocês estão juntos? — o mais velho quase sussurrou.

— E se estivermos? — Frank levantou a cabeça de novo.

Bem, passividade não estava resolvendo, então talvez ele devesse tentar de outro jeito. Ou é o que ele estava tentando acreditar.

— Você é o substituto? — a voz de Geoffrey foi ficando mais alta. — Um viado inútil é o que eu vou ter toda vez agora?

— Sim, é o que você vai ter – Frank também falou mais alto. — E não há nada que você possa fazer. Esse viado veio pra ficar.

Geoffrey não disse nada, o que fez Frank ficar mais confiante em seu plano. Talvez ele só precisasse de alguém que o enfrentasse...

— Você disse que ela morreu por acidente, foi?

“Ahh, droga”, Frank pensou, seu rosto entregando que o território era perigoso. Geoffrey notou, e isso pareceu dar mais fôlego para ele.

— Você ficou com o viúvo depois da mulher morrer por acidente. Muito... como é que se diz?... conveniente.

— Não, não – Frank falou, entendendo onde aquilo estava indo. — Foi mesmo um acidente!

— Como você tem certeza?

— Porque... porque a polícia disse que foi...

Geoffrey o puxou um pouco para frente e o bateu contra a parede. Frank fez mais força, mas ainda estava preso. A diferença de altura estava se mostrando uma grande desvantagem.

— Você não está me convencendo.

— Foi mesmo um acidente! Eu juro, é sério, foi...

— Quem deixou cair o alicate?

— Eu não sei!

— Tem certeza?

— T-tenho, eu...

— Quem deixou cair o alicate? — ele apertou tanto o braço de Frank que as unhas estavam se perfurando na pele.

— Eu não...

Quem foi?!

— Fui eu!

Frank não acreditou que tinha falado. Achou que tinha sido sua mente. Ele só pensou, só isso, mas não falou. Não pode ter falado, não naquela situação, não com aquele cara...

Mas no segundo seguinte uma mão voou para seu pescoço, e ele soube que fizera Geoffrey chegar no limite com a confissão. Agora não tinha mais volta.

Frank trouxe as duas mãos para o braço de Geoffrey, conseguindo fazer força o bastante para empurrá-lo e impedir que ele continuasse a sufocação. Então se virou e tentou correr para qualquer lugar, mas Geoffrey segurou sua camiseta e o fez tropeçar nos próprios pés. Ele ainda tentou se arrastar para longe, mas Geoffrey foi rápido e o virou para cima, não demorando em desferir-lhe um soco forte o bastante para deixá-lo tonto, e então mais um.

Frank fez força para se recuperar da dor no rosto e ignorar o sangue que saiu em jorros – ele achou que o nariz estava quebrado, mas não tinha certeza -, e conseguiu dar um soco de volta. Um pensamento veloz o fez lembrar que aquele era Gerard, mas o instinto de sobrevivência era mais forte do que qualquer coisa no momento. Ele ainda estava zonzo, e Geoffrey ainda estava sobre ele, mas a força veio de algum lugar e ele o socou mais uma vez.

Como podia aquela raiva toda estar dentro de Gerard? Como podia o mesmo rosto que ele amava ver toda manhã causar-lhe tanta repulsa agora?

Sua mente estava embaralhada. Ele olhou para a direção em que estava tentando ir e viu o banheiro em frente. Se conseguisse se trancar lá, poderia estar seguro.

Frank juntou toda sua força para empurrar Geoffrey e então chutá-lo, só por tempo o bastante para rastejar até o banheiro. Quando estava meio dentro, sentiu Geoffrey em cima de si de novo, dessa vez sem nem virá-lo, mas tentando sufocá-lo com um braço em volta de seu pescoço. Frank não conseguiu se livrar dele tentando jogá-lo para trás, então deu um impulso para a frente, quase uma cambalhota, e fez Geoffrey cair em frente. O que estragava o plano do banheiro completamente.

Frank tentou ir para trás, mas Geoffrey o puxou e o fez se levantar pela camiseta. Frank se livrou dele uma vez, mas foi preso de novo e jogado contra o espelho da parede. O espelho se quebrou e Frank sentiu uma dor terrível nas costas com o impacto, que o deixou sem reação por alguns segundos. Geoffrey aproveitou para pegar um dos cacos de vidro.

Quando viu o que Geoffrey tinha na mão, o cérebro de Frank se ativou novamente, mas não havia muito a ser feito. Ele estava preso e bem machucado. Agora já não sabia se era só seu nariz que estava quebrado, ou seu rosto inteiro. Mesmo assim, fez de tudo para impedir Geoffrey de trazer o vidro para sua garganta. Chutou-o na barriga e empurrou seu braço, mas ele reagiu e acabou cortando a bochecha de Frank. Frank gritou e cobriu o rosto, ainda tentando se desviar. Bateu na mão de Geoffrey e, finalmente, conseguiu fazê-lo largar o vidro. Mas isso só deixou Geoffrey mais nervoso. Frank já não estava mais conseguindo se manter de pé.

Eles foram para o chão mais uma vez, e Geoffrey começou a desferir tantos socos em Frank, na cabeça e no torso, que a realidade passou a se afastar. Frank sentia tanta dor que seu corpo estava avisando que iria desligar, que não aguentava mais. Quando Geoffrey parou com os socos, na mesma hora em que Frank ouviu algum barulho distante vindo de algum outro lugar na casa, ele não conseguiu se mexer. Iria desmaiar.

Mas ainda pôde ver duas coisas antes de fechar os olhos: a mão de Geoffrey recuperando o caco de vidro e trazendo-o para sua garganta, e a silhueta de alguém aparecendo na porta do banheiro.
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I'm a Fake - Página 3 Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nancy Boy Seg Out 14, 2013 10:42 pm

Capítulo 25

MDS preciso dormir. /aleatório
So, aqui está, Frank pós-Geoffrey.
Frank sabia que estava em um hospital. Havia acordado por alguns breves instantes algumas vezes, e o cheiro de quarto de hospital foi a segunda coisa que sentiu, depois da dor. Viu sua mãe lá, ao lado, apertando sua mão assim que notou que ele havia acordado. Ela disse para ele descansar e ele não pensou duas vezes. Estava incrivelmente cansado e não sabia porquê, mas sentiu que havia dormido por muitas horas quando finalmente abriu os olhos de vez. Sua mãe parecia cansada, também, o que o fez pensar que ela devia ter passado a noite com ele. Ele não tinha noção alguma do horário ou mesmo do dia.

Mas ele se lembrava de Geoffrey. E imediatamente, ele tentou se levantar e olhar em volta.

— Shh... — sua mãe se aproximou, percebendo a procura que ele fazia com o olhar, e o fez deitar de novo. — Ele não está aqui.

E realmente não estava. Mas isso não fazia nada melhor.

Porque obviamente Gerard também não estava ali.

— O que aconteceu? — Frank começou. — O Gerard voltou? Ele tá bem?

— Você ainda se preocupa com ele? — Linda parecia incrédula. — Olha pra você, querido.

Frank fez o que ela mandou, apesar de não precisar. Sentia dor no corpo inteiro, até respirar doía, e ele sabia que encontraria a pele roxa em diversos lugares. Sentia-se inchado. Os braços estavam com arranhões por cima das tatuagens, e ao levar as mãos para o rosto, Frank sentiu que estava mesmo inchado. Completamente, desde os olhos até os lábios. Ele gemeu baixo, imaginando como sua aparência devia estar horrível.

— Vai passar – sua mãe assegurou, sorrindo de leve. — Estão te dando morfina para a dor, e logo seu rosto volta ao normal.

— Eu sei... mas e o Gerard?

Linda suspirou, um tanto irritada.

— Ele está bem. Foi sedado e assim que acordou foi levado para dar depoimento.

— Depoimento pra quê? Não era ele!

— Sabemos disso, Frank, mas mesmo assim ele poderia ter... ele poderia ter te matado.

— Geoffrey. Não ele. Não confunda.

Linda não parecia muito paciente para isso. Ela estava preocupada, e Frank logo viu que isso seria um problema.

Estava certo.

— Você não vai mais vê-lo, Frank.

Ele estava esperando por isso. Mesmo assim, sentiu-se bravo; bravo e assustado. Muito assustado.

— Você não pode me impedir.

— Ah, posso sim. Você não sabe o que uma mãe faz para proteger seus filhos, e eu não vou te deixar sair por aí com um psico...

— Não era ele! Foi a primeira vez que o Geoffrey apareceu, isso não acontece sempre!

— Não importa. Pode acontecer de novo. E se não tiver ninguém lá pra te salvar?

Frank abriu a boca, mas parou, ao lembrar de outra coisa.

— Quem foi que me salvou?

— Um tal de Jimmy. Disse que você tinha mandado uma mensagem pra ele. Ele falou que quando chegou, Ger... — ela parou ao receber o olhar desaprovador do filho. — Geoffrey, que seja, estava prestes a te... a te...

Ela não conseguiu completar. Abaixou a cabeça e Frank se sentiu mal automaticamente. Ela começou a chorar em silêncio, e ele sabia que aquilo estava sendo um pesadelo para ela. Ele mal entendia porque não estava sendo um pesadelo para ele próprio.

— Desculpa, mãe...

— Não foi culpa sua, querido.

— Eu sei, mas... — ele se inclinou um pouco, e Linda logo se aproximou para um abraço. — Desculpe por atrair tantos problemas. Por não ser o filho que você queria, não seguir uma carreira decente, não me apaixonar por alguém mais fácil...

— Shh. Eu amo você do jeitinho que você é. Claro que se estudasse mais seria melhor.

Frank riu, mas parou assim que o movimento fez doer seu peito. Linda se afastou e voltou a sentar, segurando sua mão entre as dela.

— Eu só quero o que é melhor para você. E ele claramente não é, Frank.

— Mas eu o amo.

Linda suspirou, triste, como se estivesse preparada para aquela conversa.

— Eu não duvido. Mas às vezes isso não é o bastante.

— É sim. É sempre o bastante.

— Se fosse, você estaria aqui agora?

Frank abaixou o olhar, sem saber o que responder.

— Exato. Eu sei que ele te ama também, Frank, mas não foi o bastante para que ele impedisse Geoffrey de tentar te matar. Imagine como seria para ele. Imagine como seria se ele acordasse e visse que as próprias mãos te machucaram. Aliás, nem precisa imaginar...

Frank olhou para cima rapidamente, preocupado com as palavras.

— Ele pareceu devastado quando soube o que aconteceu. Eu estava lá, queria falar com ele quando o tiraram da sedação, queria ver se seria ele mesmo. E... realmente, ele te ama e isso me faria muito feliz em qualquer outra situação, mas eu aposto que, naquele momento, ele concordaria comigo. Ele não é bom para você.

Frank sabia que não adiantava discutir. Não agora. Ele queria ver Gerard, dizer que estava tudo bem, que não havia porque mudar qualquer coisa, mas ele sabia que sua mãe não o deixaria entrar naquele quarto por nada. Ele sempre soube de onde pegara a teimosia.

— Estou com fome.

Linda sorriu, feliz com a mudança de assunto. Ela se levantou.

— Vou pedir algo para você. Ah, e nem adianta procurar seu celular, está comigo.

Frank gemeu em derrota, o plano que tinha em mente indo por água a baixo.

— Deixa eu falar com ele, mãe... só por um minuto...

— Não. Até porque, ele também está se recuperando. Voltou para o quarto depois de falar com a polícia, e acho que tem um psicólogo o acompanhando.

Frank arregalou um pouco os olhos.

— Eu o machuquei muito?

— Um pouco. Ficou bem óbvio que você não queria machucá-lo de verdade, mas você não teve escolha. Ele vai ter alta antes de você. Agora fique aí deitado, você está com soro e não é bom se levantar sozinho. Não adianta tentar nada, já avisei as enfermeiras para ficarem de olho.

Frank suspirou e deixou a cabeça cair no travesseiro, gemendo com a dor mais uma vez. Linda pensava em tudo.

Ele esperou, sua mente dando voltas e voltas, formando planos e os descartando em seguida. Sabia que sua mãe o vigiaria constantemente agora. Ele a entendia, mas ele precisava entrar em contato com Gerard. Gerard estava precisando. Frank sabia que ele ainda estava pensando naquele rosto que vira no pedaço de notícia, sabia que aquilo o estava assombrando, e queria estar lá com ele. Eles precisavam terminar de desvendar aquela coisa toda, e não podiam parar agora que estavam tão perto.

Linda voltou com comida do hospital, bem leve mas até que gostosa. Frank a devorou rapidamente, notando que estava faminto.

— Há quanto tempo estou aqui?

— A ambulância te pegou às 22:30 ontem, segundo me disseram... e agora são três da tarde. Eu avisei o Shaun, não se preocupe, e ele deu a notícia na faculdade.

Frank assentiu.

— Não aconteceu nada sério, né? Com minha cabeça ou coisa assim?

— Não, graças a Deus. Você passou a madrugada fazendo exames, mas como ficava se mexendo muito, te deram anestesia. Por isso você dormiu tanto, anestesia geral tem esse efeito.

— Hmm. Também tem o efeito de me fazer querer mijar? Porque estou muitíssimo apertado.

— Ah, claro!

Linda se levantou e o ajudou a se colocar de pé. Tudo doía, e Frank percebeu que teria que se acostumar com isso por alguns dias. Linda deu um braço para ele andar, já que ele se sentia tonto, e com a mão livre levou o suporte do soro até o pequeno banheiro que havia no quarto. Frank se incomodou um pouco em ter a mãe ao lado enquanto ele se aliviava, mas estava apertado demais para poder reclamar disso.

Depois que voltaram para a cama, Frank se ajeitou novamente e comeu o restante das bolachinhas que sobraram.

— Quem está pagando isso tudo? Não estamos em hospital público.

— Não. Gerard está pagando tudo.

— O quê? Ele não tem dinheiro o bastante pra isso... ou tem? — ele terminou a pergunta para si mesmo, e de repente, lembrou-se daquele acordo que fora feito entre Gerard e sua banda; de que eles só ajudariam a pagar as despesas em troca da capa do álbum. Eles nunca completaram o acordo, e Gerard não disse nada.

— Acho que tem, querido. Eu falei com Jimmy, e pelo jeito Gerard tem certa fama local com os desenhos dele. Você não sabia?

— Não... quer dizer, eu sabia que ele vendia seu trabalho e tudo, mas não que ganhava muito por isso. Ele nunca foi de se gabar nem nada.

Linda deu de ombros e Frank acabou por se perguntar quantas coisas mais ele não sabia sobre Gerard. Deu por si de que não eram tantas assim; pelo menos não tantas quanto eram algumas semanas atrás. Ele já tinha a sensação de conhecer Gerard há anos, e quando era lembrado de que esse não era o caso, era um choque de realidade.

O resto do dia se passou sem nada demais, com Frank tentando se deixar distrair pela televisão que foi ligada ou por conversas com sua mãe, mas ele sempre acabava voltando para Gerard. Estava preocupado.

— Por favor, deixe eu ligar para ele. Só ligar – ele pediu pela quinta vez, depois da noite já ter caído.

Linda estava cada vez mais exasperada, e pareceu perceber que Frank não desistiria tão fácil.

— … Tudo bem. Rápido.

Ela mexeu na própria bolsa e entregou o celular de Frank de volta para ele. Ele discou o número do namorado e aguardou ansiosamente pelo fim dos toques.

— Alô? Frank?

— Gee! Como você tá? Você tá bem?

— Eu que te pergunto isso! Ninguém me disse nada a tarde inteira, eu estava ficando louco...

Frank lançou um olhar amargo para sua mãe, mas ela o ignorou, os braços cruzados esperando que aquela conversa terminasse.

— Eu estou ótimo. Quer dizer, estou meio dolorido... — ele revirou os olhos quando Linda arqueou as sobrancelhas. — Ok, bastante dolorido, mas estou bem. E você?

— Eu também. Vou poder voltar pra casa hoje. Estive falando com a psicóloga daqui e eu contei sobre nosso plano, o que desencadeou tudo... e... — ele pigarreou, e Frank franziu o cenho. — Ela acha que é melhor parar com isso tudo de tentar descobrir o Início...

— Não! Estamos tão perto, Gerard, não podemos desistir agora!

Linda se aproximou, pronta para pegar o celular da mão de Frank, notando o rumo que a conversa estava tomando.

— Escuta, depois a gente fala disso. Assim que eu puder eu vou pra sua casa.

— Ok. E Frank...

Mas ele não pôde terminar de ouvir, porque Linda arrancou o telefone de sua mão, finalmente, e o colocou no próprio ouvido. Antes de falar, porém, ela ouviu o que Gerard falou, seja lá o que tenha sido, e pareceu um pouco desconcertada. Então limpou a garganta.

— Oi Gerard, aqui é Linda, mãe do Frank, você deve se lembrar. Gostaria de dizer que meu filho não irá mais se encontrar com você. Ignore tudo que ele disse agora, e siga o que seu psicólogo ou psicóloga estiver recomendando. Boa noite.

Ela desligou sem dar tempo para Gerard responder, e Frank começou a xingar, completamente indignado.

— Fecha a boca – ela advertiu, e ele obedeceu, relutante. — Fiz o que é certo e você sabe.

— Não, não sei. Você não tinha o direito!

— Eu sou sua mãe e tenho todo o direito. Agora fique quieto e assista a televisão.

Frank resmungou qualquer coisa que Linda ignorou. Ele não podia aceitar aquilo, e não iria. Antes de reclamar mais, porém, ele se lembrou de algo.

— O que foi que ele disse? Quando você pegou o celular?

Ela se remexeu, inquieta, e Frank sabia que havia sido algo que mexeu com ela. E Linda não conseguia mentir, não admitia mentiras, então ele soube que o que ela disse a seguir era verdade.

— Ele falou obrigado... e que você era tudo que ele tinha.

Frank sentiu o estômago afundar e o coração acelerar ao mesmo tempo. Não disse mais nada, não precisava.

Porque ele sabia, e achava que até mesmo Linda sabia, que ele não desistiria de Gerard. Não o deixaria para trás. E se precisasse lutar para chegar até ele, era o que faria.

Não odeiem a Linda, ela tá sendo mãe u_u
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I'm a Fake - Página 3 Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nancy Boy Ter Out 22, 2013 9:44 pm

Capítulo 26

breezy, você tá fazendo de propósito por eu demorar dias pra responder no Ask, né? -qq

Enfim -q
Frank não demorou para ganhar alta do hospital, mas claro que sua mãe acompanhou cada movimento seu até que chegassem em casa – na casa dela, não dele. Linda falara sério: iria mantê-lo sob vigia.

— Mas mãe! E seu trabalho?

— Pedi pra uma das meninas me substituir por alguns dias. Você sabe que o lugar lá é relaxado, desde que o serviço seja entregue, e eu posso viver com um pouco menos no pagamento.

— Você vai deixar alguém trabalhar o dobro por minha causa? Mas eu já disse que estou bem...

— E não duvido que esteja mesmo – ela falou, guiando-o até o banco que ficava na frente da bancada da cozinha e se livrando da bolsa e dos exames dele antes de prosseguir: — Fisicamente. Mentalmente, você ainda é um perigo para si mesmo.

— Você está me confundindo com Gerard.

Você está se confundindo com Gerard. Os problemas dele não são seus.

— Agora são!

Linda suspirou e foi pegar um copo d'água para o filho, que aceitou relutante. Linda se sentou de frente para ele e cruzou os braços sobre a bancada.

— Eu sei que você está com raiva, mas é para o seu bem. E... para o meu também.

Frank arqueou as sobrancelhas, silenciosamente pedindo que ela continuasse.

— Eu não aguentaria saber que você está com ele, Frank. Eu nem sei o que eu faria se eu o visse te machucando... eu... eu não sei se poderia responder pelos meus atos.

Frank arregalou os olhos.

— Você não iria! Não é o Gerard, você não iria matá-lo ou algo assim!

— Eu não mataria ninguém em cinrcustâncias normais, querido, o que você acha que eu sou? Mas eu não poderia simplesmente deixar alguém te tirar de mim!

Ela terminou a frase em um tom um pouco mais histérico, e Frank entendeu que era melhor mudar de assunto.

— Como o Jimmy fez, então?

— Não sei, não conversei com ele direito... ele é meio estranho.

Frank riu baixinho e bebeu mais um gole d'água.

— Sim, ele é. Eu queria vê-lo... ah, por favor, ele eu posso, né? Que perigo ele pode me oferecer? Ele salvou minha vida! Não tem porque ele ficar com rai...

Frank parou de falar e desviou o olhar. Havia se lembrado de repente que sim, tinha um ótimo porquê de Jimmy ficar com raiva dele. E se Geoffrey tivesse contado sobre sua confissão? E se agora Gerard soubesse? Ele estava tão focado o tempo inteiro em tentar formar um plano para ir até Gerard, que não percebeu que talvez Gerard já não o quisesse. Não depois de saber que fora ele, ele quem tirou a única pessoa que ele amava...

… bem, a única pessoa que ele amava até Frank chegar.

Ele precisava conversar com Gerard, isso estava claro, ou ele ficaria louco de verdade. Quando ouviu Linda pigarrear, trouxe o olhar de volta para cima e tentou continuar o que dizia.

— Jimmy pode ficar chateado se souber sobre a Lindsey... foi isso que fez Geoffrey se irritar... eu confessei.

— Você o quê? Sério?

— É, eu estava sob pressão, eu... não sei. Não sei se Jimmy sabe agora. Mas eu preciso falar com ele mais do que nunca. Preciso saber se Gerard sabe, o que ele acha, o que... nem adianta dizer que não, porque eu não vou conseguir dormir com essa dúvida na cabeça.

Linda abriu a boca, mas não discutiu. Ao invés disso, resmungou para si mesma e buscou o celular na própria bolsa, logo mexendo nele até achar um número na lista de contatos.

— Trocamos telefone quando estávamos na ambulância te acompanhando – ela disse, baixo, contida. — Fale logo o que quer falar.

Frank suspirou e pegou o celular. Então lançou um olhar para sua mãe e ela rolou os olhos, levantando-se em seguida.

— Eu vou estar vigiando a porta da frente – ela disse, casualmente, como se disesse que vai estar na sala assistindo TV.

Frank encarou a tela do aparelho que tinha em mãos por alguns segundos, até juntar coragem e apertar a tecla verde.

— Alô? Sra. Iero?

— Oi, err, não... é o Frank.

— Ah. Então você tá vivo ainda.

Frank gelou, imaginando automaticamente que Jimmy o odiava, e que Gerard devia odiá-lo também, e que tudo que passaram juntos foi uma grande...

— Hey, eu tô brincando, que bom que você tá vivo.

Frank soltou a respiração e ouviu Jimmy rir um pouco do outro lado da linha. Logo recuperou a postura e ficou sério.

— Como ele tá?

— Sentindo sua falta, tentando descobrir onde você guardou os papéis que o novo amiguinho de vocês deu, desenhando, sabe como é... — Jimmy fez uma pausa, mas prosseguiu antes que Frank pudesse falar: — Também está tentando não deixar eu descobrir onde você mora e arrancar suas tripas pela sua garganta por ter matado a Lindsey.

Agora Frank realmente gelou, sem nenhum outro pensamento na mente. Certo, eles sabiam. E aparentemente Gerard estava bem com isso... o que era estranho, muito estranho. Talvez Jimmy estivesse mentindo. Mas por quê? No momento, Frank estava temendo muito o que esse cara poderia fazer com ele para analisar qualquer outra coisa.

— Eu não vou arrancar suas tripas, fique tranquilo – Jimmy voltou a falar, após não receber nada além da respiração acelerada de Frank como resposta. — Eu gostaria, mas Gerard ficaria muito mal com isso. Eu já venho tentando aceitar o que você fez há algum tempo, de qualquer jeito.

— Há algum tempo? — a voz de Frank saiu alta e um pouco estridente, inteiramente surpresa.

— É. Você acha que Gerard é uma anta completa? Pouco depois de vocês ficarem juntos, depois que eu te ajudei com o Jared, ele veio falar comigo que estava com suspeitas sobre você ter sido o cara que provocou o acidente. Ele disse que você ficava todo nervosinho quando falava sobre isso, e depois de mais uns dias ele acabou indo até a polícia e exigindo saber o nome do acusado, e no fim conseguiu. Por isso eu desapareci da vida dele nessas semanas, porque eu sinceramente achei que iria te esganar se eu te visse.

Frank não sabia o que dizer. Absolutamente. Tudo aquilo... toda a culpa que ele estava passando, o segredo que carregava, por nada.... bem, quase nada. Jimmy estava ali falando com ele, e pela sua voz, o que ele dizia era bem verdade. Tanto que, na próxima frase, ele soou baixo, hostil... perigoso.

— Foi por isso também que demorei pra aparecer depois que você me mandou aquela mensagem. Eu queria deixar Geoffrey te pegar. Queria mesmo.

Frank engoliu em seco e achou a voz de alguma forma.

— O-o que te fez mudar de ideia?

— Kitty – ele respondeu simplesmente, seu tom voltando ao normal, alto e rápido. — Eu falei com ela e ela praticamente me obrigou a ir te buscar, dizendo que daria um jeito de me mandar pra prisão se eu não fosse. E admito que ela fazia sentido. Ela era melhor amiga da Linds, mas até ela conseguiu te perdoar depois que eu contei. Acho que eu sou meio difícil pra essas coisas. Superar a morte de alguém que eu amo. Quando eu e meus amigos tiramos Geoffrey de cima de você e ele começou a gritar que você a tinha matado, eu quase fui pra cima eu mesmo.

— Foi realmente sem querer...

— Eu sei, eu sei, mas imaginar que não teria acontecido se você tivesse... simplesmente... prestado mais atenção... — ele pausou por um momento. — É melhor mudarmos de assunto, para o seu bem, anão.

Frank não podia concordar mais.

— Então, ahn, o Gerard não sabe onde guardei as coisas do Ray?

— Não, mas vai acabar encontrando. Ele quer terminar o que começou, graças a tudo que você colocou na cabeça dele – Jimmy pausou mais uma vez, e Frank estava começando a descobrir que essas pausas não eram boas. — Se meu amigo acabar se matando por sua causa, Iero, eu serei o primeiro a levar flores para o seu funeral.

— Não vai – Frank soou firme, mais firme do que achou que conseguiria.

— Hm. Ótimo. Então, quando você vai vir? Ele precisa de você. Não entendo, mas ele precisa.

— Ahh, então.... estou com um problema. Minha mãe.

Frank passou a sussurrar e contou o que estava acontecendo, ganhando algumas risadas e zombações de Jimmy, o que ele já esperava.

— Mas é sério. Eu não sei como fugir daqui. Não posso usar força contra ela, ela é minha mãe, e além do mais, ainda dói até pra respirar.

— Ok, entendo sua situação. Talvez... talvez eu possa te ajudar. Passa o seu celular, eu te contato depois.

Frank passou o próprio número para Jimmy, com um sorriso no rosto, sentindo-se esperançoso.

— Você vai ficar me devendo uma – Jimmy advertiu, ao que Frank concordou prontamente. — E vê se não deixa o Gerard fazer nada muito estúpido. Nem faça você também.

— Ok. Obrigado, Jimmy, muito obrigado!

— Tá, tá, guarda isso tudo pro seu namorado.

Jimmy desligou, sem mais nem menos, e Frank riu um pouco, aliviado. Havia sido pior e melhor do que ele esperava ao mesmo tempo. Jimmy o assustava, mas Gerard sabia... esse tempo todo, ele sabia, e o perdoara. Isso tirava um peso enorma de suas costas.

Encontrou-se com sua mãe e só disse que a conversa foi boa, que ninguém estava com raiva dele – era mentira, mas ela não precisava de mais motivos para afastá-lo do convívio de Gerard – e que ele se sentia melhor agora. Ela pareceu satisfeita, e o resto do dia se passou com Frank recebendo mimos de sua mãe e deitado a maior parte do tempo. Às vezes ele ainda se sentia zonzo, e uma vez ou duas sua visão escureceu, o que sempre preocupava Linda. Mas os médicos disseram que aquilo poderia acontecer, já que as pancadas que recebera na cabeça foram muitos fortes. Desde que parassem em alguns dias, estava tudo bem.

Já de noite, quando estava em sua cama e deveria estar tentando dormir, Frank ficou com o celular na mão, fitando-o a cada dez segundos. Jimmy não disse quando falaria com ele de novo, mas Frank esperava que fosse ainda hoje.

Acertou. Quando devia ser quase meia-noite, seu celular vibrou, e ele imediatamente leu uma mensagem de Jimmy.

“Você terá cinco minutos, se sua mãe for rápida como suponho que seja. Eu vou criar uma distração, prometo não machucar ninguém. Amanhã, meio-dia em ponto. Saia e encontre G no bar do Gabe, ele disse que você entenderia. Não foda tudo.

Jimmy”


Frank sorriu largamente e desligou o celular, agora conseguindo ter uma boa noite de sono.

Ele sabia que amanhã não seria só um reencontro com Gerard. Seria o dia em que terminariam de vez com tudo aquilo. Ele sentia isso. O pensamento o fazia se arrepiar, em expectativa e medo. E se Geoffrey aparecesse de novo? E se Gerard entrasse em colapso? E se um deles estivesse em perigo?

E se, e se, e se.

E se tudo desse certo?
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I'm a Fake - Página 3 Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nancy Boy Qua Out 30, 2013 8:47 pm

Capítulo 27

Frank acordou às oito da manhã. Sua mãe brincou que ele devia estar com febre, mas realmente pareceu preocupada por ele ter acordado tão cedo. Ela achou que as dores estavam muito fortes, mas ele garantiu que não, que só estava sem sono. As duas coisas eram mentiras; ele estava ansioso.

Ele não fazia ideia do que Jimmy estava planejando e estava meio assustado ao pensar nisso. Será que era mesmo seguro? Bem, Jimmy não seria tão louco ao ponto de fazer mal a sua mãe, ou qualquer um, só por ele... mas não era por ele, era? Era por Gerard. O que não importava, no fim, desde que eles se reunissem.

A manhã passou excruciantemente devagar, mas quando os ponteiros se aproximaram do meio-dia, tudo começou a ir mais rápido. Frank tinha arrumado sua mochila com algumas de suas coisas e a colocado embaixo da cama, e estava agora na sala, assistindo TV com Linda. Seus olhos insistiam em ir para o relógio, e ele se amaldiçoou, sabendo que sua mãe era boa em notar essas coisas. Ao que parecia, porém, ela não havia notado nada.

Quando faltavam alguns minutos para a hora marcada, Frank disse que queria ir deitar um pouco.

— Acho que acordei muito cedo mesmo. Vou só tirar um cochilo, me acorde pro almoço, ok?

— Ok. Até logo, filho.

Ele deu um beijo na testa de Linda, mais carinhoso do que ela estava esperando. Ele se sentia mal por estar prestes a enganá-la e deixá-la preocupada de novo, mas não tinha outro jeito. Ele esperava que ela o perdoasse algum dia.

Frank foi para o quarto e encostou a porta, sem parecer suspeito. Então pegou um pedaço de papel de um de seus cadernos e escreveu um bilhete.

“Sinto muito. Eu precisava. Não vou estar na casa dele, não tente me encontrar. Juro que tomarei cuidado. Eu te amo.”

Ele deixou o papel sobre a cama e rapidamente trocou de roupa, colocando uma calça jeans qualquer e a primeira camiseta que achou, só para não sair de pijama.

Ele ficou espiando pela porta, tentando ver ou ouvir qualquer coisa acontecendo. Em pouco tempo, pelos passos apressados de Linda na sala, ele soube que era a hora.

Frank saiu devagar do quarto, olhando ao redor e tentando não fazer barulho. Imediatamente sentiu o cheiro de algo queimando e gemeu um pouco de medo. O que Jimmy havia feito?

Ele ouviu a porta da frente sendo aberta e correu para lá. Ao sair, segurou-se para não tossir; o corredor estava cheio de fumaça, vindo do apartamento vizinho do de sua mãe. Ela obviamente correra lá para dentro, e ele quase desistiu de tudo e foi ajudá-la, mas era sua única chance. Frank suspirou e foi para o outro lado.

Ele correu pelas escadas, ainda sentindo dores no corpo todo, mas um pouco melhores do que no dia anterior. Ficou um tanto surpreso ao chegar do lado de fora do prédio e encontrar um táxi esperando por ele, mas devia ter adivinhado. Jimmy tinha mesmo preparado tudo.

— Pra onde?

Frank levou alguns segundos para se recuperar da descida de quatro andares – achou que se pegasse o elevador sua mãe juntaria os pontos muito rápido — e então deu o endereço do bar onde Gerard o estaria esperando.

Ele ligou para Jimmy o mais rápido que seus dedos deixaram.

— O que você fez?

— Calma aí, baixinho. Conseguiu? Você tá no táxi?

— Sim, sim, eu saí, deu tudo certo. Mas o que...

— Sossega. Acontece que enquanto eu conversava com sua mãe quando estávamos no hospital eu descobri que ela era vizinha de um certo desafeto meu. Então uni o últi ao agradável.

— E botou fogo na casa da pessoa?!

— Só nos papeis. Todos os papeis que eu achei. Enfiei tudo em lixeiras e baldes e taquei fogo. Agora ela tá sem documento nenhum, sem caderno nenhum, sem porra nenhuma, e vai levar um ano pra sair o cheiro da fumaça depois que a sua mãe apagar tudo. Mas não deixei que espalhasse para o resto da casa, não vai invadir os outros apartamentos, não se preocupa.

— Ah... ah. Ok. Obrigado... eu acho.

— De nada. Você vai ter que pagar o táxi, aliás.

Jimmy desligou e Frank suspirou, sem se importar com o fato. Ele tinha levado a carteira e o local não era tão longe.

Em pouco tempo, seu celular tocou, como ele estava esperando. Sua mãe ligava, e ele não pretendia explicar nada agora, ou ouvir seus gritos. Ele desligou o aparelho e esperou.

Quando finalmente chegou, Frank pediu para o motorista parar um pouco antes e o pagou logo, pulando para fora do veículo. Ele viu Gerard na calçada, parecendo ansioso, olhando para o fim da rua, ao contrário de onde Frank estava.

Ele quis correr mas achou melhor andar. Foi até Gerard, pensando em abraçá-lo, mas ainda estava meio nervoso a respeito de tudo, não sabia como Gerard reagiria. Então só parou atrás dele, com uma mão no bolso e outra segurando a alça da mochila.

— Oi.

Gerard deu um pulo e se virou. Seu sorriso o iluminou sem demora, e ele puxou Frank para um abraço antes de falar.

— Oi, Frank, que bom que você está bem...

Frank retribuiu, mas ofegou e precisou empurrar Gerard gentilmente.

— Ainda tá doendo um pouco – ele deu um sorriso amarelo, mas o mais velho deu um passo para trás na hora.

— Ah! Desculpa, eu...

Só então ele realmente olhou para Frank.

O mais novo sabia que ainda não tinha uma aparência boa, e corou sob o olhar atento do outro. Mas sabia que Gerard estava sentindo algo bem pior que vergonha.

— Frank... eu... eu fiz-

— Não foi você e você sabe.

— Eu sei, mas... minhas mãos...

Ele abaixou o olhar e Frank o seguiu. Gerard exibia as mãos, com marcas arroxeadas nos nós dos dedos. Era a parte com mais danos nele todo; seu rosto também tinha um roxo considerável, mas Frank só tentara afastar Geoffrey, não matá-lo. A diferença era notável.

— Shhh, não ligue pra isso... — Frank tentou chamar sua atenção, mas Gerard parecia hipnotizado pelas próprias mãos. Ele claramente estava pensando, imaginando o momento da briga.— Gee...

Frank segurou as mãos do outro entre as suas e as trouxe para cima. Gerard assistiu conforme o mais novo beijava os nós de seus dedos, um por um, mantendo contato visual.

— Eu perdoo. — Frank disse, baixinho, como se fosse um segredo, sem especificar quem ele estava perdoando.

Por um momento, parecia que Gerard iria chorar. Mas ele só deu um sorriso triste e se aproximou para beijar Frank, deixando-lhe um selinho demorado.

— Eu te amo, você sabe disso? — Frank sussurrou, ainda com os lábios próximos um do outro.

— Sei. Nunca tive tanta certeza – Gerard o abraçou de novo, dessa vez com mais cuidado. — Eu também te amo.

Eles permaneceram assim por alguns segundos, mas sabiam que tinham assuntos a tratar. Gerard o chamou para ir para seu carro, que estava parado do outro lado da rua, enquanto Frank começava a explicar o plano de Jimmy para tirá-lo de sua prisão domiciliar. Gerard riu, sabendo perfeitamente que Jimmy era mesmo do tipo que faria aquilo.

— Ok, e pra onde a gente vai agora? — Frank perguntou, já dentro do carro e pronto para partir, sua mochila jogada no banco de trás.

Gerard respirou fundo, olhando para frente.

— Eu achei os papeis que Ray emprestou. Obrigado por esconder, assim só consegui achar hoje, pouco antes de vir pra cá – ele deu um pequeno sorriso para Frank e continuou. — E assim, eu não olhei para eles até agora.

— Mas vai olhar?

— Vou. Só que não aqui. Vamos para a casa do Ray de novo.

— Por quê?

— Porque acho que preciso de tudo para me fazer lembrar. O lugar, os textos.... a foto.

Gerard não precisava falar para Frank saber que era a imagem do atacante que ele mencionava.

— Gee... tem certeza?

— Você tem?

— Não é sobre mim. Isso é sobre você.

Gerard sorriu de novo, dessa vez olhando totalmente para ele.

— A partir do momento que você entrou na minha vida, isso se tornou sobre nós.

Frank sorriu também.

— Tenho certeza.

— Então vamos.

Gerard ligou o carro, e eles partiram pela rua, rumo ao desconhecido.
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Mensagem por breezy Sex Nov 01, 2013 6:24 pm

DESCULPA DESCULPA DESCULPAAAAAAA MKXMWLDMWKDNQLDNWLDNWLDK é q meu pc estragou e fiquei só com o celular AI ELE SE REVOLTOU E NÃO TAVA QUERENDO ENTRAR NO FÓRUM E enfim
PORRA LDLWMDLWMDOWKDO >.< tadinho do Frank vei.... Se bem que ele merecia UM POUQUINHO, mas mdowmdowmld acho q o Geoffrey foi mt longe, só acho.
Nhaw, é tão fofo ver eles se amando mesmo depois de tudo =33
E TIPO, O GEE JÁ SABIA QUE TINHA SIDO O FRANK AFF KDMWLDLWPDKWK
Os capítulos estão lindos e divos e prometo que vou comentar no próximo dkmwkxnwkd
Tchaaaaaau =3
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Mensagem por Nancy Boy Sex Nov 01, 2013 7:40 pm

Capítulo 28


breezy: Tudo bem xD Entendo, sem problema <3 AUSHAUSH Tadinho do Frank por merecer um poquinho -qq Mas sim, eles ainda se amam e são fofos, nhw. E o Gee é o maior troll da fic -q Obrigado! <3

Postando rápido porque vou viajar esse fds e tals. -q
Em algum momento durante o caminho, Frank ficou bem consciente do fato de que agora sabia que seu homicídio culposo não era nenhum segredo. O silêncio ficou desconfortável, mesmo que só para ele.

Gerard sabia. Mas será que sabia também que Frank sabia?

Ele começou a ficar nervoso, e a junção da quietude, sua expressão e sua linguagem corporal fizeram com que Gerard notasse que havia algo errado bem rápido.

— Frank? Tá tudo bem?

— Tá... tá sim.

Gerard se calou, mas só por alguns segundos.

— Frank, se tem alguma coisa que você quer falar...

Frank mordeu o lábio inferior. Sim, sim, eles precisavam conversar sobre isso.

— Sobre... sobre a Lindsey... — ele notou o maxilar de Gerard endurecer um pouco, e quase não conseguiu continuar. — Eu sei que... que você sabe. O Jimmy contou.

— Ah.

Ele não disse mais nada por vários segundos, e Frank começou a ficar visivelmente com medo. Por fim, Gerard suspirou e trouxe uma mão para a perna de Frank, enquanto a outra permanecia no volante. Ele apertou um pouco e a deixou ali, até a hora de trocar de marcha, tudo ainda em silêncio.

— Gee? — Frank decidiu pressionar um pouco. — Quer falar sobre isso?

— Não acho que precisamos.

Mais silêncio.

Merda, isso tá estranho.

— Eu acho que precisamos.

Frank pôde jurar que Gerard quase sorriu. Talvez estivesse esperando por isso.

— O que você quer dizer? — ele perguntou, olhando de esguelha para o mais novo.

— Bem... bem. Você sabe que foi sem querer, é claro...

— Se eu tivesse dúvidas, não estaríamos aonde estamos, Frank.

— E-eu sei... mas mesmo assim, eu preciso ressaltar. Eu nunca, nunca poderia adivinhar... você não imagina o quão culpado eu me senti.

Gerard balançou a cabeça, indicando que ele ouvira. Frank respirou fundo e continuou focando no rosto do namorado.

— Eu estava discutindo com a minha mãe. Sobre meu futuro, minha carreira, coisas que eu já ouvi vezes demais. E estava consertando a cerca dela lá em cima. Eu não estava pensando, eu... aquela porra simplesmente escorregou. Quando eu vi que tinha atingido alguém, eu entrei em pânico. Acompanhei-a no hospital, rezei, e eu não sou do tipo que reza, mas rezei, só que não adiantou. Eu... eu sinto muito. Mesmo.

Frank falou tudo mais rápido do que gostaria, mas falou. Gerard olhava para a frente, parecendo pesar suas palavras. Frank se recostou no banco e abaixou o olhar, sem saber mais o que fazer.

— Frank.

O mais novo olhou para ele, que ainda fitava a estrada.

— Eu suspeitei que tinha sido você desde o começo. E entendi porque você não falou de primeira. Você não me conhecia, e obviamente não achou que ficaríamos tão próximos. Mas depois... você devia ter percebido. Devia ter percebido que eu entenderia.

— Como?

Dessa vez Gerard realmente sorriu, bem de leve, e encarou Frank por alguns segundos.

— De todas as pessoas, você acha que eu não entenderia o que é se sentir culpado por algo que você não pode controlar?

Apesar de ter falado gentilmente, Frank sentiu as palavras como um soco no estômago. Ele nem tinha pensado nisso. Mas Gerard voltou a falar, com um tom calmo.

— Quando as pessoas dizem que estão “fora de si”, ninguém quer dizer literalmente que outra personalidade tomou conta do seu corpo. Mas é quase isso. Eu sei que é. Eu soube que você não teria feito aquilo em uma situação normal, eu sabia que algo devia estar acontecendo. Você estava irritado, distraído. Acontece com todo mundo. Acontece comigo. — ele deu uma pausa um pouco longa. — Quando eu estava crescendo, ainda aprendendo a lidar com os alters, isso acontecia direto. Era só eu ficar um pouco alterado que o Geoffrey aparecia. E sabe o pior? Ele fazia exatamente o que eu estava querendo fazer. Quando alguma criança mexia comigo, ele vinha e puxava o cabelo dela, ou quebrava todos seus lápis, ou algo do tipo. E depois eu voltava e eu sabia que parte daquilo tinha sido eu. Depois que aprendi a controlá-los, a coisa mudou completamente, mas eu ainda lembro como era... e acho que era mais parecido com as pessoas normais do que eu imaginava.

Frank não soube o que responder. Sim, Gerard entendia, melhor do que ele achou que era possível.

Ele colocou uma mão sobre a coxa de Gerard e sorriu para ele, tentando fazê-lo entender o quanto ele o admirava, só naquele sorriso. Não sabia se conseguira, mas ganhara um sorriso de volta.

— Obrigado, Gee.

Gerard assentiu e não voltaram mais a falar sobre isso.

Alguns outros assuntos apareceram e foram deixados de lado até chegarem na casa do Ray. Gerard disse que havia ligado para ele e que o horário em que estavam chegando coincidia com o horário de Ray chegar em casa, mais ou menos. Estacionaram na frente da casa e perceberam que ela parecia vazia, com nenhuma luz acesa. Decidiram esperar um pouco, e em uns cinco minutos viram Ray se aproximando, pela calçada.

Gerard e Frank saíram do carro ao mesmo tempo e receberam cumprimentos calorosos de Ray.

— Hey, como vai? Os documentos estão ajudando? E... Frank, o que aconteceu com você?

— É uma longa história.

Ray os convidou para entrar, tagarelando brevemente sobre o dia que teve na loja de música onde trabalhava, e Gerard e Frank trocaram olhares. Ambos pareciam pensar o mesmo: Ray realmente precisava de amigos com quem conversar.

Enquanto comiam alguns pedaços de uma pizza que Ray pedira na noite anterior – Gerard ficou meio preocupado com a dieta dele -, foram contando tudo que acontecera nos últimos dias. Ray claramente ficou preocupado com a possibilidade de Geoffrey aparecer de novo.

— Eu tenho quase certeza que posso controlá-lo agora – Gerard disse, tentando soar seguro. — Agora eu sei o que esperar.

— Quase? — Ray rebateu, não caindo muito nessa.

Gerard encolheu os ombros.

— De qualquer jeito – Frank se intrometeu. — Acho que podemos resolver isso hoje. Por isso estamos aqui.

Ray o observou cautelosamente.

— O que pretendem?

— Juntar tudo – Gerard prosseguiu. — O lugar, as memórias, os textos, a foto... fazer com que eu mergulhe nisso.

— Você sabe que isso vai ser terrível pra você, né? — Ray falou firmemente.

— Sei.

— Bem... se é assim, acho que precisamos de um plano backup.

— Hmm? — Frank o lançou um olhar questionador.

— Caso Geoffrey apareça, ou algo pior... sei lá.

Gerard e Frank assentiram, e Ray se levantou, começando a andar de um lado para o outro, só faltando colocar a mão sob o queixo para mostrar que estava pensando.

— Eu acho... que seria bom eu levar um celular lá pra baixo e deixá-lo pronto para ligar para a polícia. Não, para uma ambulância. Não... qual...?

— Leve dois celulares – sugeriu Frank. — Cada um preparado com um número, aí é só apertar um botão no que você achar necessário.

— Certo, boa ideia. Os dois ficam comigo, e eu vou ficar nas escadas. Frank, você também devia, aí qualquer coisa podemos trancar o Ger...

— Não. Vou ficar com ele.

Frank foi firme. Ray olhou dele para Gerard, suspirou, e continuou.

— Tá, então qualquer coisa eu saio correndo e chamo quem for necessário. Se eu precisar fazer um estardalhaço na rua pra conseguir atenção também pode ser.

Frank deu uma risada baixa, e Gerard só concordou baixinho.

— Ok – Ray disse, parando de andar, olhando para os outros dois. — Acho que só dá pra fazer isso. Então... querem ir agora?

Ambos assentiram e se levantaram. Ray os guiou até as escadas de novo, e Frank apertou a mão de Gerard com força.

— Eu tô aqui, tá? — ele praticamente sussurou enquanto desciam até o porão.

— Eu sei.

Gerard apertou sua mão de volta, respirou fundo e entrou no local que ele sabia ter sido seu pior pesadelo.
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I'm a Fake - Página 3 Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por breezy Ter Nov 05, 2013 9:17 pm

Ue, a culpa não é minha se ele mereceu um pouquinho dksnkdnskfmwk q
Ai porra, eu ODEIO essas conversas serias e tensas, eu tenho um treco toda vez que isso acontece fkwnofnwkdnosmdiw aff ain tadinhos <\3
RAY <3 pqp eu amo quando ele aparece ldnskfnwodmosndos e.e o pobrezinho precisa de mais amigos e.e
Ow caralho nxkwnkxwmkd eu realmente não acho uma boa ideia.... Juntar tudo de uma vez só..... Ain
VIU SÓ?? NESSE EU COMENTEI LALALALA -q
Nxkamxkankd tchaaaaau =3
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