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~Scorpion
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Mensagem por ~Scorpion Sex Out 26, 2012 6:49 pm

Autora: Ragno
Classificação etária: NC-17
Gênero predominante: Yaoi
Aviso de conteúdo diferenciado: Uso de drogas(?)
Personagens de outras bandas: Pete Wentz
Sinopse: "Frank Iero estava fodido. Tinha 15 anos e já era como se o mundo houvesse confabulado contra ele. Sim, todos nessa idade pensam o mesmo, mas Frank estava certo de que em seu caso era totalmente verdade."

Aff, você já deve estar cansada, não? TODO DIA TER QUE LER UMA FIC OBRIGADA! Mas vai ficar mais cansada ainda, porque ainda faltam quatro dias. u_U É. Oh, eu falo da Quel, mas se tiver mais alguem ai lendo... Boa leitura ^^

--x--

Complicações.

-Você acha que ela sabe? –Perguntou olhando o céu azul, colocando as mãos atrás da cabeça notando nos dedos a grama quase afilada do gramado.

-Por que está dizendo isso? –Perguntou o maior sentado a seu lado.

-As vezes tenho a sensação de que Jamia pode ler meu pensamento. –Tateou sobre seu peito até encontrar os óculos de sol e coloca-los, olhando depois para Toro. –Você imagina? Estaria fodido.

-Demais cara. –Assentiu o castanho.

-Não quero estar fodido Toro... –Suspirou se esfregando um pouco pela grama, acomodando seu corpo.

-Então deixe ela e fale com Gerard. –Disse como se fosse a solução mais obvia do mundo. Frank abaixou um pouco o óculos de sol para poder olhar nos olhos de Ray.

-Que parte do “não quero estar fodido” que você não entendeu cara? Se a deixo meus pais me matam, ainda mais se deixo ela por um cara. E se falo com Gerard... Provavelmente será ele quem me mate. –Bufou voltando a olhar o céu. –Estou muito fodido... Fodidissimo Toro.

Frank Iero estava fodido. Tinha 15 anos e já era como se o mundo houvesse confabulado contra ele. Sim, todos nessa idade pensam o mesmo, mas Frank estava certo de que em seu caso era totalmente verdade.

Para começar estava em um maldito colégio ultra-mega-católico, com uns pais ulta-mega-católicos e uma namorada de sua idade ultra-mega-católica, a qual haviam praticamente prometido para ele desde que era um feto. Os pais de Jamia e os seus eram amigos desde quase sempre, de ir a igreja e demais bobagens. Frank havia nascido como um anti-cristo em um convento, odiava tudo o que tivesse a ver com religião, se declarava firmemente ateu e pensava que tudo isso era para enganar os bobos e que só servia para arrancar tudo das pessoas... Claro, isso se seus pais não estivessem presentes. Diante deles Frank tinha que ser diferente, tinha que ser um garotinho bom, tinha que amar muito Jamia e Deus, tinha que repudiar todos esses desviados do caminho correto. Tinha que repudiar a si mesmo.

Ele gostava de caras. Frank havia descoberto a bastante tempo atrás, quando os hormônios se revolucionaram e começou a se atrair por pessoas. Pessoas. Não importava se era garoto ou garota, Frank não conseguia fazer uma distinção importante o suficiente para chegar a pensar em um diferente do outro. Uma vez, aos doze anos, Mikey e ele decidiram baixar pornô para experimentar um pouco. Foi quando descobriu que se sentia igual por ambos os sexos.

Mikey e Frnak eram amigos a bastante tempo. Já não estavam tão unidos como antes, mas continuavam a se ver. Se conhecerem ao brincar no parque infantil, tinham quase a mesma idade e Donna, a mãe de Mikey, levava ambos para o mesmo lugar. Não iam ao mesmo colégio, mas ao ficarem maior começaram a se encontrar cada vez mais pela tarde. Basicamente Frank passava meia vida na casa de Mikey. Ele gostava da casa de Mikey, Donna era muito mais mente aberta que sua mãe, poderia falar de mais coisa e também... Gerard estava ali.

Gerard era o irmão mais velho de Mikey e era mais velho uns quatro anos, que se tornavam quase cinco se contassem as datas de seus aniversários. Gerard não falava com ninguém, não saia com ninguém, só olhava, observava com olhos verdes que deixavam os pelos de Frank eriçados. Pálido, de preto, com o cabelo longo e bagunçado na maioria das vezes.

-É uma espécie de vampiro que acaba de ser transformado. –Frank disse uma vez a Mikey, e por alguma razão do desdito Gerar o ouviu e passou ao longe com uma expressão estranha no rosto.

-Que descarado você é cada. –Mikey lhe deu um empurrão.

-Porra, tem ouvidos supersônicos ou algo assim? –Se surpreendeu. No fundo se sentia culpado de tê-lo ofendido.
Isso aconteceu quando Frank tinha 13 anos e tinha acabado de conhecer Ray Toro.

A partir de então começou a falar mais com Toro, porque no final das contas Frank era um cara madura para sua idade e Mikey não parecia ter crescido muito depois dos dez anos. Ele gostava de falar com Ray, sobre tudo de musica e de guitarras, porque Ray tocava guitarra. Tinha trezentos irmãos e todos eram guitarristas, assim que então era um pouco impossível que ele não soubesse tocar. E como tocava o desgraçado! Certo que ele havia começado a tocar antes de Ray e era como um pequeno prodígio, mas Ray era mais velho e tinha muito mais desenvoltura. Ray era foda e Frank adorava passar um tempo com ele. De fato Ray foi o primeiro a quem contou.

-E? –Essa foi a resposta de Toro enquanto afinava sua nova LesPaul.

-Não... Tem nada para dizer? –Perguntou estranhando. Ray encolheu os ombros.

-O que quer que eu te diga? Você gosta de pintos, então tudo bem... Também não é nada do outro mundo, não se ache importante. –Brincou o olhando por cima do ombro.

-Oh, Toro... –Sorriu grande se jogando sobre o garoto, fazendo com que a guitarra caísse. –Te amo cara. –O abraçou retificando depois. –Mas não nesse sentido, huh? –Esclareceu.

-Tranquilo anão... –Disse como se nunca perdesse a paciência. –Sei muito bem o pinto que você quer agora mesmo?
-Do que está falando? Não gosto de ninguém... –Negou com a cabeça.

-É... Tem certeza? Eu acho que sim... –Disse dando uns toquinhos com os nós dos dedos na parede.

Frank engoliu em seco. Outra vez a paranoia. E se Toro pudesse ler sua mente? Saberia que estava mentindo descaradamente. As vezes tinha vontade de fazer um desses chapéus de papel alumino para evitar que lessem seu pensamento. Tudo começou quando viu o maldito filme do Mel Gibson, onde logo pode ler o pensamento das mulheres. Começou a se perguntar se teria alguém que pudesse fazer isso, seus pais, seus amigos, seus professores... Estaria realmente fodido se isso acontecesse, porque provavelmente a sua volta era a pessoa com mais coisas a esconder de todos.

-Toro... Não viaja... –Disse franzindo um pouco o cenho, pensando em um muro de pedra para que não pudesse entrar em seus pensamentos, como no filme desses pirralhos espertos com cabelos brancos.

-Iero... Vamos, te darei outra oportunidade. –Sorriu batendo mais forte na parede com os nós dos dedos.

-Para de fazer isso! –Lhe repreendeu. Estava o deixando nervoso.

-Estou te dando uma pista. –Esclareceu o de cabelos castanhos.

-Segundo você eu gosto da parede? –Zombou.

-Não, segundo eu você gosta do que tem do outro lado da parede. –Disse com um sorriso de superioridade.

Então Frank engoliu com dificuldade enquanto ficava pálido. Porque estava no quarto de Mikey, e haviam aproveitado para falar enquanto este ia dar um recado. E sim, justamente do outro lado da parede estava o quarto de Gerard, com Gerard dentro.

Maldito Ray leitor de mentes.

-Isso é mentira. –Se defendeu, notando como suas bochechas se coloriam.

-Droga, sim você gosta... Você ficou igual a um tomate cara. –Riu Toro o apontando com o dedo.

-Ah, não viaja. Vamos Ray... Não diga bobagens...

-Iero, todo mundo sabe, você é muito obvio, se nota a léguas. –Negou com a cabeça.

-O que está dizendo? Vai se ferrar. –Agitou a mão, tentando esquecer o assunto. Justamente nesse momento Mikey voltava.

-Do que estão falando? –Perguntou se sentando na cama junto de Ray.

-De quem Frank gosta... –Disse o maior sem dar muito detalhes.

-De meu irmão? Mas que tema mais chato... –Disse revirando os olhos. Frank ficou chocado.

-Eu não gosto de Gerard! –Disse pela ultima vez, tentando se defender. Ray e Mikey só o olharam com indiferença e continuaram o que estavam fazendo, o ignorando totalmente.

Então desde isso era um segredo entre vocês. Frank apostava que até Donna sabia. O único que não tinha nem ideia era Gerard, também porque quase nem se inteirava do que o rodeava, ele simplesmente se centrava em seus comics, seus desenhos, vídeo games as vezes e musica constantemente, nada mais.

Frank não conseguia entender muito bem por que gostava de tanto de Gerard, só tinha cruzado algumas palavras com ele e havia sido em ocasiões como abrir a porta e perguntar por Mikey. As palavras de Gerard eram só para Ray, alem de Donna. Assim era como Frank havia começado a saber dele, por meio de Ray. Havia lhe contado como era, o que costumava fazer, o que gostava, e cada vez que falavam dele Frank se interessava mais e mais, fazendo Ray se sentir como em um interrogatório as vezes.

-É complicado. –Disse mais para si do que para Ray, enquanto se levanta do gramado e se sentava em frente a seu amigo. –É muito complicado cara, minha vida é uma merda.

-Pois não sei Frank. –Toro suspirou. –Se eu pudesse te ajudar cara, sabe que o faria.

-Ele não te disse nunca se gostava de alguém ou...

-Nada. É como se Gerard não tivesse sexo, nunca o vi se fixar em uma pessoa nem falar de alguém. Não é como você, símbolo sexual. –Zombou.

-Siiiiim, certamenteee... Eu não sou nada, Toro. Nem seuqer vejo Jamia, sei que somos namorados porque assim é como deve ser, mas vamos... Só a beijei algumas vezes.

-E então? –Perguntou o maior.

-Bom... –Encolheu os ombros. –Igual as outras, não foi ruim. Foi simplesmente um beijo, não dou muita importância. Poderia te beijar agora mesmo e não teria nada, sabe? –Ray fez uma careta de nojo.

-Não, obrigado. –Recusou o convite, fazendo Frank rir.

-Mas você sabe ao que me refiro, não? –Tentou esclarecer.

-Sim cara, sim...

Nesse momento viram chegar um Mikey que parecia irritado. Haviam ficado a algumas horas no parque onde sempre costumavam ficar para gastar um tempo, beber –se conseguissem pegar algo – e jogar PSP.

-Já era hora, não? –Disse Ray.

-Desculpa... Tive um probleminha, mas, bom... –Disse adiantando até onde eles estavam. –Vamos, que a partir de agora seremos mais. –Disse e alguns passos atrás dele apareceu Gerard.

Perfeito, isso era tudo o que faltava para Frank, ter que começar a controlar seus pensamentos para que não descobrissem de quem gostava. Porque, sim, estava completamente certo de que Gerard leia a droga dos seus pensamentos, pode ser que os demais não, mas Gerard sim. Este olhar lhe dizia claramente que estava esquadrinhando cara um dos cantos de seu cérebro.

-Hey cara! –Ray se levantou, dando a mão a Gerard. –Enfim decidiu vir?

-Não foi por vontade própria... –Disse olhando para o outro lado. Frank se alegrou de ter ouvido outra frase de sua boca que não fosse “no quarto” ou “não está”.

Ao que parece Donna havia estado tempo demais ouvindo as noticias e havia decidido que a partir de então os dois irmãos tinham que sair juntos “para evitar os maus maiores”. Tinha medo do que pudesse acontecer com Mikey, mesmo que Gerard insistiu bastante em que ele não serviria de muita ajuda. Mesmo assim Donna insistiu para que saísse com ele, para que ao menos pegasse um pouco de ar.

-Bom, e do que estavam falando? –Perguntou Mikey junto aos demais, puxando Gerard para que fizesse o mesmo.

-É... –Frank apertou forte os olhos, esperando que Ray não falasse nenhuma bobagem. –Basicamente Frank acha que Jamia pode ler os pensamentos dela.

-Ah, o de sempre... –Mikey revirou os olhos. –Frank, já sabemos que sua vida é uma merda, não tem solução. Outro tema?

-Porra, alguma solução tem que ter, não? –Disse angustiado. –Não digo que possa ter agora, mas se alguma vez chegar a fazê-lo... Estarei fodido.

-Frank, ninguém pode ler a droga do seu pensamento cara!! –Disse Mikey fazendo barulho.

-Isso não é completamente verdade. –Murmurou Gerard como se estivessem em seu mundo, em vez de estar na conversa. Um calafrio percorreu Frank.

-Ah, não? –Mikey olhou para seu irmão com cara de duvida.

-O que tem medo que descubra? –Perguntou olhando fixamente para Frank, com varias mechas negras sobre o rosto, contrastante com o verde dos olhos.

Estava fodido. Gerard podia ler pensamentos e sabia de tudo.

-Digamos que Frank tem uma ou outra coisinha para esconder. –Disse Mikey ao ver que Frank havia ficado petrificado e não respondia.

-Se está colocando chifres nela então você é um bastardo e merece que ela se dê conta. –Disse Gerard sem afastar o olhar dele.

-Não é isso, eu nunca, jamais, lhe faria isso... É uma boa garota... –Se defendeu como pôde, as palavras saindo com dificuldade.

-Mas esconde coisas dela, então não a ama tanto. –Continuou o atacando, por que diabos o atacava assim?

-Não, não é questão de ama-la, é que... Eu... –Se sentia muito reprimido.

-Ele gosta de garotos Gerard. –Disse em fim Mikey, fazendo com que o contato visual se rompesse. –E com a família que tem é impossível que possa dizer sem que o deserdem.

-Oh. –Disse simplesmente, se jogando para trás e colocando algumas mechas do cabelo para trás da orelha delicadamente. As vezes Gerard era totalmente feminino.

Não voltou a falar. Começaram a se encontrar mais vezes e Gerard sempre ia com Mikey, mas não dizia nada, não falava quase nada, e nem sequer diria a palavra a Frank. Isso o chateava um pouco. Se sentia mal por dentro, porque continuava gostando dele, mesmo quando parecia claro que Gerard não gostava nenhum pouco dos gays. Doía um pouco as vezes, porque o tinha perto, falando de temas que ele gostava, dando-se conta de tudo o que tinham em comum e não podiam compartilhar. E doía. Muito.

--x--

Bai, até amanha com o segundo capitulo :}


Última edição por ~Scorpion em Sex Out 26, 2012 7:42 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por xofrnk Sex Out 26, 2012 7:21 pm

OMG QUE LINDA ECFIASKXAÓK
"-Do que estão falando? –Perguntou se sentando na cama junto de Ray.

-De quem Frank gosta... –Disse o maior sem dar muito detalhes.

-De meu irmão? Mas que tema mais chato... –Disse revirando os olhos. Frank ficou chocado." oh meu deus esse mikey falando como se fosse a coisa mais normal do mundo asbdfojsklmxdsjdihspadjk
"As vezes Gerard era totalmente feminino.' quase nunca, huh? DHOCUIHAIFCAH
mas ok, falando sério agora: acho que o gerard realmente consegue ler a mente do Frank, mesmo que isso soe como paranoia. HFCPISOKP EU AMO AS FICS QUE O FRANK É TODO PARANOICO OMG.
é linda, oh <3
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Mensagem por bookworm Sáb Out 27, 2012 7:29 pm

Frank bem paranóico @_@
Confesso que quando assisti esse filme também fiquei pensando que alguém, em algum lugar, poderia ler minha mente, hahaha! Tô achando muito legal, confesso que adoro quando o Gerard é quietão e esquisito!
Quero a continuaçãããão
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Mensagem por ~Scorpion Seg Out 29, 2012 2:49 pm

Halloween
O aniversario de Frank sempre era um evento grande, mesmo que não em sua casa, claro. Para sua família era muito desagradável ter dado luz a um garoto justamente no dia do Halloween, parecia que, de alguma maneira, estivessem procrastinando que aquilo não daria um bom resultado. E de certa maneira tinham razão, porque desde muito pequeno Frank sempre havia tido esse aspecto assustador de garotinho inocente, que se assassina enquanto está dormindo, mesmo que o vestissem com coletezinhos e gravatinhas ou calças sociais, não importava, continuava parecendo com Damien.

Frank adorava o halloween, era sua festa preferida, era quando se fantasiava do que queria e por um momento poderia ser quem quisesse, sem dar explicações, sem que ninguém te julgasse.

-Halloween é a melhor festa do mundo! –Gritou enquanto se maquiava, totalmente feliz, no quarto de Mikey.

-Ok cara, ok. –Riu Mikey se maquiado a seu lado.

Tinha que fazê-lo na casa de Mikey porque Linda, sua mãe, não aprovava que se fantasiasse no halloween, de fato nem sequer aprovava o halloween, mas por sorte de Frank a havia convencido anos atrás para que o deixasse celebrar seu aniversario com os amigos em uma festa e ela havia aceitado. A festa em questão já era outra coisa.

Aquele ano a festa de halloween seria na casa de Pete Wentz, que era um cara um pouco idiota que se achava um conquistador nado, mas tinha uma bela casa e dava boas festas. Frank havia ido de Freddie, ele gostava de Freddie, era foda, mas não tinha mascara nem nada parecido, então se conformou com colocar um colete com listras vermelhas e pretas que ficava bastante apertado, calças jeans rasgadas que competia com o apertado do colete, um chapeuzinho de gangster e luvas sem dedos. A isso ele adicionou a maquiagem um pouco avermelhada e delineador preto nos olhos.

-Parece que fui queimado vivo? –Perguntou se olhando no espelhos, dando últimos retoques.

-Parece um índio apache. –Riu Mikey. –Só falta a pena. Mas com a roupa está parecendo com Freddie.

-Otimo. –Sorriu.

-E eu, como estou? –Disse dando uma volta em frente a Frank.

-Parece o palhaço do McDonalds. –Disse encolhendo os ombros. Mikey o olhou de forma assassina.

-Sou o palhaço de “It” porra!

-Hey, se serve de consolo o palhaço do McDonalds me dá muito mais medo que o de “It”.

Sairam do quarto, esperando que Gerard terminasse de se arrumar e que Ray chegasse. Gerard havia brigado e brigado com sua mãe para não ir a essa maldita festa, mas Mikey havia brigado mais e havia ganhado com argumentos de não-sei-o-que de sua vida social, e de que ia meter a cabeça no lixo se não fosse a essa festa que tinham o convidado.

Gerard desceu as escadas e Frank quase tem um ataque do coração. Usava calças pretas e uma camisa preta manchada de sangue com uma gravata vermelha. O rosto estava totalmente pálido com orelhas roxas e uma infinidade de cortes e feridas.

-Hey Gee, não vai se fantasiar? –Zombou Mikey.

-Estou morto. –Disse sem mais se sentando no sofá a seu lado.

-Parece igual à sempre, só que depois de uma briga.

Não, Frank não pensava o mesmo. Não estava como sempre, havia algo nele que não era como sempre, talvez a palidez extrema e o preto ao redor dos olhos que fazia com que o verde brilhasse, ou pode ser que fossem esses lábios de mortos com as feridas o cruzando, fazendo um pequeno sorriso sinistro aparecer, não sabia o que era, mas essa noite Gerard estava muito, muuuito bom.

-Freddie usava converse? –Perguntou olhando fixamente para Frank.

Fodido Gerard, sempre o olhava como se fosse o atravessar. Estava falando com ele? Depois de todo esse tempo o ignorando, justamente agora começava a falar? Como se ele fosse ter tempo para elaborar uma resposta coerente no tempo indicado. Quando apareceu algo para dizer já estava na porta e Ray buzinava com o carro para que tivessem pressa.

-Movam essas bundas princesas, ou atrasaremos. –Os apressou para que subissem rápido.

-De que diabos você vai Ray? –Perguntou Mikey empurrando Frank para o fundo do carro e se sentando no banco do carona.

-Não gostou? Sou um lenhador psicopata. –Pegou um machado de plástico com sangue, lambendo a ponta. Mikey o olhou com o rosto assombrado.

-Não.Volte.A.Fazer.Isso. –Apertou os olhos tentando apagar a imagem de sua cabeça.

A casa de Wentz não ficava muito longe, então não demoraram muito a chegar. Aquilo estava transbordando gente, garotas fantasiadas de coelhinhas da plyaboy e garotos mostrando o torso cheio de esteroides.

-Acho que este não é meu lugar... –Murmurou Gerard enquanto Ray estacionava.

-Tem certeza de que esta é a festa de Wentz? –Perguntou Frank.

-Sim cara, vim algumas vezes a sua casa e é aqui... Só não sabia que vinha tanta gente.

Entraram abrindo caminho entre as pessoas, procurando um rosto conhecido. Todos estavam ali. Jared Leto vestido de deus grego havia monopolizado todo um canto em que se deixava ser bajulado por um monte de garotas que babavam por ele, enquanto Shannon se fazia de segurança, por assim dizer, escolhendo quem poderia se aproximar ou não. Spencer e Ryan estavam tendo uma conversa filosófica em um dos sofás, cada um com seu copo em mãos enquanto o garoto prodígio, Brendon Urie, flertava com o torso nu por toda a sala, se esfregando em quem encontrava, dançando ao som da musica de Patrick Stump e que parecia super entediado.

-Mikey!! –Se ouviu uma voz entre os murmúrios.

-Hey Pete! –Mikey levantou uma mão para indicar onde estavam e para que Pete pudesse chegar até eles.

-Você veio. Que bom. –Sorriu o garoto dando um abraço em Mikey.

-Sim, no final consegui convencer minha mãe. Olha, estes são Gerard, Ray e...

-Sim, eu conheço ele... –O olhou de cima a baixo com uma expressão estranha. –Frank Iero, não é?

-Mas eu não te conheço, cowboy. –Estendeu a mão a Pete, fazendo menção a sua fantasia. –De onde me conhece?

-Como não te conhecer. –Sorriu mordendo o lábio. –Sei que é amigo de Mikey. –Ficou o olhando um tempo, para depois dar uma olhada geral. –Bom, venham, vou apresentar você á gente importante.

Em seguida agarrou Frank pelos ombros e o empurrou para andar para frente, começando a lhe apresentar para todas as pessoas que achava que deveria conhecer. Parecia que Mikey, Pete e Frank estavam totalmente em seu lugar. Pete era um anfitrião nato e conhecia todo mundo, lhes apresentava Frank e no final sempre acabam cantando parabéns. Depois de um tempo de socializar demais Gerard decidiu que ficaria em um canto bebendo, não era uma má ideia afinal de contas.

-Que casualidade que todas as pessoas importantes sejam caras... –Comentou Gerard cruzando os braços.

-Está insinuando algo? –Perguntou Ray, que como um bom amigo havia ficado com Gerard.

-Evidentemente Toro. –O olhou de lado. –Esse é outro do estilo de Iero... E quer pega-lo. –Disse com o zenho franzido.

-E você tem algo contra isso?

-Simplesmente me dá nojo... Não esperava que Iero fosse desses...

-Ah, então era isso, não? –Ouviu uma voz em suas costas. Quando se virou viu Frank que o olhava com os olhos cristalinos. –Então o de não falar comigo durante todo esse tempo era simplesmente porque você é uma droga de homofóbico de merda. –Cuspiu. Gerard simplesmente o olhou sem expressão no rosto. –Pois fique sabendo que prefiro ser do jeito de Pete a ser como você. Você sim que me dá nojo Gerard.

E dizendo isso se virou, perdendo-se na multidão, tentando conter as lagrimas.

-Você não se referia a isso, não é? –Ray perguntou e Gerard negou com a cabeça.

-Me referia aos caras que vão por ai se deitando com qualquer um. –Ray afirmou, confirmou o que havia entendido desde o começo.

-Por que não disse pra ele? –Perguntou de novo, mas Gerard só negou com a cabeça.

-Ele não ia acreditar.

Frank estava bastante machucado e chateado. Machucado com Gerard por ter sido tão cruel, chateado com ele mesmo por ser tão idiota e se apaixonar por um estúpido homofóbico. Por que não poderia ser normal? Teria sido perfeito gostar de garotas, se apaixonar por Jamia e poder ter uma vida juntos, felizes, se casar e ter filhos e não ter que se preocupar porque um estúpido cara com jeito de vampiro lhe correspondesse ou o odiasse. Bateu contra alguém e pensou que alem de estúpido era idiota por não saber nem sequer onde estava. Olhou então e descobriu que Pete havia entrado em seu caminho com os braços aberto e agora se encontrava entre eles.

-O que aconteceu com você Frankie? –Perguntou forçando o tom de preocupação.

-Não pense que te dou tanta confiança Wentz... Acabamos de nos conhecer. –Disse se afastando e arrumando melhor a roupa.

-Certo... Mas, vai me contar porque está chorando?

-Nada.... Só sou um estúpido e... –Apertou os olhos sem poder evitar que as gotas rolassem por suas bochechas.

-Venha, vamos lá pra cima. No banheiro você vai se refrescar um pouco.

Um pouco a contragosto subiu as escadas com Pete, pulando varias pessoas meio mortas nas escadas e alguns casais se comendo pela boca. Chegaram ao banheiro e Frank se refrescou com um pouco de água no rosto, a secando com as mãos para não manchar as toalhas de maquiagem. Agora sim parecia que havia sido queimado vivo. Ao esfregar todo o rosto a maquiagem havia escorrido, fazendo ranhuras e tons de cores que o fazia mais realista.

-Bem, ao menos serviu para algo. –Disse se olhando no espelho.

-Quer conversar um pouco? Meu quarto é aqui do lado. –Sugeriu Wentz e por um momento Frank achou ser uma boa ideia, porque não fica lá em cima significava voltar a descer e voltar a para baixo significava ver Gerard.

Encolheu os ombros e seguiu Pete até seu quarto.

-Então... Foi por um cara? –Perguntou Pete se sentando na cama, fazendo um gesto para que Frank se sentasse a seu lado.

-Okay, então você é direto. –Riu Frank se sentando também.

-É isso então... –Sorriu. Frank assentiu. –E você está muito caído por ele?

-Ao que parece, sim... Mas é impossível que algo aconteça. Ele gosta de garotas.

-Oh, bom, isso... Você vai superar, a um tempo atrás estava caído por Mikey. –Disse e Frank arregalou os olhos.

-Mas Mikey...

-Sim, não gosta de caras, mas, bom... As vezes ficava tonto por um tempo e, é. –Encolheu os ombros. –Num dia rolou. –Riu e agora sim que Frank teria um ataque do coração. –Ele estava super alto e não entendia nada. E sabe o que? Não foi tanto assim. Se apaixonar por um cara é um erro Frank, sobretudo em nossa idade. Te faz criar expectativas e depois não são o que esperava... Total, no fim acaba sendo tudo uma decepção.

-É, acho que você tem razão. –Afirmou pensando sobre Gerard.

-E o que eu digo é que tem que aproveitar agora e viver a vida sem complicações, não penso em me apaixonar por ninguém até que tenha ao menos trinta anos, sabe? –Riu.

-Sim, isso seria maravilhoso. –Frank também riu, pensando na sorte que Wentz tinha de não estar de quatro por ninguém agora.

-Então... Por que não nos divertimos um pouco?

Frank não se deu conta de quando aconteceu nem como, mas logo tinha Wentz sobre ele, tentando colocar as mãos debaixo de seu colete, buscando sua boca desesperadamente. Forçou um pouco com ele sem fazer muita força, sabendo que podia e não queria lhe machucar, mas ele muito teimoso continuava.

-Wntz, que diabos está fazendo? Para! –O deu um empurrão mais brusco, o tirando se cima de si. –Está louco?

-Vamos Frank, você se insinuou para mim durante toda a conversa. Não se faça de santinho agora. –Voltou a se jogar sobre ele.

-Eu tenho namorada idiota! –Lhe gritou, forçando de novo. –E nem sequer te conheço.

-E o que tem demais? –Disse ignorando os empurrões de Frank.

-O garoto mandou o soltar. –Ouviu a voz rouca pela raiava atrás de si e em seguida uma mão agarrou Pete pela camisa o jogando para fora da cama.

“Vá busca-lo” havia dito Ray quando viu Frank e Pete subirem as escadas. Ray conhecia Frank e sabia o quão inocente ele poderia ser. Gerard o havia olhando por um segundos e havia começado a andar. Se Ray o mandava busca-lo seria por uma boa razão. No começo quando chegou lá em cima e ouviu a conversa pensou que Ray estava errado e se dispôs a ir embora, mas depois escutou que Frank tentava se defender e não pode evitar entrar em ação.

Frank estava morrendo de vergonha. Como se não fosse suficiente ter sido tão estúpido para não se dar conta de que Wentz o queria, e para quê o queria, ainda por cima tinha que suportar que fosse Gerard o que os tivesse descoberto. Se já tinha nojo por ser gay não queria nem pensar o que pensaria dele por estar com um cara que tinha acabado de conhecer.

-Cai fora idiota. –Gerard apontou para a porta com o dedo firme.

-Ei, este é meu quarto. –Replicou Pete se levantando do chão.

-Cai fora! –Gritou. E o olhar de Gerard fez com que Pete preferisse não descobrir o que aconteceria se desobedecesse. Frank ficou sentado na cama, arrumando a roupa sem olhar para o maior. –Então é assim que você é fiel a sua namora, mesmo que não a ame... Que legal de sua parte. –Lhe disse.

-Se está esperando que te agradeça, ou algo assim, obrigado, pronto, já pode ir. –Disse sem o olhar no rosto se levantando para sair.

-Não. –O empurrou sentando-o de novo na cama. –Quero falar com você.

-Pois não tenho nenhuma intenção de te escutar, não me interessa o que tenha para dizer. Toda a baboseira do quão nojento é “meu mundo” –Fez aspas com os dedos. –minha mãe já me contou muitas vezes, então não me interessa. –Se levantou de novo, mas Gerard voltou a empurra-lo, conseguindo que Frank o olhasse enfurecido. –Eu quero ir embora, caralho!

-Eu disse que vou falar com você! –E ao escutar sair da boca de Gerard se deu conta de como nunca tinha pensando que lutaria para falar com alguém por sua própria vontade. –Não sinto nojo que goste de cara, imbecil.

-Ah, não? –Voltou a se levantar o encarando. –Escutei perfeitamente o que você disse a Toro. –O empurrou com o dedo.

-O que diabos escutou? Vamos lá espertinho. –Voltou a empurra-lo, mas desta vez Frank resistiu e não caiu na cama.

-Disse não-sei-o-que que não esperava que eu fosse desses, e que sentia nojo. E não sei que jeito supõe que um cara dever ter para gostar de caras, mas eu não sabia que tínhamos que ser uma maneira só. –Cutucou.

-Você é um imbecil Iero. –Não me referia a isso. –Olhou para um lado e Frank franziu o cenho, pensando que talvez ele estivesse dizendo a verdade.

-E então?

-Me referia á que não esperava que você fosse desses que vão se deitando por ai com qualquer um sem conhecer... Como Wentz. Era isso a que me referia, mas como você é um imbecil tira as conclusões que quer. –Frank abriu a boca para replicar, mas a verdade é que havia ficado um tnto surpreso com a explicação de Gerard e se sentia um pouco estúpido.

-Bom, certo, mas... E... E o que não falar comigo. –Mudou de tema para não se sentir tão idiota. -Você deixou de falar comigo quando soube. Vai me dizer que não foi por isso? Huh? –Deu um passo para frente, fazendo com que Gerard retrocedesse um pouco.

-A verdade é que não esperava que você fosse... Bom... E me surpreendeu, certo? –Se defendeu.

-Ah, claro. Porque, segundo você, que jeito temos que ter? Talvez seja melhor usar uma placa. –Seguiu avançando contra ele.

-Não idiota, mas não sei... Deveria ser mais afeminado ou algo. –Frank soltou um riso irônico.

-Afeminado??? Pois me deixe te dizer uma coisa, amigo. –Apontou o dedo para ele. –Se ser afeminado implica ser gay, então você é o maior viado que já vi em toda a minha puta vida. –Soltou, mas quase não teve tempo de acabar a frase.

Sentiu um baque brusco de suas costas contra a parede. Gerard o havia agarrado pela gola do colete e se apertava contra ele com um olhar assassino. Bom Frank, você ofendeu o vampiro psicopata, se saiu muito bem se seu desejo é não chegar ao próximo aniversario. Gerard tinha a respiração agitada e os lábios apertados enquanto cravava os olhos nos de Frank. Estava claro, ia acabar com ele. Agora sim não parecia nada afeminado, mas provavelmente dizê-lo agora não ia mudar nada. Frank fechou os olhos, esperando receber um tapa, um soco na barriga ou uma joelhada nas bolas.

Mas não chegou. Em seu lugar sentiu lábios quentes cobrir os seus, as mãos que o seguravam contra a parede subiram com impaciência até seu pescoço, seu rosto, o acariciando enquanto notava sua língua lamber os lábios. Não pensou na hora, rodeou a cintura de Gerard com seus braços, se apertando contra ele, abrindo a boca para aprofundar o beijo, notando um gemido de surpresa sobre seus lábios. Gerard não esperava isso, mas tampouco ia para analisar as razões do porquê Frank estava correspondendo ao beijo. O sabor da maquiagem se mesclava com a saliva, os lábios se chocando, as línguas se acariciando, os corpos grudados um contra o outro, como se tentassem que nenhum átomo poderia parar entre eles. Quando em fim, se afastaram Frank ainda tinha a boca aberta, olhando para Gerard como se não acreditasse.

-Gerard... –Não sabia o que dizer, não podia dizer nada e justamente ai desejou mais que tudo que Gerard pudesse ler sua mente, ler todo o tempo que estava apaixonado por ele, ler o quão alucinante que tinha sido esse beijo, ler que não importava que o deserdassem se ele prometesse passar a vida junto dele.

Mas na realidade Gerard nunca soube interpretar nem ele mesmo, e a cara de surpresa de Frank para ele significava que não esperava o beijo, e se não esperava era porque não o queria e se não o queria... Havia estragado.

-Foi por isso que não falava com você... Porque tenho vinte anos e você é uma droga de uma criança Frank... –Apertou os olhos e levou as mãos até o rosto. –Porra.

E se foi dali exaltado, deixando Frank ainda em estado de choque pelo que tinha acontecido, gritando mentalmente para não ir, para que voltasse, que lesse a droga dos seus pensamentos!!

Perdoem a pobre e fodida tradutora, porque ela passou o final de semana de porre e não traduziu XD então, teremos menos duas fics porque o tempo tá acabando e só resta amanha. E MESMO assim amanha terá o final dessa fic e uma outra e XD okay. Bai.
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Mensagem por ~Scorpion Ter Out 30, 2012 4:24 pm

E aqui é o fim. Foi dito na primeira fic, mãããs, vou repetir. Essas fics que traduzi são um presente (um simples ainda por cima) presente para a Raquel, que faz aniversario hoje. Sip. E eu queria te desejar feliz aniversario again nenem. Parabens, de verdade. <33 Espero que tenha gostado, porque sou inutil e não tive outra coisa pra te dar ):
Só um aviso: sexo MUITO explicito. Me esqueci de falar lá no começo ^^
Well, é isso LOL

--x--

Feliz aniversário.


Tinha que encontrar Gerard. Frank havia saído de seu transe e havia se dado conta de que sua única oportunidade de ser feliz havia escapado correndo pela porta, e ele a havia deixado ir como um idiota. Desceu correndo as escadas, procurando por toda a festa, perguntando a Ray e a Mikey (falaria mais tarde com Mikey de seu rolo com Wentz) e nada, ninguém havia visto Gerard, não havia nem rastro dele por lugar nenhum. Pegou o celular de Mikey para ligar para ele, já que não sabia seu numero, mas não atendia. Segundo Mikey Gerard tinha celular só de enfeite, nunca o levava, nunca ligava e na metade do tempo não tinha bateria, só o usava como despertador. Saiu da casa e procurou no jardim, na piscina, entre os quase cadáveres das pessoas em coma alcoólico. Nada, nem rastro de Gerard.

Levou as mãos a cabeça. Havia o perdido, havia sair por ai e seria sua culpa se acontecesse algo a ele, porque se ao menos tivesse o agarrado pelo braço antes que se fosse, agora mesmo deveriam estar se comendo pela boca selvagenmente sobre a cama de Wentz e não a largaria pela noite, se escondendo do frio. Começou a pensar a onde iria se ele estivesse fugindo de um cara que pensava que não lhe correspondia. Certo, isso já havia lhe acontecido e tinha acabado no quarto de Pete Wentz, então, não, Gerard não faria o mesmo que ele. Tinha que pensar como Gerard, lugares onde Gerard iria, lugares em que ele se sentisse seguro.

-Deus, só posso ser idiota. –Disse a si mesmo e começou a correr.

A casa de Gerard ficava a poucos quilômetros e o mais certo era que ele estivesse ali. Não saia, não se relacionada, não tinha lugares em que se sentisse seguro se não fossem sem sua casa. Corria enquanto pensava em como demônios ia entrar na casa, porque os quartos ficavam no andar de cima e não tinha nenhuma maldita arvore como nos filmes para subir por ela. Chegou, caindo de joelhos no jardim pelo cansaço. Só haviam sido alguns quilômetros, mas ao havia feito correndo como um louco e agora estava morreendo. Quando se recuperou rodeou a casa, vendo a luz do quarto de Gerard, sorrindo ao confirmar que ao menos não estava por ai sozinho. A rodeou mais algumas vezes, olhando as janelas, procurando alguma coisa para subir. Nada. Era impossível. Á menos que Gerard lhe jogue uma corda não ia poder subir. Se sentou na varanda jogando a cabeça para trás dando a cabeça com tudo contra a porta. Estava se recuperando da dor quando sentiu que a porta desaparecia e seu corpo ia para trás.

-Frank querido, porque não tocou a campainha? –Disse Donna enquanto ria.

-Eh... Isto, Gerard está? –Perguntou se levantando imediatamente. Começava a pensar que a corrida o havia deixado sem neurônios.

-No quarto, ao lado do de Mikey. Suba, vamos. –A mulher lhe sorriu dando espaço para passar.

Subiu as escadas lentamente, recuperando a respiração, tentando procurar as palavras corretas para falar para que ele não fugisse de novo. Por um momento se sentiu como Felix Rodriguez de La Fuente lidando com um animalzinho assustado. E como deveria ser delicado quando chegou a porta não chamou, só abriu de vez. Poderia ter encontrado com qualquer coisa, com Gerard socando sua foto, com Gerard meio nu depois de tomar banho, com Gerard dormindo... De todas se encontrou com a que menos esperava.

-Então é isso que você faz enquanto está trancado aqui, não? –Perguntou Frank fechando atrás dele a porta e entrando na nuvem de fumaça.

-Para que veio Iero? –Perguntou com a voz languida, dando outro trago no cigarro.

-Não sabia que fumava... –Se aproximou dele vendo como sorria de lado, deixando escapar um risinho.

-Que boas todas as coisas que está descobrindo de mim hoje, huh? –Lhe estendeu o cigarro, o oferecendo. –Quer?

-Você se preocupa porque é mais velho que eu para me beijar, mas oferece para que me drogue com você? –Perguntou. Gerard só encolheu os ombros notando como o cigarro deslizava entre seus dedos e Frank o levava aos lábios dando uma tragada, exalando a fumaça em sua direção. –Por que diabos não leu minha mente babaca?

-Iero... –Gerard riu levantando uma sobrancelha. –Você fica alto tão rápido, não?

-Não estou alto, falo sério. Por quê? –Voltou a perguntar.

-Não sei do que está falando Frankie... Não faço ideia... –Frank sentiu um calafrio ao escutar o diminutivo sair de seus lábios. Subiu de joelhos na cama o olhando fixamente.

-Te amo Gerard. –Teve coragem de dizer.

-Ok... –Isso foi tudo o que conseguiu, isso e que lhe tirasse o cigarro das mãos para dar outra tragada, o olhando depois e vendo que logo terminaria.

-É verdade. –Disse irritado o agarrando pela camisa. –Me beija. –Se inclinou para ele, mas Gerard o parou com uma mão em seu peito.

-Tranquilo Freddie... Eu não sou os de uma noite, querido. Desculpa. –O olhou de lado, notando que dói recusa-lo.

-Você não entendeu que te amo. –O olhou com expectativa.

-Ah, é? –Gerard o olhou com as pupilas dilatas e os lábios entreabertos. –Pois a única coisa que vai conseguir de mim esta noite é isso. –Colocou sobre o peito um saquinho com maconha. –Então se quiser fique, senão vai embora.

-Quero estar com você. –Disse segurando o saquinho e se sentando a seu lado. Gerard só encolheu os ombros.

Muita fumaça depois os dois se encontravam jogados na cama, um ao lado do outro, paralelos, sem se tocar, olhando o teto como se este fosse a coisa mais interessante do mundo, falando como se não fosse um com o outro, só deixando que as palavras saíssem.

-Minha vida é uma merda... –Repetiu pela enésima vez Frank.

-E você acha que a minha é melhor? Tenho vinte anos Frankie... E estou aqui te drogando... E provavelmente amanha sua mãe me denunciará por aliciação a menores, ou algo assim, e acabarei na cadeira. Minha vida sim é uma merda.

-Você não fez nada... Eu vim aqui sozinho. –Fechou os olhos os abrindo com dificuldade depois. –Eu inclusive quer mais do que você me deu...

-Não fale estupidez, você quer? Vi muito bem sua cara o fiz... –Suspirou. –Estava pirando. –Frank piscou algumas vezes, tentando entender do que Gerard falava, até que enfim entendeu.

-Se está falando do beijo... Então, sim, estava enlouquecendo e é normal... –Começou a dizer.

-Então não diga que...

-Me deixa acabar, ok? –Se colocou de lado com um pouco de dificuldade, olhando para Gerard que continuava absorto no teto. –É normal que enlouqueça se alguém que acho que dou nojo me beija, ainda mais se seu... Estou desde os treze apaixonado por esse alguém. –Disse enfim. Gerard franziu o cenho tentando entender.

-Quando me chamou de vampiro?-Perguntou virando um pouco a cabeça para olha-lo.

-Você se lembra disso? –Perguntou e era mais como uma exclamação de alegria. Gerard assentiu com a cabeça.

-Ai você ainda era um menininho... Mas achava graça. –Se colocou de lado também, encarando Frank.

-Pensei que havia te chateado... Me senti super mal depois.

-Bom, no começo sim, um pouco... Mas depois pensando melhor não era tão ruim. Vampiros são fodas. –Riu e Frank o acompanhou.

-Os vampiros não são fodas, eles fodem. São fodidamente sexuais... –Disse com a voz rouca, deixando cair as palavras enquanto mordia o lábio.

-Os vampiros te excitam Frankie? –Sussurrou e entre o tom de voz e o diminutivos Frank teve que se esfregar contra os lençóis para se desfazer das cócegas que havia o percorrido.

-Talvez... –Respondeu deixando sua língua se atrever e molhar os labios.

-Sabe onde os vampiros mordem? –Perguntou alçando uma mão com lentidão, até roçar na bochecha dele com a ponta dos dedos, deixando-o cair até topar com a gola alta de seu colete. –Se me deixar te ensino.

E Frank gemeu só ao escutar aquilo porque, sim, droga, estava desejando que ele o ensinasse, que ensinasse tudo o que quisesse. Com os olhos fechados assentiu e quase conseguiu notar que Gerard sorria. Se estremeceu ao notar como os dedos de Gerard agarravam a borda de sua roupa, roçando os nós dos dedos contra sua pele, subindo e se desfazendo de todos os tecidos. Estava totalmente exposto, o torso nu e a respiração acelerada.

-Para começar, o pescoço. –Sussurrou sobre seu ouvido, roçando a zona com seus dedos. –É a mais conhecida, mas não tem uma explicação, é só porque é a mais exposta, onde se pode morder melhor. –Roçou seu nariz pelo pescoço, deixando que os lábios roçassem na pele, a eriçando. –Te ensino como?

Voltou a assentir, porque estava ficando louco por notar aquilo ainda, sem ter nem ideia de como ia se. Não demorou em notar a boca quente abrindo-se sobre sua pele, a língua percorrendo a zona, os dentes. Os dentes. Os sentiu sobre a pele, apertando suavemente no começo. Foi o momento em que Frank deixou escapar o primeiro gemido quando Gerard mordeu com força, lambendo, sugando, apertando-se contra seu corpo enquanto percorria seu peito com as mãos.

-Deus, Gerard... –Ofegou, tentando fazer com o que o coração não saísse pela boca.

-Continuamos? –Perguntou, baixando por seu corpo, rodeando os mamilos eretos, apertando os dedos e deixando marcas na pele branca. –Agora ficam os pulsos. É o segundo lugar que mais se usa, porque também está á vista, mas é uma zona muito menor.

Agarrou seus pulsos, os levando com lentidão á boca, as lambendo lentamente, mordendo com força, sugando ao mesmo tempo, fazendo com que Frank arqueasse as costas e sentisse como se realmente estivesse tendo seu sangue sugado. Aquilo era malditamente erótico. No momento em que seus pulsos tocaram a cama sentiu os lábios de Gerard em sua barriga, beijando com delicadeza enquanto suas mãos trabalhavam no cinco. Frank se sobressaltou, agarrando as mãos de Gerard rapidamente.

-Escuta, eu...

-Não seja bobo Frankie. –Sorriu. –Só vou até o ultimo lugar, nada mais...

-Certo, mas antes. –Se levantou um pouco agarrando a gravata de Gerard. –Eu quero provar...

Gerard sorriu agarrando a mão de Frank sobre sua gravata, a baixando enquanto desfazia o nó. Frank mordeu o lábio inferior quando as mãos de Gerard abandonaram as suas, deixando-a na gola de sua camisa. Os dedos tremeram enquanto desfazia os botões, roçando em sua pálida pele no meio do caminho. Quando desfez o ultimo botão se aproximou lentamente de seu pescoço, beijando sobre a clavícula, se deleitando com o aroma e lambendo os lábios antes de pousa-los abertos sobre sua pele e morder. Estremeceu ao ouvir o Gemido de Gerard tão perto de seu ouvido e continuou mordendo, se aproximando mais, notando como as mãos de seu companheiro voltavam á seu cinto, o abrindo. Frank continuava mordendo, cada vez mais forte, enquanto os gemidos davam voltas em sua cabeça e as mãos hábeis desfazia o botão de sua calça. Estava ficando louco.

-Oh, Deus... Vamos... –Separou de seu corpo se deitando novamente na cama. –Vá ao ultimo lugar, me diga o ultimo lugar. –Pediu Frank, como uma suplica, se esfregando sobre o lençol.

Gerard não pode negar o convite, muito menos quando tinha Frank se movendo como uma serpente de impaciência sobre sua cama. Arrancou sua calça, o deixando só de boxer, e começou a acariciar o interior de sua coxa, a abrindo delicadamente enquanto Frank ofegava pelas sensações e se agarrando ao lençol.

-O ultimo lugar Frankie... –Lambeu os labios enquanto sussurrava se colocando entre suas pernas. –É aqui onde o sangue flui mais... Mais rápido, mais quente...

Frank soltou um pequeno gemido só de escutar essas palavras, acelerando a respiração ao notar a boca de Gerard sobre sua virilha, lambendo, rasgando um pouco com os dentes. Acariciava suas pernas enquanto mordia suavemente a pele exposta, notando pressionar a bochecha contra a dura ereção de Frank. Cada vez que roçava, acidentalmente ou não tão acidentalmente, quase delirava, estava desejando chegar um pouquinho mais longe.

-Porra... Meu Deus... –Ofegou, fechando com força os olhos, tentando se conter. Gerard notou sua impaciência e subiu por seu corpo roçando seus lábios.

-Você quer provar agora Frankie? –Sussurrou sobre seus lábios, fazendo-o notar seu halito chocar contra sua boca.

Claro que queria, estava desejando tentar. Fechou os olhos e abaixou as mãos até encontrar os botões da calça de Gerard, desfazendo com maestria, girando para ficar sobre Gerard e terminar de deixa-lo nu. Sorriu ao comprovar que estava igualmente duro. Mordendo o labio se sentou sobre as pernas de Gerard, o acariciando da mesma forma que havia feito consigo, tremendo de impaciência enquanto se aproximava e notava o calor de seu corpo em sua boca. Gerard estremeceu ao sentir o contato, se movendo contra ele em busca de mais, agarrando o cabelo de Frank enquanto movia os quadris, fazendo com que o menor desejasse estar fazendo outra coisa. O desejava demais, ainda estava alto e simplesmente decidiu fazer, mover sua cabeça lentamente até que seus labios ficassem bem em frente a ereção de Gerard. Este gemeu grave quando notou o contato, mas em seguida puxou o cabelo de Frank o afastando e levantando até estar com o rosto na mesma altura.

-Frankie, Frankie... –Negou com a cabeça enquanto ainda o tinha segurado pelos cabelos, deixando-o a poucos milímetros de sua boca, percorrendo a dele com o olhar. –Não sabia que você era tão travesso... –Se arqueou fazendo suas ereções se chocarem, observando a expressão de Frank ao gemer pelo contato. –Não podemos pequeno... –sussurrou em seu ouvido. –Os vampiros não fodem. –Sorriu ao notar a pele de Frank eriçar. –Ainda pareço um vampiro para você Frankie?

-Deus, Gerard... –Gemeu só ao ouvir suas palavras, cheio de expectativa. –Não, droga, não parece... –Gemeu colocando uma de suas pernas entre as de Gerard, pressionando o meio de sua perna.

-Então... –Lambeu sua boca. –Posso te foder, não?

Poderia ter respondido qualquer coisa, algo como “oh, Deus, sim”, mas não podia, seu cérebro negava a funcionar para poder bobear todo sangue possível á seu membro. Em compensação se jogou contra a boca de Gerard, a devorando como se não houvesse nada mais maravilhoso, para Frank não havia nada nesse momento. O lambia, o chupava, o mordia e bebia de sua boca enquanto Gerard o apertava contra ele, se deixando ser guiado, sentindo sua boca invadida de forma hábil.

Agarrou Frank pelos ombros, voltando a deixa-lo deitado sobre a cama, sentando-se sem delicadeza sobre sua pélvis, notando algo duro se apertar contra ele. Voltou para a boca de Frank, o beijando com força pata depois passar por seu pescoço, seu peito, seu abdômen. Os dedos de Gerard escorregando habilidoso para baixo do tecido, deixando Frank nu com um rápido movimento.

-Droga... –Murmurou Gerard perante sua visão, fazendo com que Frank corasse.

Roçou com a ponta dos dedos, notando o calor emergente que o convidava a continuar tocando, a fechar sua mão ao redor da carne, bombeando algumas vezes até notar a umidade o molhando. Frank fechou com força os olhos, deixando que os gemidos escapassem de sua garganta, movendo os quadris, se empurrando contra ele, notando que os lábios de Gerard trabalhavam sobre seu pescoço enquanto o mordia e acelerava o ritmo.

-Deus, você vai me matar... –Sussurrou enquanto dava uma investida contra o punho de Gerard, contendo um gemido.

-Sério? –Sorriu o olhando nos olhos enquanto levava dois dedos a sua boca e os lambia perante o olhar atento de Frank.

-Hey Gerard... –Ofegou enquanto via esses dedos descer por seu corpo, para se perder entre suas pernas.

-Diga. –Pediu, sussurrando em seu ouvido, lambendo-o enquanto posicionava os dedos úmidos na zona certa.

-Eu nunca... Ah... Nunca... –Não conseguia falar, os dedos de Gerard pressionavam contra ele, ganhando terreno, entrando em seu corpo.

-Nunca? –Perguntou beijando seus lábios com suavidade, entrando em seu corpo da mesma forma. Frank assentiu fechando os olhos e sentiu um caloroso beijo em sua bochecha. –Tranquilo... Vamos devagar, ok? –Acariciou sua bochecha, o olhando com ternura.

Frank sorriu e levantou a cabeça para agarrar os lábios de Gerard enquanto se acostumava com a invasão, o vai e vem moderado dos dedos em seu interior. Apertava os bíceps do mais velho e mordia os lábios, as sensações estranhas que percorriam seu corpo começavam a invadi-lo por completo. Agarrou o cabelo de Gerard, o apertando contra ele ao sentir que uma corrente elétrica o percorria cada vez que entrava e saia dele, cada vez mais rápido.

-Oh, Deus... –Gemeu sem poder controlar, se movendo ao ritmo dos dedos de Gerard.

-Vamos tentar com outro. –Sussurrou em seu ouvido, aproximando um terceiro dedo aos outros dois. –Você quer outro Frankie?

-Vamos, faça... –Gemeu impaciente.

Os dedos se pressionavam para dentro, abrindo caminho. Frank arfava cada vez mais quente, notando a ereção de Gerard se apertar duramente contra sua coxa, sua língua percorrendo sua boca. Levou as mãos até suas nádegas, as apertando, se esfregando contra o abdômen de Gerard, o molhando.

-Gerard... Droga, Deus... –Balbuciou tentando encontrar as palavras certas. –Me fode.

Gerard sentiu-se como se houvesse um calor intenso o percorrendo ao ouvir aquilo. Tirou os dedos com cuidado agarrando sua própria ereção, bombeando algumas vezes antes de se colocar entre as pernas de Frank. Agarrou suas coxas, os apertando, acariciando, se esfregando um pouco contra ele para ganhar um pouco de lubrificação extra.

-Qualquer coisa, se te machucar, ou... –O olhou fixamente nos olhos, as pupilas dilatadas.

Frank assentiu com a cabeça e Gerard se apoiou em sua testa, se agarrando com uma mão e guiando-se enquanto pressionava contra seu corpo. Ofegou quando notou a carne ceder, entrando unicamente a cabeça, sentindo o corpo de Frank se contrair e ele apertar o lençol. Engoliu em seco ao voltar a pressionar, se deslizando com dificuldade naquele lugar malditamente apertado. Frank se queixou perante a invasão, fazendo um gesto com a mão para que parasse. Gerard parou, estando totalmente em seu interior, notando o pulsar dentro dele, se sentindo prazerosamente estrangulado e provavelmente perderia a cabeça se não se movesse, mas devia esperar.

-Te machuquei muito? –Lambeu seus lábios o beijando depois.

-Dói, não vou mentir... –Sorriu movendo um pouco o quadril, fazendo Gerard tremer.

-Não faça isso... –Pediu com todo o tom de voz que conseguiu. –Se não quer, será melhor que não repita. –Ofegou.

-Por quê? –Sorriu se movendo de novo, sentindo uma pontada de dor, mas desfrutando da expressão de Gerard.

-Frank, não falca... Deus, não se mova assim... –Mordeu os labios, porque seu corpo estava pedindo para que voltasse a se mover assim, que não parasse.

-Se mova então. –O olhou, sorrindo de lado e acariciando suas costas, agarrou suas nádegas.

-Tem certeza? –Perguntou com a voz tremida, apertando-se contra Frank, entrando os poucos milímetros que faltavam.

-Vamos, mova-se Gerard.

Sabia que ainda não havia se acostumado completamente, que ia doer, mas não podia se conter mais. Ainda assim começou a se mover devagar, acariciando suas coxas enquanto saia e entrava em seu corpo, se contendo para não investir com fúria. As pernas tremeram enquanto ia entrando em seu corpo, mordia o lábio inferior com força para evitar acelerar. Apoiou a testa no travesseiro, junto da cabeça de Frank, notando o suor molhar o tecido, tendo acesso direto aos pequenos sons que escapavam dos lábios de Frank.

Dóia. Bastante pata ser exato, mas os gemidos de Gerard sobre seu ouvido era uma injeção de morfina, saber que era ele, seu corpo, seu calor que estava provocando essas sensações, o deixava mais quente ainda, fazendo com que misteriosamente a dor não parecesse tão intensa, fazendo com que seus receptores de prazer se ativassem com mais intensidade. Gerard ajudava, vamos e como o ajudava, suas mãos o percorrendo, sua boca, sua língua percorrendo toda a pele que ele tinha acesso, mordiscadas e arranhões.

-Porra... Você está tão... Apertado. –A ultima palavra saiu como um gemido, fazendo com que Frank se esquecesse da dor para apertar Gerard fortemente contra ele.

O agarrou com força, o rodeando com suas pernas, se levantando para conseguir mais profundidade, notando como certa zona em seu interior o fazia enlouquecer cada vez que Gerard roçava ali.

-Mais rápido Gerard... –Pediu enquanto se arqueava.

Sorriu com malicia, apoiou os cotovelos de cada lado de Frank e se empurrou contra ele, quase gritando ao notar a fricção, o calor. Agarrou os lábios de Iero em um segundo, mordendo com força seu pescoço depois, lambendo toda a distancia até a mandíbula para voltar a beija-lo com violência. Se introduzia nele uma ou outra vez, sustentando seu quadril com uma de suas mãos enquanto lhe devorava a boca. Frank se retorcia sob seu corpo, se sentindo totalmente invadido por aquela extensão de carne. Podia sentir cada dobram cada pulsação, as gotas de suor caindo pelos tendões do pescoço de Gerard, se perdendo contra seu peito.

-Porra, seu traseiro Frankie... –Apertou sua coxa com força, baixando uma das mãos para agarrar a si mesmo, notando com seus dedos como entrava uma e outra vez, como seu membro se fundia naquele diminuto orifício.

Com um movimento rápido Gerard saiu do quente corpo, agarrando Frank com força pelo quadril para vira-lo sobre si mesmo e gruda-lo a seu corpo, o deixando de barriga para baixo apoiado em um dos cotovelos sobre o colchão, deixando cair a cabeça entre os braços enquanto novata como Gerard voltava a se apertar contra ele, estremecendo só pelo calor que desprendia.

Gritou grave quando notou entrar de novo com rapidez em seu corpo, rudemente, o apertando pelo quadril com uma só mão, deslizando a outra pelas costas até chegar em seu cabelo, o agarrando pela raiz. Investia violentas vezes, com lentidão torturante outras. Frank enlouquecia, apertava o rosto contra o travesseiro, tentando reprimir os gemidos.

-Não, não, assim não... –Afastou um pouco do cabelo, afastando o rosto do travesseiro. –Quero te ouvir gemer. Adoro como geme.

-Sua mãe está lá em baixo... –Avisou sem poder manter a voz.

-Tem razão. –Mordeu o lábio com raiva. Adorava escuta-lo gemer. Saiu de seu corpo e deitou de costas lambendo os lábios enquanto olhava para Frank. –Vem aqui... Quero ver como você se move.

Frank engatinhou até o corpo de Gerard, se colocando sobre ele, agarrando seu membro e se posicionando para se deixar cair com lentidão, sentindo como voltava a abri-lo mais uma vez. Agarrou os ombros de Gerard enquanto este o olhava, se deleitando com a visão. O segurou pela cintura, guiando-o até que estivesse totalmente dentro, passando depois as mãos até suas nádegas. Conseguiu um ritmo suave no começo, fazendo-o se mover de cima para baixo, fazendo círculos as vezes, acelerando progressivamente até que já não pudesse suportar e começaram as investidas em uma velocidade infernal, afastando a cama da parede, fazendo as molas rangerem. Frank se arqueava enquanto cravava as unhas no peito de Gerard, arranhando sua pele.

-Vou gozar... –Disse Gerard, apertando os dentes. –Porra...

Agarrou com força a ereção de Frank, o masturbar em uma velocidade frenética, enquanto investia alçando os quadris da mesma forma. Empurrou o menor contra ele, para dar as ultimas investidas, contraindo todo seu corpo. Frank escondeu a cabeça entre seu pescoço, intensificando os gemidos, estava a ponto de acabar.

-Não, vem... –O agarrou pelo cabelo com a mão livre, levantando até ficar a poucos centímetros de seu rosto. –Quero gozar com sua língua em minha boca. –Arfou entrecortado.

O beijo não demorou muito, as línguas se lambendo, os lábios se apertando, enquanto saliva escorria pelos cantos. Frank acabou entre seus estômagos, manchando a mão de Gerard que ainda bombeava sua ereção, contraindo todos os músculos de seu corpo, apertando Gerard em seu interior. Este aproveitou a sensação de opressão para intensificar o máximo que podia, se derramando com um longo gemido, notando como todo o liquido branco corria pelas pernas de Frank, o olhando.

Quebraram o beijo, se olhando fixamente nos olhos, como se agora que tudo havia terminado tivessem se dado conta de que era real. Frank foi o primeiro a sorrir, fazendo com que Gerard devolvesse o sorriso. Saiu de cima dele, se deitando a seu lado e apoiando a cabeça em uma mão, acariciando seu peito com a ponta dos dedos.

-Com certeza sua mão nos ouviu... –Disse rindo e Gerard riu com ele sabendo que era verdade.

-Então... E agora Frank? –Perguntou Gerard beijando sua testa.

-Agora?

-Sim, agora. Sou maior de idade, você menor, seus pais nem sequer sabem que você gosta de garotos, são antiquados e ainda por cima você tem namorada... O que acontece agora?

-Bom... Sobre a namorada não é um problema, se quiser lhe mando uma mensagem agora mesmo dizendo que acabou. Meus pais, que me deem para adoção, não me importam, e sobre você ser mais velho... Bom, eu já tenho dezesseis e posso dizer com quem quero estar... Mas se você não quiser arriscar não me importo em manter segredo até que tenha dezoito, ou se quiser esperar eu esperaria... Mesmo que depois de hoje seja um pouco estúpido...

-Espera. –O cortou com um sorriso. –Tudo o que está dizendo... Você realmente quer ficar comigo. –Não perguntou, afirmou para si mesmo, dando-se enfim conta de que sim, era correspondido.

-Já te disse que gosto de você a muitos anos... Estou completamente apaixonado Gerard, você não sabe quanto. –Riu ficando vermelhou ao admitir.
-Mas sobre nós...

-É complicado. –Suspirou sorrindo. –Eu sei, mas não me importo. Não importa Gerard. Quero ficar contigo. –Gerard o olhou esquadrinhando seus olhos, sabendo que dizia a verdade. Acariciou sua bochecha e se aproximou de seus lábios lentamente para beija-lo com doçura.

-Te amo Frankie... E, droga, eu também quero que isso continue. –Sorriu e Frank abriu um enorme sorriso de felicidade. –Como vamos fazer?

-Não faço ideia. –Riu e encolhei os olhos. –Por hora a única coisa que sei é que tenho outro motivo a mais para adorar o halloween.

-Oh, é verdade... –Se aproximou de novo, o beijando lentamente, percorrendo sua boca, mordendo seus lábios, lambendo. –Feliz aniversario.

Frank sorriu e abraçou Gerard. Sem duvida, o melhor aniversario de toda sua vida.

FIM
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Es complicado Empty Re: Es complicado

Mensagem por xofrnk Ter Out 30, 2012 5:56 pm

OH MY FUCKING GOD I JUST CANT JAN FKMDCSDKFNCMSDÓKCDMASDLÇMSDKLM Ok, primeiro: eu adorei essa, e toda essa historia de ler mentes AHAHAHA.
Adorei todas que você postou, desde a semana passada. Obrigada pelo presente que você julga ser simples, mas eu já traduzi também (eu juro que um dia termino, falta tão pouco...) e traduzir é um saco, não sei como você consegue.
Então por isso, fucking thank you, girl. Pelo presente, pelos parabéns etc. Você é uma linda, de verdade.
E mesmo que meu próximo aniversário seja só ano que vem, quero mais fanfics pra mim, ok? Somente pra mim, ninguém mais. xo. HAHAHA
Adorei <3
xolttlera. (oh)
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Mensagem por xofrnk Ter Out 30, 2012 5:58 pm

E SOMENTE UMA COISA SOBRE A NC: NÃO VOU FALAR NADA.
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Mensagem por Nancy Boy Qui Nov 01, 2012 1:12 am

QUE AMOR DE FIC @_____@
Não sei como você tem paciência pra traduzir, mas obrigado por isso! Adorei isso aqui. As personalidades, a paranóia do Frank (que passou pra mim, eu tinha certeza que ele seria mesmo um vampiro no fim! xD), o monte de gente na festa (não esperava os Leto), o Gerard afeminado ("maior viado que eu já vi", UAHSUAHSUASHAUSHA FRANK, TE AMO) e ainda esse lemon. Nem vou falar desse lemon.
Não, vou falar sim. Que delícia *----* Captou bem algumas das minhas taras, tipo vampiros e pedidos de "me fode".
Enfim, adorei @_@
xoxo
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Mensagem por donna milena chemicalia Sex Nov 02, 2012 9:53 pm

*-------------------------------------* serio eu nem sei o que falar eu amo amo mesmo as fanfics que vc traduz são muito fodas ah eu imaginei o gerard de vampiro apesar que na era revenge ele era um vampiro é isso obrigado por ter traduzido mais essa fanfic <3
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Mensagem por ArmaGodDamn Seg Jan 07, 2013 12:25 pm

GEEEEEEEEEEEEEEEEEEENTE. Oi. Virei vampira aqui, pqp JSDKKSDFÇSDÇF.
Me identifiquei com o Gerard, a não ser pela maconha prfv.
Que amorzinho de fic *-* e que amorzão de NC, senhor.
Traduzir é um problema e eu acabaria com cabelos grisalhos se tentasse, mas você consegue, sua linda!

Obrigada novamente, um beijo!
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