Autora: Umikito (só traduzi)
Classificação etária: G.
Gênero predominante: Yaoi, Comédia.
Aviso de conteúdo diferenciado: Não há ^^
Sinopse: "-Você e essa maldita mania de me interromper Frank Iero."

Bem essa fic faz parte do mu presente de aniversario para a Raquel. Até o dia 30 estarei postando algumas pequenas estorias ^^ É isso. Aproveite Quel!

Um toque. Dois toques. Três toques... E a fé já começa a desvanecer.

E ao quarto...

-Diga?

-Annie, pensei que não iria atender. –Disse meio sorrindo, o que é estúpido porque sua melhor amiga nunca notará o sorriso em seu rosto, porque seu celular é barato demais para incluir vídeo chamada.

-Já te disse milhões de vezes que odeio que chame assim Frank. –Sua voz é forte. Uma advertência, mesmo que por dentro ele saiba que essa garota é um caramelo derretido.

-Sim, eu sei; como seja. A coisa é, Annie, que estive pensando melhor – suspira – você sabe, sobre Gerard.

-Frank, não acho que...

-Não, espera. Preciso falar, porque estou a manha toda pensando nele e isso porque é domingo. Nem sequer pude acordar tarde como costume, nem adiantar o projeto que o maldito Goldfinger quer que lhe mostre para a campanha desse acionista Russo. Não consigo parar de pensar nele e em tudo o que quero fazer com ele.

-Frank, é sério...

-Não, por favor. Por favor, não desligue, só me deixe falar por cinco minutos. Não me diga que está ocupada no trabalho, ou que esse seu incrivelmente sexy chefe quer brigar contigo. Diga que é culpa dele que seu amigo te interrompe no horário estabelecido pelo escritório, mas é que não aguento mais; cada vez que o vejo com Mikey entrando no bar a cada sexta eu... Não sei, só quero arrancar a roupa dele e beija-lo até que morra por asfixia.

Do outro lado se escuta um forte suspiro. Frank sorri de lado.

-Eu sei, meio sádico, mas é que sua boca; seus lábios tão finos... Me imagino que pareceriam muito suaves contra os meus, sua língua sobre minha pele... Deus, Ana, preciso imprensá-lo contra a parede e abaixar sua calça ou morrerei de um infarto testicular. A todo o tempo estou duro.

-Frank.

-Não, não use esse tom de censura. Já sei que você sempre diz que o sexo não é tudo e de tantas vezes que você o disse já estou acreditando um pouco. Também quero falar com ele, eu gosto de seu sarcasmo, sua voz tão agradável e seu riso de garotinho. Eu gosto que ele não beba, que sempre queira ir cedo, porque irá trabalhar pela manha, repreendendo você e a todo o pessoal. Eu gosto do fato dele gostar de cachorros, que não assista futebol, mas leia quadrinhos. Eu gosto quando seus olhos me olham com toda a atenção só porque estou lhe contando alguma bobagem do trabalho, é como se o mundo parasse nesse instante só para ele olhar para mim com esses olhos. Olhos tão verdes... Você não poderia viver só olhando para esses olhos Annie?

Porque eu sim.

-Tudo bem Frank, mas eu estou em...

-Suponho que simplesmente tenho que admitir que estou completa, total e ridiculamente apaixonado por Gerard Way. Que desejo abraça-lo para sempre, me perder em seus olhos, me fundir em seus lábios e viver entre suas coxas. – ai um riso escapa – Não sei em que momento me tornei um poeta, mas simplesmente parece bom dizer, sabe?

-Está no viva-voz. –Diz de maneira abrupta, não vai esperar que o publicitário volte a lhe interromper.

-Oh, desculpa, alguma de suas amigas estão me escutando agora? Porque devo te dizer que, se é Janeth, aquele beijo foi um erro, que prefiro mais os pênis, os peitorais e as nádegas firmes.

-É Gerard.

O riso que Frank teria começado se corra logo, assim como a inspiração normal. Instantaneamente os olhos se abrem ao máximo e agradece que sua amiga não possa vê-lo nessa ridícula posição.

-Gerard? –Tenta em busca de sua voz. A garganta parece ressecada e há em seu pescoço a sensação de um pedaço de maçã que não pode engolir. –Deus, eu... Eu acho que falo contigo mais tarde Ana.

-Você soava decidido demais para desligar agora.

Essa voz. Um gemido escapa, igual a uma adolescente apaixonada; como se estivesse falando com seu ídolo musical, ele se sente nervoso, suado e seu coração parece ter desejos de correr uma maratona a julgar pela rapidez de suas batidas.
-Sabe, possivelmente tenha que falar com Ana mais vezes, descobri que suas conversas telefônicas são muito interessantes. E eu que pensei que era o diretor.

Frank não responder. Mudo, respira contra o telefone e se sente ruborizado e agora desejaria ser um avestruz.

-Vou deixa-los a aos, mas quando quiser... Se perder em meus olhos, estou no meu escritório das oito as seis, com um descanso de dez a onze e de uma as três. Pela manha sempre vou a Starbucks em frente, tenho certeza que Ana e você já havia se encontrando ali, sabe? –Um riso irônico escapa dos finos lábios. –ali as paredes são bem fechadas e no banheiro das mulheres há um quadro com tecido acolchoado.

Novamente uma inspiração profunda escapa da boca de Frank e ele aperta as coxas contendo o fenômeno que se forma em baixo das calças ao imaginar a cena.

-Tchau Frank.

Então Frank espera, escuta passos, vozes abafadas e o barulho do telefone em seu ouvido.

-Você e essa maldita mania de me interromper Frank Iero.

Sua amiga soa calma, até mesmo divertida; ele imagina a cara de Ana, toda cheia de sorrisos, rugas ao redor dos olhos e a eterna frase de “eu te disse” e “são o casal mais quente e perfeito do mundo” desejando escapar de sua boca.

-Eu... Não sei o que dizer Annie.

-Poderia começar me desejando feliz aniversario outra vez.

-Mas seu aniversario foi ontem.

-Mas parece que você se atrasou com o presente.

Frank ri emocionado. Feliz.

-O que fiz para merecer uma amiga tão maravilhosa como você?

-Só ter sorte Iero, muita sorte. –Agora ela é quem ri. Parece um momento mais de conversas clandestinas e sorrisos a flor da pele. –Amanha na Strabucks as 10 da manha?

-Maldição, sim. –Exclama excitado.

-Maldição, sim. –Repete sorrindo. –Definitivamente o casal mais quente e perfeito do mundo. Obrigado pelo presente Frankie.

-O prazer é meu.