Classificação etária: Livre
Gênero predominante: Yaoi
Sinopse: Eu não sei como dizer eu te amo, não tão fácil.

Apenas postando besteira

Poucas palavras e eu já significava algo para alguém. Não planejei, nem mesmo desejei, mas aconteceu. Ele era meu, de modo que não sabia como, era uma criança sob meu domínio, ao menos, era como eu o via. A minha criança crescida. Ele sabia bem mais sobre relacionamentos do que eu mesmo poderia admitir, mas foi a mim, tão inexperiente quem ele escolheu.

Todos os dias lhe mandava mensagens. No trabalho eu pensava nele e com toda certeza ele pensava em mim, mas toda essa nossa conexão nem sempre era das melhores. O mesmo tinha um modo muito extrovertido de ser que me irritava sobremaneira, falava como se quisesse me causar ciúmes e isso me fazia querer ignorá-lo e eu, como sempre, o deixava de lado.

Qualquer ser humano poderia ter cansado-se de mim e do modo estúpido como sempre ajo, mas ele era diferente, sempre tentava bancar o forte e suportava todas as minhas crises. No fundo, ele tinha um imã que não sabia como desativar, era simples exercer poder sobre mim. Sempre tinha um pretexto novo para que eu fizesse menção de deixá-lo, mas no fim, eu sempre sentia sua falta e uma necessidade errônea de manter contato com ele.

Frank Iero, era o tipo adolescente rebelde e eu, bom, era o Gerard Way, sempre tomando as decisões corretas e fugindo do modo perigoso de viver. Talvez fosse a sensação de conforto que ter alguém me trazia, mas talvez fosse o ar jovem dele que me deixasse vidrado. Frank Iero era um pequeno bruxo. Meu pequeno bruxo.

Mas um dia, um maldito dia, ele me lançou uma questão.

Frank sempre dizia me amar, deixava isso claro em todos os nossos casuais encontros, mas eu... Eu nunca disse o mesmo a ele, usava apenas a palavra "amor" ao final de algumas frases, mas dizê-lo significativamente não conseguia.

Desde que meus pais haviam partido, muito tempo atrás, jamais consegui dizer um "Eu te amo" novamente de modo que fosse em vão. Mesmo que não dissesse, não significava um "Eu não o amo", mas não conseguia que Frank entendesse tal fato, era necessidade sua me ouvir dizendo.

Meu coração sempre fora uma bagunça e às vezes penso que só com muito tratamento isto resolver-se-ia, ou então, com uma dose bem grande de compreensão.

Não sei o que sinto, como sinto e porque o sinto, sei apenas que sinto e isso jamais foi novidade. Eu nem sempre costumo acreditar no que me dizem, ao menos que me provem ser verdadeiro, então, Frank Iero, espero mesmo que entenda minhas palavras. Eu não sei como dizer eu te amo, não tão fácil.