Disenchanted Fics
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I'm a Fake

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Mensagem por breezy Qua maio 29, 2013 4:44 pm

OMG um funeral <333
Acho funerais e enterros interessantes.... Porem todo mundo fica chorando enquando eu fico passeando pelo cemitério.... Eeeeh fazer o q se sou uma pessoa fria e não sinto nada -q
Cara, cara, cara vc devia escrever um capitulo com um casamento ai no meio começa um iwsnt -q
Zoa. Faz isso não vai é estragar a fic
Kejcnaodnakcjsnid sinto que esses dois estão muito apegados um ao outro heheh
Ah e eu li aquela fic q vc traduziu. Ela é tipo extremamente perfeeeeita *-*
Faz o Frank contar logo a verdade já não to mais aguentando ~mentira~ heueheuheueheu
Enfim, tchaaaaau
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Mensagem por Nancy Boy Sex maio 31, 2013 9:00 pm

Capítulo 8


Nymeria: Eu adoro ele, apesar de ser um chato <3 (Sim! Não gostei taaaanto, prefiro If, mas Witness e It Gets Worse e algumas outras são fodásticas.) É, eu também acho que não deveriam. E se foi impressão, Frank teve a mesma (: Também amei a música do Ray!
breezy: UAHSUASH Não, eu gosto de funerais também, mas é diferente quando é alguém muito próximo. Haha, seria foda mas vamos deixar isso pro Panic -qq Ahh, eu já traduzi a continuação! Posto link ali embaixo.

o/

Gerard ligou na quinta-feira. Frank sabia que era estúpido esperar que ele ligasse no dia seguinte ao funeral, mesmo que ele soubesse que não demorava tanto para fazer um desenho, mas ficou esperando de qualquer jeito. E não esperando ao mesmo tempo. Gerard poderia muito bem deixar ele de lado e Frank não o culparia; eles mal se conheciam, afinal. E uma parte de Frank esperou por isso mesmo. Assim ele nunca teria que contar a verdade e Gerard poderia lembrar dele como um cara muito legal que o ajudou quando ele precisava, mais nada. Na verdade, se isso acontecesse Frank deveria agradecer aos céus.

Mas esses pensamentos não o impediram de agradecer aos céus quando o celular com o número desconhecido tocou naquela quinta.

— Alô?

— Oi, Frank, é o Gee.

O apelido próprio pareceu uma permissão para que Frank o chamasse assim. Suas esperanças de que eles nunca mais se vissem sumiram no momento em que ele percebeu isso. Ele se sentiu sorrir sozinho, mas sua expressão e voz logo ganharam um tom preocupado ao se lembrar de tudo que acontecera para que eles se conhecessem.

— Oi, como você tá?

— Bem. Bem o bastante. Eu terminei sua capa.

— Sério?! — Frank trocou a preocupação por entusiasmo imediatamente, e gostou do som da risada rápida de Gerard pelo telefone. — Quando eu posso ir aí ver?

— Estou livre hoje à noite, se você quiser...

— Quero! — sua animação novamente fez Gerard rir, e Frank pensou vagamente se ele aparecesse fantasiado na casa do homem poderia fazê-lo rir mais e mais. Não que ele tivesse uma fantasia. — Quanto você vai querer?

— Hmm... a gente fala de preço aqui, que tal?

— Ok. Devo chegar em... umas duas horas e meia. Assim que eu sair da faculdade eu passo aí.

— Beleza, estou esperando.

Eles se despediram e Frank voltou o olhar para a professora, ignorando-o por completo, assim como quase todos da sala, cada um em suas próprias conversas e uma quantidade realmente mínima ouvindo o que a mulher lá na frente falava.

— Era aquele cara? — Shaun, melhor amigo e tecladista do Pencey Prep, perguntou ao seu lado, sobressaltando-o. Frank assentiu alegremente. — Ele já tem o desenho da capa?

— Tem. Deve ter ficado lindo, ele é ótimo!

— Você é meio suspeito pra falar desse Gerard – Shaun sorriu e Frank revirou os olhos. — Mas depois não esquece de falar quanto foi, vamos dividir o valor entre todos.

— Claro, claro. Mas é sério, ele é bom. Vou pedir pra ver mais alguns desenhos dele hoje à noite.

— Você vai pedir pra ver mais do que isso, eu te conheço.

— Cala a boca, infeliz! — Frank abaixou o tom de voz ao perceber que falara alto demais, e se inclinou para o amigo. — Ele perdeu a mulher, eu não sou tão insensível assim. Além do mais, eu já falei sobre aquela conversa com o tal amigo da Lindsey, o Jimmy.

— E também falou que ele provavelmente percebeu seu interesse, e olha só, ele tá te chamando pra casa dele de novo – Shaun riu quando Frank abriu a boca mas não soube argumentar. — Frank, relaxa. Sei que você não vai fazer nada que ele não queira, mas não seja lerdo também. Deus sabe que você tá precisando namorar alguém, sua seca já tá te deixando insuportável.

Frank mostrou a língua rapidamente e voltou o olhar para frente. É, ele estava sozinho há um bom tempo, e sim, ele estava um pouco mais irritadiço pela falta de carinho, mas não era nada tão terrível... ele achava que não. Segundo Shaun, porém, ele era outra pessoa naquela segunda-feira, muito mais leve. Ele tinha de admitir que aquele deve ter sido o primeiro dia que ele não reclamara da faculdade em mais de um ano. E durante o resto da semana, ele ficou irritante novamente, mas dessa vez somente pela expectativa da ligação de Gerard, e Shaun parecia achar isso mais aceitável do que a alternativa.

Por outro lado, Shaun não deu a devida atenção ao dilema da mentira de Frank. Por ele, poderiam continuar eternamente sem que Gerard jamais descobrisse que o acidente fora causado por Frank. Não era uma ideia ruim, mas assim Frank sempre ficaria com medo, sempre teria algo a esconder. Não é algo que ele gostaria de ter com um possível namorado... “mas quem disse que vocês vão namorar?”. Frank ficava bravo com os próprios pensamentos, mas ele se moviam sozinhos de qualquer forma.

Ele chegou na casa de Gerard o mais rápido que pôde, e dessa vez até os vizinhos mais próximos o observaram por trás das cortinas. Obviamente a notícia da morte da mulher da casa 14 já havia se espalhado, e a curiosidade sobre quem era o novo amigo do viúvo era compreensível. Ainda mais se eles soubessem do tal Bert com quem Gerard traíra Lindsey... Frank hesitou com o pensamento. Não queria que pensassem nada errado de Gerard; ele com certeza não merecia mais isso agora. Mas quando o mesmo o chamou para entrar, não parecia nem reconhecer a existência das pessoas na rua.

Na verdade, quase não parecia ser a mesma pessoa. Quase.

A casa estava um pouco mais bagunçada, mas nada do tipo “tudo foi largado”. Gerard se dera ao trabalho de retirar o lixo e não deixar comida fora da geladeira. Mas em compensação, seus papéis e lápis e até ocasional tinta estavam espalhados por todo lugar. Canetinhas de cor no sofá, um esboço de algum animal na mesinha de café – com café ao lado -, e quando Frank chegou à cozinha, duas lapiseiras e três caixinhas de grafite com mais um esboço estavam sobre a bancada. Aparentemente, desenhar estava sendo a terapia de Gerard enquanto Frank não estava por perto.

Sem muita demora, Gerard o mostrou a capa para o álbum do Pencey Prep. Frank o analisou criticamente, sabendo que precisaria da aprovação da banda inteira, mas por ele, já estava decidido. O desenho não teve o toque sobrenatural, o que decepcionou Frank à princípio, mas tinha alguma coisa que o atraiu. Era um homenzinho, praticamente um duende, careca, com uma roupa azul e um coração partido na parte esquerda do peito. Sua expressão era triste mas também meio... idiota. Ou talvez fossem as orelhas que davam essa impressão. De qualquer forma, Frank gostou. Era cru e direto e era exatamente o que ele precisava.

— Eu adorei! — ele falou depois da rápida análise. — Vou mostrar pro Shaun e pros outros amanhã, mas eu sei que eles vão gostar também. Obrigado de novo!

Frank o abraçou de lado, estando ambos no sofá, e Gerard retribuiu rapidamente, um sorriso pequeno mas constante nos lábios.

— Sem problemas. Como você deve ter notado, estou desenhando bastante ultimamente – ele deu de ombros de leve, como se pedisse desculpas.

— Eu acho isso ótimo. Então, quanto você quer?

Gerard deu de ombros de novo.

— Não precisa pagar nada, na verdade...

— Nem começa. Mesmo se eu aceitasse, eles não iriam aceitar. “E se a gente ficar famoso e rico e ele decidir nos processar?” — Frank imitou a voz de Shaun, e mesmo que Gerard não soubesse quem era, ele achou graça do mesmo jeito – Sério, eles não vão deixar. Pode dar um preço.

— Ok, ok. Vocês podem me ajudar com as despesas desse mês. Que tal?

Frank ponderou por alguns segundos e assentiu.

— Tá bom, mas não tente gastar menos por nossa causa.

— Se você diz... vou deixar todas as luzes acesas por uma semana direto.

Frank riu rapidamente e revirou os olhos. O clima estava bom... até que o assunto acabou e, claro, o silêncio foi estranho. Frank não queria ir embora, mas não havia realmente o que mais ser dito ali. Gerard, porém, foi quem decidiu quebrar o gelo.

— Você poderia fazer mais uma coisa como pagamento, também.

— Claro, o quê?

— Vir aqui mais vezes.

Gerard deu um sorriso de lado, meio tímido e meio confiante – se é que existia tal coisa – e Frank também sorriu.

— Acho que eu iria fazer isso mesmo se você não pedisse.

— Imaginei, mas achei melhor garantir.

— Porque você gostou de mim – Frank repetiu a frase que eles haviam trocado antes do funeral de Lindsey, esperando que Gerard lembrasse. Ele lembrou.

— E você gostou de mim.

O silêncio e a troca de olhares foram novamente estranhos, mas de um jeito bom.

Gerard se lembrou de mostrar um dos desenhos que havia feito naquela semana, e daí eles passaram as próximas horas conversando sobre a arte dos dois; Gerard mostrara mais de seus trabalhos, dessa vez participando bem mais ativamente na discussão sobre eles, e colocara o CD de Frank para servir como trilha sonora. A casa ganhou vida e Frank percebeu; com certeza ela estava muito silenciosa durante aquela semana, só o barulho das canetas e lápis de Gerard ecoando nas paredes. Agora havia música, conversa e risada. Foi compreensível que Gerard tenha ficado triste quando Frank falou que precisava ir.

— Mas eu tive uma ideia! — o mais novo disse quando estava pegando sua mochila na sala. — Amanhã a noite nós vamos nos apresentar em um bar perto da faculdade. Você pode ser nosso convidado de honra... err, exceto que o bar provavelmente não vai deixar você ficar lá se não comprar alguma coisa.

— Ótima ideia, e eu posso aproveitar uma cerveja numa sexta a noite.

— Então até amanhã.

Frank foi embora mais animado do que chegara. Mal pensou em Lindsey, e parecia que Gerard também não, ou ao menos não mostrara.

A ideia de fazê-lo sorrir o tempo todo não parecia mais tão impossível.

E a tradução daquela fic tá aqui: http://mcrmybr.wordpress.com/2013/05/31/o-redentor/
AH sim, eu também fiz um Ask. Principalmente para vocês sugerirem fic em inglês pra eu traduzir no blog, mas podem fazer perguntas também. Só maneirem nelas, ok -q http://ask.fm/NancyBoyKilljoy
Até o próximo!
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Mensagem por breezy Seg Jun 03, 2013 6:01 pm

Oooomg que magico esse capitulo <333
Msjanalsiakdlmqks quero só ver a hora em que esses dois vão começar a se pegar -q
Aaaaaah o Frank não vai contar nunca pelo jeito ne. To quase morrendo aqui mano.
E omg essa fic que vc traduziu é extremamente perfeita e tipo... Aquele final foi taaao :33
Queeee vc criou um ask? Jaisnqkxjqjdo boa sorte
Cara, cria um twitter que é melhor.... Serio ^^
Ah eu ate sugeria umas fics lá pra vc traduzir, mas elas não são do MCR nem nenhuma banda do tipo, então não rola te sugerir nada...
Enfim, tchaaaaau
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Mensagem por Nymeria Black Sex Jun 07, 2013 3:07 pm

Uma coisa: o Gerard pode ter se inspirado no Frank para criar o homenzinho/duende da capa do CD...
A parte "Because the bathroom walls..." de Boy Division fará sentido nesse show... Ou não.

Até o próximo!

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Mensagem por Nancy Boy Sáb Jun 08, 2013 7:33 pm

Capítulo 9

breezy: Porque afinal eles VÃO começar a se pegar logo -q Frank tem que ser o lerdo em alguma fic, né. E eu também adoro aquela fic, que bom que gostou também <3 Ahnn, por que? Ask é tão ruim assim? xD Eu não pretendo criar Twitter tão cedo... Ah, obrigado mesmo assim .-.
Nymeria: Não é difícil, né? xD Haha, quem sabe... enfim, hora de descobrir!

Gerard apareceu no bar onde o Pencey Prep tocaria vinte minutos mais cedo. Frank já havia mostrado a capa para todos e, como previra, eles gostaram também. Foi um alívio imenso, na verdade, já que nenhum deles tinha muito senso artístico visual, e sem uma gravadora para arranjar uma capa para eles, seria difícil começar qualquer propaganda com um pedaço de plástico qualquer.

Gerard já tinha ido ao local uma ou duas vezes antes, e olhou ao redor enquanto andava, vendo o que mudara e o que continuara igual, até que Frank o avistou e o chamou para uma sala pequena e escondida onde a banda se preparava.

— Pessoal, esse é Gerard Way – ele o apresentou, sorridente.

— Ah, você é o artista do Frank! — John disse casualmente, sem perceber ou se importar com o rubor que subiu pelo rosto do amigo. — Cara, valeu pelo o que você fez. Estamos te devendo uma.

— Hey, vocês já vão pagar minhas contas, não precisa agradecer mais do que isso. Além de tocar hoje, claro.

Eles conversaram só mais um pouco antes de Gerard ter de sair e, pouco depois, a banda subir ao minúsculo palco. Frank estava mais nervoso do que o comum com a presença de Gerard ali, mas não tanto ao ponto de errar qualquer letra. Eles alternaram algumas músicas originais com covers, para que a plateia não os vaiassem – haviam descoberto que isso acontecia da maneira difícil.

Quando cantou “Attention Reader”, Frank fez o que pôde para não olhar para Gerard, mesmo que isso fosse suspeito. Não podia se lembrar dos seus próprios olhos em chamas naquele momento, ou ferraria com a apresentação. Ele adorava aquela música, mas ela nunca o pareceu tão longa.

Quando terminaram, receberam os aplausos medianos usuais, mas Frank já estaria feliz só com um par de mãos. Shaun não parava de rir dele.

— Então, gostou? — Frank perguntou assim que terminara de ajudar a tirar os instrumentos do palco e se juntara a Gerard em uma das mesas mais próximas.

— Muito, você realmente se empolga ali em cima.

— É esse o propósito, né?

— Com certeza.

Eles passaram mais algumas horas lá, os amigos de Frank logo se unindo à conversa enquanto a segunda banda da noite tocava. Aparentemente, todos gostaram de Gerard, e felizmente ninguém se lembrou de perguntar como ele e Frank se conheceram. Só Shaun sabia da história completa; Frank tivera medo de contar aos outros e eles serem tão delicados sobre o assunto como bigornas. Especialmente John. Só havia dito que tinha feito amizade com esse tal artista num fim de semana, e todos provavelmente haviam suposto que havia sido em alguma das noites não-tão-solitárias que Frank tirava para si mesmo.

Se bem que, isso poderia significar um outro tipo de indelicadeza... mas Frank só pensou nisso tarde demais.

— Acho que é melhor eu ir embora – Gerard avisou, sem saber que horas eram mas sentindo a madrugada pelo próprio cansaço, e o excesso de álcool no próprio sorriso.

— É, acho que sim – Tim disse, lento e bem mais bêbado. — Você vai levar o Frankie, não vai? Que merda, ele é o mais sóbrio, quem vai dirigir pra gente?

— Ahn, eu vou? — Gerard perguntou ainda sorrindo, olhando para Frank com o canto do olho.

— Não vai? — John se intrometeu, piscando duas vezes. — Que porra de namorado você é se não levar ele pra sua casa depois de uma noite de sexta-feira num ba-AI!

— Ele não é meu namorado e vocês sabem disso – Frank sibilou, tendo obviamente chutado John por debaixo da mesa e não se preocupado em esconder isso.

— Desculpa, desculpa. Mas vocês vão embora juntos ou não?

Frank e Gerard se entreolharam.

— Isso é resposta o bastante pra mim – Shaun anunciou, levantando-se. — Com licença, eu vou arrumar alguém pra levar o resto da banda pra casa.

Shaun cambaleou até outra mesa, onde duas garotas que haviam dado risadinhas para eles a noite inteira estavam. Gerard e Frank também sairam, rindo da cara de pau do outro e rindo mais ainda quando ouviram as duas garotas admitirem que estavam interessadas justamente em Gerard e Frank.

Frank estava com mais álcool do que devia no sangue, mas sua situação era mesmo melhor do que a de Gerard. Ele sempre bebia pouco porque sabia que sempre seria o motorista da vez, mas dessa vez se controlara mais do que o normal. Talvez ele tivesse ficado um pouco paranoico depois do que acontecera, mas não queria arriscar causar mais nenhuma morte.

Gerard se mostrou ser bem falante quando estava alcoolizado, e só durante o caminho até a casa dele foi que Frank lembrou daquele remédio que o ajudava na abstinência daquela mesma substância. Quis se estapear por um momento, mas depois percebeu que não havia encontrado nenhuma garrafa ou lata na casa de Gerard quando estava lá. Se Gerard só bebera hoje, isso dificilmente poderia ser classificado como alcoolismo. Mas então para que... bem, não adiantava fazer perguntas agora.

Apesar de tudo, Gerard estava razoavelmente consciente. Quase conseguia andar em linha reta, até; o “quase” fazendo com que Frank tenha tido que segurá-lo para não bater na porta quando entraram, ambos rindo disso depois.

Depois de alguns comentários aleatórios sobre os amigos de Frank, os dois caídos no sofá sem nenhuma vontade de se mexer, eles pareceram notar ao mesmo tempo que só havia um motivo plausível para Frank estar ali agora.

— Seria muito estranho eu te pedir pra dormir comigo de novo, não seria? — Gerard perguntou, com a voz e o olhar baixos.

— Já foi estranho da primeira vez.

Gerard sorriu de leve, mas não se moveu. Frank não disse nada. Achou que sabia o que Gerard pensava, a luta que provavelmente se instalara em sua mente, e não quis atrapalhar; apesar de estar torcendo muito para um dos lados.

Ele viu o vencedor nos olhos de Gerard quando este voltou a observá-lo. Ele se levantou, puxando Frank para fora do sofá também. Sem trocar uma palavra, encaminharam-se para o quarto, onde Gerard abriu a janela e deixou que somente a luz da lua iluminasse a cama.

Estava tarde demais para que alguém passasse em frente, e mesmo que não estivesse, nenhum deles teria lembrado desse detalhe. Gerard se sentou, afastando as cobertas para Frank e cobrindo ambos em seguida. Eles se deitaram, frente à frente. Frank começou a ficar nervoso.

— Se você não quiser...

— Shh.

Gerard fechou os olhos. Sua respiração se alterou ligeiramente, e a de Frank também assim que ele sentiu os dedos de Gerard em seu braço. Nunca havia feito aquilo tão dolorosamente devagar; e também, nunca tinha sido tão difícil. Ele não achava que algum dia se sentiria tão orgulhoso pelo simples fato de alguém tê-lo escolhido, mas naquela situação, isso era algo enorme para Gerard. E fazia tão pouco tempo que se conheciam!

Mas também estava sendo difícil para Frank. Ele também não tirava Lindsey da cabeça, e o fato de que Gerard com certeza não estaria ali, na mesma cama que ele, se soubesse a verdade. Ou estaria?

Talvez com uma faca escondida, Frank pensou amargamente, mas sua mente se calou quando Gerard se inclinou para frente e apertou seu braço com mais força.

Seus lábios se tocaram devagar, hesitantes, mas era o último passo que Gerard precisava dar. Frank o abraçou de volta, e o beijo se aprofundou imediatamente. Não demorou muito para que as roupas começassem a ficar incômodas.

Nenhum estava mais rápido ou mais desesperado. Despiram-se na mesma velocidade, relativamente calmos mas ainda assim fervorosos. Frank suspirava a cada vez que paravam de se beijar e Gerard se transferia para seu pescoço, só percebendo agora o quanto ele queria aquilo. Não tinha se permitido pensar muito sobre esse momento, principalmente porque achava que jamais o teria, mas agora sabia que a ideia havia estado em seu subconsciente praticamente desde o primeiro dia.

Quando estavam livres dos tecidos, Frank tentou puxar Gerard para cima dele, mas o mais velho não permitiu. Abaixou-se e grudou as testas, de olhos fechados.

— Não – ele sussurrou, a voz grave, e depois de dois segundos Frank entendeu.

Eles se viraram, Frank por cima, e Gerard pareceu mais aliviado. Ser o ativo o faria lembrar demais de Lindsey, com quem ele obviamente sempre foi o ativo. Frank o beijou lentamente, sentindo suas pernas o envolverem e deixando que suas ereções se esfregassem. Gerard, diferente de Frank, ainda não estava completamente duro, mas estava chegando lá.

Frank lubrificou alguns dedos com a própria saliva e começou a preparar Gerard, devagar. Achou estranho e ao mesmo tempo compreensível que Gerard só tenha ficado totalmente ereto então, quando o desconforto inicial o distraiu de seus próprios pensamentos. Isso também devia ser um bom motivo para ele querer ser o passivo. Frank nunca tinha percebido em como a dor poderia ser útil.

Depois que já havia inserido o terceiro dedo e dado tempo para Gerard se acostumar, Frank olhou para ele com os lábios apertados. Gerard entendeu e murmurou algo como “última gaveta”. Frank se levantou e foi até o guarda-roupa, voltando rapidamente com uma camisinha, colocando-a e a lubrificando com saliva em seguida. Ele se ajeitou no lugar de novo, antes de segurar o próprio membro e o forçar o mais gentilmente possível contra a entrada do outro. Apoiava-se nas mãos de Gerard, apertando-as enquanto ia mais para frente, até chegar no ponto em que escorregou para dentro de uma vez e Gerard soltou um grito abafado. Frank se perguntou há quanto tempo Gerard não fazia aquilo. Talvez o tal do Bert tenha sido o único homem, e talvez ele nem tenha feito daquele jeito. O pensamento de que Frank podia estar tirando-lhe a virgindade conseguiu fazê-lo ir ainda mais devagar, contra a vontade de seu membro, mas Gerard pareceu agradecido.

Finalmente, Frank viu que Gerard estava confortável o bastante para se afundar no resto do caminho, e ao fazer isso, ele atingiu o ponto mais sensível dentro do mais velho. Gerard se contraiu com o prazer súbito e gemeu, os olhos se abrindo e pedindo mais logo que encontraram Frank. O movimento começou, aumentando lentamente, e Gerard logo passou a se masturbar. Em alguns minutos, Frank estava descendo para beijá-lo, as estocadas mais rápidas e bruscas, e os gemidos mais altos do que deveriam estar àquela hora.

Frank gozou primeiro, afundando o rosto no pescoço de Gerard mas curvando as costas para que Gerard pudesse continuar a se tocar. Frank se impeliu para frente mais duas vezes, para atingir aquele mesmo ponto dentro de Gerard de novo, o que o ajudou a chegar ao clímax e se derramar entre as duas barrigas.

Frank se afastou, ofegante, e retirou a camisinha, colocando-a ao lado da cama. Riu um pouco ao ver que Gerard não se importara em ser tão cuidadoso e usava a ponta de uma das cobertas para limpar o próprio sêmen dele, e logo em seguida, de Frank.

Eles desabaram na cama, e se olharam depois de alguns segundos.

— Isso foi ótimo – Frank falou, acariciando a bochecha de Gerard suavemente.

— Foi. – Gerard respondeu, com um sorriso claramente verdadeiro. — Foi mais do que ótimo, Frank.

Ambos entenderam isso como a maior declaração que teriam por enquanto, e se deixaram cair no sono sem pensamentos culpados, o que nenhum dos dois imaginou que seria possível acontecer.



---



Frank acordou antes de Gerard. Achou que isso era algum tipo de milagre, até olhar para o relógio ao lado do guarda-roupa e ver que já era quase meio-dia. Era seu horário de sábado habitual, mas ele só precisara se levantar realmente porque estava apertado. Imaginou que Gerard também acordaria em breve, mas sabia que ele tinha ido ao banheiro durante a noite. Achou que não seria má ideia fazer café da manhã para os dois de novo, e foi até a cozinha ainda sem nenhuma roupa, o que teria ocasionado uma péssima situação se houvesse o que ele precisava nos armários. Mas pelo jeito Gerard não tinha passado no mercado ultimamente, e Frank não estava mais a fim de se atormentar com a fome.

Deixou um recado apressado para Gerard na cama e se vestiu, esperando voltar antes que ele acordasse. Acabou não sendo tão rápido quanto ele esperava, por culpa da fila no mercado, mas ele não levara vinte minutos.

Ao voltar para a casa, porém, a sacola com o pão e o recheio que serviria para um bom sanduíche caíram ao chão com um baque.

Frank não soube o que pensar ao ver Gerard o olhando do sofá, a expressão igual àquela de quando ele o viu pela primeira vez, a mão com uma lâmina de barbear suja e os braços brancos cobertos de vermelho.


Agora que a porra ficou séria *-* hehe. Ah, eu vou avisar conforme tiver mais fics traduzidas no blog, ok?
E gente, Frank falou que gosta muito de Placebo, me deixem ter um momento fanboy aqui <3 <3
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Mensagem por Nymeria Black Sáb Jun 08, 2013 11:37 pm

" tão delicados sobre o assunto como bigornas." --> Bigornas são delicadas, mas são incrivelmente pesadas e, quando caem na cabeça de alguém, matam instantaneamente e... e em algumas histórias/séries as pessoas que trabalham nelas são incrivelmente UOU! (Vide o Gendry de Game of Thrones)
Voltando para a história...
Os caras da Pencey Prep são uns amores! Super delicados em relação aos coleguinhas de banda que estão com convidados.
Gerard + Frank --> *cof cof cof* HALLELUJAH! HALLELUJAH! *apesar de que ainda é o capítulo 9*
Senhor Nancy Boy, depois de um momento tão cute, por que elevar a situação em um grau tão sério? Tudo bem que ele é um "viúvo fresco/recente", mas... o Frank vai ajudar o Gee! Smile

Ok, Frank gosta de Placebo? \o/\o/\o/\o/  
Até o próximo!


Última edição por Nymeria Black em Qua Jun 12, 2013 3:05 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por breezy Dom Jun 09, 2013 1:53 pm

O QUEEE? CARALHO PRA QUE FAZER ISSO COM O COITADO ~chora~ pobre Gerard -q
Mas eu em, os dois se conheceram faz pouco tempo, viraram amiguinhos felizes E DO NADA ELES TRANSAM E SMBCMAOXJXIJAKXAJMXIS
E sim, ask é uma droga >.< vai criar um twitter logo criatura u.u
Mas serio, não sei o que dizer sobre esse final, ele parecia estar finalmente se recuperando mas ai isso acontece ~chora mais ainda~
COMO VC PODE? COMO VC PODE FAZER UMA COISA DESSAS? ~taca pedra~ SEU MALDITO ~ pega pelos cabelos, joga num lago e afoga~
Não quero nem saber o q ele vai fazer quando souber da verdade que o pequeno ser esconde... Prevejo morte -q
Enfim, tchaaaau
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Mensagem por Leonardo Qua Jun 12, 2013 1:40 pm

Caralho que tenso! Muito tenso. Tudo bem que eu deveria esperar por isso! Afinal, é uma fic. tensa, mas não! Dei uma de romântico e já tava até comemorando aqui! Gee deve estar arrependido pelo o que fez.
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Mensagem por Nancy Boy Seg Jun 17, 2013 10:11 pm

Capítulo 10


Nymeria: Ahn, eu atingi um ponto fraco falando de bigornas? xD Eu estou no fim do primeiro livro de GoT, então ainda não o conheço, mas procurei no Google e realmente *-* São amigos legais, haha. E ahh, já tava fofo demais, chega né? -q E siiiim, ele gosta de Placebo \o/

breezy: UAHSUAHSU Hey, eles foram mais devagar do que muita gente e.e Ah cara, até agora Ask tá legal, meio estranha mas legal -q E PRA QUE TANTA VIOLÊNCIA? Se você me afogar não dá pra continuar a fic u_u Enfim, não queira saber mesmo -q

Leonardo: Né... xD Ah, mas é mais legal quando se está esperando outra coisa. Se bem que você já sabe de certas coisas *-*

O forumeiros mudou o jeito de postar, se estiver estranho desculpa, ainda tenho que descobrir como mexer com a interface nova >_>

 — Gee... — a voz de Frank mal saiu, e durantes os primeiros segundos ele ficou completamente desnorteado.
Então ele correu.
— Gerard! O que você fez?!
Gerard se encolheu, como se estivesse com medo de Frank. O mais jovem parou, confuso.
— Por que você fez isso?
Ele já devia ter pensado em um bom motivo, sua mente lhe dizia isso, mas ele não deixava que a ideia viesse até a superfície. Ele não queria acreditar que a noite anterior tinha sido dolorosa o bastante para Gerard fazer isso. Não.
— Por que não? — Gerard respondeu.
Dessa vez ele parecia mesmo outra pessoa. A voz era baixa e falha, um tom desolador parecido e ainda assim diferente do de quando ele descobriu sobre Lindsey. Ele não chorava, também. Ele preferira deixar a dor sair pelas veias.
— Eu... eu preciso ligar pra um méd-
— Não – a voz fraca impediu Frank. — Eu não cortei os pulsos, não vou morrer. Eu só queria a dor.
Frank inspirou fundo, sentindo o peito se apertar enquanto isso. Aproximou-se e se ajoelhou ao lado do sofá.
— Por quê? Você não disse que era mais forte? Não disse que era o que Lindsey queria de você?
— Lindsey – ele repetiu o nome, sem olhar para Frank. — Lindsey.
Gerard franziu o cenho, como se não entendesse algo. De repente, ele levantou a mão com a lâmina, tentando trazê-la de volta para a pele ensanguentada. Frank arrancou o objeto dele imediatamente. Gerard o observou com a testa ainda mais vincada, mas não disse nada.
Frank jogou a lâmina sobre a mesinha ao lado, sentindo vontade de chorar ao olhar para o sangue. Não eram muitos cortes, agora que ele olhava direito, mas os que estavam lá foram abertos bruscamente. Aquilo podia infeccionar.
— Você tem que ir pro hospital mesmo assim, Gerard...
— Não. Eles vão perguntar coisas. Vão me prender lá. Eu odeio hospitais, Frank.
Frank estremeceu de leve ao ouvir seu nome sendo pronunciado por aquela voz. Não parecia certo. Nada no fato de ele estar lá era certo, mas... na noite anterior nada parecia errado.
— Então... então me deixa lavar esse sangue antes que seque...
Gerard não fez nada, nem olhou para ele. Frank pensou em chamar uma ambulância do mesmo jeito, mas mudou de ideia e puxou Gerard para cima, carregando-o de lado até o banheiro.
Ele começou a despir Gerard enquanto a banheira enchia. De novo, não estava certo. Ele não teria ido para cama com esse Gerard, e tinha certeza de que não fora o álcool que levara tudo a acontecer. Frank conhecia os próprios sentimentos e sabia reconhecer a pessoa por quem estava se apaixonando.
E não era essa.
Frank deitou Gerard na banheira, vendo-o fazer uma careta quando a água atingiu os cortes. Deixou que ele se acostumasse com a temperatura, e então passou a esfregar sua pele o mais gentilmente que podia. Gerard tremia com o toque de vez em quando, mas não se movia, nem o olhava.
Quando o sangue já estava todo flutuando na água, Frank o puxou e pegou uma toalha para secá-lo. Um corte ainda sangrava, mas fora isso, todos estavam somente muito vermelhos e a pele ao redor deles inchada. Eram todos superficiais, um hospital realmente não adiantaria nada. Ainda havia a chance de uma infecção, mas Frank iria mantê-los limpos e ficar de olho.
Quando terminou de secar e vestir Gerard de novo, levou-o para a sala e puxou a poltrona ao lado, para ficar de frente para ele.
Frank pensou em silêncio sobre o significado daquilo durante todo o banho, e por mais que achasse que falar seus pensamentos poderia soar estúpido, ele precisava de uma confirmação ou uma negação. Que Deus quisesse que fosse uma negação... mas isso também não seria bom, de certa forma.
Frank lembrou-se dos pedaços estranhos de conversa que ouvira ou das quais participara no outro fim de semana, e soube que sua dedução não era ilógica. Só era ruim.
— Gerard – ele chamou, mesmo sabendo que ele não olharia para cima. — Você é o Gerard, certo?
Os olhos do outro trocaram de foco, mas não subiram.
— Quem é você?
Gerard olhou para ele.
— Meu nome é Gerard.
— Certo – Frank prosseguiu cuidadosamente. — Mas você não é o mesmo...
Gerard piscou e franziu o cenho, parecendo confuso. Frank ficou quieto por alguns segundos, até pensar em algo e se levantar rapidamente.
Frank voltou com os desenhos de Gerard na mão. Sentou-se novamente e mostrou o primeiro da pilha para ele.
— Você se lembra de ter desenhado isso?
Gerard negou com a cabeça, ainda confuso. Frank puxou outro papel, trazendo a imagem do homem com a carta cobrindo o rosto que ele vira quase uma semana atrás.
— E esse?
Outra negação.
Frank procurou um desenho específico e soltou o ar quando o achou, colocando-o sobre os outros. Era aquele dos rostos em uma só cabeça; aquele meio esquizofrênico.
— Esse eu lembro – Gerard falou imediatamente, e Frank não soube se devia sentir alívio ou não. — Eu lembro.
— Lembra por que desenhou isso?
— Não... eu só... eu estava me sentindo estranho.
— Estranho como?
— Como... — Gerard pareceu lutar para achar as palavras; aparentemente ele não tinha o costume de falar tanto. — Como estar perdido.
Frank já tinha certeza agora. Dupla personalidade. Haviam dicas em todo lugar, mas como ele poderia ter pensado nisso antes?
Frank se levantou mais uma vez para procurar algo. Antes, porém, voltou-se para Gerard.
— Você sabe quem é Jimmy?
Gerard fitou o chão.
— Eu não gosto dele. Eu odeio ele.
Frank suspirou e foi até o quarto, buscando o celular de Gerard. Achou lá o número de Jimmy e ligou para ele, mordendo as unhas enquanto via Gerard da cozinha – preferiu usar o telefone da casa para fazer a ligação.
— Hey.
— Jimmy? Aqui é o Frank. Nós nos conhecemos no funeral da Lindsey...
— Eu lembro de você. O que você tá fazendo aí?
— Eu... eu dormi aqui.
Frank mordeu o lábio, praticamente sentindo o julgamento de Jimmy pela linha no silêncio que se seguiu.
— Bem. – o outro prosseguiu. — A não ser que vocês estejam planejando me convidar para a festa, não entendi porque você está me ligando.
— É que o Gerard... ele... ele tem dupla personalidade, não tem?
Jimmy levou mais alguns segundos demorados para responder.
— Como ele tá?
— Ele se cortou enquanto eu ia no mercado...
— Ah, que bom... – Jimmy parecia aliviado. O que obviamente não agradou Frank.
— Que bom? Ele podia ter se matado! Ele...
— Não, não podia porque Gerard toma remédios para controlar a depressão desse imbecil. Mas se ele chegou a se cortar de novo... — Jimmy suspirou. — Gerard deve ter esquecido dos remédios. Provavelmente por ficar pensando em você, se eu conheço ele.
Frank não tinha espaço na mente para ficar envergonhado, apesar de achar que ficaria mais tarde.
— Escuta, estou indo aí. Não vai ser difícil manter Jared parado até eu chegar...
— Jared?
— Ué. Ele precisava de um nome mais emo do que Gerard, e Jared soa quase igual. Fala aí, eu sou um gênio.
Frank não soube o que responder, e nem precisava, já que Jimmy desligou.
Ele não teve certeza se Gerard — err, Jared – o ouvira ou não, mas achou melhor não perguntar. Somente se sentou ao lado dele e ficou esperando Jimmy aparecer, já com mil questões na ponta da língua.

E aliás, como estão indo os protestos na sua cidade?

Ah, outra coisa, hora da propaganda. Minha prima tinha feito um vídeo pra The Dove Keeper há um tempo, gostou de fazer e tals e fez outro, só que esse é só Frerard sem fic, então dá pra vocês assistirem -q Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Z9sl64z4JoI (Velvet Goldmine <3 <3)

MAS TAMBÉM, acabei achando outros vídeos Frerard e tem um que É MUITO FODA OK, então assistam também que não irão se arrepender: https://www.youtube.com/watch?v=ozwPAvA6m7g

Até o próximo, então!
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Mensagem por Leonardo Qua Jun 19, 2013 11:26 am

Que medo do Gee desse jeito! Se eu fosse o Frank eu sairia correndo uahsuahsua Até porque eu acho que é bem mais fácil pra uma pessoa matar alguém do que se matar. MAs, ainda bem que o Frank é um lindo e tem um bom coração. Esse Jimmy tá muito chato pro meu gosto, mas creio que nesse caso todas as ajudas são bem vindas, só acho que o Frank deva esconder o que rolou entre ele e o Gee.
Ah, em São Paulo a coisa tá foda! Tu deve saber, né? o/
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Mensagem por breezy Sex Jun 21, 2013 10:23 am

Ai tadinho do Gerard, e o Frank todo confuso e preocupado Sad
Ah mdksmlamkxa não vou te afogar mas vou ficar muito mais violenta depois da minha crise no hospital
Eu vou no protesto hj YAAAAAY
Masmasmasmas primeiro ele se corta e agora issooo??
e.e tchau :3
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Mensagem por Nancy Boy Qui Jun 27, 2013 8:14 pm

Capítulo 11


Leonardo: Eu também acho, em boa parte dos casos xD Frank é louco, tem que lembrar disso, haha. Ter bom bom coração e ser louco pode muito bem ser a mesma coisa. E eu não acho que o Jimmy vai cair se ele tentar xD É, sei, apesar de não ter ido em nenhuma manifestação por enquanto >.<

breezy: Né... xD Violenta também é ruim, calma aê -qq E como foi o protesto? o/

Algum fã de FOB aí? e.e Estou começando a viciar. e.e



— Então – Jimmy falou assim que Frank abriu a porta. — Cadê o pobrezinho?

Frank mal teve tempo para computar a aparência do outro. Estava bem menos sóbrio do que havia estado no funeral – agora usava uma regata preta com uma gravata rosa por cima, e calças também pretas cortadas na altura da panturrilha, além de um par de tênis surrado. Frank se afastou para deixá-lo entrar, e já estava começando a se arrepender de tê-lo chamado quando viu Ge- Jared tremer ao som de sua voz.

— Ahh, aí está ele! — Jimmy se aproximou, sentando-se imediatamente ao lado de Jared. — Se cortou de novo, foi? O que eu te disse sobre isso, amor?

— Jimmy... - Frank tentou começar.

— Eu disse – o homem o ignorou e continuou a falar com Jared, os olhos faiscando. — que esse não é seu corpo e você não tem porra de direito nenhum sobre ele.

Jared estremeceu de leve, sem olhar para cima, e Jimmy segurou seu queixo para forçá-lo a isso.

— Quantas vezes preciso te dizer?

Jimmy.

Ele olhou para trás e pareceu perceber que Frank estava a ponto de arrancá-lo dali, porque se afastou e deixou Jared se encolher no sofá.

— Não precisa ser tão duro com ele – Frank disse, cruzando os braços e sentindo a raiva se misturar com a insegurança dentro dele; afinal, Jimmy conhecia Gerard há mais tempo e devia saber o que estava fazendo.

Jimmy virou-se completamente e cruzou as pernas.

— Frank, seu nome é Frank, né? Pois bem, querido. Depois de ver uma segunda personalidade quase matar um de seus amigos e você não conseguir fazer nada sem que machucasse o corpo dele, aí você pode me dizer se estou sendo duro demais ou não.

Frank engoliu em seco e assentiu. Tentou não mostrar que se sentia intimidado, mas acabou por desistir; com Jared no cômodo, Jimmy já tinha um inimigo melhor do que ele, de qualquer jeito.

— Ok, então vamos tirar esse bunda-mole daqui – Jimmy anunciou, levantando-se e indo direto para a cozinha, enquanto ainda falava. — Você não trocou os remédios de lugar, né? Ou já está se mudando pra cá?

— Não...

— Ah, achei – Jimmy prosseguiu sem deixar que Frank respondesse, e voltou para a sala. — Jared, abra a boca a diga “aaaa”.

Jared ficou imóvel. Jimmy se sentou do lado dele e bufou.

— Eu vou enfiar isso pela sua garganta e você sabe.

Jared estremeceu de novo e obedeceu. Jimmy colocou dois comprimidos na boca dele, de uma vez, mas cada um de caixas diferentes. Jared engoliu com dor, já que Jimmy não o deu água. Frank abriu a boca para reclamar, mas fechou novamente e se acalmou.

— O que você deu pra ele?

— Um dos antidepressivos e um calmante. Quero que ele durma.

— Por quê?

— Porque assim o Gerard volta.

Frank assentiu mais uma vez, passando as mãos pelos braços, desconfortável. Decidiu ir até Jared e ajudá-lo a ir para o quarto.

Jared se encolheu de volta no sofá.

— Hey, eu não vou te machucar.

Jimmy rolou os olhos, mas não atrapalhou. Na verdade, pareceu interessado no modo como Frank estava tratando o estranho.

— Vem, vou te colocar na cama, ok? — Frank sorriu e Jared pareceu, lentamente, confiar nele. Deixou-se levantar e ser guiado para o quarto.

Frank saiu do quarto devagar, encostando a porta mas não fechando-a, e não antes de ver se não havia mais objetos cortantes por perto. Levou o estojo de canetas e lápis de Gerard para sala.

— Muito bem – Jimmy aprovou. — Você até que é mais esperto do que eu esperei.

Frank franziu o cenho e virou o rosto, irritado, controlando a língua para não falar nada. Jimmy riu baixinho.

— Mas tão teimoso quanto Gerard supôs que fosse.

Isso atraiu a atenção de Frank de volta.

— Ele falou de mim?

— Aham. Como amigo, claro. Como se só estivesse comentando. Eu devia ter percebido...

Jimmy bufou de novo, mas com um pequeno sorriso no canto dos lábios que deixou Frank mais sossegado. Mas só até ele se lembrar do quanto ainda precisava saber sobre aquilo tudo.

— Que porra é essa, afinal?

Jimmy riu mais alto agora.

— Direto. Ok, você está ganhando pontos comigo. E essa é uma ótima pergunta, colega. Ah, vamos lá fora? Preciso fumar.

Frank concordou, apesar de odiar conversar com alguém enquanto a pessoa fumava. Pararam na porta da frente, e duas crianças que passavam na rua apontaram e andaram mais rápido ao ver Jimmy. Frank de repente entendeu porque ninguém se surpreendeu ao vê-lo por lá, na primeira vez.

— Tudo bem – Jimmy disse, depois da primeira tragada e de guardar o maço e isqueiro que trouxera de volta no bolso da calça. — O que você quer saber?

— Tudo!

— Por quê?

— Como assim? Porque... porque...

Frank perdeu a concentração. Realmente, por quê? Ele não precisava daquilo. Não precisava continuar ali, podia ter ido embora assim que Jimmy chegou e nem precisaria se sentir culpado. Afinal, Gerard omitiu algo bem importante, um problema desse tamanho. Se bem que Frank não era a melhor pessoa para acusá-lo...

Mas não era só isso. Frank nem havia pensado em fugir antes. Mesmo quando entendera o que estava acontecendo, mesmo quando Jimmy confirmou, ele só pensou em como resolver aquilo para ter Gerard de volta. Ele queria Gerard de volta. Parecia injusto demais que só tivesse tido uma noite – isso é, uma noite da forma como queria – com ele, para depois perder todo o possível futuro tão abruptamente. Então não, ele não pensou em desistir, não estava com a mínima vontade de desistir... ainda.

— Porque eu não tive a chance de realmente conhecer o dono daquele corpo, e eu quero conhecer. Eu vou.

Jimmy soprou fumaça na cara dele por um momento, sorrindo mais um pouco, antes de tornar a ficar sério.

— Eu não vou te contar tudo porque isso é trabalho dele. Ele quer você, então ele que lide com você. Mas posso te adiantar algumas coisas.

Frank aguardou, tão ansioso que quase não se importava com o cheiro do cigarro e o incômodo que ele trazia aos olhos.

— Primeiro, Jared não é o único.

— Quê?!

— É, bonitinho, não vai ser tão fácil quanto você estava pensando. De novo, você vai falar com ele sobre isso, não vou te dar detalhes sobre os outros. Só saiba que existem outros.

Frank não soube o que responder sem denunciar o medo que o atacou, então ficou quieto.

— Isso começou quando Gerard era criança – Jimmy continuou. — Efeito de trauma. Às vezes, quando uma mente infantil não consegue lidar com algo muito intenso, ela cria outras identidades como um tipo de escudo. Em outras palavras, se você não aguenta, alguém dentro de você vai ter que aguentar.

— O que aconteceu com ele?

— Ele não lembra. Esse é o principal motivo para que a coisa toda aconteça, né? Superar o trauma. E a amnésia funcionou muito bem nele, nessa e em outras vezes. Ele não se lembra de vários eventos na própria vida, mas outras pessoas podem dar detalhes e ajudar a formar uma imagem geral. Quando um dos outros toma conta, ele não consegue se lembrar de praticamente nada.

— E qual é o tratamento disso?

Jimmy suspirou e Frank franziu o cenho, perguntando-se se tinha como ficar pior.

— O principal tratamento é terapia, mas cada caso precisa de uma abordagem diferente. Tentaram integração, mas Gerard não aguentou com todos. Os outros são fortes demais, tentar juntá-los todos em um só é o mesmo que pedir para explodir. Uma boa parte funcionou, mas alguns sobraram. Depois tentaram hipnoterapia, e isso ajudou um pouco, mas não o bastante. Depois tentaram terapia comportamental, que se resume a não responder a nenhum dos outros absolutamente. Só que isso acabou sendo... perigoso. Alguns deles não gostam nem um pouco de serem ignorados.

Frank arregalou os olhos de leve. Não esperava que uma das personalidades de Gerard fosse perigosa, mas se eram muito diferentes dele, até que fazia sentido.

— Aí começaram com cooperação. Foi quando todos ficaram finalmente conscientes uns dos outros, ou o mais próximo possível disso. Jared é bem lerdo, como você deve ter notado, então ele vivia esquecendo a situação e acabamos desistindo de tentar. Os outros entenderam um pouco melhor, mas... enfim, a cooperação foi o que funcionou melhor. Arte terapia também, apesar de que Gerard já estava fazendo isso sem nem saber, desenhando sem parar.

Jimmy deu um tempo para fumar e para Frank absover tudo, mas não durou muito.

— Lindsey acabou fazendo amizade com todos. Ela fez terapia familiar, ensinaram como lidar com cada um deles, blablabla. Eu estou surpreso que não tenham aparecido antes... acho que ainda não sabem o que aconteceu. Porque nenhum deles vai ficar feliz com a morte da única pessoa que sabia o que fazer.

— Eu posso aprender o que fazer – Frank disse, rápido demais, sem pensar que Jimmy poderia não gostar daquilo.

— Pode, mas vai demorar. Eles eram casados há mais de dez anos.

— Dez...

Frank perdeu a voz. Não tinha perguntando sobre isso até agora para Gerard, mas não parecia o melhor a se falar na situação em que estavam, de qualquer jeito. Sabia que ele tinha 36 anos pelas conversas no bar, na noite anterior, mas não muito mais do que isso. Meu Deus, ele pensou, eu não sei nada sobre ele.

Frank era louco. Mas, ele percebeu logo, nisso ao menos ele sabia que combinavam.

— E já namoravam antes – Jimmy prosseguiu. — Eles se conheceram na adolescência e ela foi a única pessoa que quis continuar por perto depois de saber de tudo. Os pais dela odiaram no começo, não queriam alguém tão problemático para a filha, mas acabaram se acostumando e se preocupando com Gerard também.

— E os pais dele?

— O pai cuidou dele até morrer, há uns sete anos. A mãe, não sei o que houve com ela. Nem Gerard nem o pai falam dela, e quando Lindsey apareceu ela já não estava mais com eles.

Frank assentiu e se recostou no batente, olhando para a rua.

— Então ele continua com o tratamento de cooperação?

— Não. Ele chegou ao máximo que era possível, não tem mais como ir pra frente. Passou dois anos insistindo e nada mudou, então ele e Lindsey preferiram continuar o tratamento em casa. Já eram especialistas nisso, de certa forma, depois de tanta repetição no consultório. E também, o dinheiro estava começando a diminuir. Não acho que eles estivessem fazendo sessões nem nada, só tentando manter Gerard no próprio corpo o máximo possível. O tratamento todo até que ajudou, na verdade. Antes, os outros apareciam do nada. Tipo, do nada mesmo. Era só piscar e lá estava um novo Gerard. Agora, ele de certa forma conseguiu deixar a mente forte o bastante para impedir essas trocas súbitas, mas quando ele está dormindo não tem jeito. É aleatório, se um dos outros decidir acordar enquanto ele estiver dormindo, não há muito o que fazer.

— Mas você colocou Jared para dormir agora.

— Sim, e eu espero que seja Gerard quem acorde. Pode ser qualquer um dos outros, pode ser Jared de novo.

— Aleatório mesmo.

— É.

Jimmy jogou fora a bituca do cigarro e olhou para Frank.

— Mais detalhes, consiga com ele.

Frank balançou a cabeça, concordando, e entrou de novo. Estava com a cabeça à mil, imaginando como “os outros” seriam, o que ele deveria esperar, porquê ele ainda estava ali. Jimmy o distraiu um pouco ao pedir que ele fizesse o café da manhã – que já era café da tarde — que ele planejara fazer antes. Comeram juntos, Jimmy falando sem parar sobre os assuntos mais diversos e geralmente sem conexão alguma um com o outro. Falou sobre Lindsey, sobre música – eles também tinham uma banda!... que agora estava acabada, obviamente — sobre mágicos e sobre sorvete. Frank agradeceu internamente por não ter tempo para pensar em muitas coisas.

Depois de algum tempo, provavelmente algumas horas, quando estavam assistindo TV, a porta do quarto se abriu. Os dois olharam para cima, ansiosos, e viram Gerard sair – ou pelo menos, seu corpo.

Gerard olhou de Frank para Jimmy, e então levantou os braços. Viu as marcas dos cortes e gemeu de frustração.

— Jared de novo?

Jimmy sorriu e Frank suspirou aliviado.

— É, e você esqueceu de tomar o remédio dele, não foi?

Gerard encolheu os ombros, como que pedindo desculpas. Então se virou para Frank.

— Frank... eu...

Frank gesticulou para ele ficar quieto.

— Você precisa comer, depois conversamos. Jimmy, quer me ajudar na cozinha?

— Não – Jimmy pulou do sofá e se espreguiçou. — Só estava esperando pra ver se seria Gerard mesmo, mas já vou indo. Boa sorte, vocês dois, vão precisar.

Ele falou já indo para a porta, e Gerard o acompanhou, perguntando porque ele estava ali.

— Seu namorado me ligou.

Frank os deixou conversando e foi procurar o que precisava para fazer uma janta, já que outro café estava fora de questão agora. Conseguia ouvir os dois falando.

— … qual foi a reação dele? — Gerard perguntava, baixo, mas não o bastante.

— Não dá pra dizer ainda, Gee, ele só conheceu um. Mas... — ele abaixou mais o tom, e Frank não teve certeza do que ouviu a seguir. — Acho que você fez uma boa escolha.

Frank sorriu, imaginando que era uma grande coisa para Jimmy dizer isso, supondo que fora isso o que ele disse. Ouviu a porta da frente se fechar e se concentrou na comida, subitamente temendo como a próxima conversa iria se desenrolar.

Atéeee o próximo!
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Mensagem por breezy Qui Jun 27, 2013 10:12 pm

O QUEEE? MAS COMO ASSIM TEM OUTROS? COMO "ELES" SÃO? VC TA QUERENDO ME MATAR NE SÓ PODE
Achei fofa essa outra versão do Gerard (?)
u.u O Jimmy não esta taaaaao chato assim.... Podia ser pior e.e
o/ o protesto foi foda pra caralho (mesmo no meio de uma tempestade)
Não sou fã de FOB.... Ouvi poucas musicas deles, mas tipo, o primeiro video q eu vi tinha tortura e omg <333 ~amo tortura apenas~
Mas ouça Yashin (new year or new york), incubus, three days grace, two door cinema club e You me at six (bite my tongue) o/
Porra, eu to com medo de como são as outras personalidades q existem dentro dele O.o
Okay. Tchaaaaau
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Mensagem por Leonardo Sex Jun 28, 2013 3:53 pm

Outros?! Meu que medo que eu fiquei agora. Se tem um suicida, vai que tem um psicopata estuprador ou algo assim. O Frank é muito santo, pra ficar entrar numa dessas, tudo bem que ele matou a Lindsey e quer se redimir, então acho ele tem mesmo a obrigação de fazer essas coisas.
Nem preciso dizer que estou mega curioso pra conhecer os "outros".
bjos
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Mensagem por Nymeria Black Sáb Jul 06, 2013 3:41 pm

Ok, mais de um? Isso vai ser interessante!
Frank, o destruidor de bandas e casais! Razz
O Jimmy é completamente direto! (Ele vai aparecer novamente? Diz que sim! XD)
Até o próximo!
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Mensagem por Nancy Boy Ter Jul 09, 2013 10:25 pm

Capítulo 12

breezy: UAHSUAHS Tem que ter mais u_u E sim, Jimmy podia ser bem pior, acredite -q E YAY então você viu um dos vídeos recentes, The Phoenix provavelmente. O que vem depois dele, Young Volcanoes, tem além de tortura, canibalismo e drogas e você devia assistir -q Desses que você falou tenho muita curiosidade com Incubus, vou ouvi-los qualquer hora. E sim, tenha medo -qq
Leonardo: Então né -q Talvez -q O Frank pode ter a obrigação moral, mas pode ser demais pra ele apesar disso... <3
Nymeria: Yep! haha, espero que seja. E tadinho, se ele pensar nisso vai ter um colapso xD Eu gostei do Jimmy, então vou dar um jeito de enfiá-lo mais vezes, hah.

Ok, queriam conhecer mais sobre os outros... seu pedido é uma ordem o/

Gerard foi até a cozinha e ajudou Frank na preparação da comida, com um rápido e pequeno sorriso, nada mais. Não falaram até que o jantar – que se resumia à frango, purê de batatas pronto, salada e molho — estivesse pronto. Então foram para a mesa e começaram a comer.

Frank estava contando mentalmente os segundos restantes para que ele iniciasse a conversa. Decidiu que se Gerard não tomasse a iniciativa em dois minutos, ele o faria.

Não fez, mas Gerard finalmente falou no minuto seguinte.

— Então... você conheceu um deles...

Frank engoliu e suspirou de leve.

— É, acho que sim.

Mais silêncio por alguns momentos.

— Olha – Gerard exclamou, colocando os talheres sobre o prato. — Você tem todo o direito de ir embora. Você não sabia disso ontem a noite, eu não vou ficar chateado e nem vou te culpar. Vou entender perfeitamente...

— Shhh — Frank sorriu de lado, ainda comendo e olhando para baixo. — Não vou dizer que a situação não me assusta, mas se eu fosse fugir de tudo que é assustador, hoje eu não teria uma banda, não teria me assumido bissexual, não teria nem mesmo uma tatuagem.

Gerard ficou em silêncio, a expressão pensativa.

— Você gosta do que é assustador, então?

— Não, eu gosto do que me faz feliz. Por acaso, são coisas difíceis. Fazer o quê?

Gerard sorriu de volta para ele, e Frank soube que a primeira parte da conversa – insegurança – estava vencida. Isso é, até que ela voltasse.

— Ok. Se você realmente quer isso... acho que você deveria saber um pouco sobre os outros. Jimmy não te contou, né?

Frank engoliu em seco, bebendo um gole d'água em seguida para tentar disfarçar, mesmo que soubesse que não adiantava. Essa era a parte que ele temia.

— Não, não falou nada sobre eles.

— Certo — Gerard respirou fundo antes de prosseguir. — Jared você já conheceu. Ele é relativamente inofensivo. Geralmente passa o tempo todo em um mesmo lugar, conversando pouco e tendo de ser forçado a se alimentar e cuidar da higiene. Só é um problema mesmo quando ele consegue ficar por dias seguidos. A realidade contínua é demais pra ele, entende? Ele começa a realmente se recusar a comer, e não pode ficar sozinho de jeito nenhum, senão... bem, acho que você imagina o que ele faria. Ele é... tristeza pura. Ele gosta de ficar adormecido dentro de mim pelo maior tempo possível, porque acordado ele sente tudo com força demais, e não aguenta.

Frank já deixara o resto da comida de lado. Ouvia com atenção, como se estivesse anotando tudo mentalmente. Uma parte de si sabia que ele queria ser tão bom quanto Lindsey fora, e essa mesma parte sabia que isso era orgulho, mas ele dizia a si mesmo que só estava interessado.

Assentiu e esperou que Gerard continuasse.

— Aí temos Gabe. Demos esse nome porque ele me lembra um amigo que eu tive há alguns anos, Gabe Saporta. Ele é... liberal, acho que se pode dizer.

Frank levantou as sobrancelhas e Gerard riu rapidamente.

— É, exatamente isso. Ele é perigoso, mesmo que não entenda isso. Já acordei em banheiros de bares ou em calçadas mesmo, com uma ressaca desgraçada e o corpo dolorido em lugares onde não deveria estar, por causa dele. Tentamos educá-lo, mas ele é um moleque. É por causa dele que eu - quer dizer, meu corpo - é alcoólatra.

— Ah... — Frank sussurrou, mas sua mente o estava levando a um território mais perigoso. — Então ele... ele se protege quando...?

Mesmo que tivessem usado proteção na noite anterior, aquilo era muito relevante.

— Acho que na maioria das vezes, não – Gerard admitiu, apertando os lábios. — Mas estou limpo. Agora. Eu já... já tive que passar por alguns tratamentos, mas está tudo certo agora. Posso te mostrar meu último exame se você-

— Não, não, eu acredito em você — Frank acreditava, mas mais ainda, não queria magoar Gerard fazendo-o se sentir pior ainda por não ter controle do próprio corpo. — Foi com Gabe que aconteceu aquilo com o... Bert?

— Bert, é... sim, foi com Gabe — Gerard desviou o olhar e suspirou. — Bert é um cara legal, sabe. Foi o único que realmente gostou de Gabe. Eu acordei na casa dele, não na rua, ou em um motel barato. E ele iria me tratar bem se eu não tivesse pulado da cama desesperado atrás das minhas roupas.

Gerard sorriu e Frank também, apesar de ainda com a testa meio franzida.

— Ele não acreditou no começo, quando eu contei que eu não era a mesma pessoa. Achou que eu estava brincando ou que eu ainda estivesse bêbado, sei lá, mas não o culpo. Ele só riu e me puxou e quis dividir um cigarro comigo. Eu tento não fumar, mas Gabe usa de tudo, então meu pulmão já estava preparado. Minha cabeça estava doendo e eu ainda estava com sono, então eu quase... quase me deixei ir. Mas aí lembrei da Lindsey.

Gerard parou por um momento.

— Por isso Jimmy não gosta dele? — Frank perguntou.

— É. Porque eu gostei dele, de verdade, podíamos ser amigos. Ele parecia ser divertido e ficou realmente desapontado quando acreditou em mim. Acho que ele já havia estado com Gabe antes, pela forma com que ele sorria e ficava à vontade... não deve ser muito legal descobrir que alguém de quem você gosta não existe de verdade.

Frank abaixou o olhar. Ele estava se considerando louco, mas pelo menos ele estava se apaixonando pelo verdadeiro Gerard. Podia ser pior. Bem pior.

— De qualquer jeito... — Gerard limpou a garganta rapidamente. — Gabe quando aparece quer sexo e drogas e festas, e é meio difícil de controlar. Ele não cai mais tão facilmente no truque dos soníferos que Jimmy deu pro Jared hoje, então o jeito é ir levando até que ele fique exausto. É muito raro que ele fique por mais de um dia. Muito conveniente que ele fique com toda a diversão, mas quem fique com a ressaca seja eu, né?

Frank riu, mesmo sabendo que isso devia ser um saco.

— Então esse é o Gabe – Gerard concluiu, fazendo uma pausa antes de seguir para o próximo. — E agora, Gabriella.

Frank engasgou no ar.

— Gabri... ella?

— É, é, eu sei. Dá todo um novo significado para “liberte a mulher que há em você!”

Frank estava chocado demais para rir, então só ficou olhando para Gerard, esperando explicações.

— Ela não é tão mal, na verdade. Entendeu rápido a situação quando começamos a cooperação e já havia até escolhido o próprio nome, mas ainda assim, odeia esse corpo. Odeia mesmo. Acho que ela tem sorte que eu fique bem como mulher, porque ela tenta o máximo que pode quando aparece. Ela tem sua própria parte no guarda-roupa, e pediu ajuda para Lindsey para fazer uma maquiagem convincente. Ela e Linds viraram amigas, dá pra acreditar? Eu suspeito que ela secretamente gostava quando a Gaby aparecia. A única coisa que ela não conseguia resolver era minha voz, então ela tenta não falar em público, mas fora isso, engana bem. Consegue me imaginar como ela?

Frank fechou a boca que estava meio aberta até agora e olhou Gerard de cima até... bem, até onde a mesa começava. Não tinha pensado nisso, mas talvez ele ficasse bem como mulher. Talvez ficasse muito bem...

— É a única coisa que ela insiste em fazer quando toma conta – Gerard continuou. — E eu não vejo porque impedi-la. Até porque, ela é um tanto explosiva, então acho que isso é uma vantagem. Prefiro acordar com as roupas dela do que acordar sem uma parte vital do meu corpo.

Dessa vez Frank conseguiu rir, já tendo assimilado a ideia.

— Ela vai ficar péssima quando descobrir sobre a Lindsey... — Gerard falou, baixo, para si mesmo. Então balançou a cabeça e voltou a se concentrar em Frank. — O próximo é Gus. Tentamos chamá-lo de muitas coisas, mas ele queria continuar com Gerard. Até que tentamos August e ele por algum motivo gostou só de uma parte do nome, então virou Gus. Ele tem sete anos.

Frank piscou duas vezes.

— Oh.

— É... — Gerard deu um sorriso de lado. — Ele é legal, só um tanto hiperativo. Aprendeu a obedecer a Lindsey, mas só ela, então não sei como ele vai se comportar com você. Se você brincar com ele bastante, provavelmente serão amigos. Ele gosta de video-games. Não deixe-o comer muitos doces ou eu vou virar diabético, e... bem, se você souber lidar com crianças, você saberá lidar com ele. Ele não tem nada de extraordinário, é perfeitamente um menino de sete anos que quer brincar até cansar e depois dormir como uma pedra em qualquer lugar que achar confortável. Pode ser birrento de vez em quando, mas nada que seja impossível de domar... eu espero.

Frank suspirou baixo. Além de tudo, seria babá. Mas isso não importava tanto no momento. Gerard voltou a falar.

— Só tem mais um. Eram muitos antes, mas suas personalidades eram bem mais próximas da minha, então consegui restaurá-los com a integração. Mas os que sobraram são ou muito diferentes de mim, ou muito fortes... ou os dois.

Frank assentiu, sentindo um frio na barriga de repente. Ele imaginou que o pior ficaria por último, e pelo suspense, devia ser isso mesmo. Gerard pegou fôlego.

— Geoffrey. Eu disse que Gabriella era explosiva, mas isso em um parâmetro normal, como muitas pessoas são, o que não as impede de serem boas. No caso de Geoffrey, eu também o chamaria de explosivo, mas a um nível bem mais elevado. Como eu explico... Jared é tristeza pura, certo? Pense em Geoffrey, então, como raiva pura.

Frank soltou um som de descontentamento da garganta, mas Gerard ignorou, gesticulando enquanto falava.

— Ele vai acordar parecendo pronto para matar alguém, mas não vai fazer isso sem motivo porque... bem, digamos que Jimmy tem alguns amigos que conseguiram fazer até ele ficar assustado. Então ele se controla razoavelmente, mas você tem que ser cuidadoso. Dê o que ele quiser e não o desafie. Ele não precisa de muita coisa, vai querer comida e algo para assistir na TV. Sem que ele veja, é bom esconder qualquer objeto pontiagudo, e... ah, Frank...

Gerard não podia mais ignorar o quanto Frank estava assustado. Acordar com um cara desses ao seu lado? Como Lindsey conseguia?

— Você não precisa fazer isso... — Gerard começou.

— Continue — Frank o cortou, mas com a voz fraca.

Gerard o analisou por alguns segundos, o rosto preocupado, mas decidiu continuar.

— Geoffrey não vai falar muito, mas não exatamente por burrice. Ele é burro, até certo ponto, mas não extraordinariamente, então não o trate como se fosse, isso só o irritará. Na verdade qualquer coisa o irritará, você só tem que saber lidar com a situação e fazê-lo se acalmar de novo.

Gerard olhou para baixo, e Frank percebeu como aquilo era difícil para ele. Sim, aquilo era perigoso para quem estivesse ao seu redor, mas era Gerard que tinha que lidar com o pós-destruição quando um de seus outros “eu”'s tomava conta. E saber que existe alguém como Geoffrey dentro de seu próprio corpo, de sua própria mente, era mais do que o próprio Frank achou que aguentaria.

— E-eu... eu vou aprender.

Frank não soou convincente, e Gerard notou. Ficaram em silêncio por algum tempo, que pareceu longo mas provavelmente não era.

— Quer que eu te leve pra sua casa? — o mais velho perguntou suavemente.

— Eu... acho que sim.

Gerard assentiu e se levantou, não se preocupando em tirar os pratos da mesa por enquanto. Frank o seguiu, indo até o quarto com ele para que ambos pegassem seus casacos.

O caminho até o apartamento de Frank foi silencioso, só quebrado por um ou dois comentários aleatórios e rápidas risadas. Frank olhava para fora da janela, pensando, pensando, e sabia que não pararia por um tempo. Surpreendeu-se quando chegaram, achando que ainda demoraria mais.

Virou-se para Gerard e falou o que ambos sabiam que falaria.

— Eu tenho que pensar.

Gerard deu um sorriso triste, concordando.

— Eu entendo. Não se sinta pressionado, a nada, nem a continuar como meu amigo.

— Ok. Mas eu te ligo, de qualquer jeito. Ou passo na sua casa, se você não se incomodar.

— Nunca iria – Gerard respondeu, ainda com o sorriso, mas um pouco mais galanteador dessa vez.

Ele provavelmente esperava que Frank iria só sair do carro, porque não se inclinara nem um pouco. Mas Frank achou que seria bom deixá-lo com uma pitada de onde seus pensamentos poderiam acabar levando-o. Inclinou-se ele mesmo e beijou o outro, que correspondeu surpreso. Foi mais do que um selinho e menos do que um amasso – exatamente o que estavam precisando no momento.

Frank se afastou um pouco.

— Vou pensar.

Gerard não respondeu, deixando que Frank fosse, e que sua própria mente se dividisse entre as possibilidades do que poderia acontecer.

Ah sim, eu traduzi mais uma fic lá no blog. É meio ficção científica: http://mcrmybr.wordpress.com/2013/07/08/um-conto-de-tentaculos-caixas-de-ferramentas-e-terrores/
Espero que compense a demora pra postar esse capítulo xD Até o próximo!
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Mensagem por breezy Qua Jul 10, 2013 6:05 pm

Primeiro: vai ouvir aquelas bandas agora u.u
Segundo: OMG QUE ISSO VEI SKWSKWNDOWMDKSNOD esse Gabe ai rsrsrs ta parei.
Caraaaa mskaxmkasmla tem ate uma "criança" *o*
Okay, agora me explique q porra é essa de Gabriella ksosmsknwkdnqos todos sabemos q o Gerard é meio heh~ MAS ISSO FOI TIPO UM TAPA NA CARA MSKAXMAKMDLAKDPS MORRENDO AQUI~
e.e Geoffrei.... Não gostei dele não '-' que isso, muita agressão em uma só pessoa -q
Ah, vou ler essa fic ai
Enfim, tchaaaaau :3
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Mensagem por Leonardo Qua Jul 17, 2013 10:57 am

Assustador! Não esperava que eles fossem tão diferentes do Gerard 0.0 Tem até uma criança e uma mulher, mas pelo menos eles são fáceis de lidar. O maior problema deve ser o Geoffrei e o Gabe. Estou curioso para saber como o Frank vai lidar com cada personalidade.
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Mensagem por Nancy Boy Dom Jul 21, 2013 3:27 pm

Capítulo 13


breezy: Eu demoro pra ouvir bandas, mas vou um dia, juro -q Que bom que gostou das personalidades, ou não gostou tanto, enfim. xD E hey, hey. Gerard já disse que se vestiu de mulher uma vez e eu já vi tantas fanarts dele assim que não tem mais como eu não conseguir imaginar e.e E ele fica muito bem de mulher e.e Agressividade é tudo -n
Leonardo:  Yay, que bom que não foi o que você imaginou xD Sim, eles são mesmo os maiores problemas... se bem que os outros podem ser também, de outro ponto de vista. Espero que goste de quando ele conhecer *-*

o/

Frank acordou naquele domingo e passou pelo menos dez minutos na cama, olhando para o teto, pensando no que fazer.

Não era só pela própria culpa que ele estava considerando continuar com Gerard. Ele conseguia ver um ótimo futuro para eles – quer dizer, conseguia ver um ótimo futuro que não envolvesse cinco outras pessoas no caminho. Poderia chamá-los de pessoas? Eram personalidades, mas não tinham um corpo para elas, então... será que tinham alma? Será que eram almas? Mas se fossem, como poderia a integração funcionar com alguns?

Frank decidiu que iria se concentrar na parte científica da coisa e que a primeira metade do dia seria dedicada à pesquisas. Fez um café e ligou o computador, sem se preocupar em trocar de roupa enquanto passava por páginas e páginas virtuais explicando a condição de Gerard. Às vezes as informações o assustavam, às vezes sossegavam.

Todos os estudos pareciam concordar que a maior parte dos casos se originam de um trauma na infância. Também foi mencionado que a troca de um alter – Frank gostou do nome – para outro pode ocorrer em segundos, e geralmente engatilhado por um alto nível de estresse emocional, o que explicava o primeiro encontro de Frank com Gerard; era Jared quem atendeu a porta, agora ele sabia, mas a menção ao nome de Lindsey naquela situação deixou o Gerard verdadeiro preocupado o bastante para voltar.

O tratamento era basicamente o que Jimmy havia dito, então Frank não perdeu muito tempo com isso. Ele ficou, porém, incomodado com o fato de Gerard ter abandonado a terapia. Entendia que já haviam gastado muito naquilo, e não queria achar que sabia mais do que pessoas que viveram com o problema por toda uma vida, mas achava que Gerard precisava continuar com o tratamento profissional para sempre, se fosse necessário. Uma parte de Frank também queria estar presente nessas terapias para aprender mais.

A parte mais difícil, aparentemente, e isso era comprovado com Gerard, era acessar o trauma que provocou o transtorno. Se o transtorno foi o jeito daquela mente de lidar com o problema, era óbvio que ela não queria lembrar do problema. Mas aí não havia como se chegar a uma solução. Frank se perguntou porque Gerard não tentou ir atrás de seu passado, mas então encontrou uma opinião médica que achava que isso poderia ser ainda mais perigoso. Era possível que a personalidade dominante, bem como os alters, não conseguissem lidar com o impacto, e as consequências psicológicas desse confronto poderiam ser terríveis. Frank entendeu isso, mas ao mesmo tempo pensou se Gerard não conseguiria mesmo aguentar. Ele era uma pessoa forte, e era provável que já tenha tido algumas lembranças confusas do ocorrido. Se não, ele ao menos pensou nisso, com toda a certeza. A mente humana consegue imaginar as piores coisas. Seja lá o que for que aconteceu, não pode ser pior do que o próprio Gerard já deve ter imaginado.

Ok, Frank não tinha certeza disso, mas ele ainda estava certo de que lembrar do trauma poderia ajudar.

Depois das pesquisas, ele achou por bem falar com seus amigos... na verdade, só com um. Não queria explicar a situação para os outros, ainda não. Adorava todos, mas eles não tinham cabeça para dar conselhos em uma hora dessas. Então ligou para Shaun e marcou de almoçar com ele.

Poucas horas depois, os dois se encontraram e Frank narrou tudo o que aconteceu e o que Gerard falou. Só reproduziu os fatos, deixando sua própria opinião de lado por enquanto para não influenciar na do amigo. Quando acabou, Shaun ficou pensativo por algum tempo.

— Frank, hoje é domingo.

Frank piscou, sem entender.

— Eu sei.

— E sabe também quando você conheceu esse cara?

Uma luz se acendeu sobre a cabeça de Frank quando ele entendeu aonde o outro queria chegar. Suspirou e encolheu os ombros.

— É, sei, sei.

— Fale alto.

— Pra quê?

— Fala, caralho.

— Há uma semana.

Frank sabia que falar fazia a coisa parecer mais real. Uma semana era pouco tempo, era menos do que pouco, chegava a ser idiota. Mas por que parecia que faziam meses? Era uma sensação estranha.

— Mas não esqueça de como eu o conheci – Frank disse, em um tom de aviso.

— Você não precisa fazer isso para se redimir. Você não pode deixar que essa culpa acabe te matando!

— Não é assim também, eu não vou morrer porque ele tem um problema!

— E Geof... Geo... aquele perigoso?

— Geoffrey. Ele não fez nada com Lindsey durante todos esses anos, e nem com nenhum dos amigos deles. Não pode ser tão ruim.

Shaun suspirou.

— Você está me pedindo uma aprovação ou só um conselho, Frank? Se você já souber o que fazer, não tenho porque continuar falando.

— Um conselho, mas eu não sei o que fazer. Só estou te mostrando os argumentos que aparecem na minha cabeça, Shaun. Lembra o que o Jimmy disse, sobre Lindsey? Ela foi a única que ficou com ele depois de saber. O pai dele morreu, ninguém sabe da mãe, e apesar do próprio Jimmy se importar com ele, eu sei que ele não vai abandonar a própria vida para cuidar de um amigo.

— E por que você deveria abandonar sua vida pra cuidar de um estranho? Nem amigo é ainda, pra começar.

Frank levantou os braços, pronto para gesticular durante a resposta, mas acabou desistindo e se deixando afundar na cadeira. Enfiou o rosto nas mãos e sua voz saiu abafada:

— Não sei. Não seeeei...

Eles conversaram por mais algum tempo, mas Shaun teve que ir embora (conseguira um encontro com uma das garotas do bar de sexta-feira, no fim das contas).

Frank hesitou no que fazer a seguir, mas sabia que precisava. Também já imaginava como seria, mas não tinha muita escolha. Era sua mãe.

Chegou no apartamento dela e já teve de explicar porque não contara como foi com Gerard durante a semana. Ele não quisera falar com ela antes porque ficaria meio óbvio que ele estava esperando demais pelo telefonema do artista, e ela saberia ler os sinais nele facilmente. Agora, porém, não havia porque esconder, com a conversa que planejava ter.

Depois de mostrar que havia algo sério a ser discutido, Frank e Linda se sentaram e ele explicou tudo que acontecera desde quinta, repetindo as mesmas coisas que contara para Shaun, mas com palavras um pouco mais delicadas, próprias para mães e não amigos.

Ela não o deixou terminar – assim que chegou em Geoffrey, Linda começou a balançar a cabeça e a falar tudo o que Frank sabia que falaria.

— Você não vai mais encontrar esse Gerard, não quero saber se ele tem esposa para ajudá-lo ou não, e você tinha que ter contado para ele a verdade, Frank!, mas agora já foi, agora é perigoso, então você simplesmente não volte lá, ah, mas ele sabe onde você mora... Frank, você precisa ser mais cuidadoso com essas coisas, eu já te falei mil vezes, não vá simplesmente contando sua vida para desconhecidos, não é assim que você vai achar o amor da sua vida...

— Como você sabe?

Linda fechou a boca com a interrupção. Frank a observava, mas parecendo estar mais concentrado no que ele próprio dizia.

— Como você sabe quando achou o amor da sua vida? Como você soube que era meu pai?

A expressão de Linda se contorceu rapidamente antes de suavizar. O pai de Frank havia falecido há um bom tempo, mas Linda nunca mais ficara com outra pessoa; ao menos não oficialmente. Ela era clara sobre isso: Frank – pai – havia sido o homem da sua vida e continuaria a ser. Mas agora que era questionada sobre isso, parecia difícil manter o mesmo posicionamento de antes. Ela hesitou, mas por fim, falou. Não foi bem o que Frank esperava, porém.

— Eu soube quando... quando não conseguia parar de pensar nele por meses...

— Mãe. Não foi isso o que você me contou.

Linda suspirou.

— Ok, ok! Eu soube quando fugi de casa para encontrá-lo pela primeira vez. Foi a primeira vez que fiz algo remotamente rebelde, e foi tão bom, e mesmo depois de enfrentar meus pais eu soube que tinha feito a coisa certa... mas isso não foi uma semana depois de conhecê-lo!

— Mas será que você não teria feito o mesmo se fosse uma semana depois?

Linda abriu a boca, mas fechou de novo. Ela sabia que não havia como responder aquilo. Frank sorriu, vitorioso, mas só por um momento. Então ficou sério novamente.

— Mãe, eu não sei porque quero tanto isso. Não é só a culpa, é... eu não sei, não quero abandoná-lo, entende? Ele tem que ter gostado muito de mim, para ter me aceitado depois de Lindsey assim, e eu sei que ele a amava, provavelmente ainda ama. E imaginá-lo decepcionado comigo não vai me deixar dormir... já mal consegui pegar no sono ontem, e foi mais pela perspectiva de terminar com tudo do que de enfrentar.

— Mas Frank... isso pode ser perigoso... — Linda estava suplicando, e Frank não podia culpá-la. — E não é só isso, e sua faculdade?

Frank rolou os olhos, mas Linda sabia jogar bem.

— E sua banda? Seus amigos? Você percebe no que está se metendo? Você vai ter que deixar todos em segundo plano, Gerard terá que ser sua principal preocupação o tempo todo. E eu sei que depois que você se apaixonar de verdade, você não vai deixá-lo para trás a não ser que ele queria, e não vejo motivo para ele querer. Isso pode acabar sendo para o resto da vida, Frank... por favor, pense nisso, filho.

Frank assentiu. Sim, era muita responsabilidade, nada que ele jamais imaginara ter nas costas. Mas Gerard caíra justamente na sua vida! Esse tipo de coisa não podia ser coincidência... podia?

— Eu sei. Mas ainda assim...

Linda suspirou, percebendo que não estava conseguindo chegar a lugar nenhum.

— Isso é loucura, Frank – ela falou, como se fosse uma última tentativa.

Ele não respondeu. Ficaram quietos por algum tempo, até que ele disse que era melhor ir. Prometeu que ligaria assim que decidisse o que fazer e a deixou, preocupada e sozinha, mas não havia como fazer outra coisa.

Frank voltou para seu próprio apartamento e se jogou de novo na cama, voltando a pensar sozinho. No que seria, no que não era, no que poderia ser...

Então voltou para a ideia de Gerard enfrentando o trauma. Isso havia se fixado em algum lugar de sua mente por algum motivo. Poderia ser estúpido, mas talvez... talvez...

Frank pegou o telefone e ligou para Gerard. Só precisava saber de uma coisa agora, só mais uma coisa para tomar sua decisão.

— Alô?

— Gee, o que você está disposto a fazer para se livrar disso?

Gerard ficou quieto por alguns segundos, reconhecendo Frank e tentando entender o que ele queria dizer.

— Não dá para me livrar, Frank... a terapia já chegou ao máximo que consegue comigo...

— Não falo de terapia. Quero dizer, você estaria disposto a enfrentar o que causou isso?

Gerard finalmente entendeu, e a alteração de sua respiração foi prova disso.

— Os médicos disseram que isso era perigoso... — ele falava como se estivesse recitando algo, mas Frank percebeu que ele próprio questionava isso. — Lindsey nunca quis que eu tentasse descobrir, e nem meu pai.

— E você? O que você quer?

Gerard ficou em silêncio por mais tempo. Frank esperou.

— Eu... é a única coisa que não tentamos.

— Isso não responde a minha pergunta, Gee.

— … eu... talvez não seja tão ruim assim tentar. Pelo menos não se eu não estiver sozinho...

Frank sorriu para si mesmo. Fechou os olhos e deixou-se cair no travesseiro, já que havia sentado.

— Você não vai estar sozinho – respondeu, e quase pôde sentir o sorriso de Gerard.

Ele desligou e sentiu-se como se tivesse achado a luz no fim do túnel. Aquilo podia ser resolvido, não era algo que tomaria sua vida inteira. Eles poderiam ter um relacionamento normal depois que estivesse tudo acertado.

Bem, não seria exatamente simples. Gerard poderia não aguentar, e seria culpa de Frank... mas ele não queria pensar em mais culpa. Queria só aproveitar o sentimento de que estava fazendo a coisa certa. Mesmo que fosse uma loucura.

Ele sorriu de novo ao lembrar de uma frase de algum filósofo que havia lido há muito tempo; “Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre alguma razão na loucura.”

O próximo não vai demorar mais de dez dias, juro e.e E aí depois vocês saberão quem será o primeiro alter que Frank irá conhecer.
xoxo!
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Mensagem por breezy Qua Jul 24, 2013 6:53 pm

Aff vai ouvir logo essas bandas heuheueheue
Ah eu li aquela fic q vc traduziu. Ela é tipo, mt mt mt perfeita *-* MAS ODIEI O FINAL DKSMLDMWKDMWKD vai ter continuação? Pq aff ela é tão nha, mas o final é tão <\3
Não gosto de finais assim, mas pelo menos o Gerard não vai mais estar sozinho naquela porra hue
Pqp to curiosa pra saber qual o trauma do coitado.... Serio isso ta me matando omg kdkskdkwndl e ele finalmente vai se encontrar com outra "alma" ndoandkando ~medo~
Okay okay, não demore hueheuehu tchaaaau
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Mensagem por Nancy Boy Sex Jul 26, 2013 7:42 pm

Capítulo 14


breezy: Vou um dia, cara, um dia -q Ahaha, que bom que gostou, mas não, é só oneshot mesmo ;-; Eu também tenho uma relação de amor/ódio com esses finais -q E o trauma dele vai demorar, senta e relaxe com os alters por enquanto, UASHUASHAU

Não demorei mais de dez dias! Mas em compensação o capítulo é curto -q

Frank visitou Gerard todas as noites que não tinham ensaio naquela semana. Ou talvez fosse melhor dizer que visitou a faculdade; a partir do segundo dia, quando Gerard disse que ele devia ficar, Frank passou a dormir lá. O porteiro do conjunto habitacional já o deixava entrar direto.

Eles conversaram mais abertamente sobre os alters, Frank absorvendo tudo o que podia para se sair bem quando um deles aparecesse. Enquanto isso, ele queria aproveitar a companhia do Gerard verdadeiro por algum tempo antes que começassem a ir atrás da causa. Gerard estava claramente apreensivo com isso, e Frank achou que seria melhor deixá-lo digerir a ideia. Além do mais, conhecer os alters provavelmente seria útil nessa missão. E o próprio Frank também tinha sua cota de ansiedade.

Eles tentaram manter o clima leve depois das conversas iniciais. Frank às vezes tentava escrever alguma música, ou mesmo só um poema, enquanto Gerard desenhava, ou eles assistiam televisão só para rir dos apresentadores. Certa noite, quando Gerard ligou o video-game, Frank voltou a sentir a animação que tinha aos quinze e passou quase a madrugada inteira jogando, o que não foi nem um pouco vantajoso no dia seguinte. O sexo se tornou quase diário, como muito provavelmente aconteceria em qualquer começo de relacionamento, mesmo que não tivessem um problema do qual tentavam se distrair.

Shaun somente balançou a cabeça e não fez nenhum comentário quando Frank disse o que havia decidido, e Linda lhe deu um sermão de meia hora por telefone. Mas, no fim, ele sabia que ganharia.

— Quando você vai trazê-lo pra me conhecer, então? — ela perguntou, meio irritada e meio ansiosa.

— Podemos ir jantar aí amanhã?

— Claro. É bom que ele seja maravilhoso, ouviu?

Frank sorriu, sabendo bem que sua mãe iria amá-lo.

Gerard riu quando ele o perguntou sobre o jantar, e Frank se sentiu muito jovem. Conhecer os pais parecia um protocolo tão adolescente. Não combinava com um homem que já não tinha mais pais e que estava casado há tanto tempo. Mas Gerard não pareceu incomodado; na verdade, Frank achou que a situação o fazia se sentir mais jovem, também. Apesar da diferença na idade biológica, ambos realmente pareciam estar próximos na idade mental.

Linda havia preparado uma mesa muito bonita, com frango, batatas, pão, salada e molho. Gerard a cumprimentou educadamente e pouco depois de começarem a comer, os três já estavam conversando e rindo, completamente à vontade. Linda parecia ter se esquecido de todas as preocupações.

Mas não esquecera, claro.

— Então, Gerard... você era casado, certo?

Frank suspirou discretamente e fitou a mãe, mesmo sabendo que não adiantaria. Já avisara Gerard que perguntas viriam. Sabia que era inevitável.

— Sim, fui. Por dez anos, quase onze. Casei com Lindsey pouco antes de fazer 26.

Frank sorriu um pouco, olhando para a própria comida. Gerard dera um jeito de falar sua idade, tirando essa pergunta da lista de Linda. Ele sabia que sua mãe tinha notado e que gostara disso.

— Caramba, isso é bastante tempo. Sinto muito pela sua perda, de verdade...

Gerard assentiu, desviando o olhar. Ainda era recente demais. Linda perdeu um pouco o tato, porém.

— Não consigo acreditar em como aconteceu, um acidente tão banal, e ainda assim... — ela parou e olhou para o filho. Frank a encarava de volta com um claro “não” no olhar, mas ela ainda assim continuou: — Imagino que Frank tenha contado tudo sobre como foi.

Gerard assentiu novamente, e Frank resistiu ao impulso de chutar sua mãe por baixo da mesa só porque Gerard notaria. Ela o lançou um olhar repreensivo, mas não disse mais nada sobre o assunto. Gerard não pareceu perceber nada.

— Então você é realmente comprometido – ela disse.

— Sim. Eu amo poucas pessoas, mas quando começo a amá-las, é pra valer, sabe? Sei lá, talvez seja coisa de artista. Não fazemos nada pequeno.

— Percebe-se – ela comentou, olhando para Frank de novo, mas dessa vez com uma expressão mais acolhedora.

Daí, a conversa foi para outros assuntos, começando pela arte de Gerard e indo parar em uma história de Frank quando ele tinha quatro anos que ninguém precisava saber. Riram e falaram muito, e quando perceberam, já era tarde e o jantar já havia muito terminado. Linda se despediu dos dois alegremente, sussurrando para Frank que queria falar com ele no dia seguinte, mas Frank sabia que isso seria somente um discurso de mãe. Ela falaria tudo de novo, que ele tinha que pensar no que estava fazendo e blablabla, mas no fim, diria que o Gerard “até que é um cara legal...”

Eles voltaram para a casa do desenhista e, depois de alguns comentários rápidos sobre Linda e o jantar, voaram para cama, mais uma vez se despindo e esquecendo de todo o resto enquanto se sentiam dentro um do outro.

Frank acordou na manhã seguinte com alguém cutucando seu ombro. Já era sábado de novo, então ele esperava dormir até pelo menos meio-dia. Assim que abriu os olhos, soube que era cedo demais. Mas olhou para o lado e viu Gerard o encarando de perto, sem nenhum vestígio de sono, os olhos bem abertos e a cabeça um pouco inclinada para o lado.

— Quem é você? — ele perguntou em uma voz que soou estranhamente infantil. — Cadê a Linds? E por que você tá pelado?

Já sabem quem é? xD
o/
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Mensagem por Leonardo Seg Jul 29, 2013 8:45 pm

Putz, não faço ideia de quem seja! >.<'
Mas pelo menos tudo ocorreu bem no jantar, e a mãe do Frank pareceu gostar mais do Gee, mas mesmo assim, mesmo fazendo o papel de chata, ele só quer o bem do filho. Acho que vai ser difícil ela aceitar totalmente esse relacionamento. Smile
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Mensagem por Nancy Boy Sex Ago 02, 2013 9:31 pm

Capítulo 15


Leonardo: Sério? xD Vai descobrir agora o/ Sim, Linda é legal, só tá sendo mãe, haha. Não dá pra culpá-la, realmente xD

Frank piscou algumas vezes. Então o entendimento veio de uma vez, e ele se afastou um pouco na cama, puxando o cobertor até o peito, sem perceber que isso era estúpido agora e ligeiramente cômico.

— Quem é você? — Frank perguntou dessa vez.

— Meu nome é Gus! — Gerard sorriu, um sorriso que era dele mas não era ao mesmo tempo.

Frank suspirou. Devia ter adivinhado.

— Cadê a Linds? Quero jogar, ela prometeu!

Frank fechou os olhos por um momento, antes de decidir o que fazer.

— Espera aí. Vou colocar uma roupa. Gus, né? Eu sou Frank. Você... devia colocar uma roupa também.

Gus olhou para baixo, vendo uma de suas pernas descobertas, e corou de leve, ainda que estivesse de cueca. Procurou pelas roupas, mas não parou de falar.

— Você e eu... quer dizer, Gerard, vocês dois...

— Err... — Frank enfiava a cabeça pela camiseta rapidamente, e tentava pensar em formas de mudar o assunto mais rápido ainda. — Você disse que quer jogar? Qual jogo você mais gosta?

Deus abençoe a distração das crianças.

— Meu favorito é o dos Transformers, e Sonic também, e Need for Speed!

— Hey, era pra escolher só um.

— Ummmmm.... Sonic. Não, Transformers. Não...

Frank riu, terminando de se vestir, e virou para ver Gus já em pé.

— Tudo bem, não precisa escolher só um. Eu vou fazer café para gente e aí podemos jogar, que tal?

Gus assentiu, mas Frank não se livrou da pior pergunta tão fácil.

— Onde tá a Linds?

— Ela... ela foi viajar. Vai demorar pra voltar. Por hoje vai ser só eu e você.

Frank não o olhou enquanto falava. Havia decidido com Gerard que seria melhor não contar a verdade, e ir deixando Gus se acostumar com a falta de Lindsey toda vez que aparecesse.

— Ok... — ele falou, soando já um pouco triste.

Gus saiu do quarto e foi para a sala, imediatamente ligando a TV. Frank foi pegar café e fazer algo para o menino-homem, ainda se sentindo cansado. Pudera; não eram nem sete e meia da manhã ainda. Ele se esquecera dessa mania insistente de crianças de acordarem cedo. Ao ouvir a risada de Gus vindo da sala, porém, ficou feliz por isso. Pelo menos durante a manhã, ele teria desenhos e jogos para distraí-lo.

Eles comeram no sofá e Frank assistiu os desenhos animados junto com Gus, rindo tanto quanto ele ou mais. Frank acabava rindo até nas cenas que deveriam ser de suspense, ou puramente ação. Era engraçado ver o entusiasmo de Gus com algo que agora parecia tão bobo e muitas vezes idiota para Frank. Mas o fez voltar a ser criança também, e ele percebeu que o dia não seria tão ruim.

Depois da televisão, Frank pegou o PlayStation 3 de Gerard e dessa vez, realmente ficou tão animado quanto Gus. Jogaram todos os jogos favoritos do garoto, por mais tempo do que deveriam, mas Frank só pensou nisso depois. Ainda não sabia como ser pai, então estava sendo mais como irmão. Pelo menos até o almoço, quando Gus deixou o controle de lado e reclamou de estar com fome.

Frank foi se aventurar na cozinha de novo, mas saiu ao ouvir a porta da frente sendo aberta. Andou rapidamente até lá e viu Gus correndo para o jardim.

— Gus! Onde você tá indo?!

— Brincar!

Frank parou e percebeu que ele conseguira uma bola, sabe-se lá de onde. Ainda havia uma parte do quarto de Gerard que ele não havia explorado, e pela primeira vez pensou que deveriam ter alguns brinquedos por lá. Gus virou as costas e começou a chutar a bola, correndo atrás delas logo em seguida. Frank riu, pensando no quanto iria zoar Gerard por isso, mas também ficou preocupado.

— Ok, mas longe da rua!

Gus assentiu, sem olhar para ele, o que só o deixou mais preocupado, mas ele tinha deixado a comida no fogo, então teve de voltar para cozinha, e depois para a porta da frente novamente para ter certeza de que Gus estava bem...

Ele decidiu que agradeceria sua mãe pela paciência que teve assim que a visse de novo. Isso era rídiculo, ele mal tinha tempo para pensar! Depois do almoço, Gus quis continuar a brincar, mas dessa vez com cartas – distribuindo as cartas pela casa e pelo jardim e depois mandando Frank encontrá-las. Ótimo, e quem lavaria a louça? Mas ele ficaria chateado, então Frank achou todas as cartas e as devolveu, indo finalmente lavar os pratos, só para ter Gus o chamando de novo em dois minutos para brincar com o carrinho dele.

Frank brincou com o carrinho. Depois com a bola. Depois de esconde-esconde, depois de pega-pega (na rua não!), depois de “vamos deixar o Frankie descansar, ok?” e depois voltou para o video-game. Gus quis um pacote de bolacha que vira na cozinha e Frank só lembrou de não deixá-lo comer muito doce depois que o pacote já estava no fim. Na verdade, Frank não lembrou de quase nada o dia todo, além de que Gerard o havia avisado que Gus era meio hiperativo.

No fim da tarde, Frank viu que teriam que ir ao mercado para comprar alguma coisa para o jantar. Assim que avisou Gus, ele deu-lhe a mão e começou a caminhar para a porta. Frank sorriu, sabendo que pareceriam um casal, o que não era exatamente errado. Mas ainda dava uma sensação estranha, pois a pessoa com quem ele passara o dia era claramente uma criança, e Frank não queria que os outros os vissem como um casal. Era mais para pai e filho, ou irmãos, como Frank pensara antes. Mas só ele conseguia ver a criança; os outros veriam um homem de 36 anos, um pouco velho para ser filho de Frank.

Chegando no mercado, porém, a situação ficou transparente, ainda que ninguém entendesse. Gus andava na frente de Frank, olhando e pedindo uma coisa a cada três que via. No começo Frank foi adicionando à cesta, mas logo lembrou que não teria dinheiro para tudo. Gus reclamava, mas acabava indo para o próximo produto de interesse toda vez que Frank lhe negava algo. Ele não se preocupava em falar baixo, também, o que fez Frank ficar com vergonha ao mesmo tempo em que achava aquilo divertido. Era muito estranho ver um homem daquele tamanho agindo assim. Especialmente quando estavam indo para os caixas, e Frank lhe negou um pacote de bolinhas de chocolate que ele particularmente quis ter acima de tudo. Gus fechou a cara e seguiu Frank sem falar mais nada até chegarem no carro. Frank, então, bagunçou os cabelos dele com uma mão – aproveitando que, sentados, a diferença de altura não ficava tão visível – e Gus logo voltou ao normal.

Frank fez a comida enquanto Gus se voltava para a televisão, e depois continuaram no sofá, esperando as horas passarem. Frank se esqueceu dos pratos dessa vez, assistindo um episódio de uma série qualquer que Gus não devia realmente estar vendo, mas novamente, ele não se lembrou disso. Só quando o episódio acabou é que Frank percebeu que Gus estava muito silencioso. Ele estava deitado, de forma desconforável, no braço do sofá, dormindo suavemente. Assim, parecia mesmo uma criança. Com isso em mente, Frank prontamente o pegou no colo (apesar de ele ser muito mais pesado do que Frank estava esperando) e o levou para o quarto. Gus apertou os braços ao redor de seu pescoço, sem olhar para nada, e se remexeu na cama quando Frank o cobriu. Então entreabriu os olhos.

— Você vai voltar? — perguntou, a voz sonolenta.

— Vou. Muitas vezes.

Gus sorriu e fechou os olhos.

— Boa noite, Gus.

— Boa noite, Frankie.

Frank fechou a porta com cuidado, e ficou acordado por mais algum tempo. Agora que tudo estava calmo, tinha tempo para pensar... só não sabia no quê.

Ele não esperara gostar muito de Gus. Ao menos não tanto quanto estava gostando. Era mesmo como um irmãozinho... ou talvez um filho dele com Gerard, o que seria impossível, mas Gus parecia com uma junção plausível dos dois, de alguma forma. Ele se perguntou se Lindsey passou a vê-lo como um filho também. Talvez fosse por isso que ela não quisesse que Gerard tentasse se livrar dos alters completamente.

Frank se lembrou de Bert. Ele ficaria arrasado se Gabe morresse, ou pelo menos teria ficado na época em que se apaixonara. Gabe não era uma pessoa, mas se Gerard se livrasse dele, não seria o mesmo que matá-lo? Não seria o mesmo que matar Gus? Frank não queria matar uma criança.

Droga. Mas ele não é uma criança, não é ninguém, é uma parte de Gerard, e o está atrapalhando! Frank sabia, mas, bem... quem diria isso para o garoto?

Ahh e tem mais propaganda de vídeo Frerard pra eu fazer (vou começar a cobrar -qn): https://www.youtube.com/watch?v=opceAPr3qpY Assistam, assistam <3
E até o próximo!
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Mensagem por breezy Sáb Ago 03, 2013 9:42 pm

Aww gente *-* que criança fofa socorro quero casar -q
É meio estranho pq é o Gee mas ao mesmo tempo não e '-' kdkwndlwmdlql
Quero só ver quem vai ser o proximo a aparecer ~medo~
Hey, ja ouviu aquelas bandas? Kdkwndlwmdl
AH EU FUI NO SHOW DO PARAMORE ONTEM \o/
Enfim.
O capitulo ta lindo hue tchaaaau =3
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Mensagem por Nymeria Black Dom Ago 04, 2013 3:14 pm

Errr... Oi!
Sobre os alters: O Geoffrey me lembrou o Joffrey, de Game of Thrones.
Louca para ver/ler/imaginar o Gerard como o Gabriella, vai ficar um(a)...
Pode adotar o Gus? Muita fofura para uma pessoa só!
Até o próximo!
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