Disenchanted Fics
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

I'm a Fake

5 participantes

Página 1 de 4 1, 2, 3, 4  Seguinte

Ir para baixo

I'm a Fake Empty I'm a Fake

Mensagem por Nancy Boy Qua maio 01, 2013 8:42 pm

I'm a Fake 77301052013172140

Classificação etária: +18
Gênero predominante: Yaoi, Drama
Aviso de conteúdo diferenciado: Drogas (medicamentos)
Sinopse: "Depois de um trágico acidente, Frank Iero se vê preso a uma mentira e a um homem que o fascina cada vez mais. Mas os problemas de Gerard Way vão muito além da vida feliz que ele levava com sua esposa."

Ooooi, fic nova o/ Tô postando no AnimeSpirit (meu perfil http://animespirit.com.br/nancyboy) e no FanfictionBr (meu perfil http://www.fanfictionbr.com/perfil.aspx?usuario=773) também. E divulguei o fórum lá, claro -q
Espero que gostem, só uma introdução por enquanto. ^^

Ele não pensou no perigo. Claro que não, quem pensaria, em um momento daqueles? Tudo em que Frank pensava era que estava com raiva. Estava cheio.

Estava na pequena varanda do apartamento de sua mãe, consertando um pedaço da grade que sabe-se lá como havia quebrado. Não era muito trabalhoso, mas Frank tivera de perder um bom tempo que deveria ser de descanso para ir até ali. O que não seria problema, de forma alguma, se Linda não tivesse começado a discutir. De novo.

— Eu só disse que você não ficaria tão cansado se deixasse aquela besteira de lado! — ela falou em tom defensivo, apoiando-se na porta enquanto olhava de cima para o filho.

— Eu já disse que não é besteira, e já disse que você me ofende quando fala assim.

— Ah, Frank, por favor...

— Mãe, o que mais você quer pra parar de implicar com isso? — ele parou de trabalhar e virou-se para Linda, com um alicate na mão. — Eu já estou fazendo a faculdade que você queria que eu fizesse, estou me matando todo dia pra estudar e conseguir manter a banda, e quando eu venho aqui te fazer um favor você ainda reclama?

— Você percebe que se não existisse a bendita da banda você teria como se concentrar mais nos estudos e não ficaria tão cansado?

— Claro, aí eu seria um infeliz que não faz o que gosta. Já disse que Administração não é comigo. Aliás, já disse que nada além de música é comigo.

— E eu já disse que você vai me agradecer quando a sua banda tiver acabado e você só conseguir emprego por causa do diploma.

— Se o Pencey Prep acabar é porque eu não consegui me dedicar completamente! — Frank exclamou, irritado, balançando o alicate.

— Ou porque não era pra ser.

— Ah, pelo amor de Deus. Nosso futuro quem faz somos nós, e se você realmente acredita em destino, quem disse que é meu destino fazer a porra de uma faculdade de Administração?

— Olha a boca, menino – ela advertiu, mudando a pose. — Eu ainda sou sua mãe e ainda sei o que é melhor pra você.

— Como pode saber, se você não sou eu?!

Nesse momento, depois de mais uma balançada descuidada, Frank sentiu a ferramenta escorregar de seus dedos. Virou-se, tentou pegá-la, mas o esforço só fez com que ela voasse mais para longe antes de cair.

Ele suspirou e acompanhou o alicate no ar. Foi somente quando seu olhar já estava muito baixo que ele percebeu que havia alguém lá.

— CUIDADO!

A mulher até que poderia ouvir, mesmo que ele estivesse no quarto andar, já que não havia muito barulho na rua. Mas de qualquer forma era tarde demais.

Frank ficou imóvel enquanto via a morena cair, primeiro de joelhos, depois de cara no chão. Os cabelos dela ficaram espalhados, e as sacolas que ela levava nas mãos deixaram quase todo o conteúdo rolar para fora. Frank sentiu sua mãe se aproximar e logo em seguida a ouviu gritar. Então ele se levantou e correu.

Nancy Boy
Nancy Boy
Admin

Mensagens : 130
Data de inscrição : 14/10/2012

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Leonardo Sex maio 03, 2013 7:31 pm

Eba, fic nova!!!! o/ Eu vou acompanhar com toda a certeza, ainda mais depois que tu me falou daquelas ideias. Estou super ansioso pelo segundo capítulo e um pouco tenso por causa dessa cena final.
bjos
Leonardo
Leonardo

Mensagens : 26
Data de inscrição : 28/10/2012

http://fanfiction.com.br/u/100568/

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nymeria Black Sex maio 03, 2013 9:47 pm

Fazer algum curso forçado... ARRGG!!!
Alicate voador: será que a vítima é... Não irei fazer suposições.
Tentarei acabar com a minha mania de leitora fantasma.
Beijos e até o próximo!
Nymeria Black
Nymeria Black

Mensagens : 23
Data de inscrição : 07/01/2013

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nancy Boy Sáb maio 04, 2013 12:46 pm


Capítulo 2

Leonardo: Fic nova \o/ Obrigado! E é verdade, eu te dei uns spoilers xD Espero que não te atrapalhem durante os primeiros capítulos. ^^
Nymeria: Obrigado por tentar acabar com a mania por mim, haha. Sim, fazer curso forçado é odioso. E você vai descobrir quem é a vítima agora *-*

Obrigado por estarem lendo e espero que gostem e tal <3

Quando ele chegou lá embaixo já haviam duas pessoas se aproximando, uma delas sendo o porteiro de seu prédio.

— Meu Deus, meu Deus... — Frank repetiu para si, absorvendo a visão da mulher desmaiada. Olhou para a mãe ao lado. — Conhece ela?

— Já a vi, mas não sei nada sobre ela... ela tá viva?

— Claro que está! — Frank falou com uma nota de pânico. — Alguém já chamou uma ambulância?

O porteiro assentiu, mas disse que não checou o pulso da desconhecida. Frank olhou para todos os presentes e engoliu em seco.

Ajoelhou-se e fez o procedimento, hesitante. Todos souberam que ela estava viva ao ouvirem o jovem soltar a respiração.

— O que aconteceu? — o porteiro perguntou, analisando o alicate ao longe e olhando para cima para tentar avaliar de onde caíra.

— Foi um acidente! — Frank disse rápido. — Eu juro, foi um acidente, eu não queria... eu não...

— Calma, garoto – o homem falou, apesar de ainda parecer preocupado. — Eu sei que não foi de propósito. Mas acho bom você acompanhar essa moça pro hospital.

Frank concordou, e sua mãe decidiu também ir. Assim que o resgate chegou, os dois o seguiram no carro de Linda, depois de recolherem as coisas da estranha do chão. A sensação ruim no estômago de Frank só dobrou quando ele viu que ela carregava uma boa quantidade de medicamentos, além de algumas comidas. Não sabia se os remédios eram ou não para ela, mas em qualquer dos casos seria péssimo.

Ao chegarem no hospital, ficaram andando pela sala de espera, impacientes. Uma enfermeira os trouxe os pertences da mulher que não estavam na sacola, o que incluía somente um celular e alguns trocados. Ela estava sem documento de identidade.

— Precisamos descobrir quem ela é – Linda disse, como se não fosse óbvio.

— Vou ligar pra alguém daqui dos contatos... — Frank começou, mas foi interrompido.

— Não, isso não dá certo. Você não sabe quem é quem aí, e se você ligar pra mãe dela? Esse não é o tipo de notícia que se dá por telefone! E também, nem sabemos o nome pra identificá-la...

Frank suspirou e deu uma volta, sem motivo algum, só por causa do nervosismo. Sua mãe se aproximou para abraçá-lo.

— Calma, filho, vai ficar tudo bem... ela vai acordar logo e nós podemos perguntar a ela mesma pra quem ela gostaria de ligar. Vamos esperar mais um pouco.

Frank assentiu e tentou se acalmar. A ideia de que uma pessoa poderia morrer, realmente poderia morrer, por culpa dele... não, não, não podia...

Mas o tempo estava demorando muito para passar. Meia hora se foi e não tiveram notícias. Uma hora. Frank e Linda acharam que ela devia morar sozinha, já que ninguém havia ligado. Duas horas. Ainda sem novidades ou ligações. Duas horas e meia...

Então o médico apareceu. Frank se levantara, mas assim que viu a cara dele, estremeceu e caiu de volta na cadeira.

Era isso. Ele havia matado uma pessoa. Com a porra de um alicate!

Seus pensamentos voaram. Quem poderia estar esperando essa pessoa em casa? Ela podia ter um namorado, um irmão... um filho! Um pai, uma mãe, amigos, tudo isso, tantas pessoas cujas vidas poderiam ter acabado agora mesmo, por culpa totalmente dele, porque ele se distraiu, porque estava brigando por algo que ele achava tão importante... alguém poderia querer se vingar dele, e merda, ele merecia!

Mal ouviu sua mãe conversando com o doutor, mas teve a noção de que a lesão causara um traumatismo craniano, que eles fizeram o que podiam e blablabla. Também captou vagamente que deveriam ficar ali até que um policial, que seria chamado agora, os interrogasse. Isso não importava para ele. Na verdade ele achava que seria o próximo a estar em uma maca, se aquela culpa continuasse a esmagá-lo com tanta força.

Linda se aproximou e o abraçou, e Frank não recuou nem aceitou. Só ficou ali parado. Só então chorou, depois do choque, mas não durou muito tempo. Ele rapidamente se lembrou de que tinha algo a fazer.

— Precisamos achar a família dela.

— Sim, precisamos. Quer ligar para alguém dos contatos agora, ou...?

— Não, agora não há pressa. O médico disse que ainda temos dias para reclamar o corpo, né? Então eu quero falar com quem quer que seja pessoalmente. Acho... que merecem isso. Só preciso de uma foto...

Ele olhou para o lugar de onde o médico veio e engoliu em seco com a perspectiva de ter de tirar uma foto do cadáver. Então lembrou-se do celular da vítima e passou a fuçar nele, até encontrar as imagens. Não foi difícil achar uma boa foto dela; era uma pessoa sorridente, pelo jeito, e gostava de maria-chiquinhas, considerando que as estava usando em várias ocasiões. Em alguns casos, ela estava acompanhada, de gente que poderiam ser amigos, irmãos... pais, em uma ou duas fotos... e então uma chamou a atenção de Frank.

Ela estava lá, sorridente como sempre, ao lado de um homem. A posição indicava que ela mesma tirava a foto, virando o celular para eles. O homem, porém, não olhava para a câmera. Nem mesmo olhava para cima. Era quase possível ver uma aura negra ao redor dele, a pele pálida e os olhos cobertos, enquanto ele ignorava a alegria da mulher assim como ela ignorava sua depressão aparente.

Havia algo de errado com aquele cara. E Frank finalmente entendeu o porquê dos remédios.

Mexeu neles, mas não entendia nada daqueles nomes científicos, então não soube definir para que tipo de problema eles eram aplicados. Tentou perguntar a alguém, mas todos os profissionais estavam ocupados demais para lhe dar atenção; aquele era um hospital público, afinal.

Por fim, desistiu, quase ao mesmo tempo em que dois policiais se aproximavam para falar com ele e com Linda. Dali eles foram para a delegacia.

Frank explicou tudo o que acontecera em detalhes, e apesar de ter perdido uma boa parte de seu dia com a burocracia necessária, não tinha mesmo mais o que ser dito. Ele não tinha antecedentes, uma rápida ligação confirmou que o porteiro vira a mulher desmaiar bem em frente ao prédio, e uma rápida avaliação de um médico dizia que o ângulo do ferimento era de cima, e não poderia ter sido causado por um ataque corpo-a-corpo. Além do mais, não havia motivos para Frank querer matar alguém, e sua expressão deixava bem claro que ele estava em seu próprio inferno particular por ter feito algo do tipo.

Com tudo isso, eles os deixaram ir. Iriam ficar com os pertences da mulher até que a família aparecesse, e eles mesmo ligariam para alguém da lista de contatos do celular, mas Frank implorou para que o deixassem ir atrás daquilo sozinho. Ele precisava. E deu sorte de cair com um policial compreensivo. Agradecendo imensamente, Frank e sua mãe deixaram a delegacia quando já era fim da tarde.

Sem nem pensar duas vezes, Frank se despediu de Linda quando chegaram no prédio e foi para a farmácia onde a mulher comprara os remédios, tendo visto o nome do lugar na sacola.

Ele achou que provavelmente tinha assustado a balconista com sua cara de quase desespero, mas não ligou. A situação só ficaria pior a partir dali, mesmo.

— Boa tarde, você conhece essa mulher? — ele falou já mostrando o visor do celular, que continha a melhor foto que ele achou da desconhecida, sozinha.

— Lindsey? Claro, ela passou por aqui hoje, por quê?

Frank baixou o olhar e viu a balconista levar a mão à boca.

— Ah, não... aconteceu alguma coisa?

— Ela... sofreu um acidente, e... não resistiu.

— Oh, meu Deus... você tá falando sério? Meu Deus...

Ele deixou que ela se recuperasse do choque antes de tornar a falar.

— Sinto muito. Eu estou tentando encontrar a família dela ou alguém próximo. Você sabe alguma coisa...?

— Claro, claro... ela mora naquele conjunto habitacional que tem aqui perto, o Living, é esse o nome? Mora lá com o marido dela... é pra ele que ela leva os medicamentos, ela faz uma compra aqui todo mês, ele sofre de depressão e ansiedade, o pobrezinho...

Frank estremeceu mais uma vez naquele dia. A cada segundo sua tarefa tornava-se mais difícil.

— Mas eu não sei em que casa, você terá que perguntar por lá, querido.

— Tudo bem, muito obrigado pela informação.

— De nada, e boa sorte! — ela disse alto conforme ele se virava.

Frank acenou rapidamente para ela e recomeçou a caminhada. Sabia onde o tal Living era, não era distante do prédio de sua mãe. Em mais ou menos vinte minutos chegou na portaria. Antes que perdesse a coragem, ele perguntou logo por Lindsey e mostrou a foto para o homem que cuidava das entradas e saídas. Ele se mostrou curioso, mas não questionou nada. Entrou em contato com o tal marido dela, por interfone.

— Sr. Way? Tem um rapaz aqui que gostaria de falar com você a respeito da Lindsey... posso deixá-lo entrar?

Depois de alguns segundos de resposta, o homem assentiu e fez um gesto para que Frank fosse em direção à porta. Logo em seguida ouviu-se um clique e a porta foi destrancada.

— Ele já está indo, sr. Way. De nada. - o homem se afastou do interfone.

— Qual é a casa mesmo? - Frank perguntou.

— Casa 14.

— Ok, obrigado.

Frank caminhou pelas ruas do conjunto devagar, sem querer se perder. Era um belo lugar para se viver, realmente. Grama bem cuidada, casinhas parecidas e com flores de plástico nas janelas... “Esse sim é o perfeito sonho americano”.

Ou pelo menos era até Frank botar os pés ali.

Algumas pessoas espiaram pelas janelas. Frank realmente não tinha pensado na própria aparência até agora, mas soube de súbito que não combinava com o local. Ele era um cara de 22 anos que ainda parecia ter 16, tinha um piercing no lábio inferior e outro na sobrancelha, usava lápis de olho e cabelo com franja, sem contar as luvas de esqueleto sem dedo ou as tatuagens que eram visíveis nos braços e dedos, ainda que, por enquanto, elas fossem poucas. Já havia passado há tempos pela fase em que se preocupava com o que outros achariam das correntes em seu jeans ou com o que sua mãe diria quando visse a maquiagem. Já passara pelas brigas e pela aceitação forçada de todos. Assim sendo, era estranho ser novamente o centro das atenções.

Porém, ele achou – e poderia estar errado, mas a impressão foi bem forte – que os olhares pararam conforme ele se aproximava da casa 14. Como se fosse esperado que alguém como ele estivesse naquele pedacinho esquecido do “paraíso”. Isso o fez sorrir. Mas só por um segundo.

Chegara na frente da porta principal. Respirou fundo e fechou os olhos. Era a hora da bomba.

Nancy Boy
Nancy Boy
Admin

Mensagens : 130
Data de inscrição : 14/10/2012

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por breezy Sáb maio 04, 2013 5:47 pm

Ah crl que fic perfeitinha. Posta logo o próximo capitulo antes que eu morra aqui ehueheueeu grata ^^
breezy
breezy

Mensagens : 44
Data de inscrição : 08/03/2013

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nymeria Black Sáb maio 04, 2013 9:29 pm

EU SABIA QUE ELA ERA ESPOSA DO GERARD!! :O
Senhor Nancy, como para justo nessa parte? Eu estava bem empolgada lendo quando... o capítulo termina! :'( *um pouco dramática*
Até o próximo! *acena*
Nymeria Black
Nymeria Black

Mensagens : 23
Data de inscrição : 07/01/2013

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Miss Cadaverous Ter maio 07, 2013 8:31 pm

Nancy, por que você para na melhor parte? AAAAARGH, eu te odeio, mentira, não te odeio, não posso odiar uma pessoa que sequer sei o nome...mas odeio suspense.

Eeeeeeeh, A fic já começou boa, Lyn-z morreu logo no primeiro capítulo... AHUZHAUAHSUQUSHASU Morte, adoro morte... (Pelo menos em alguns casos) Nancy, adorei sua fic ela tem aquele gosto de quero mais que transbordam os lábios... Beijos e até o próximo.
Miss Cadaverous
Miss Cadaverous

Mensagens : 48
Data de inscrição : 23/10/2012

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nancy Boy Qua maio 08, 2013 12:12 pm

Capítulo 3

breezy - Obrigado x3 Postando o/
Nymeria - Haha, eu imaginei que você sabia. E ué, esse é meu trabalho aqui xD
Miss - Porque tem que ser assim *---* Verdade, né, você não sabe. Meu nome é Alexandre. Pronto, pode me odiar -q E quanto amor pela Lyn-z, UAHSUASHAU Muito obrigado!

Espero que gostem <3

Nem teve tempo de bater. A porta se abriu quando ele estava com a mão no ar, e de dentro da casa saiu a figura que ele havia visto na foto do celular.

Pele pálida, cabelos negros e desalinhados, olhar cansado. Ele poderia ser lindo se olhar para ele não provocasse um sentimento tão desolador. Tudo bem que, no caso do Frank, esse sentimento tinha outra razão.

— Oi, err... você é o marido da Lindsey...?

— Quem?

Isso pegou Frank de surpresa.

— Lindsey...? Ahn... — ele se afastou para olhar o número da casa, mesmo que soubesse que só podia ser ali.

— Linds... ah! — o homem pareceu ter acordado de um estado zumbi. Seus olhos subitamente ganharam brilho e sua expressão se tornou preocupada. — Ela é minha esposa.

Frank piscou. Sim, essa parte ele já sabia...

— O que aconteceu?

— Bem... qual o seu nome?

— Gerard, Gerard Way.

— Prazer, Gerard, meu nome é Frank Iero... eu... posso entrar?

Gerard hesitou e olhou por trás de Frank, mas acabou por deixá-lo entrar. Sua preocupação com Lindsey estava crescendo e ele queria resolvê-la logo.

A casa era bem cuidada, coisa que Frank supôs ser obra da mulher, considerando o quanto Gerard parecia ser abatido minutos atrás. Ele se encontrou na sala, e depois de uma rápida análise do ambiente, sentou-se no sofá, de frente para uma cadeira onde achou que Gerard se sentaria.

Mas Gerard se sentou ao lado dele no sofá. Frank ignorou a mínima vontade de sorrir com isso e se virou para ele. Pegou ar e falou.

— Gerard eu... eu não sei como dizer isso... Lindsey sofreu um acidente...

Ele não achou que conseguiria continuar. O rosto de Gerard estava lentamente tomando uma forma terrível, como se fosse possível ver sua alma se quebrando dentro de seus olhos conforme ele fazia as piores suposições. Frank achou que se olhasse direito conseguiria mesmo ver, e por isso desviou o olhar. Aquilo estava acabando com ele.

— Ela estava passando na frente do prédio onde minha mãe vive, e... e... — ele esperava que Gerard fosse apressá-lo, ou já desistir de ouvir, mas não. O homem continuava a prestar atenção como se ainda tivesse alguma esperança, apesar do óbvio estar na sua frente. — E alguém derrubou um alicate da varanda de algum dos andares.

Frank disse a última frase muito rápido. Achou que ficaria claro que ele estava mentindo, e talvez para qualquer outra pessoa ficasse, mas Gerard continuava com a mesma expressão muda.

— A ponta do alicate acabou caindo para baixo – Frank prosseguiu. — Ela foi levada ao hospital, e eu e minha mãe a acompanhamos, mas ela não resistiu.

Ele tirou o celular de Lindsey do bolso e levantou as sacolas dela que ainda estava carregando, mas Gerard não viu nenhuma das duas coisas. Ele ficou lá, parado, os olhos vidrados em dor.

Frank não sabia o que fazer. Os segundos que se passaram foram intermináveis... até que terminaram.

— Ela... está... morta...?

— Sinto muito, Gerard...

Finalmente as lágrimas chegaram. Frank largou as sacolas no chão e colocou o celular sobre o encosto do sofá, bem a tempo, pois Gerard se jogou contra ele e o abraçou quase com força o bastante para esmagá-lo. As mãos brancas demais agarraram-se a sua camiseta e a cabeça enfiou-se em seu ombro, enquanto ele chorava e por vezes soltava um grito abafado.

Frank chorou também, dessa vez muito mais do que no hospital, e apertou Gerard contra si o máximo que pôde. Não soube quanto tempo se passou; não conseguia ver nenhum relógio de onde estava, mas achou que fora algo em torno de quinze minutos. Não se soltaram em momento algum, mesmo que os braços tenham adormecido, mesmo que a posição curva machucasse suas cinturas. Gerard não podia ser solto e Frank não o soltou.

Então, quando Gerard tinha a respiração normalizada, eles se afastaram. Ele olhou para Frank atenciosamente, e não enxugou as lágrimas.

— Onde... onde ela...?

— O corpo dela está aos cuidados do hospital Clara Maass no momento, mas vai para o Instituo Médico Legal daqui a pouco. Você pode reclamá-lo em até uma semana.

Gerard assentiu e olhou para baixo. Frank o avaliou mais um pouco. Devia ter uns 30 anos, mas era difícil dizer com aquele rosto cansado e velho que qualquer um que acabou de enfrentar a morte tem. Os olhos que ele detestava olhar, pela culpa que o faziam sentir, tinham uma coloração bonita, cor de avelã puxado pra verde. Eram um pouco parecidos com os olhos do próprio Frank. Os lábios, o nariz, o contorno do rosto, tudo o mais estava em perfeita harmonia. É, ele realmente poderia ser lindo.

— Acho que você provavelmente quer ir embora... — Gerard falou, a voz falhando tanto que foi difícil para Frank entendê-lo à princípio.

— Não, eu estou bem aqui. Na verdade, se você deixar, eu gostaria de ficar mais um pouco. Você tem que tomar esses remédios, não tem?

— Tenho – o mais velho respondeu sem olhar para as sacolas que Frank apontava. — Já passou do horário do primeiro, mas eu posso tomar dois juntos, e depois de umas três horas o terceiro.

— Certo, então eu vou buscar água pra você, ok?

Ele não respondeu, mas Frank se levantou mesmo assim. Foi até o cômodo ao lado, acertando ao supor que ali era a cozinha, e encheu de água um copo que achara no primeiro armário que procurou. Voltou para o sofá para encontrar Gerard na exata mesma posição, olhando para baixo, o braço direito caído, dando uma impressão de que estava prestes a se desmontar. Frank abaixou-se, pegou os remédios de dentro da sacola e ficou olhando para Gerard, esperando que ele o dissesse o que fazer.

— Frontal agora – ele falou, por fim, ainda sem desviar o olhar do chão. — Frontal é três vezes por dia, posso começar direito amanhã. Amytril agora também, esse é uma vez por dia.

— Hmmm... e esse outro aqui, Campral?

— Esse só mantemos por precaução, mas não preciso no momento. É pra alcoolismo.

— Ah.

Frank guardou a caixa com o último medicamento citado. A situação toda o deixava cada vez mais desconfortável. E não saíra de sua cabeça que ele havia mentido quanto ao acidente de Lindsey.

— Ok, então aqui está, Frontal... — Frank o entregou o comprimido e o copo. Gerard engoliu rapidamente. — E Amytril.

Observou Gerard beber o outro em um só gole. Se Campral era para tratar alcoolismo, e a balconista da farmácia dissera que os remédios eram para depressão e ansiedade... bem, ele podia descobrir qual era qual lendo a bula.

De repente lhe ocorreu que ele devia ter lido as bulas antes. Quem disse que podia confiar no que Gerard estava lhe dizendo? Talvez os remédios não pudessem ser combinados, talvez ele estivesse querendo se matar!

Frank olhou para o outro como se fosse vê-lo ter uma convulsão naquele momento. Gerard, porém, continuou impassível. Frank soltou a respiração; não conseguiria conviver com mais uma morte nos ombros.

— Você tem alguém que possa vir pra cá? — ele perguntou, o tom cauteloso. — Algum amigo...?

— Não, eu só tenho... tinha... a Lindsey.

Frank achou que se tivesse uma arma, teria atirado em si mesmo sem hesitar.

— Bem, então... então... — o que fazer, o que fazer? — Está com fome?

Gerard negou.

— Quando você comeu pela última vez?

— No café da manhã.

Frank arregalou os olhos de leve. Mesmo sem saber o horário, sabia que já devia ter passado das oito da noite. Mais de doze horas sem ingerir nada não era bom, especialmente para alguém que consumira remédios provavelmente muito fortes.

Ele se levantou.

— Posso usar sua cozinha? Você precisa comer alguma coisa.

— Pode.

Frank voltou ao cômodo ao lado e começou a fuçar nos armários e na geladeira. Estava tudo razoavelmente abastecido, e ele se lembrou de que havia pão e algumas frutas na sacola na sala. Voltou lá para pegá-las e pensou no que preparar.

Suas habilidades culinárias eram medianas. O melhor que ele sabia fazer eram doces, mas doces não resolveriam o problema agora. Então optou pelo simples e fez um sanduíche. Colocou alface, tomate, queijo, alguns pedaços de carne desfiada que encontrara em uma panela na geladeira, e assim que viu que havia uma sanduicheira lá, grelhou o pão. Depois de ver o trabalho pronto, ele ouviu seu próprio estômago roncar, mas se recusou a dar atenção a ele; como se passar fome fosse diminuir a culpa que sentia.

Voltou para a sala com o sanduíche num prato e o depositou no colo de Gerard. Este não se mexeu.

— Vamos, Gerard, você precisa comer...

Nada.

— Gerard, ela... Lindsey com certeza não iria gostar de te ver assim...

Ao contrário do que esperava, tudo que Frank conseguiu com essa frase foi uma risada seca de Gerard, e então silêncio de novo. Ele pensou em que outras técnicas poderia usar.

— Hey, eu tive trabalho fazendo isso – realmente, Frank, que mentira idiota! — Então seria bom se você comesse.

Sem reação.

— Olha aqui. Gerard, olha pra cima.

Como não foi obedecido, Frank resolveu segurar o queixo do outro e forçá-lo a obedecer. Gerard demorou alguns segundos para focar o olhar nele.

— Você vai comer. Não vou te deixar aí jogado. Aqui – ele pegou um pedacinho da carne de dentro do pão e levou até a boca de Gerard, mas ele não abriu. — Eu vou forçar, estou avisando. Ou melhor ainda, vou dizer “olha o aviãozinho!”.

Gerard riu.

Mas não foi aquela risada amarga, foi uma risada verdadeira. Sumiu tão rápido que Frank não teve certeza se a ouviu, mas sim, aconteceu. E ninguém acreditaria no quanto seu coração se acalmou ao saber que aquele homem ainda conseguia sorrir.

E por sua causa.

Gerard abriu a boca e engoliu o pedaço de carne imediatamente.

— Agora pegue esse sanduíche e o coma inteiro, mas mastigue antes. Ou quer que eu mastigue pra você?

Gerard não riu de novo. Ok, era esperar muito. Frank podia viver com isso. Talvez.

Mas ele começou a comer, pelo menos. Rápido demais, obviamente sem sentir o gosto ou sequer se importar com o fato de estar comendo, mas o importante é que estava.

Enquanto ele terminava, Frank pensava outra vez no que fazer. Não podia deixá-lo sozinho. Mas também não podia passar a noite na casa de um estranho... ok, ele já fizera isso, mas é claro que em situações diferentes e muito menos nobres.

Tudo bem, talvez ele pudesse passar aquela noite lá. Ele não havia contado a verdade sobre o acidente, então as chances de ser assassinado enquanto dormia diminuiriam bastante, ele supôs.

Pegou o prato e o lavou depois que Gerard acabou. Voltou para sala, e, procurando ganhar tempo, foi guardar os pacotes dos remédios que ainda estavam no sofá. Havia achado o lugar onde eles ficavam na cozinha, numa pequena caixa amarela.

— Então... quer dormir?

Gerard olhou para ele.

— E você?

— Eu não acho que você deva ficar sozinho. Posso ficar aqui no sofá se você...

— Não.

Frank se calou. Não tinha contado com isso, né? Era óbvio que ele também não iria querer um estranho dormindo sob seu teto...

— Durma comigo.

Frank ficou imóvel.

— D-desculpe?

— Não durma no sofá, durma na cama comigo. Por favor. Eu não quero ficar sozinho. Eu não me lembro da última noite que passei sozinho. Por favor.

Isso era pedir demais até para ele. Frank era louco, mas nem tanto. Aquilo seria estranho, e perigoso, e próximo. Muito próximo para dois homens que acabaram de se conhecer.

Mas ele não podia julgar a dor que Gerard estava sentindo, a dor que com certeza estava falando mais alto que qualquer pensamento racional. Frank suspirou.

— … tudo bem.

Ele estendeu a mão e Gerard a segurou, permitindo-se ser puxado. Suas pernas vacilaram; deviam estar dormentes. Frank o apoiou melhor e, com um braço rodando sua cintura, o levou para onde ele achou que era o quarto, já que Gerard não lhe dera direções.

Acertou de novo. Não havia muitas outras possibilidades mesmo, o lugar era pequeno. Colocou Gerard gentilmente sobre a cama, e só então se lembrou de outro problema.

— Ahn... acho que dormir com jeans não deve ser muito agradável.

Gerard apontou para o guarda-roupa. Frank entendeu isso como uma permissão.

Foi até lá e, ignorando todas as roupas femininas, achou duas calças de moletom. Foi para o banheiro, que ficava em frente ao quarto, e se trocou lá. Voltou para o quarto esperando que Gerard tivesse feito o mesmo, mas depois achou que devia ter imaginado que não. Gerard voltara a encarar o chão.

— Você tem que se trocar.

Sem resposta.

— Ok, que seja, durma com jeans então.

Ele se sentou sobre a cama e olhou para Gerard. Achou que ele nem reconhecia a presença de Frank ali. Ah, droga, ele não conseguiria resistir.

— Vamos, levanta – Frank pegou a mão de Gerard e o puxou, dessa vez sem ter ajuda. — Vaaaai!

Gerard se levantou. Frank suspirou pela milésima vez e desabotoou as calças do mais velho, tentando não olhar para lá, mas isso só o atrapalhou. E também não tinha como abaixar as calças dele sem ficar de joelhos à sua frente, posição que o incomodou bastante.

Mas o que ele estava pensando? O homem acabara de perder sua esposa, era lógico que ele não pensaria em nada sexual! Ah, às vezes Frank se amaldiçoava pelos hormônios que tinha. Eles passavam a sujeira do corpo para a mente.

Ele colocou a outra calça o mais rápido que pôde. Aproveitando que Gerard estava se mantendo em pé sozinho, ele arrumou a cama, deixando as cobertas para baixo e depois fazendo Gerard se deitar novamente.

Frank avisou que já voltava e foi até a cozinha beber um copo d'água. Aquela situação ainda não entrava direito em sua mente, mas ele iria até o fim com ela. A única coisa que fez foi mandar uma mensagem para a mãe avisando que ficaria por lá. Esperou receber de volta a resposta dela, “tome cuidado”, e desligou tanto o seu aparelho quanto o de Lindsey.

Voltou para o quarto e encontrou Gerard deitado com as cobertas até o peito, encarando o teto. A visão era ligeiramente assustadora.

Frank apagou a luz e foi para o outro lado da cama. Deitou-se e também ficou olhando para o teto, agora quase completamente escuro. A janela do quarto não fora fechada com as cortinas – precaução de Frank, achou melhor que o lado de fora pudesse ver lá dentro – e a luz da rua entrava fraca no cômodo.

— Boa noite, Gerard.

Não obteve resposta. Ao menos não verbal.

Gerard subitamente se virou e abraçou Frank. Antes que ele pudesse formular algum pensamento, ouviu Gerard voltando a chorar.

— Shh... vai ficar tudo bem...

Acariciou os cabelos dele sem parar e o apertou contra o ombro. Sua camiseta ainda estava encharcada da outra vez, mas agora a outra manga tinha seu turno. Frank não ligava.

Eles ficaram por mais muito tempo daquele jeito, e dessa vez Frank não fez ideia de quanto. Podiam ter sido dez minutos ou duas horas. O barulho externo dos vizinhos continuou, suave, e aos poucos Gerard parou de soluçar. Frank continuou com o carinho.

Viu finalmente Gerard com os olhos fechados, mas ainda sem dormir. Seu rosto ainda era pura dor. Mas Frank percebeu que estava errado quanto a uma coisa.

Ele não poderia ser lindo. Era era lindo. Mesmo com a pouca luz, aquilo era o suficiente para Frank perceber que até a tristeza tinha sua beleza; especialmente quando havia a noção de poder curá-la.

E Frank queria curá-la. Frank queria curá-lo.

Frank não contou toda a verdade because drama, UAHSUAHSUA -q
E HEY. Sabem o que eu fiz? Um blog o/ Onde vou postar traduções de fics de MCR em inglês. Já tem uma oneshot lá, pra quem quiser conhecer: http://mcrmybr.wordpress.com/
Aí se tiver alguma fic em inglês que vocês conheçam e queiram traduzida, só pedir que eu tento entrar em contato com a autora ou autor original pra pedir permissão ^^ Vai ter longfics depois, também.
Até o próximo o/
Nancy Boy
Nancy Boy
Admin

Mensagens : 130
Data de inscrição : 14/10/2012

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Leonardo Qua maio 08, 2013 5:39 pm

Que capítulos tristes esses dois últimos. Mas confesso que eu achei muito lindo o Frank cuidando do Gerard. Foi muito amor. Só que eu fico super mal pelos dois, o Frank ter de carregar uma dor dessas, fico imaginando se algum dia ele vai ter coragem pra contar. E o Gee com todos os problemas que ele tem, e agora tem de enfrentar meio que sozinho. Acho que desse jeito ele nunca vai querer que o Frank vá embora.
Ah, eu adorei a parte em que os dois dormem na mesma cama. Smile)
Leonardo
Leonardo

Mensagens : 26
Data de inscrição : 28/10/2012

http://fanfiction.com.br/u/100568/

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por breezy Qua maio 08, 2013 7:25 pm

QUEEE QUE QUE QUE QUEEEE??? OS DOIS MAL SE CONHECERAM E JA TAO DORMINDO NA MESMA CAMA QUEEEEE JDOWKFKJAPFNALDHAODJJAIDJODJQOD
~ le respira
Achei o capitulo fofo (?) enfim, continua ^^
breezy
breezy

Mensagens : 44
Data de inscrição : 08/03/2013

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nymeria Black Qua maio 08, 2013 10:08 pm

Duas palavras resumem o Frank cuidando do Gerard : Muito amor!
É provável que, com o tempo, o Frank meio que vai se arrepender de não ter contado logo de cara para o Gerard a verdade sobre o caso do alicate voador.
Ok, os dois são malucos. Primeiro: Gerard, tudo bem que você estava triste e solitário, mas como chamar alguém que você nunca viu para dormir na mesma cama (tudo bem que isso ocorre com uma frequência maior do que a recomendada com algumas pessoas)? O Frank poderia ser um serial killer que ama matar casais. Segundo: O mesmo vale para o Frank.
Até o próximo capítulo!
Nymeria Black
Nymeria Black

Mensagens : 23
Data de inscrição : 07/01/2013

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nancy Boy Dom maio 12, 2013 2:27 pm

Capítulo 4


Leonardo: Acho que essa fic vai ser meio triste mesmo .-. Mas esses capítulos são importantes pra mostrar que o Gee não superou a morte da Linds tão de repente, ele realmente a amava. E isso pode ser bom, afinal não é pro Frank ir embora, né? xD Thanks *-*
breezy: UHASUAHSUA Calma, mulher, eles só dormiram -q Juro -q
Nymeria: "Alicate voador" me fez rir -q E sim, muito provável. E sim, eles são loucos, puramente. Gerard não tá pensando direito e Frank, bem.... acho que ele se encaixa nesse grupo de pessoas em que isso ocorre com frequência maior do que a recomendada -qq

Esse tá meio curto, mas não vou demorar com o próximo ^^

Em algum momento durante a noite, os dois se separaram e Frank se espalhou pela cama inconscientemente. Era como se seu corpo precisasse do colchão inteiro para ficar confortável, não importa o quão grande o colchão fosse. Ele só não ocupou todo o espaço que podia porque existia a barreira chamada Gerard.

Frank acordou lentamente, como se fosse um domingo qualquer às 13:00 e ele não tivesse mesmo o que fazer. Demorou alguns segundos para se lembrar de onde – e com quem – estava. Então olhou para o lado e suspirou aliviado ao ver Gerard ali, mas seu alívio não durou muito. Ele não estava dormindo; estava sentado, as costas na cabeceira, os joelhos junto ao peito. Frank se ajeitou e olhou para ele mais intensamente, o que felizmente pareceu fazer com que ele percebesse a outra presença no quarto.

— Oi – Gerard disse baixo, fitando-o com um olhar meio triste, meio envergonhado. — Desculpe por ontem, você nem me conhece e...

— Não se preocupe – Frank cortou, e tentou pensar em algo que melhorasse o clima. — Sua cama é confortável.

Gerard sorriu de leve. Ok, tudo bem, isso já era melhor do que nada. Mas Frank queria vê-lo rir de novo. Não entendia bem porquê, talvez – provavelmente – fosse pela culpa de ter matado a esposa do homem, mas precisava fazê-lo rir de novo.

— Mesmo assim, eu pedi demais. Se você quiser ir...

— Não – Frank falou rápido demais, e percebeu que assustou o outro. Tentou se corrigir. — Quer dizer, eu não... eu não acho que você está pronto para ficar sozinho ainda.

Gerard o encarou em silêncio, pensativo. Então acenou com a cabeça, o que tanto deixou Frank feliz quanto acabado. Ele tinha concordado que ele ficasse, mas isso também significava que tinha concordado que não estava pronto para ficar sozinho.

— Posso ir preparar café da manhã para nós dois?

Gerard assentiu de novo. Frank se levantou e se aventurou na cozinha do estranho pela segunda vez, preparando ovos, torradas e bacon, acompanhados de suco. Agradeceu mentalmente por ter tudo de que precisava por lá.

Voltou para o quarto e sorriu um pouco quando Gerard comeu, dessa vez sem resistir. Ainda assim, era óbvio que ele mal sentia o gosto da comida. Frank o acompanhou rapidamente; queria estar livre para qualquer possível pedido do mais velho, mesmo sabendo que provavelmente não teria nenhum.

Depois de lavar os pratos e copos e voltar para o quarto, Frank ficou em silêncio por alguns minutos, e Gerard não pareceu se importar.

— O que você faz? — Frank perguntou subitamente, só para falar alguma coisa.

Gerard olhou para ele como se só o tivesse visto ali agora.

— Eu... desenho.

— Sério? — os olhos de Frank se iluminaram sem ele perceber. — Que legal! Eu sou guitarrista de uma banda que começou há pouco tempo.

— Legal.

— Você pode me mostrar algum dos seus desenhos?

Gerard balançou a cabeça e se levantou, o que, para Frank, já fez valer a pena a conversa. Ele deu a volta na cama e foi até uma pequena cômoda próxima ao guarda-roupa; de dentro de uma gaveta, tirou uma pilha de papéis e a levou para Frank, sentando-se ao seu lado.

— Essas são as que eu acabei, mas nunca consegui vender... ou nunca quis.

Frank as analisou criticamente. Eram desenhos muito bons, detalhados e em geral desprovidos de cores. Havia muitos elementos abstratos, mas a maioria estava lá somente para cercar uma figura central: flores derretendo ao redor de uma mulher cujos cabelos também derretiam; ou uma profusão de linhas circulares explodindo para fora do peito de uma criança. De vez em quando havia uma única cor em um objeto, e Frank percebeu que Gerard gostava de colorir principalmente olhos e corações, apesar de haver uma quantidade razoável em que as cores estavam em lugares inconvenientes, para ajudar a passar a interpretação correta do desenho.

— Isso é incrível... — Frank sussurrou, compenetrado em sua avaliação.

Ele separou as três que gostou mais e pediu para Gerard dizer o que elas significavam.

— Detesto fazer isso – Gerard disse, e Frank se encolheu de leve. — Muitas vezes eu mesmo esqueço o que eu quis dizer quando desenhei. Alguns eu sequer lembro de ter desenhado...

Frank franziu o cenho. Nunca havia esquecido um só pedaço de música que havia criado... mas talvez não tenha feito tantas quanto Gerard fez desenhos.

— Por isso gosto de ouvir as interpretações dos outros – Gerard prosseguiu. — Assim posso talvez reencontrar a minha própria.

Frank suspirou, mas não com medo; ele adorava dar suas próprias interpretações sobre qualquer forma de arte, e iria fazer isso mesmo que Gerard tivesse explicado a verdadeira.

A primeira obra em sua mão retratava um homem com roupas casuais, uma mão no bolso da calça e outra segurando uma carta de baralho, que tapava seu rosto; porém, o que havia na carta era exatamente seu rosto. Frank percebeu pelo canto da carta que aquela seria um “coringa”.

— Alguém que tenta se esconder, mas sem perceber está somente mostrando o que realmente é – Frank disse, olhando para Gerard.

— Gostei. Mas pensei em alguém que brinca de coringa, mostrando uma máscara para todos ao seu redor; máscara essa que parece ser somente sua verdadeira face, mas não é.

Frank achou que fazia mais sentido. Gostou da troca de ideias e pegou o próximo desenho. Era aquele da criança com os círculos saindo de seu peito; ela parecia estar levitando, os olhos fechados, como se os círculos estivessem explodindo para fora dela.

— Como as linhas parecem ser meio confusas e formarem nós, eu diria que a criança está se libertando das complicações dela.

Gerard sorriu sutilmente. Frank sorriu de volta.

— É exatamente o que parece. Para ela. – ele lançou um olhar divertido à Frank. — Toda criança quer crescer, achando que isso vai melhorar sua vida. Mas na verdade as complicações estão entrando.

Frank olhou para o desenho. Meu Deus, era tão diferente agora que ele via dessa forma... o rosto da criança, que antes parecera pacífico por estar com os olhos fechados, agora parecia estar com dor. Os círculos atingiam seu peito, puxando-a para cima, e não havia como ela se soltar. Frank quase pôde sentir um arrepio percorrer seu corpo.

Colocou a criança de lado e foi para o próximo desenho, de longe o mais perturbador: era uma cabeça... com vários rostos. Cada um saindo por um lado, com expressões diferentes. Tudo fora pintado na cor negra, o grafite borrado depois, deixando a arte mais sombria.

— Esse é um dos que eu não me lembro... — Gerard suspirou.

Frank ficou olhando por algum tempo. Sentia algo estranho ao olhar para aquilo. Virou-se para Gerard.

— Isso é bem... esquizofrênico.

Gerard assentiu, mas não disse nada. Estava com os olhos tristes de novo. Frank não insistiu na interpretação, mas não tirou o desenho da cabeça.

Subitamente, depois de um prolongado silêncio, ele teve uma ideia.

— Hey, por que você não desenha a capa para o primeiro álbum da minha banda?

Gerard foi pego de surpresa. Ele abriu e fechou a boca, sem saber como responder.

— Claro que vamos pagar – Frank disse logo. — E você não precisa se não quiser ou achar que não consegue...

Gerard ponderou por algum tempo. Frank sabia que ele não tinha certeza se poderia desenhar agora, depois do que acontecera com Lindsey, e esperou (im)pacientemente.

Gerard chegou a uma conclusão.

— Ok. Preciso ouvir a música para saber o que fazer.

— Eu posso ir pegar o demo na minha casa...

— Pode ir. Eu posso ficar sozinho por alguns minutos.

Frank sorriu e pulou da cama.

— Vai ser rápido, juro!

E voou para fora da casa, só para poder chegar lá de volta logo.


Ah gente, The Dove Keeper tá muito infiltrado na minha mente (e eu espero que fique assim pra sempre), eu tive que fazer o Gerard artista xD E aliás, esse desenho esquizofrênico foi inspirado em um que eu vi de verdade. Esse: http://blutspender.deviantart.com/art/Splitted-Mind-13360025
Até o próximo o/
Nancy Boy
Nancy Boy
Admin

Mensagens : 130
Data de inscrição : 14/10/2012

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nymeria Black Dom maio 12, 2013 9:33 pm

Gerard artista = <3 <3
Café da manhã na cama... hummmm. (parei!)
O Frank está ficando bem animadinho com a companhia do Gerard...

Dude, gostei/achei perturbador o desenho Splitted Mind.

Até o próximo!
Nymeria Black
Nymeria Black

Mensagens : 23
Data de inscrição : 07/01/2013

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por breezy Seg maio 13, 2013 7:03 pm

AWNTI QUE FOFOS ESSES DOIS =3
hue sem criatividade nenhuma sobre o que comentar ~ mas o capitulo ta muito bom o/
breezy
breezy

Mensagens : 44
Data de inscrição : 08/03/2013

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Leonardo Ter maio 14, 2013 10:17 pm

Gee artista, ainda mais com desenhos perturbadores. Adoro isso, é como se fosse o prelúdio de uma tragédia anunciada.
Achei ótima a ideia dele desenhar a capa do disco. Isso é um ótimo remédio para a dor, mesmo que fique nesse estado pra sempre por causa da Lindsey, ele ainda deve tentar. Smile)
Leonardo
Leonardo

Mensagens : 26
Data de inscrição : 28/10/2012

http://fanfiction.com.br/u/100568/

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nancy Boy Qua maio 15, 2013 7:48 pm

Capítulo 5


Nymeria: Siiim, Gerard artista é meu favorito <3 Haha, é romântico, vamos admitir. Também gostei daquele desenho, apesar de me fazer lembrar de uma outra fic... que é muito triste ;-;
Breezy: Tudo bem, saber que você tá lendo já tá ótimo *-* Mas continue a comentar -qq Obrigado!
Leonardo: Pois é, apesar da tragédia já ter acontecido. E sim, já é bastante o fato de ele estar tentando, né?

Enjoy ^^ Vai ter um link pra letra de uma música, caso vocês queiram conhecê-la.

Frank voltou mais rápido do que achou ser possível, em parte porque estava mesmo com medo de deixar Gerard sozinho. Não tinha esquecido dos remédios que o vira tomar, achava muito provável que ele fizesse alguma besteira nas atuais circunstâncias.

Mas ao chegar de volta à casa, só encontrou Gerard no sofá. A porta havia estado destrancada e o dono do lugar voltara à sua posição deprimidamente muda, com os joelhos puxados para perto do peito, mas quando Frank entrou no lugar, Gerard sorriu de leve. Frank sentiu novamente o alívio misturado com a alegria boba de vê-lo sorrir, e começou a acreditar que isso aconteceria sempre... se ele pudesse ver Gerard para sempre.

— Pode colocar lá – Gerard apontou para um aparelho de som que Frank já havia notado no dia anterior.

Frank teve uma clara noção de que Gerard podia ter apontado sem dizer nada, e essa sutil diferença o fez se sentir bem de novo. Esperava que o que tinha proposto Gerard a fazer fosse ajudá-lo a se distrair mais ainda.

Colocou o CD que trouxera de sua casa, tendo usado o carro da mãe rapidamente para ir até um dos bairros vizinhos onde morava – sair de perto de sua mãe já fora demais para ela, então ele precisou esperar para achar um lugar bom por perto para que ela não ficasse dramática demais. Nesse momento achou ótimo que isso tenha acontecido.

Ele pensou em qual das músicas ele queria que Gerard ouvisse. Precisava ser algo inspirador, que o mostrasse sobre o que o álbum falava, mas Frank sabia que não adiantava forçar nada à um artista; assim como ele nunca escreveu nada sob pressão, Gerard não desenharia também. Então Frank poderia escolher uma música por algum outro motivo... talvez para passar uma mensagem. Mesmo que Gerard não fosse entender, Frank gostaria de ver sua reação. No fim, ele pelo menos não podia deixar que ele ouvisse “Fat & Alone”. Gerard não era gordo, mas ainda assim aquela era a última coisa que ele precisava.

Finalmente, achou a escolha perfeita, e pulou todas as músicas que precisava até chegar na que queria: "Attention Reader".

O olhar de Gerard ficou vago enquanto ele escutava, e Frank aguardou ansiosamente. Não era só a interpretação que importava ali, mas o simples fato de que Frank não parou para pensar que talvez Gerard não gostasse de screamo, ou sequer rock. Mas Gerard não parecia incomodado, só compenetrado.

— Então? — Frank se viu perguntando, sem conseguir esperar mais pelo veredicto.

Gerard olhou para ele como se tivesse acabado de sair de um sonho.

— Qual é o nome do CD?

— Ainda não decidimos... mas estávamos pensando em “Heartbreak in Stereo”.

Gerard assentiu e ficou em silêncio por mais alguns segundos.

— Me fez mesmo pensar em um coração quebrado, mas principalmente culpa.

Frank engoliu em seco. Talvez Gerard tenha entendido a mensagem bem demais. Antes que pudesse entrar em pânico, porém, Gerard continuou.

— Traição, imagino, mas não consegui ter certeza de quem foi o traidor, e eu gostei disso. Os seus gritos expressam raiva o bastante para afastar qualquer um... Mas estou apostando que você se sente culpado por ter traído, e que a raiva é toda direcionada a você mesmo.

Ele olhou para Frank, buscando confirmação para sua teoria, e Frank deu um sorriso estranho e assentiu. Aquilo não o surpreendia tanto pelo fato de Gerard ter entendido tão rapidamente, quanto porque ele sentia que Gerard acabara de ler um pedaço comprometedor de seu diário (não que ele tivesse um diário). Aquilo foi baseado na sua primeira experiência romântica, quando ainda tinha 15 anos e começara a namorar uma garota simplesmente porque todos diziam que estava na hora de namorar uma garota e ela estava a fim dele. O problema foi que, depois que seus hormônios foram despertados para os beijos e toques e consequente sexo, ele não conseguia mais segurar a vontade de namorar quase todas as garotas. E garotos. A coisa toda ficou meio fora de controle, ainda que ele percebesse que gostava mais e mais de sua namorada. Mas ele estava curioso e excitado e ainda não entendia o quanto um coração partido podia doer, então acabou cedendo. Foi só depois que sua namorada descobriu e, pior do que isso, descobriu através das conversas de todos na escola, que ele sentiu a culpa chegar pela primeira vez. Ele a viu chorar pela dor e humilhação e quis se esfaquear com a visão. Ela nem mesmo o bateu, coisa que ele estava quase implorando para que ela fizesse. Ela só parou de ir à escola e, eventualmente, conseguiu transferência para outra. Frank de vez em quando ainda se sentia culpado com a lembrança, imaginando o quão traumático aquilo deve ter sido para o que provavelmente também foi o primeiro namoro da menina. Ele às vezes tinha medo de ter estragado tudo para ela, e sim, ele se odiava por isso. E quando descobriu a música, esse foi um dos episódios e sentimentos que ele escreveu, tocou e gritou.

E agora Gerard sabia disso. Não com todos os detalhes, mas sabia, e era estranho que alguém que ele conhecera há tão pouco tempo já tenha tido acesso à uma coisa tão íntima assim. Frank sabia que ao cantar, ele estava expondo sua alma; mas também sabia que, quando alguém ouve uma música, essa pessoa agarra o que quer e leva para a sua própria vida. É o que ele fazia. Você interpreta do seu jeito e abraça o que você quer e precisa da música, pegando aquele pedaço da alma do artista e acrescentando à sua própria, o que fazia com que o artista nunca ficasse tão completamente exposto. Agora, porém, Frank estava exposto, e Gerard soube o quanto isso o assustava ao ver sua expressão meio incrédula.

— Não se preocupe – ele falou. — Todos cometem erros. Você colocou o seu para fora através da música, e isso é lindo. Não precisa se preocupar porque alguém descobriu... Na verdade, acho você queria que alguém tivesse descoberto.

— Por que acha isso? — Frank perguntou com um tom genuinamente curioso.

— Porque é sempre assim – Gerard sorriu de leve de novo. — A pessoa conta algo ali, algo importante para ela e espera que os outros consigam tirar o melhor daquele trabalho, mas no fundo há sempre aquela ansiedade para o fato de que, talvez, só talvez, alguém vá realmente entender o que ela quis dizer afinal. Talvez alguém consiga ver através das próprias interpretações e enxergue a verdade.

— … e isso tanto fascina quanto assusta – Frank completou, sentindo exatamente o que dizia: fascínio e um pouco de medo.

Aquilo tinha sido o máximo que ele já ouvira Gerard falar, e o tom triste e aparentemente constante em sua voz quase sumira durante essa curta conversa. Frank adorou isso, e quis que ele continuasse falando, mas não soube o que fazer para isso.

— Bem... — ele pensou por alguns momentos. — Acha que consegue desenhar algo?

— Ah, é. Não, não pensei em nada para a capa, mas tive uma ideia para a música...

Ele se levantou e foi para o quarto, voltando em pouco tempo com papel, um estojo de lápis de cor e três borrachas diferentes. Sentou-se no sofá depois de puxar uma mesinha de canto que havia do lado para a frente, depositando o material ali. Ele se curvou e começou a trabalhar.

Frank não sabia se deveria ficar olhando, mas quando fez menção de se levantar, sentiu a mão de Gerard em sua perna, pedindo silenciosamente que ele ficasse. Frank não entendeu porquê à principio, mas depois de alguns minutos, ele pôde ver o desenho tomando forma como algo que ele conhecia – seus olhos.

Gerard voltou-se para ele algumas vezes, olhando fundo nos olhos somente para poder captá-los em sua mente e transportá-los para o papel. Frank se sentiu tão honrado quanto constrangido com aquilo, mas deixou que ele continuasse. Depois que os olhos estavam propriamente feitos, Gerard trocou do lápis escuro para o laranja e passou a dar seu toque à imagem, o surrealismo que Frank vira em tantos dos seus outros trabalhos sendo agora aplicado nesse.

Não demorou para Frank ver que ele estava colocando fogo em seus olhos. Não bonito e brilhante, mas realmente medonho. Frank não sabia como ele conseguiu passar isso, mas passou. Aquele fogo dava medo de se olhar, e estava em seus olhos. Ele quase se sentiu arrepiar, assim como acontecera com a imagem da menina que era invadida pelos problemas que ela achava que estava evitando ao crescer.

Gerard terminou logo e levantou a folha para Frank, colocando-a bem na sua frente, para que ele sentisse como se aquilo fosse um espelho, ainda que só de uma parte de seu corpo.

— O que acha? — ele perguntou por trás do papel, mas continuou a falar: — Essa obra só faz sentido para você. Só dá para entender que a raiva é dirigida a você se você olhar para o fogo no seu próprio olhar. Ninguém mais consegue ver isso.

Frank piscou. Ele conseguia ver, e sabia porquê Gerard desenhara aquilo, mas o que começou a queimar dentro dele vinha de algo completamente diferente. Outra culpa.

Frank matou a mulher que Gerard amava. Matou a mulher que provavelmente muitas pessoas amavam. Ele matou uma pessoa. E ele se odiava por isso.

Sem resposta, Gerard abaixou o papel para ver Frank, e sentiu sua expressão cair ao ver que Frank obviamente não se sentia bem.

— Desculpe – Gerard falou imediatamente. — Deve ser horrível se lembrar disso. Às vezes esqueço...

Ele parou, e isso chamou a atenção de Frank.

— Esquece o quê?

— Que dói.

Ele não elaborou, mas Frank não achou que precisava. Ele entendia o que Gerard fazia: pegava a dor, fosse dele ou não, e transformava em algo palpável, em arte. E às vezes ele se esquecia que essa arte trazia a dor de volta. Frank entendia.

— Eu adorei – Frank disse subitamente, e conseguiu mais um fraco sorriso de Gerard.

— Eu quero fazer a capa para o álbum, mas pra isso precisou ouvi-lo inteiro.

Frank assentiu, e já ia levantar para colocar o CD para tocar de novo, quando mais uma vez sentiu a mão de Gerard o impedindo. Quando voltou a olhar para ele, viu novamente o rosto que não queria ver mais.

— Antes – Gerard falou baixinho, suas linhas de expressão só conseguindo mostrar dor e cansaço. — Preciso cuidar de Lindsey.

Frank soltou um suspiro, mas assentiu. Sem dizer nada, ele fez Gerard entender que iria com ele. E sem dizer nada, ambos se levantaram e saíram da casa, com os corações pesados por razões diferentes.


Era pra eu ter postado ontem, mas aquele post do Frank no site dele... ah cara, Frerard da vida real dói demais >_> Eu adoro o Gee, mas quando parece que ele tá machucando o Frank desse jeito eu não consigo não sentir raiva, e isso me deixa num conflito interno. Até porque, eu nem devia shippar pessoas reais, mas porra, eu sou fã desses seres e a angústia deles me machuca >_>
Aff, estou começando de novo. Até o próximo!
Nancy Boy
Nancy Boy
Admin

Mensagens : 130
Data de inscrição : 14/10/2012

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nymeria Black Qui maio 16, 2013 2:42 pm

Desconfio de que o Gerard meio que sabe que o Frank está relacionado com a morte da Lindsey, ainda mais depois do desenho que ele fez (pode ser só coisa da minha cabeça).
Gerard animado = \o/
Gostei da música, ainda mais que começa com um instrumental soda! (P.s.: a voz do Frank tá diferente.)

Sobre o texto do Frank: weird!

Até o próximo!
Nymeria Black
Nymeria Black

Mensagens : 23
Data de inscrição : 07/01/2013

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Leonardo Sex maio 17, 2013 6:26 pm

Arte é algo maravilhoso mesmo! Melhor ainda é como o relacionamento dos dois pode ser construído em cima dela. Seria muito perfeito. *_* Mas por outro lado, poderia também destruir a convivência dos dois, especialmente por causa desse segredinho que o Frank guarda. O Gerard não é tão avoado assim, pra não desconfiar de algo, e creio eu que vai ser bem pior se o Gee descobrir por conta própria do que se o Frank falar.
Agora que eles tem de resolver essas coisas da Lindsey vai ser muito tenso. O Frank vai acabar dando muitas aberturas.
Muitas angústia aqui ushuhuauashaus
Leonardo
Leonardo

Mensagens : 26
Data de inscrição : 28/10/2012

http://fanfiction.com.br/u/100568/

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por breezy Dom maio 19, 2013 12:56 pm

Ha! Acho que o Gerard já sabe lalalala ~falo nada~ hue mas se o Frank não contar eu mato ele u.u
Alias, nem vi o que ele postou no site.... Shippar pessoas reais é foda. Eles quase sempre nos decepcionam, e depois de Ryden acabar comigo eu simplesmente não consigo mais acreditar em Frerard como antes.... Perdeu uma parte do encanto. CULPA DO BRENDON u.u
Eu devia estar triste por isso MAS EU VOU NO SHOW DO PARAMORE E CONHECI VARIOS VLOGGERS BRASILEIROS FAMOSOS ENTAO TO FELIZ o/
E agora que eu percebi que não consigo imaginar o Gerard desenhando (?)
Enfim, posta logo o próximo capitulo heh
breezy
breezy

Mensagens : 44
Data de inscrição : 08/03/2013

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nancy Boy Seg maio 20, 2013 8:17 pm

Capítulo 6


Nymeria: Seeerá? *-* É minha favorita do Pencey Prep, o instrumental é muito bom. E eu adoro essa voz de garotinho sofrido do Frank, haha. o/
Leonardo: Se você acha isso de arte, menino, você precisa ler The Dove Keeper, tipo, AGORA. E acho que todos estão desconfiando da desconfiança do Gee xD Talvez o Frank não seja tão besta... talvez.
breezy: Ok, todos acham que ele sabe então xD Ah mano, nem veja o que o Frank postou, nem as fotos atuais dele (porque ele tá com o cabelo igual ao do Gerard agora), nem veja as indiretas que um manda pra outro no twitter, NEM NADA. Frerard é o ship que mais dói na existência dos ships, ponto final (e olha que eu shippo umas coisas tensas). Mas hey, isso é ótimo! *inveja* Eu não vou ter dinheiro pro show do Paramore ;-; E tem um vídeo do Gerard desenhando, se você quiser -q

Ok ok, here we go~

Gerard insistiu para ele mesmo dirigir. Frank percebeu que ele estava em melhores condições do que na noite anterior, mas ainda estava receoso. Considerando que estavam indo no carro de Gerard, porém, ele não achou prudente contestar muito.

Eles não falaram durante o trajeto, e Frank não sabia se gostava disso ou não. O silêncio não parecia estar incomodando Gerard nem um pouco; na verdade ele parecia estar se concentrando excessivamente na tarefa de conduzir o veículo. Mas os nervos de Frank estavam explodindo dentro dele. Ele achou incrível que Gerard não tivesse notado – ou não tivesse comentado – o fato de suas mãos ficarem indo de um lugar para outro, seu lábio inferior mastigado constantemente, as unhas tendo sua vez ocasionalmente. Frank estava uma pilha de nervos, imaginando que a verdade toda viria à tona no hospital. Eles sabiam que Frank era o culpado. Mas também, ele tentou se assegurar, eles nem iriam para o hospital agora. Os corpos esperando reconhecimento não ficavam ocupando leitos, iam para uma instituição própria para isso, e lá as pessoas seriam diferentes... mas com certeza também saberiam da história. Mas talvez não soubessem que Frank era ele...

Com tanta conversa dentro de sua própria mente, Frank mal notou quando eles chegaram. Gerard saiu do carro sem esperar por ele, e Frank seguiu com passos hesitantes.

Ele não conseguia acreditar enquanto via Gerard andando na frente e sendo o primeiro a falar com a recepcionista. Achou que teria que levá-lo passo à passo até a sala... mas, de qualquer jeito, aquilo ainda não era o pior.

Depois das formalidades e alguma espera, os dois foram levados para a sala de reconhecimento. Frank só deixou de se sentir nervoso nesse momento, somente porque percebia que o nervosismo de Gerard era gigantescamente maior. O abraçou de lado por alguns segundos, mostrando-o que ainda estava ali, e Gerard pareceu um pouco agradecido.

Quando foram chamados, ambos respiraram fundo antes de passarem pela porta. Um homem estava ao lado de uma maca no centro do cômodo, segurando a ponta do lençol que cobria o cadáver. Assim que Gerard e Frank estavam próximos o bastante e o homem teve certeza de que estavam prontos – como se fosse possível estar pronto para algo assim — , ele abaixou a coberta.

A decomposição já havia começado, é claro, mas eles chegaram cedo o bastante. Lindsey ainda parecia Lindsey, como Frank pôde perceber ao ouvir a súbita falta de respiração vinda de Gerard. Frank sentiu suas próprias lágrimas vindo de novo, dessa vez uma mistura de tristeza, culpa e quase desespero. Gerard, porém, não chorou. Somente olhou para sua esposa atentamente, com um ligeiro franzir na testa, ainda sem respirar. Frank não sabia o que dizer ou pensar, então o permitiu levar o tempo que precisava, e ficou agradecido pelo funcionário fazer o mesmo.

— É ela – Gerard disse finalmente, talvez mais porque precisava de ar do que porque precisava falar.

Só foi necessário isso para que Lindsey fosse coberta de novo. Gerard não reclamou. O homem assentiu e os guiou para fora do quarto, dizendo-os para preencherem a papelada necessária na recepção.

Gerard continuou em silêncio, só abrindo a boca quando era necessário. Ele leu todas as informações sobre a morte de Lindsey – Frank leu por cima de seu ombro, suspirando aliviado ao ver que não havia menção de seu nome ali, apesar de haver a menção da conclusão policial de que fora um acidente – e preencheu tudo que era necessário para tomar a posse do cadáver.

— Você precisa de ajuda com o dinheiro para... o funeral...? — Frank falou baixinho quando Gerard devolveu os papéis e se sentou novamente.

— Não, nós temos dinheiro.

Frank assentiu e olhou para o chão. Achou que talvez fosse ser necessário lá para ajudar Gerard, mas ele parecia estar lidando com tudo sozinho.

— Mas se você quiser... – a voz de Gerard pegou Frank de surpresa. — Eu gostaria de ajuda nas preparações.

Frank disse que sim imediatamente, feliz por se sentir útil. Gerard desviou o olhar dele e suspirou, antes de se levantar. Os dois voltaram para o carro, prometendo para o instituto que voltariam para pegar o corpo em algumas horas.

— Agora eu só preciso... — Gerard hesitou um pouco antes de continuar, como se fosse algo difícil para dizer. — Ligar para os pais dela.

Frank fechou os olhos. Havia mais gente que amava a mulher, ele vivia se esquecendo disso!

Ele assistiu conforme Gerard pegava o celular.

— Não vai pessoalmente?

— Eles não moram nesse estado.

Frank mordeu o lábio e ficou quieto, aguardando.

— Oi, Laura, aqui é Gerard... eu... posso falar com Larry? Obrigado.

Gerard olhou para Frank rapidamente enquanto esperava o sogro atender.

— Bom dia. Sim, sim, eu estou bem. Sou eu.

Frank franziu o cenho, sem entender o porquê da ênfase ali. Será que o homem tinha algum problema de memória...?

— Eu estou ligando pra falar sobre a Lindsey... eu... eu não sei como dizer, mas ela sofreu um acidente...

Gerard fez o que pôde para manter a própria calma e a do sogro ao contar as notícias. Pelo o que Frank pôde perceber, Larry quase teve um ataque. Ele não entendeu porque Gerard não falou com a mãe primeiro.

— Foi um acidente – Gerard tentava explicar. — A polícia confirmou. Não, não sei quem foi. Não importa... se foi um acidente, não importa. Sim, eu sei o que é homicídio culposo, mas...

O sangue de Frank congelou. Palavras de programas de televisão vieram à sua mente: “quando o homicídio ocorre sem intenção de matar”. Ele poderia se ferrar mais do que emocionalmente por isso. Os policiais que o interrogaram decidiram deixar a coisa para lá, especialmente porque o corpo não havia sido reconhecido até então, mas se alguém quisesse abrir um processo contra ele... Frank não queria nem pensar na possibilidade.

— Olha, se acalme – Gerard prosseguiu, já com dificuldade em manter o tom de voz razoável. — Laura precisa de você agora. Ela deve estar do seu lado, chorando, e você está gritando comigo.

Houve silêncio, e Frank soube que Gerard falou a coisa certa.

— Não se preocupem. Eu... tenho alguém comigo.

Gerard olhou para Frank e recebeu um sorriso suave.

— Eu vou preparar tudo para ela. Acha que podem pegar um voo ainda hoje? Eu prefiro fazer o funeral durante a noite... vocês entendem.

Depois de mais alguns segundos de conversa, Gerard desligou e olhou para frente. Seu rosto perdeu a expressão que tomara ao falar ao telefone, e Frank se sentiu um estranho perto dele. Quer dizer, mais estranho do que era.

— Como você consegue? — ele se ouviu falar, sem pensar muito antes.

— O quê?

— Acalmar os outros assim... quando foi a sua mulher que...

Frank se impediu quando percebeu que sua fala poderia fazer um estrago. Gerard suspirou e olhou para ele.

— Eu não sou tão fraco quanto pareço, Frank. Lindsey também não era e eu sei muito bem que lutar contra a vontade de sucumbir é tudo que ela sempre quis que eu fizesse. Ela me ajudou tanto... — Gerard ficou com o olhar vago, divagando. — Você não faz ideia. Ela dizia que tudo podia acontecer a qualquer momento, e que eu devia estar preparado. Claro que ela não estava prevendo isso, mas... eu sempre soube que a fatalidade da morte é tão comum quanto uma fatalidade qualquer que ela usava como exemplo. Como bater o dedo do pé na ponta de um móvel.

Gerard sorriu de lado e Frank também.

— Acontece. Você não quer, você não prevê, mas acontece. Eu sei disso. Eu não estou exatamente chocado pelo o que aconteceu... eu só preciso superar a ideia de que nunca mais vou vê-la.

O rosto de Gerard se contorceu na hora, e Frank se arrependeu de ter começado a conversa; mas ao mesmo tempo estava feliz por tê-lo ouvido falar tanto. Ele se aproximou, oferecendo um abraço, e Gerard aceitou.

— Obrigado – Gerard murmurou. — Você nem tem nada a ver com isso tudo...

Frank fechou os olhos de novo e afastou Gerard. Então o encarou e abriu a boca, com uma coragem súbita.

— Gerard, eu... eu tenho algo a ver.

Gerard arqueou uma sobrancelha. Frank hesitou. Sentiu seu coração bater mais rápido e o suor começar a brotar. Ele queria mais tempo com Gerard, e não achava que admitir homicídio – mesmo que culposo – fosse ajudar nisso. Ele não achava que estava sequer preparado para admitir o fato para si mesmo.

— Quero dizer... eu a levei para o hospital, eu fiquei esperando para ver se eles conseguiriam salvá-la, eu investiguei para poder chegar até você... sabe, eu quero dizer... eu estou meio envolvido.

Gerard balançou a cabeça gentilmente, concordando, ainda quieto.

— E também, eu gostei de você.

— Também gostei de você, Frank. De você e da sua música.

Frank finalmente sorriu de verdade.

— Depois que isso tudo estiver resolvido, eu faço uma capa para vocês.

— Wow, Gerard... Obrigado! Mesmo!

Gerard gesticulou um “não é nada” com a mão e deu partida no carro. Frank se calou, sentindo sua alegria aos poucos se desvanecer e o rosto de Gerard novamente ficar pesado.

Por mais que ele entendesse a morte, nunca mais ver alguém que você ama é um conceito difícil para mente e corpo aceitarem. Frank entendia isso e se surpreendia cada vez mais com o que estava presenciando. Depois de ver o abismo que Gerard fora ao ouvir as notícias, achou que ele nunca se recuperaria daquilo. Mas pelo jeito, ele não era tão fraco quanto Frank pensava.

Então Frank percebeu algo. Ele viu uma coisa rara em Gerard – o viu caindo. Desabando, na verdade. O Gerard de verdade era forte, e por um golpe terrível de azar – ou sorte, dependendo do ponto de vista – Frank apareceu em sua vida em seu momento mais frágil. Gerard fora exposto para ele, e Frank gostou da sensação de tê-lo exposto.

A única coisa que não fazia sentido eram aqueles remédios. Se Gerard era como ele estava sendo agora, para quê os remédios para depressão e ansiedade? Frank não entendia, mas estava cada vez com mais vontade de entender.


Cara, agora que notei que eu só fiz nome com L. Laura, Larry, Lindsey. AH JÁ SEI, é por causa do bendito daquele mistério do Placebo que vai ser revelado finalmente e fica no meu subconsciente *-* #LLL
Ah, outra coisa. Eu traduzi uma fic muito foda no blog e sério, vocês deviam ler u_u Nela o Frank é um anjo e o Gerard é um humano filho da puta que quer enchê-lo de pecados pra transformar as asas brancas em negras. http://mcrmybr.wordpress.com/2013/05/19/o-vingador/
Deu vontade de escrever algo com anjos *-* Mas isso fica pro futuro. Até o próximo!
Nancy Boy
Nancy Boy
Admin

Mensagens : 130
Data de inscrição : 14/10/2012

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por breezy Ter maio 21, 2013 10:19 pm

Aaaah ele quase falou, ele quase falou, ele quase faloooou omg que coisa parece q ele não vai contar nunca a verdade pro Gerard >.<
Ah eu quero o video.... Heuehueheue
Eu tenho visto tudo que eles postam no twitter mas como eu sou mais lerda que o Percy então não percebo direito as indiretas (?)
u.u vou ler essa fic ai hueheuheueheu parece ser legal o/ ah e se for escrever algo com anjos coloque demônios tmb Smile (mas faça um demônio legal u.u)
Eike coisa todo mundo nessa fic desesperados por causa da morte da mulher.... E eu pouco me fodendo pra isso fnosndoamskdjaorjwmdi não gosto dela..... Por motivos de : CIUMES
Eh foda isso. Enfim, tchaaaaau
breezy
breezy

Mensagens : 44
Data de inscrição : 08/03/2013

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Leonardo Sex maio 24, 2013 7:37 pm

essa parte do corpo foi muito tensa, me senti perfeitamente na pela do pobre do Frank. Deve ser difícil pra caralho pra ele carregar uma culpa dessas, e mais difícil ainda pra contar pro Gee! Tipo se já é difícil pra gente contar quando quebra algo de um amigo, então é infinitas vezes pior a situação do Frank, mas mesmo assim eu torço pra que ele arranje coragem, sabe-se la de onde. Smile
E esses pais da Lndsey, eles me pareceram suspeitos, será que também tem algum problema??
Leonardo
Leonardo

Mensagens : 26
Data de inscrição : 28/10/2012

http://fanfiction.com.br/u/100568/

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nymeria Black Sáb maio 25, 2013 10:20 pm

Só gostaria de dizer que o Frank quase fez eu ter um ataque do coração achado que ele ia contar. Mas a hora certa ainda vai chegar!
Toda essa calma do Gee me deixou um pouco receosa, não sei porque.
Até o próximo!
Nymeria Black
Nymeria Black

Mensagens : 23
Data de inscrição : 07/01/2013

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nancy Boy Seg maio 27, 2013 12:53 pm

Capítulo 7


breezy: Nunca é muito tempo -q O vídeo é esse: https://www.youtube.com/watch?v=G9uTVZqTvr8 e os personagens que ele cria são ótimos. Depois desse vídeo minha reação quando tento desenhar/pintar é sempre "Fuck that, I don't want that there" -q E no Twitter/site do Frank, tá mais pro Frank dando dicas e o Gerard ficando meio puto, basicamente. Aquela fic é muito boa *-* Haha, tadinha da Lindsey, gente.
Leonardo: Né... pelo menos você tá entendendo porque ele tá enrolando tanto xD Os pais dela, hmm. Talvez. Ou talvez só não saibam como reagir :/
Nymeria: Ataques de vez em quando são bons *-* Bem, talvez tenha motivos pra ficar. Ou não -q

Boa leitura o/

As preparações para o funeral foram feitas durante o domingo todo e, ao cair da noite, Frank acompanhou Gerard ao buscar os pais de Lindsey no aeroporto. Amigos e alguns outros parentes foram contatados e já estavam todos a caminho do cemitério onde a cerimônia seria feita, ao ar livre.

Frank ficou em silêncio desde que se apresentou como amigo de Gerard, só ouvindo enquanto o pai de Lindsey pedia a história toda de novo e a mãe não conseguia parar de chorar. Gerard era mesmo o mais controlado ali, talvez até mais do que Frank, se ele soubesse tudo o que Frank estava pensando.

Larry queria falar com o médico que cuidou de Lindsey, queria achar a pessoa que a matou, queria ver o local onde ela caíra – mas não chegava a completar nenhum pensamento, fosse porque ele não se deixava parar de falar ou porque Gerard o desencorajava. Nada disso iria adiantar nada, e Lindsey nunca foi do tipo de ficar remoendo o que tinha acontecido.

Frank achava mais fácil acompanhar a discussão acalorada do pai, que obviamente estava falando sem parar como uma forma de lidar com o choque, do que ter de sequer encarar a mãe. Dizem que a pior dor possível é a de uma mãe perdendo seu filho, e ver os olhos da mulher naquele momento realmente fazia isso parecer verdade.

Chegando ao cemitério, os pais foram distraídos pelos outros presentes e todos começaram a trocar consolações. Frank ficou em um canto, sozinho, sentindo-se novamente estranho, enquanto Gerard ia conversar com os amigos de Lindsey. Ele mal percebeu quando outra pessoa se instalou ao seu lado, apoiando-se em uma lápide.

— Que péssima noite, hein?

— Ahn? Ah... é, acho que sim – Frank respondeu rapidamente, analisando o homem que parou ao seu lado. Ele era extravagante, pra dizer o mínimo. Cabelos com gel demais, um cigarro na mão, e apesar da roupa toda preta, ele ainda chamava a atenção pela sua mera presença.

— Eu não lembro de ter te visto antes...

— Eu vim com Gerard. Eu não conhecia a Lindsey.

— Hmm – o homem o analisou de novo e deu uma tragada. — E como você o conheceu?

Frank se sentiu corando sem necessidade, e pelo jeito que o homem levantou as sobrancelhas, percebeu que isso deu uma ideia totalmente errada.

— Eu... eu fui quem levou Lindsey ao hospital... ela estava sem documentos, então eu tive que descobrir onde ela morava, e isso me levou até Gerard...

— Ah. Entendo.

Frank balançou a cabeça levemente e olhou para baixo, sentindo-se pior do que já estava. O homem o assustava, e ele não tinha certeza porque.

— Oh – Frank levantou a cabeça ao ouvir a voz conhecida, e viu Gerard se aproximando. — Então você já conheceu Jimmy.

— Seu nome é Jimmy? — Frank perguntou, só para falar algo. — O meu é Frank.

— Sim, sim. Jimmy Urine, o prazer é seu – ele falou com um sorrisinho, antes de se voltar para Gerard. — Frank estava me contando como vocês se tornaram amigos.

Gerard suspirou, meio irritado.

— Jimmy, não começa. Nós nos conhecemos ontem.

— Tempo o suficiente.

— Meu Deus, você é um idiota. Frank – Gerard olhou para o mais novo entre os três, que não estava entendendo muita coisa. — Desde que você me conheceu, por algum momento eu agi de forma estranha? Algo completamente fora do que você esperaria de mim?

Frank franziu o cenho. Achou estranho que Gerard fosse tão forte, depois de vê-lo tão frágil, mas não era tanto quanto ele fazia parecer...

— Não, acho que não... deveria?

Dessa vez foi Jimmy quem suspirou.

— Não, você saberia se algo tivesse acontecido. Ok, vou deixar essa passar.

— Ótimo – Gerard afirmou. — Porque caso não tenha notado, péssima hora para dar uma de irmão mais velho na Lindsey.

Jimmy não respondeu. Deu uma última tragada em seu cigarro e o jogou fora.

— É, eu sei.

Ele olhou para a pequena capela onde a cerimônia seria feita e sua expressão endureceu. Gerard se aproximou para dar um abraço e deixar algumas lágrimas saírem.

Depois de se afastar, Gerard sorriu um pouco e tentou melhorar o clima.

— É tão estranho te ver todo de preto, sabe.

Jimmy sorriu também.

— Ah, mas isso é só até entrarmos. Eu vou me despedir da Lindsey com a minha cor favorita.

— E ela vai amar isso.

— Eu sei.

Eles ficaram quietos por mais algum tempo, esquecendo de Frank.

— Kitty – Jimmy falou de repente, vendo alguém que acabara de chegar, e saiu dali subitamente.

Gerard ocupou o lugar onde ele estava e suspirou ao observar a mulher chamada Kitty cair chorando nos braços de Jimmy.

— Melhores amigas, as duas – Gerard explicou.

Frank se limitou a assentir. Seu estômago não parava de dar nós enquanto ele via o luto e o sofrimento geral, todos causados por ele. Ele desejou não ter ido para lá, mas novamente achou que merecia sentir isso tudo. A culpa estava falando alto demais, mas qualquer dor era merecida em sua mente.

— Jimmy não foi muito duro com você, foi?

— Hm? — Frank voltou a atenção para Gerard. — Ah, não. Ele só perguntou como nós nos conhecemos.

Gerard assentiu, olhando para frente de novo.

— Ele tem medo de que eu tenha traído a Lindsey de novo. Não posso culpá-lo.

— Ah...

Frank não fazia ideia do que falar depois disso. Absolutamente. Mas sentia que precisava falar algo, nem que fosse para acabar com o silêncio constrangedor.

— Então você já...?

— Já. Ele se chamava Bert.

Gerard olhou de esguelha para Frank.

— Sim, ele.

— Eu não disse nada!

— Mas pensou.

Frank abriu a boca, mas nenhum som saiu. Gerard balançou a cabeça e deu um sorriso triste.

— Não é algo do qual eu me orgulho, mas também não tenho porque ficar escondendo, se nem mesmo foi escolha minha.

— Não foi?

— Não. Eu... — Gerard hesitou, tentando escolher as palavras certas. — Eu posso dizer que não era eu mesmo.

— Ah.

Novamente, Frank não soube o que dizer. Sentiu-se corando mais uma vez, talvez por culpa de onde seus pensamentos o estavam levando. Ele só conseguia pensar no fato de que Gerard não era “ele mesmo” quando ficou com o cara chamado Bert, seja lá o que for que isso significava. De qualquer forma, isso provavelmente queria dizer que enquanto ele fosse “ele mesmo”, ele não ficaria com outro homem.

Claro que Frank só estava pensando nisso para entender melhor a situação.

Em pouco tempo, Gerard foi chamar as pessoas para começar o funeral propriamente dito.

Lindsey estava no caixão dentro da capela, maquiada e mais linda do que Frank lembrava que ela era. Ele ficou em pé próximo da porta enquanto cada um ia ver a mulher pela última vez. Apesar de sempre ter sentido um estranho fascínio por funerais, esse era um que Frank estava detestando comparecer. O único momento que melhorou um pouco seu humor foi ver que Jimmy estava agora com um lenço rosa-choque enorme amarrado no pescoço. Ótima cor favorita.

Laura não conseguiu ver o corpo da filha, e Larry acabou tendo de levá-la para fora para conseguir respirar melhor. Gerard foi o último.

Frank olhou atentamente enquanto Gerard se curvava e tocava o rosto de Lindsey com cuidado. Ele não parecia triste naquele momento; parecia concentrado, quase como se estivesse se comunicando com a mulher telepaticamente. Talvez estivesse.

Gerard se afastou depois de vários segundos. Fechou os olhos, respirou fundo e deu um último olhar para Lindsey antes de fechar a tampa do caixão ele mesmo.

Frank se sentiu uma bola de emoções nesse momento. Ver o quanto ele a amava fez a culpa lavar seu corpo mais uma vez; mas ao mesmo tempo, ver o quanto aquele último olhar tinha significado o fez querer sorrir e abraçar Gerard por quinze minutos. Era compreensível que ele estivesse chorando mais do que todos, mas ao invés disso ele colocou toda sua emoção em um simples olhar, que não mostrava nada além gratidão.

Gerard fechou a história dele com Lindsey ali, e Frank percebeu o quanto aquele fim poderia ser um começo.

Depois do enterro, com cada um dos presentes segurando uma vela e iluminando a noite melhor do que qualquer luz artificial, não sobrou muito a ser feito se não despedir-se de todos e esperar enquanto o cemitério se esvaziava.

Jimmy, Kitty e um outro homem que foi identificado como Steve ficaram por último para dar adeus a Gerard. Kitty era a que mais chorava, mas estava mais controlada agora. Jimmy permanecia com o lenço rosa.

— Você vai ficar com quem agora? — Steve perguntava para Gerard, enquanto Frank aguardava a uma distância segura.

— Vou me virar.

— Gerard...

— Não se preocupe, Steve. Vou me virar.

Steve suspirou, mas assentiu.

— Nós não pretendemos te deixar em paz – Jimmy comentou. — Espere visitas.

— Espero mesmo – Gerard sorriu fracamente. — Sempre tive inveja que vocês fossem visitar Linds mas nunca eu.

— Quem disse que não visitávamos você também? — Kitty comentou baixo, a voz muito embargada para dar a animação necessária à afirmação.

— Seria muita pretensão minha supor isso.

— Seria mesmo – Jimmy concordou. — Mas você pode ser pretensioso, Gee.

— Obrigado.

Depois de mais alguma conversa, os três foram embora e Gerard voltou para perto de Frank.

— Quer que eu te leve para sua casa?

Frank disse que sim, tímido, e o seguiu até o carro.

— Muito obrigado por tudo, Frank – Gerard falou pouco depois de começar a dirigir. — Você me ajudou muito ontem e hoje. Sério.

— Não foi nada...

— Foi sim. Não vou esquecer disso.

Frank somente sorriu e olhou pela janela.

Depois de chegarem no local que Frank indicou, Gerard parou o carro e ambos permaneceram em silêncio lá dentro.

— Você pode me passar seu telefone? — Gerard perguntou.

— Ahn... claro... é...

— Pra eu poder te ligar quando a capa estiver pronta.

— Ah. Sim, claro.

Gerard sorriu de lado, tendo entendido o embaraço de Frank bem demais. Ele pegou seu celular e criou lá o contato para Frank.

— Vou ouvir seu CD hoje e ver o que eu posso fazer.

— Muito obrigado. Você não precisa se não quiser, sabe...

— Mas eu quero. Vai ser bom ter algo para fazer.

Frank assentiu.

— Então... eu espero seu telefonema.

— Ok.

— Tchau.

— Tchau.

Frank sorriu sem jeito de novo antes de sair do carro e ir até a portaria do prédio onde morava.

Assim que entrou, ligou para sua mãe e explicou rapidamente o que aconteceu no fim de semana. Garantiu que estava tudo bem e omitiu a pequena mentira que contara para Gerard, sabendo que sua mãe o faria ir até lá no mesmo momento para contar a verdade. Então sentou-se perto da janela e encarou o céu.

Não soube por quantos minutos ficou lá até ir com o olhar para baixo e perceber, surpreso, que o carro de Gerard ainda estava lá. Assim que percebeu, viu o vulto de Gerard contra o vidro e soube que ele estava olhando para cima. Não levou muitos segundos para Gerard achá-lo com o olhar e voltar para trás do volante.

Frank sorriu enquanto Gerard ia embora, e voltou para dentro do apartamento. A semana iria começar de novo, a faculdade iria consumi-lo e os dois ensaios programados do Pencey Prep detonariam seu sono, como sempre. Mas dessa vez Frank queria que a semana passasse logo.

Ele tinha algo pelo qual esperar.

Ah sim, e eu vou traduzir a continuação daquela fic de anjos essa semana.
Vocês ouviram a música nova do Ray? Nhaw, que orgulho dele. <3
Nancy Boy
Nancy Boy
Admin

Mensagens : 130
Data de inscrição : 14/10/2012

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Nymeria Black Seg maio 27, 2013 2:02 pm

Jimmy, Jimmy, Jimmy, tsc tsc tsc! Gostei dele! (P.s.: Já ouviu o novo cd do MSI?)
Funerais não deveriam ser tristes, apesar de alguém ter acabado de morrer...
Impressão minha ou o Gerard ficou um pouco mexido com o Frank?

P.s.2.: Estou in love com a música do Ray, vicia!

Até o próximo!
Nymeria Black
Nymeria Black

Mensagens : 23
Data de inscrição : 07/01/2013

Ir para o topo Ir para baixo

I'm a Fake Empty Re: I'm a Fake

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 1 de 4 1, 2, 3, 4  Seguinte

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos